It's All About Jily escrita por Coffee


Capítulo 1
Reverse!AU - I'm Not Your Friend, Evans


Notas iniciais do capítulo

Hello, peoples! :3
Eu tava com esse projeto já faz um tempinho, mas só fui postar agora. Vou explicar como vai funcionar; Cada cap vai ser uma one-shot diferente, mas sempre de um AU (Universo alternativo) e com o casal Jily (James Potter + Lily Evans). Vai acontecer de tudo aqui. Desde super-heróis até mesmo andarilhos. Essa ideia veio do fato de que eu estava com muitas ideias para fanfics jily, mas eu já estou bastante sobrecarregada com fanfics, então resolvi unir todas em uma só. Eu gostaria muito da participação de vcs, leitores, dizendo aí nos comentários alguns AU's que voces gostariam de ler :3

Mas então, boa leitura:

SINOPSE DO CAPITULO: Em todos os seus seis anos em Hogwarts, Lily Evans tinha um único objetivo: Conquistar James Potter. Mas havia um pequeno empecilho: ao contrário de toda a Hogwarts, o moreno a odiava.



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I’m Not Your Friend, Evans

  Lily o conheceu pela primeira vez no Expresso de Hogwarts.

  Na época, ela não passava de uma mimada bruxa de puro-sangue. Arrogante, egocêntrica, cujo único desejo era parar na Grifinória. Uma menina que não olhava para nada além do seu próprio umbigo.

  Havia conversado com Marlene McKinnon. Ela ainda estava surpresa como a morena era diferente da família. Os McKinnon eram extremamente preconceituosos em relação aos nascidos-trouxas e até mesmo aos mestiços.

  As duas estavam conversando animadamente sobre Quadribol quando um garoto entrou na cabine.

  Lily disfarçou que havia prestado atenção nele. Merlin, ele era tão bonito. Seu cabelo negro era espetado como um porco-espinho, sua pele era perfeitamente bronzeada, o seu óculos quadrado cobria os seus olhos castanhos esverdeados e… Ele estava chorando?

  A ruiva engoliu a curiosidade de perguntar o por quê dele estar chorando e se concentrou na sua conversa com Marlene, que continuava falando sem parar da nova Nimbus que estava sendo lançada.

  A porta se abriu. Uma garota de cabelos negros curtos estava parada na porta, olhando para o moreno de forma preocupada. Lily se esforçou para continuar fingindo ignorar o garoto.

— Eu não quero falar com você, Emmeline. – ele resmungou secamente.

— Ah, vamos lá, Jay. – A garota disse suavemente, como um pedido de desculpas. – Eu não quis ofender o seu primo… Me desculpe, sério.

  Ele continuou em silencio, ignorando a fala da garota. Ela sorriu de lado e murmurou de forma animada:

— Estamos perto de Hogwarts, sabe… Eu quero te ver na Sonserina.

  Lily, instintivamente, gargalhou.

— Sonserina? – ela debochou, virando-se para encarar a garota de cabelos negros. – Quem gostaria de ir para a Sonserina? Eu desistiria da escola. Vocês não?

  Marlene gargalhou, rindo da situação como se estivesse assistindo um filme de comédia.

— Toda a minha família é da Sonserina. – ela disse, cruzando os braços.

— Nossa! – Lily exclamou, olhando para ela, surpresa. – E eu achando que você é legal!

  Marlene riu, dessa vez mais suave e até mesmo nervosa.

— Talvez eu quebre a tradição. – ela disse, embora parecesse mais um consolo para si mesma do que uma afirmação. – Mas para qual casa você gostaria de ir?

  Cheia de orgulho, Lily ergueu uma espada invisível e exclamou:

— “Grifinória, a morada dos destemidos!” Assim como o meu pai, sabe?

  Emmeline revirou os olhos claros, fazendo um muxoxo de desgosto. Lily virou-se, a encarando, franzindo a testa.

— Tem algum problema com isso? – a ruiva rosnou, cruzando os braços.

— Se você prefere ter mais músculos do que cérebro… – debochou Emmeline, sorrindo cinicamente.

  Marlene então entrou na defesa da sua amiga:

— E você pretende ir para qual casa, sendo que não tem nenhum dos dois?

  As duas gargalharam, enquanto o rosto pálido de Emmeline se coloriu com uma forte tonalidade vermelha. O garoto, emburrado, disse:

— Vamos, Emm, vamos para outro lugar.

  E dizendo isso, os dois saíram da cabine e não apareceram pelo resto da viagem.

  Lily descobriu que o nome do garoto era James Potter graças a uma pequena e frágil menina loira com o nome de Dorcas Meadowes.

  Dorcas era um amor de pessoa. Calma, educada, inteligente. Era quieta, tímida e procurava se manter distante das pessoas. Parecia que poderia se quebrar com um único toque. Ela era um completo contraste a Marlene, que era grossa, agitada e arrogante.

  Pouco tempo depois de começarem a andar com Dorcas, houve uma menina chamada Mary McDonald. Gordinha, baixinha, loirinha. Ela conseguia ser menor do que Dorcas, de forma que todas as palavras usadas para se referir a ela possuía o “inha” no final. Nem Marlene e nem Lily sabiam exatamente por que começaram a andar com ela. Talvez por que a garota idolatrava as duas como se fossem deusas.

  As quatro formaram um grupo muito conhecido em Hogwarts: As Marotas.

  James sequer olhou na direção de Lily naquele ano. Ela tentava, tentava e tentava, mas ele a ignorava completamente, enquanto diversos garotos pediam frequentemente ela em namoro. A ruiva estava começando a ficar revoltada. Ela tinha toda a Hogwarts aos seus pés.

  Mas afinal, o que tinha de tão diferente naquele garoto para que ele não prestasse atenção nela?

***

  O segundo ano foi um ano muito importante para a história das Marotas.

  Marlene, Lily e Mary descobriram que Dorcas era uma lobisomem. Sim, uma lobisomem, com tudo aquilo de se transformar na semana de lua cheia, uivar para a lua e tudo o mais. Descobriram também que a licantropia não era algo divertido como muitos programas trouxas mostravam, mas sim uma coisa extremamente dolorosa. Não era por qualquer motivo que a pele pálida da loira estava sempre repleta de cicatrizes e machucados. Foi nesse momento em que as três decidiram virarem animagas.

  E essa não foi a única novidade que mudou drasticamente alguma coisa. Lily e Marlene descobriram um novo passatempo:

  Brincar com Emmeline Vance.

  Para as duas, era divertido observar a garota da Sonserina ficar chateada com todos os apelidos que elas colocavam nela. Marlene fazia só por diversão, mas Lily fazia aquilo por ciúmes. Afinal, por que a cabelo de palha tinha a atenção de James e ela não? Por que ele ria quando Emmeline contava uma piada, mas revirava os olhos quando ela contava uma piada?

  James iria sempre se intervir, com raiva, e dizia que era bullying.

  Não era bullying! Não, com certeza não! Era apenas uma brincadeira, certo?

  De qualquer jeito, Lily não iria parar com aquelas brincadeiras tão cedo. Afinal, com aquilo, ela ao menos ganhava a atenção dele.

— Hey, Potter! – Lily exclamou animadamente, indo sentar ao lado dele na aula de DCAT, mas ele rapidamente colocou um livro na cadeira, fazendo com que a ruiva ficasse emburrada. – Ah, vamos lá, Potter! Somos amigos, não somos?

— Eu não sou seu amigo, Evans. – ele disse friamente, a encarando. – Acho melhor você ir procurar outro lugar. Estou guardando esse daqui para Emmeline.

— Está brincando comigo, Potter! – ela chiou, indignada, cruzando os braços. – O que ela tem que eu não tenho? Eu sou bonita, inteligente, rica, toda a Hogwarts me ama!

— Ela não é egocêntrica como você, Evans!

— Vance não é uma boa companhia, James.

— Não me chame de James! Eu não sou seu amigo, Evans, e apenas os meus amigos me chamam de James.

  Enfurecida, Lily caminhou até a cadeira que ficava ao lado de Marlene, parecendo que ia soltar fogo pelas orelhas.

  No final do segundo ano, James Potter passou a odiar Lily Evans com todas as forças de seu corpo, enquanto a ruiva apenas o amava cada vez mais.

***

  No terceiro ano, Lily conseguiu entrar para o time de Quadribol da Grifinória como apanhadora. Ela nunca sentiu tanto orgulho de si mesma.

  Conseguira afanar um pomo de ouro. Gostava de ficar se exibindo, jogando o pomo de ouro para o ar e o capturando habilmente. Muitos garotos a olhavam de forma admirada, impressionados, mas ela não queria aquela admiração vinda deles. Ela queria a admiração de James Potter.

— Hey, Potter, dê só uma olhada no que eu sei fazer! – ela exclamou, dando pulinhos.

  Jogou o pomo no ar e o agarrou em menos de segundos. Sirius Black, um amigo de James por quem Marlene era apaixonada, a olhou de forma impressionada, fazendo com que o ego da garota de cabelos flamejantes inflasse. Mas James continuou a olhando de forma fria.

— Você acha mesmo que isso irá me impressionar? – ele perguntou, arqueando uma das sobrancelhas. – Se você continuar se exibindo dessa forma, Evans, só vai continuar mostrando cada vez mais quem você realmente é: uma garota egocêntrica, mimada e egoísta, que acha que todos no mundo a adoram e que tudo gira ao seu redor.

  Ele então começou a caminhar, sendo seguido por Sirius, deixando a ruiva magoada e aparentemente abalada para trás.

***

  O quarto ano foi o ano mais pacato.

  Lily e Marlene diminuíram com as brincadeiras pesadas que antigamente faziam com Emmeline Vance, fazendo uma coisinha ou outra. James pareceu ter diminuído o seu ódio por Lily. Agora, ele chegava a rir das piadas que ela contava e ao menos dava a ela um “bom dia”.

  Dorcas estava se empenhando verdadeiramente nos estudos do NOM’S. Passava a maior parte dos dias na biblioteca, não se importando o quanto estava machucada por causa da última lua cheia.

— É apenas no próximo ano, Moony. – Marlene disse, tentando fazer com que a loira deixasse de estudar tanto. – Relaxe um pouco.

— Eu não posso relaxar. – ela dizia, tremula devido ao sono. – Eu tenho que me esforçar para tirar uma nota boa… Quero dizer, eu já não tenho esperanças de ter um emprego no futuro, certo? Mas eu tenho que tentar.

  Marlene e Lily iriam apenas revirar os olhos e se afastar da menina, sendo sempre seguidas por Mary.

***

  No quinto ano, houve uma enorme mudança: Lily, Marlene e Mary tornaram-se animagas. Dorcas só faltou chorar de tremenda a felicidade. A partir daquele momento, as cicatrizes em Dorcas iriam diminuir cada vez mais.

  Em compensação, as coisas entre Lily e James pioraram.

  Foi tudo em uma tarde após um NOM’s. Foi uma brincadeira inocente, não foi? Ela estava estressada, só queria relaxar um pouco.

— Deixem ela em paz! – ele gritou, se aproximando.

— Hey, Potter, meu amigo! – exclamou Lily, o tom de voz indo de zombeteiro para agradável.

— Eu não sou seu amigo, Evans. – ele ralhou. – Deixem ela em paz! Afinal, o que ela fez a vocês?!

— Ela nasceu. – Marlene se intrometeu, fazendo bico.

  Diversos alunos riram, alguns apenas abafaram risadas. Sirius e Remus observavam tudo, um pouco preocupados com o que James poderia fazer.

— Você se acha engraçada, não é mesmo, McKinnon? – rosnou James. – Pena que eu não estava falando com você. E você, Evans, não passa de uma idiota, tirana e arrogante! Deixe Emmeline em paz!

— Se você sair comigo, eu deixo ela em paz agora. – Lily disse automaticamente. – Por favor, Potter, eu prometo que nunca mais irei lançar um único feitiço na cabeça de palha ali.

— Eu não sairia com você nem se você fosse a última garota da Terra, Evans! – James gritou.

— Depois dessa, Prongs, eu me escondia debaixo da cama e não saía. – Marlene brincou, se virando para Emmeline que ainda estava flutuando pelo ar. – Olá!

  Com aceno de varinha, a garota sonserina começou a rodar e rodar, gritando. Marlene, Mary e Lily deram gostosas gargalhadas, mas James não pareceu nem um pouco contente com aquilo.

— Coloque ela no chão agora! – James chiou.

  Lily revirou os olhos verdes.

— Claro, claro. – ela resmungou.

  Com um aceno de varinha, Emmeline parou de girar e caiu no chão com um banque surdo, de forma que os alunos abafassem risadinhas.

— Você tem sorte que Potter está aqui, cabeça de palha. – rosnou Lily.

  Emmeline, envolvida pela raiva, gritou:

— Eu não preciso da ajuda desse sangue-ruim imundo!

  Todos os presentes olharam para Emmeline, chocados. Lily pegou a varinha, fogo dançando em seu olhar.

— Retire o que disse dele agora! – ela gritou, furiosa.

— Não, Evans, não me defenda. – James disse friamente. – Espero que tenha gostado de tudo o que fizeram com você, cabeça de palha. Eu também não preciso de alguém como você.

  Com muita dor no olhar, Emmeline observou James se afastar.

  James parou de falar com Emmeline naquele ano. E, por algum inusitado motivo, naquele ano, James e Lily pareceram se tornar “colegas”.

***

  Lily mal podia acreditar! James aceitou ir em um encontro com ela, em Hogsmeade!

  Foram seis longos e aborrecidos anos, mas ela finalmente conseguiu. Naquele momento, se encontravam caminhando pelas ruas de Hogsmeade, que estava coberta de neve naquela época do ano.

  James riu de uma piada que a ruiva disse, de forma que o sorriso dela aumentasse cinco vezes mais.

— Você realmente mudou, Evans. – ele refletiu. – Não é mais aquela garota mimada e arrogante do primeiro ano.

— Aquela garota não existe mais. – A ruiva disse, sorrindo largamente. – Deve ter caído da vassoura em um dos jogos de Quadribol. Essa Lily é totalmente reformulada! Altruísta, certinha, sem fazer bullying com Emmeline Vance! Mas você sabe, eu ainda sou muito apaixonada por você. Eu sempre fui, James. Eu… Eu mudei por causa de você. Sério, eu sinto muito por tudo o que fiz nos anos anteriores, amigo.

  Ele ficou em silencio por alguns minutos antes de falar:

— Eu não sou seu amigo, Evans.

  Ela olhou para ele, chocada e magoada.

— O que?! M-Mas, você mesmo disse que eu mudei e…

  James a calou com um beijo. Ela no inicio ficou surpresa, mas depois se envolveu. Se afastando da ruiva para poder encará-la, ele disse:

— Eu não sou seu amigo, Evans, por que quero ser o seu namorado. Você aceita?

  Ela não hesitou em dizer:

— Aceito.

  A batalha que durou seis anos valeu a pena. Foi ali, na neve e no frio do terrível inverno da Escócia, em Hogsmeade, em frente a uma loja aleatória, que uma das mais lembradas histórias de amor do mundo bruxo se oficializou.

  E no final, uma coisa poderia ser dita: James Potter não era amigo de Lily Evans. Ele era o seu namorado.


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Notas finais do capítulo

:3 :3 :3 :3 :3



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