Paga Para Matar escrita por Amanda Katherine
Notas iniciais do capítulo
Logo menos, vou postar o próximo capítulo.
Lexi Pov's.
Acordei e Sayra não estava em sua cama, ela estava parada em frente ao espelho vendo sua nova imagem refletida no mesmo. O cabelo muda quase tudo a fisionomia de uma pessoa. Só perceberiam que era Sayra se a olhassem com muita atenção. Me sentei na cama e bocejei coçando os olhos, o que chamou sua atenção.
— Está diferente? - perguntou ela se virando novamente para o espelho. - Eu não vejo diferença alguma... - disse ela pensativa.
— Está diferente sim Sayra. - disse eu sendo sincera.
— Lexi, venha aqui. - me chamou. Caminhei até ela. - Corta uma franja para mim. - disse ela convicta colocando a tesoura em minha mão.
— Tem certeza? - perguntei.
— Sim! - disse ela respirando fundo.
Depois de terminado, até que não ficou feio. Ficou bonito, meio jogada de lado. Agora sim, está irreconhecível.
— Ficou linda, nem parece que é você. - disse.
— Está dizendo que eu era feia?! - brincou ela se fazendo de brava.
— Você entendeu. - rimos e nos abraçamos.
— Senti sua falta. - disse a ela. Ela apenas me abraçou mais forte em resposta. Dizer que também sentia minha falta era pedir demais para alguém fria como Sayra.
Fui até um supermercado e comprei algumas coisas para comermos no café da manhã, depois partiríamos para casa de Jhony onde Sayra ficaria hospedada por alguns dias.
Depois de comermos tudo, eu fui e paguei o restante do hotel e partimos em nossas motos. Chegamos a casa de Jhony e o segurança nos disse que ele já estava a nossa espera.
Entramos em seu escritório e ele estava com seu bendito charuto na boca. Luke também estava lá. Assim que nos viu ele deu um pulo do sofá. Jhony apenas virou sua poltrona para nossa direção.
— Nossa... - disse Luke por conta do novo visual de Sayra, logo lhe dando um abraço. Ela estranhou o ato mas logo retribuiu. - Foi tão estranho fazer um elogio fúnebre pra você. - disse Luke a soltando e analisando-a.
— Você foi no meu "funeral"? - perguntou ela boquiaberta. - Que audácia! - disse ela lhe socando o peito de leve. Todos rimos. - Obrigada. - ela agradeceu.
— Bom, muito comovente a cena de reencontro dos pombinhos, mas temos assuntos mais sérios a tratar.
— Senti sua falta também Jhony. - alfinetou Sayra.
Jhony não pode conter um sorriso. Levantou-se e a cumprimentou formalmente, mas a mesma o surpreendeu o puxando para um abraço.
— Certo, já abracei demais hoje. - disse ela se desvencilhando dos braços de Jhony e sentando na ponta da mesa dele. Eu a acompanhei e fiz o mesmo, sentando na outra ponta, enquanto Luke já havia se acomodado numa cadeira de frente a nós.
— Ótimo, agora me deixem a par de toda a situação. – disse Sayra gesticulando com as mãos.
— Bom, creio que Lexi já tenha lhe explicado tudo, contudo temos apenas um problema não resolvido ainda -diz Jhony.
— E qual é esse problema? - perguntou impaciente.
— Como te disse Sayra, eu vi Khalil indo atrás de Andrew, e depois consegui tirar quase todas as informações sobre o que Khalil queria, menos uma. Andrew não confia totalmente em mim. Ele acha que eu estou com ele para espionar. O que agora se tornou verdade, mas ele já desconfiava e não me disse quem ele contratou para fazer esse serviço.
— Droga! – disse Sayra passando as mãos pelo cabelo impaciente. – Temos que descobrir isso imediatamente.
— Sim... – disse Luke.
— Eu vou dar um jeito, não se preocupe. – a acalmei.
Sayra suspirou e virou-se para Luke.
— Luka, como está minha irmã? Como estão todos? – disse ela com os olhos brilhando por uma resposta.
— Estão todos péssimos Sayra. – disse ele cabisbaixo. Ela suspirou novamente. Logo se levantando saindo da sala.
Olhamos uns para os outros e suspiramos.
.....
Sayra Pov’s.
Precisava ficar sozinha e lugar nenhum na casa de Jhony é melhor que seu terraço, que dá para ver a cidade. Muito bom para poder pensar.
As pessoas dizem que quando estamos prestes a morrer, a nossa vida inteira se passa em nossa mente, mas comigo não foi assim quando eu estava naquele carro, a única coisa que eu conseguia pensar era nele. Em como ele ficaria, em como ele aceitaria. Justin se tornou a pessoa mais especial para mim e não me importa se ele vai me odiar pela vida inteira, mas eu vou protege-lo até não ter mais forças.
Ele me mostrou o que é o amor, ele me mostrou o que é paixão. Me ensinou a odia-lo. Me ensinou a ama-lo. Me ensinou o que é viver, o que eu não sabia como era desde os meus dezesseis anos. Justin me mostrou uma vida totalmente fora dos eixos, totalmente fora do que eu estava acostumada. Serei eternamente grata a ele. Por me dar calor, adrenalina, paixão, carinho e amor.
— Sayra?... – chama Lexi.
— hm?
— Vamos? Temos que ir pegar os papéis na sua casa. – tinha me esquecido disso.
— Vamos. – disse começando a andar, peguei umas roupas de couro e botinas, Lexi fez o mesmo. Pegamos a motoa e fomos. Estávamos chegando na portaria.
— Olá, tudo bem? – disse Lexi para o porteiro do condomínio depois de ter tirado o capacete. Eu continuei com o meu.
— Sim, no que posso ajudar? Você mora aqui? – perguntou.
— Não, na verdade, vim fazer uma visita. Na casa de Sayra Becker.
— Só um minuto que vou ligar para a senhorita Lohany.
— não, não. Não precisa. – disse ela sorrindo amarelo. – A questão é que eu era muito amiga de Sayra e amiga da família, fiquei sabendo da recente perda de Sayra e vim visitar Lohany. Dar apoio a ela. Ela sabe que estou a caminho, ela não te disse que eu estava chegando? – disse ela se fazendo de vítima.
— Na verdade, eu acabei de entrar para meu turno, o outro porteiro foi embora, acho que ela avisou a ele.
— Pois é, ela avisou sim. Não precisa incomoda-la. Ela sabe que estou a caminho como já disse.
— Certo, preciso do nome de vocês duas.
— Meu nome é Blair e o dela – disse apontando para mim que maneei a cabeça positivamente. – é Aria.
— Certo. Podem entrar, quando saírem me entreguem este cartão. – disse ele nos dando um cartão com o número 3697 que guardei no meu bolso.
Entramos e deixamos a moto uma esquina antes de minha casa. Colocamos as toucas ninjas e andamos até o portão da garagem e eu coloquei a senha, abrindo o mesmo. Entramos sorrateiramente e olhamos em tudo para ver se tinha alguém. Caminhamos para meu quarto, quando entrei, um flashback veio a minha cabeça, minhas noites com Justin, minhas noites sozinha. O quarto estava exatamente como deixei.
— Procura logo enquanto eu fico aqui vendo se alguém aparece.
Comecei a procurar no cofre, no meio do colchão, nas gavetas, mas não estava em nenhum lugar.
— Não, não, não, não... – eu dizia enquanto virava as gavetas em busca dos papeis.
— O que foi? – perguntou Lexi preocupada.
— Os papeis não estão aqui. – disse passando as mãos aos cabelos, estava até ofegante. – Eu não consigo me lembrar, minha cabeça dói.
— Droga Sayra, não acredito. – disse ela vindo até mim para me ajudar.
— O closet. – disse correndo pra lá.
Comecei a abrir todas as gavetas, em busca de algo. Na penúltima gaveta, fez-se eco, levantei a tampa e sorri aliviada ao ver os papeis ali. Do jeito que eu deixei.
Quando os peguei, sem querer deixei cair ao tirar do envelope. Os mesmos se espalharam para o chão. Um barulho me deixou em estado de alerta. A porta da sala batendo. Tentei pega-los rápido, mas estava atrapalhada que fazia com que eles caíssem novamente das minhas mãos.
— Droga Lexi, era pra você estar olhando! – disse tentando pegar os papeis e me atrapalhando mais ainda.
— Droga, elas estão subindo. – disse Lexi vindo em minha direção me puxando. – Vem.
— Calma, deixa eu pegar. – disse puxando meu braço com força o fazendo bater na cômoda, logo derrubando minha bola de neve no chão. O que fez um alto barulho quando caiu. Se quebrou em vários pedaços.
Nessa hora eu paralisei tentando ouvir algum movimento, e não demorou muito para o barulho de passos no assoalho se tornar mais alto e mais rápido.
— Sayra, vem! Elas estão correndo pra cá! – disse ela me puxando novamente.
— As folhas. – tentei voltar para pegar, mas ela me puxou de volta, bem na hora que a porta se abriu num estrondo. Estávamos na varanda atrás das cortinas, enrolei os papeis que consegui pegar e os enfiei dentro de minha bota.
— Vamos ter de pular agora naqueles arbustos. – disse a Lexi e a mesma assentiu.
Pulamos e saímos correndo, quando ouso olhar para trás, estavam Lany, Pattie e Miley nos olhando correr. Pattie levou suas mãos a boca. Atravessamos o portão e corremos para a esquina de encontro com a moto. Logo montamos e demos partida.
Chegando na portaria, sorte que não precisamos tirar os capacetes, pois ainda estávamos com as toucas ninjas. Entregamos o cartão e ele abriu a cancela, maneamos a cabeça para ele e metemos o pé dali.
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até o próximo, beijooos.