Paga Para Matar escrita por Amanda Katherine


Capítulo 23
A verdade.


Notas iniciais do capítulo

Logo menos, vou postar o próximo capítulo.



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Lexi Pov's.

    Acordei e Sayra não estava em sua cama, ela estava parada em frente ao espelho vendo sua nova imagem refletida no mesmo. O cabelo muda quase tudo a fisionomia de uma pessoa. Só perceberiam que era Sayra se a olhassem com muita atenção. Me sentei na cama e bocejei coçando os olhos, o que chamou sua atenção.

— Está diferente? - perguntou ela se virando novamente para o espelho. - Eu não vejo diferença alguma... - disse ela pensativa.

— Está diferente sim Sayra. - disse eu sendo sincera.

— Lexi, venha aqui. - me chamou. Caminhei até ela. - Corta uma franja para mim. - disse ela convicta colocando a tesoura em minha mão.

— Tem certeza? - perguntei.

— Sim! - disse ela respirando fundo.

   Depois de terminado, até que não ficou feio. Ficou bonito, meio jogada de lado. Agora sim, está irreconhecível.

— Ficou linda, nem parece que é você. - disse.

— Está dizendo que eu era feia?! - brincou ela se fazendo de brava.

— Você entendeu. - rimos e nos abraçamos.

— Senti sua falta. - disse a ela. Ela apenas me abraçou mais forte em resposta. Dizer que também sentia minha falta era pedir demais para alguém fria como Sayra.

   Fui até um supermercado e comprei algumas coisas para comermos no café da manhã, depois partiríamos para casa de Jhony onde Sayra ficaria hospedada por alguns dias.

   Depois de comermos tudo, eu fui e paguei o restante do hotel e partimos em nossas motos. Chegamos a casa de Jhony e o segurança nos disse que ele já estava a nossa espera.

   Entramos em seu escritório e ele estava com seu bendito charuto na boca. Luke também estava lá. Assim que nos viu ele deu um pulo do sofá. Jhony apenas virou sua poltrona para nossa direção.

— Nossa... - disse Luke por conta do novo visual de Sayra, logo lhe dando um abraço. Ela estranhou o ato mas logo retribuiu. - Foi tão estranho fazer um elogio fúnebre pra você. - disse Luke a soltando e analisando-a.

— Você foi no meu "funeral"? - perguntou ela boquiaberta. - Que audácia! - disse ela lhe socando o peito de leve. Todos rimos. - Obrigada. - ela agradeceu.

— Bom, muito comovente a cena de reencontro dos pombinhos, mas temos assuntos mais sérios a tratar.

— Senti sua falta também Jhony. - alfinetou Sayra.

   Jhony não pode conter um sorriso. Levantou-se e a cumprimentou formalmente, mas a mesma o surpreendeu o puxando para um abraço.

— Certo, já abracei demais hoje. - disse ela se desvencilhando dos braços de Jhony e sentando na ponta da mesa dele. Eu a acompanhei e fiz o mesmo, sentando na outra ponta, enquanto Luke já havia se acomodado numa cadeira de frente a nós.

— Ótimo, agora me deixem a par de toda a situação. – disse Sayra gesticulando com as mãos.

— Bom, creio que Lexi já tenha lhe explicado tudo, contudo temos apenas um problema não resolvido ainda -diz Jhony.

— E qual é esse problema? - perguntou impaciente.

— Como te disse Sayra, eu vi Khalil indo atrás de Andrew, e depois consegui tirar quase todas as informações sobre o que Khalil queria, menos uma. Andrew não confia totalmente em mim. Ele acha que eu estou com ele para espionar. O que agora se tornou verdade, mas ele já desconfiava e não me disse quem ele contratou para fazer esse serviço.

— Droga! – disse Sayra passando as mãos pelo cabelo impaciente. – Temos que descobrir isso imediatamente.

— Sim... – disse Luke.

— Eu vou dar um jeito, não se preocupe. – a acalmei.

        Sayra suspirou e virou-se para Luke.

— Luka, como está minha irmã? Como estão todos? – disse ela com os olhos brilhando por uma resposta.

— Estão todos péssimos Sayra. – disse ele cabisbaixo. Ela suspirou novamente. Logo se levantando saindo da sala.

   Olhamos uns para os outros e suspiramos.

.....

Sayra Pov’s.

     Precisava ficar sozinha e lugar nenhum na casa de Jhony é melhor que seu terraço, que dá para ver a cidade. Muito bom para poder pensar.

   As pessoas dizem que quando estamos prestes a morrer, a nossa vida inteira se passa em nossa mente, mas comigo não foi assim quando eu estava naquele carro, a única coisa que eu conseguia pensar era nele. Em como ele ficaria, em como ele aceitaria. Justin se tornou a pessoa mais especial para mim e não me importa se ele vai me odiar pela vida inteira, mas eu vou protege-lo até não ter mais forças.

   Ele me mostrou o que é o amor, ele me mostrou o que é paixão. Me ensinou a odia-lo. Me ensinou a ama-lo. Me ensinou o que é viver, o que eu não sabia como era desde os meus dezesseis anos. Justin me mostrou uma vida totalmente fora dos eixos, totalmente fora do que eu estava acostumada. Serei eternamente grata a ele. Por me dar calor, adrenalina, paixão, carinho e amor.

— Sayra?... – chama Lexi.

— hm?

— Vamos? Temos que ir pegar os papéis na sua casa. – tinha me esquecido disso.

— Vamos. – disse começando a andar, peguei umas roupas de couro e botinas, Lexi fez o mesmo. Pegamos a motoa e fomos. Estávamos chegando na portaria.

— Olá, tudo bem? – disse Lexi para o porteiro do condomínio depois de ter tirado o capacete. Eu continuei com o meu.

— Sim, no que posso ajudar? Você mora aqui? – perguntou.

— Não, na verdade, vim fazer uma visita. Na casa de Sayra Becker.

— Só um minuto que vou ligar para a senhorita Lohany.

— não, não. Não precisa. – disse ela sorrindo amarelo. – A questão é que eu era muito amiga de Sayra e amiga da família, fiquei sabendo da recente perda de Sayra e vim visitar Lohany. Dar apoio a ela. Ela sabe que estou a caminho, ela não te disse que eu estava chegando? – disse ela se fazendo de vítima.

— Na verdade, eu acabei de entrar para meu turno, o outro porteiro foi embora, acho que ela avisou a ele.

— Pois é, ela avisou sim. Não precisa incomoda-la. Ela sabe que estou a caminho como já disse.

— Certo, preciso do nome de vocês duas.

— Meu nome é Blair e o dela – disse apontando para mim que maneei a cabeça positivamente. – é Aria.

— Certo. Podem entrar, quando saírem me entreguem este cartão. – disse ele nos dando um cartão com o número 3697 que guardei no meu bolso.

   Entramos e deixamos a moto uma esquina antes de minha casa.  Colocamos as toucas ninjas e andamos até o portão da garagem e eu coloquei a senha, abrindo o mesmo. Entramos sorrateiramente e olhamos em tudo para ver se tinha alguém. Caminhamos para meu quarto, quando entrei, um flashback veio a minha cabeça, minhas noites com Justin, minhas noites sozinha. O quarto estava exatamente como deixei.

— Procura logo enquanto eu fico aqui vendo se alguém aparece.

   Comecei a procurar no cofre, no meio do colchão, nas gavetas, mas não estava em nenhum lugar.

— Não, não, não, não... – eu dizia enquanto virava as gavetas em busca dos papeis.

— O que foi? – perguntou Lexi preocupada.

— Os papeis não estão aqui. – disse passando as mãos aos cabelos, estava até ofegante. – Eu não consigo me lembrar, minha cabeça dói.

— Droga Sayra, não acredito. – disse ela vindo até mim para me ajudar.

— O closet. – disse correndo pra lá.

   Comecei a abrir todas as gavetas, em busca de algo. Na penúltima gaveta, fez-se eco, levantei a tampa e sorri aliviada ao ver os papeis ali. Do jeito que eu deixei.

    Quando os peguei, sem querer deixei cair ao tirar do envelope. Os mesmos se espalharam para o chão. Um barulho me deixou em estado de alerta. A porta da sala batendo. Tentei pega-los rápido, mas estava atrapalhada que fazia com que eles caíssem novamente das minhas mãos.

— Droga Lexi, era pra você estar olhando! – disse tentando pegar os papeis e me atrapalhando mais ainda.

— Droga, elas estão subindo. – disse Lexi vindo em minha direção me puxando. – Vem.

— Calma, deixa eu pegar. – disse puxando meu braço com força o fazendo bater na cômoda, logo derrubando minha bola de neve no chão. O que fez um alto barulho quando caiu. Se quebrou em vários pedaços.

   Nessa hora eu paralisei tentando ouvir algum movimento, e não demorou muito para o barulho de passos no assoalho se tornar mais alto e mais rápido.

— Sayra, vem! Elas estão correndo pra cá! – disse ela me puxando novamente.

— As folhas. – tentei voltar para pegar, mas ela me puxou de volta, bem na hora que a porta se abriu num estrondo. Estávamos na varanda atrás das cortinas, enrolei os papeis que consegui pegar e os enfiei dentro de minha bota.

— Vamos ter de pular agora naqueles arbustos. – disse a Lexi e a mesma assentiu.

   Pulamos e saímos correndo, quando ouso olhar para trás, estavam Lany, Pattie e Miley nos olhando correr. Pattie levou suas mãos a boca. Atravessamos o portão e corremos para a esquina de encontro com a moto. Logo montamos e demos partida.

   Chegando na portaria, sorte que não precisamos tirar os capacetes, pois ainda estávamos com as toucas ninjas. Entregamos o cartão e ele abriu a cancela, maneamos a cabeça para ele e metemos o pé dali. 


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Notas finais do capítulo

até o próximo, beijooos.



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