Paga Para Matar escrita por Amanda Katherine


Capítulo 19
O único lugar que queria estar é ao lado dela.


Notas iniciais do capítulo

gente, espero que gostem, vejo vcs nos próximos morangurts. Beijos.



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    Acordo com o despertador, era hora de me arrumar, preciso ser rápida neste jantar, tenho mais o que resolver, coloco um vestido formal preto, com as costas abertas e um decote grande aberto, um salto 15 e prendi meu cabelo em um coque mal feito, mas chique.

    Fiz a maquiagem escura, um batom vermelho vivo mate nos lábios... estava pronta, me olho no espelho satisfeita com o resultado. Pego meu celular e desço pra sala esperar Justin. Estava começando a chuviscar. Ouço a campainha tocar. Abro e é Justin, não dou nem tempo para ele fazer menção de entrar, já saio fechando a porta atrás de mim.

— Vamos? – digo sorrindo. Ele me olha com o cenho franzido.

— Claro. – sorriu falso me medindo. Parecia incomodado com minha roupa.

    Fomos o caminho em silêncio, Justin tentava puxar assunto, mas eu apenas ignorava. Suas perguntas respondia apenas com sim ou não, ou até mesmo um aceno de cabeça.

— O que está acontecendo? – perguntou ele irritado.

— Sobre?

— Porra Sayra, qual é seu problema?

— Sabe qual é meu problema Justin? É você... eu cansei entendeu? Aqui... atrás das câmeras não temos que fingir nada, nos odiamos e é isso que importa, agora se não se importa, quero ficar em silencio sobre este assunto e qualquer outro em relação que me faça dirigir minha palavra a você, a não ser na frente daqueles malditos paparazzis. – Justin ficou em silêncio.

     Chegamos em frente ao restaurante, ele estacionou e quando saímos dei meu melhor sorriso e segurei em sua mão, como uma menina apaixonada, ele apenas me olhou e balançou a cabeça negativamente. Era a mesma loucura de sempre, flashes por todos os lados.

— Desculpe não dizer antes, mas quando se olha para o chão, os flashes não cegam.

— Obrigada por dizer isso depois de eu não estar enxergando quase nada. – disse fingindo um humor.

    Entramos e nos sentamos, era uma mesa mais reservada, escura, com um toque romântico sem luz, apenas a luz da vela clareava nosso ambiente, e como sempre, de frente ao grande vidro, para os paparazzis... que chatice.

   Fizemos nosso pedido e Justin ficou me olhando com suas mãos cruzadas em cima da mesa.

— O que foi?

— Por que você é assim? – perguntou irônico.

— olha só Justin, não me enche tá.

    A comida chegou e nós comemos, já estávamos ali a uns quarenta ou cinquenta minutos, apenas tomando vinho e conversando, um sorrindo para o outro e alisando as mãos, os flashes não paravam, qualquer movimento nosso flagrado para eles era precioso.

— Então Sayra... você esta tão feliz hoje. – disse irônico.

— Sabe o que me faria feliz agora? – ele balançou a cabeça me incentivando a continuar, olhei no celular e voltei a falar. – Saber que falta menos de vinte minutos para irmos embora e eu ficar o mais longe possível de você.

— Por que não vai agora então? Aproveita e faz um programa para ir embora, porque eu não vou te levar.

      Me levantei e peguei meu celular, sai dali e caminhei para fora do restaurante, muitas perguntas em minha mente, olhei para cima e os flashes e as perguntas estavam me dando tontura, muita gente em minha volta, muita gente em minha volta.... tirei meus sapatos e sai correndo dali, parei o primeiro taxi que passava, olhei em minha mão onde só havia o celular, droga! Não vou pedir dinheiro a ele. Desci do taxi e fui andando. Vejo Justin na mesma situação em que eu me encontrava, ele entrou em seu carro e veio em minha direção, nem se quer olhei para o lado.

— Sayra, entra nessa porra de carro agora, você quer me ferrar?

— Sabe qual é O SEU problema Justin? Você só pensa em você. Na sua carreira, e as pessoas a sua volta que se fodam, como se elas não tivessem sentimentos. Quer saber? Vai se ferrar você e esse contrato idiota, some da minha vida Justin... eu te odeio. – continuei a andar, seria uns quarenta minutos dali até em casa, vi uma sacolinha na rua, me abaixei e a peguei envolvendo meu celular nela, pois começara a chover... ótimo! O destino sempre ao meu favor. Sentiu a ironia? Além de ir a pé, vou molhada.

    A chuva não era fraca, mas o que me irritava mais, é Justin que me seguia bem devagar com seu carro, como uma escolta, acho que ele pensa que vou mudar de ideia. Apressei meus passos, Justin acelerou seu carro e parou mais a frente, ele desceu e correu atrás de mim, me grudou e praticamente me jogou dentro do carro trancando a porta.

— Idiota, me deixa sair daqui agora Justin, eu não quero ir com você. – disse extremamente irritada.

— Você não tem que querer nada. – disse abrindo o porta-luvas e pegando uma fita, ele passou em meus braços os prendendo e na minha boca, viado.

    Ele dirigiu o caminho inteiro em silencio, chegamos e ele me levou para dentro de casa, me jogou no sofá e puxou com tudo a fita de minha boca.

— Viado, faz isso com a sua cabeçudinha. Idiotinha do caralho.

— Vai se ferrar sua vadia!

— Vai lá vai, depois não adianta pedir perdão, saiba que sou muito orgulhosa.

— Eu? Pedir perdão? Pra você? Não me faça rir Sayra. – disse rindo debochado.

— Depois que você descobrir quem é a verdadeira vadia Selesma Gomez, você vai sim, me pedir perdão, por tudo. – sinto meu rosto arder, ele... me bateu? NÃO, não, não, não, ele não fez isso, não mesmo. O olhei transbordando de raiva.

— Nunca mais se refira a ela dessa maneira. – pensei duas vezes antes de pegar minha arma e meter uma bala em sua cabeça em vez disso o expulsei de casa.

— Sai daqui. – disse entre dentes.

— Ou então vai fazer o que? – debochou.

— Estourar seus miolos seria uma boa. – ele riu. – Sabe, eu torso para que quando você estiver descendo aquela imensa escada da sua casa, você caia de lá e fique um mês sem andar.

— E eu torso para que quando você estiver nesse seu carrinho, você de mil cambalhotas com ele e não sobre nem seu pó para contar a historia. – ele quer que meu carro capote é isso?

— O que você me deseja, te desejo em dobro. – ele se virou em foi embora batendo a porta, uma lagrima ousou em cair, a limpei rapidamente, não tenho tempo de ficar chorando por homem, subi as escadas, tomei um banho quente, coloquei a roupa molhada no lugar certo e me arrumei, a tempestade continuava, peguei minhas armas e os adesivos dos carros. Dirigi para casa de Jhony, estavam todos lá, me esperando.

— Por que se atrasou? – perguntou Jhony.

— Longa historia.

— Tenho tempo. – insistiu.

— Mas eu não. – disse e peguei os adesivos, ajudando a arrumar os carros, havia uns 10 carros lá, quatro já estavam prontos. Colocamos as sirenes e estavam todos prontos, Jhony nos deu os uniformes dos tiras, colocamos e partimos, o objetivo era pegar um cara chamado Jack, um tal milionário de mais ou menos quarenta anos, o mesmo cara que tentou me matar trilhões de vezes, tem raiva de mim por não aceitar ir trabalhar com ele, hoje ele está desprotegido, acabara de mudar de casa, como se ninguém fosse souber onde era, o motivo de pega-lo, não sei, mas vou ganhar bem por isso. Luke foi com meu carro atrás, na hora da fuga, vou com ele.

    Havia caras nossos prontos para receber minha ordem, cada um de nós tínhamos um radinho. Apertei o botão e dei a ordem. Eles invadiram a casa, só se ouvia gritos, ligo o carro e vou andando bem devagar com o carro, os outros estão a minha frente, Jack sai correndo da casa gritando por socorro, por algum acaso, estávamos passando por ali, meu parceiros foram ajuda-lo, ele disse que havia homens lá dentro, parei minha viatura e desci com a cabeça baixa e com o chapéu encobrindo meu rosto. Caminhei até eles e levantei meu rosto, ele estalou os olhos e eu sorri, peguei a barra de ferro no lugar do cassetete e dei em sua cabeça, apagando-o.   

— Foi fácil, levem-no, Luke, as chaves. – disse, caminhando até meu carro. Peguei as chaves no ar, após o mesmo  joga-la para mim.

— Ou não. – disse Luke, me virei para trás e vi faróis de carros vindo ao longe.

— Vão. – gritei. – Eu dou cobertura, agora.  – todos entraram nos carros e foram na frente, peguei minha arma e mirei, comecei a atirar até ver um capotar, entrei em meu carro e fiz um caminho diferente do deles.

     Alguns carros me seguiam, outros seguiam eles, mas não os acharão, já sumiram do mapa, a essa altura, já se livraram dos carros e estão na van. Olho pelo retrovisor   e vejo a explosão, eles incendiaram as viaturas, começam a atirar no meu carro, acelero mais e mais, droga de chuva que não para, estava me dificultando, mais um tiro e tudo roda, literalmente, rodas voaram para todos os lados, só pelo que consegui contar, foram sete capotadas, meu carro entrou no meio do pasto arrebentando cerca e tudo que havia pela frente, droga... eu estava de cabeça para baixo, o sangue de meu nariz me dificultava a respirar, uma barra de ferro ficou presa em minha perna, droga, droga...

   Sinto cheiro de fumaça, não, não, não, maldita boca de Justin. Não posso acabar aqui, o que vai ser de Justin na mão de Khalil? DROGA.

— NÃO. – gritei chorando. -  DROGA, MAIS QUE DROGA. – sinto tudo ficar preto, não acredito que vou morrer aqui, sozinha, queimada, como Justin descreveu? É o destino? Porque se for, irônico ele não?!

...............

 Pov´s Justin.

    Depois que sai da casa de Sayra, extremamente irritado, mas com um pingo de culpa por ter dito aquilo, droga. Pensei em voltar e pedir desculpas, mas não, sou orgulhoso demais pra isso, como ela também é, mas... o pior é que estou completamente apaixonado por ela. Não sei por que bati nela, ainda por cima por causa de Selena, ela não merecia isso, posso até gostar dela ainda, mas meu sentimento por Sayra esta crescendo cada vez mais, até substituir por completo o espaço de Selena. Faço sempre as coisas erradas, mas depois vou concertar tudo, ela vai ser minha, com todos os seus defeitos.

    Entro em casa e Hails pula em mim me beijando, ela é um amor, minha melhor amiga, Miley e Demi também estavam lá, inclusive Scooter.

— Grande Justin... – disse ele sorrindo, vindo me abraçar. – Estou orgulhoso, jamais poderia pensar em algo como isso, você e a Sayra são demais, isso deu mais repercussão a sua imagem como nunca, depois você pode fazer uma homenagem a ela e estará tudo perfeito, por que não me disseram que estavam tramando isso?

— O que? – perguntei confuso. – Olho para a TV e está passando a cena do restaurante, droga.

— Olha só, Sayra parece realmente uma atriz. – diz Scooter orgulhoso.

— Isso tudo foi real. – disse com o maxilar travado, arrependido.

— Claro que sim, muito mais real que seus antigos encontros, melhor até do que aquele com a Hailey. Por falar nisso, Purpose esta pronta para ser lançada.

— Não, adie para mês que vem por favor, quero tramar algo para Sayra.

— Magnifico, Justin, cada dia você me surpreende mais.

— Scooter, nos brigamos de verdade. – subi as escadas e fui para meu quarto, ligo a TV e termino de ver a matéria no meu quarto.

“Noticia Urgente.”

Repórter: Uma grande explosão nos chama a atenção, na avenida Clopenbush, mais de cinco carros de viaturas foram encontrados pegando fogo,  não há testemunhas para o que aconteceu, não há feridos, pois estavam todas vazias, e na estrada 17, próximo ao Brooklin, outro carro foi encontrado pegando fogo, segundo aos policiais, é um modelo de Audi R8 da placa HNJB-1528, há uma pessoa dentro, infelizmente não sobreviveu, seu corpo foi queimado 100%, não sabemos se é mulher ou homem ainda, pois o corpo foi levado para a pericia. O motorista, provavelmente perdeu o controle no meio da tempestade e capotou o carro, pelo estado em que se encontra, deu mais de 10 capotadas. Outras noticias aqui, no WordNews.

    Não pode ser, essa placa, não sei tudo, mas é muito igual, só pude confirmar isso com o grito de Lany que veio de lá da sala, uma falaria alta, desci correndo, Lany estava descontrolada. Fiquei olhando perplexo, não pode ser, a Sayra não. Cai de joelhos no chão e fiquei encarando minhas mãos, o choro angustiante de Lany, só piorava tudo. Podia sentir de longe o tamanho de sua dor e remorso, mas em mim, só percebi agora que ela se foi, que o único lugar onde deveria estar era ao seu lado, nem que fosse para apenas brigarmos como sempre, ela era especial para mim, não poderia perde-la, não pude aguentar mais, comecei a chorar como uma criança como todos naquela sala que se tornara tão fria para mim, a tristeza tomou conta de tudo.


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Notas finais do capítulo

o que acharam? Espero que tenham gostado, beijooosss. ♥ ♥



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