Paga Para Matar escrita por Amanda Katherine


Capítulo 13
Confusão.


Notas iniciais do capítulo

oi morangurts, como estão? Espero que gostem.



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Acordo e apalpo o lado da cama, Justin não está mais na mesma, abro os olhos só pra ter a certeza, e ele realmente não estava mais lá. Levanto com toda a preguiça do mundo e tomo um banho, recordações da noite passada invadem minha cabeça. Minhas pernas doem, no meio delas doem. Sorrio lembrando também de Justin segurando minha mão, para mim, aquilo foi tipo um estarei sempre aqui, mas não foi isso o que ele quis representar. Não sei o que significou pra ele, mas eu sei muito bem o que significou pra mim!

    Saio do banho ainda perdida em meus pensamentos, me troco e desço as escadas suspirando. Lá embaixo, estão todos tomando café, as meninas me olham com cara de quem comeu e não gostou. Kesya está do lado de Justin, conversando sorridentemente com ele. Tudo bem, eu senti algo estranho dentro de mim. Mas foda-se! Ele não é nada meu mesmo!

—Sente-se conosco Sayra.  - diz Kesya sorrindo.

— Ahn... Não obrigada, vou tomar café fora. - as meninas fazem cara de satisfeitas com minha resposta.

    Saio de lá e pego meu carro, caminho para o Starbucks, chego e entro, dou de cara com Derek.

— Perdida por ai princesa? - pergunta sorrindo.

— Ahn... Não, só vim tomar café da manhã. E você? O que faz por aqui tão cedo?

— Vim fazer o mesmo que você,  mas vou tomar em casa, ou melhor, posso tomar aqui com você?  - pergunta levantando seu saco marrom com seu lanche dentro.

— Ahn, claro, fica a vontade. - nos sentamos e a garçonete veio tirar meu pedido.

— Então, está afim de sair comigo qualquer dia? - o encaro.

— Pra onde? - pergunto.

— Não sei, para onde gostaria de ir?

— Você chamou, você decide! - chegou meu pedido e ele tirou o seu do pacote e começamos a comer.

— Tudo bem.... cinema? - sugeriu.

  Isso é bem clichê e um tanto quanto romântico, não gosto disso mas.... - Pode ser, quero ver um filme de terror. - indaguei tirando uma mordida do meu sanduíche.

— Tudo bem. - ele sorri, sorrio de volta.

   Terminamos nossos lanches e conversamos sobre coisas aleatórias, iria sair com Derek no sábado, semana que vem.

— Bom, acho que já vou indo. Tenho muita coisa preparada pra hoje a noite. – sorrio.

— Tudo bem, vai lá. Mas não se esqueça da semana que vem. – sorriu e me beijou no rosto.

    Caminho para um lugar, o penhasco, onde eu conseguia pensar, meu lugar favorito. Fico lá um tempo considerável, olho no relógio e já marcava 19:26, fiquei tanto tempo lá e nem percebi. Resolvo ir me arrumar.

     Saio de lá e caminho para casa. Era hoje, teria que arrumar tudo para hoje á noite. Entro em casa e estão todos lá, assistindo filme, passo reto e Justin me olha, sorrio para o mesmo que revira os olhos e volta a prestar atenção na TV. Tudo bem, aquilo não me agradou nem um pouco. Subo as escadas direto para meu quarto. Entro na esperança de escutar uma batida tão forte da porta do meu quarto que ficaria surda, mas não ouço nada, olho e Justin esta parado me olhando, provavelmente segurou a porta da batida. Reviro os olhos, se ele acha que pode ter relações comigo e depois simplesmente me ignorar e depois quando estiver necessitado, vir ate mim novamente ele esta muito enganado!

— O que você quer? – pergunto com ignorância.

— O que deu em você? – pergunta se fazendo de sínico.

— Por que me ignorou lá em baixo?

— Nós não temos nada serio Sayra.

— Exatamente Justin, mas você esta na minha casa, no mínimo poderia conversar comigo já que todos me ignoram! – disse com raiva.

— Não posso fazer nada quanto a isso. Os amigos são seus, é seu esse problema, não tenho que ficar te consolando em nada. Você é só minha putinha fixa. – sorriu. Virei um tapa em seu rosto.

— Nunca mais repita isso seu nojento!

— SUA PUTA. VADIA, POR QUE FEZ ISSO?! – vish, a bixa começou a gritar, odeio isso.

— Hey, fala baixo, ainda não fiquei surda. – digo debochada.

— VOCÊ ME PAGA SUA ÉGUA, SUA IRMA TEM RAZÃO DE DESCONFIAR DE VOCÊ, JÁ DEVE TER DADO PRA GERAL QUE ESTA NESSA CASA, VOCÊ É UMA PUTA QUE NÃO DEIXA PASSAR UMA, SUA IRMÃ TEM TODA RAZÃO SOBRE O QUE DIZ DE VOCÊ, SE EU FOSSE ELA TAMBÉM IRIA PREFERIR QUE VOCÊ MORRESSE NO LUGAR DA MINHA TIA! – tudo bem, essa doeu.

— Ela disse isso? – perguntei, sussurrando, mais para mim do que pra ele.

— E NÃO DEVERIA? SUA VACA! – os meninos entram desesperados no quarto, Justin estava quase voando em cima de mim. Eles seguraram Justin.

— Tudo bem Sayra? Ele te machucou? – pergunta Chris.

— Ela me deu um tapa na cara, ESSA VADIA!

— Calma bro. – diz Ryan a Justin.

     Eu não conseguia prestar atenção em mais nada, muito menos aos xingamentos de Justin, minha própria irmã me quer morta, tudo isso por ciúme, ela sabe que eu nunca iria trai-la. Isso acabou comigo. Ela me olha da porta com os braços cruzados, olho no fundo de seus olhos e sinto uma lagrima correr pelos meus fracos e idiotas olhos. Mas  quer saber de uma coisa? A partir de agora, vou ser mais fria que gelo, se existia algum amor dentro de mim, acabo de mata-lo! Seco rapidamente meus olhos, meu humor muda radicalmente, é incrível como consigo se sobressair de uma situação em segundos.

— Todos fora do meu quarto, AGORA! – digo já impaciente.

    Vou até meu closet e pego o que eu iria usar hoje. Começo a me despir e colocar a roupa de couro preta e coloco a touca de ladrão ate a metade da testa.

— Mas é sem vergonha mesmo, depois quer que não tenhamos motivos. – diz Lohany.

— O quarto é meu e eu me troco aqui quando quiser, alias, eu pedi para que vocês saíssem daqui! – eu já estava pronta. Me sentei na cama e coloquei minha bota preta também de couro.

— É, você é assim mesmo, agora vai lá e mata mais pessoas, esse é o seu dom. –diz Lohany.

— Exatamente. Esse é o meu dom. Matar! E se for preciso, vou meter bala no meio da testa de novo! – digo abrindo a gaveta e pegando minha arma favorita. Coloco a na cintura. Eles arregalam os olhos olhando para a mesma, menos Lohany que já estava acostumada.

— Aonde você vai Sayra? – Chris se atreve a perguntar.

— Primeiro que não é da sua conta, segundo, vocês sabem muito bem onde vou, terceiro, não se intrometam na minha vida, muito menos neste assunto, ou será pior pra vocês. – digo fria pegando minha mochila embaixo da cama com algumas coisas e dinheiro caso eu precise. Fui em direção a porta, Lany estava parada na mesma. – E você Lohany, caso tenha sorte eu não volte hoje.

— Seria bom, se quiser fique um mês para onde vai. – sorriu falsa.

— Um mês é muito pouco, mas fique sabendo que titia não irá voltar no meu lugar, e talvez eu a encontre se for no mesmo lugar que ela, ou talvez eu vá para o inferno, mas se eu vê-la novamente, vai ser magnifico, pois eu sei que ela sim me amou de verdade, diferente de nossos pais que nunca se preocupou comigo e diferente de você também. – digo e saio dali, ela chorou, mas dessa vez não vou estar aqui para abraça-la. Pego meu carro e dirijo até a casa de Luka.

— Tudo pronto chefe? – diz Luka assim que eu chego e ele vem até meu carro.

— Sim, vamos logo. – digo impaciente. Ele pega uma mochila com armas e joga no banco do passageiro para mim, ele faz isso com os três carros a mais que estão atrás de mim. Luka iria depois com o caminhão e mais homens. Acelero e já estamos na pista, nosso destino é na rota 84, uma pista única que há apenas mato dos dois lados, cerca de 30 km de pista reta. Paramos quase no meio dela, menos de cinco minutos, avisto faróis vindo do outro lado, havia homens meus espalhados pelo mato, caso precise. Eles iam se aproximando cada vez mais.

— Coloquem as toucas! – mandei. Abaixei minha touca cobrindo todo o meu rosto.

      O caminhão parou a nossa frente, vários carros atrás, um homem branquelo, alto e careca de terno veio em nossa direção. Entregou uma maleta preta a Robert, um segurança de confiança.

— O que tem nela? – perguntei.

— Eu não sei, ninguém sabe a não ser o meu patrão e o seu. – assenti.

      Não demorou muito e Luka chega com o caminhão, os seguranças fazem a transferência de um caminhão a outro. Era armas apontadas de todos os lados, eles montaram em seu caminhão e foram embora.

— Robert? – chamo.

— Tudo certo patroa. – sorrio diabólica.

     Encosto em meu carro e espero o show começar. Não demora muito e o caminhão e todos os carros explodem. Robert fez um bom trabalho na hora da transferência. Monto em meu carro e vamos embora, vou sorrindo vitoriosa. Já se passava das 00:00. Voltei para casa e vi luzes brilhando, isso mesmo? Festa na MINHA casa, sem MINHA ordem?!

    Desço rapidamente e entro em casa, dando de cara com Miley e Demi, sorri involuntariamente. A raiva  passou, não sei por que mas fiquei muito feliz em vê-las.

— Vadiaaaaa. – diz Miley vindo correndo em minha direção e pulando em cima de mim, Demi fez igual.

— E essa roupa ai de malandra, foi assaltar um banco? – as duas caem na gargalhada.

— Haha, sim, ahn, quer dizer, não, é só que eu estava andando de moto com um amigo, ai eu gosto de roupa de couro, é muito frio sabe. – sorri falso.

— Tudo bem, vamos para seu quarto? Queremos falar com você. – diz Demi.

— Tudo bem.... – subo e elas me seguem. – Podem falar. – sorrio.

— Então... – Miley diz fechando a porta e sentando em minha cama junto de Demi. -     Vimos sua nova amiga Kesya aqui, acho que ela não é flor que se cheire!

— Eu também acho, ela estava muito perto de Justin e se tornou amiguinha de Selena.

— Eu... bom, eu não sei o que dizer, conheci ela a pouco tempo e ainda não confio nela então... mas, onde Selena conheceu ela?

— Não confie mesmo, você irá nos dar razão depois, nós sabemos que você gosta do Justin e ela quer pegar ele, quer furar seu olho e o de Selena. E sobre isso, ela esta aqui na sua casa, com o... Justin. – diz Miley.

      Me levanto e abro a porta com força. Desço a procura de Lohany, se ela queria me irritar conseguiu! Ela estava dançando com Chris, Justin e Selena. ARGH!

— O QUE VOCÊ ESTÁ PENSANDO? PERDEU O MEDO DO PERIGO? SUA BRINCADEIRA JÁ FOI LONGE DE MAIS! – digo a puxando dali.

— Do que esta falando assassina? –lhe viro um tapa na cara, ela coloca a mão em seu rosto e me olha indignada.

— De você dar festa na MINHA casa, papai não deu um real para compra-la, foi tudo com o MEU dinheiro, a partir de agora, ninguém mais entra nesta casa e nada mais acontece aqui sem minha permissão! E sobre trazer essa vadia aqui, pode manda-la embora AGORA! Você já esta abusando de mais da minha boa vontade com você, mas agora CHEGA! Se quiser ir embora também, fica a vontade!

— Não fala assim com a Lolo sua vadia! – diz Selena me empurrando, espera... ela tocou em mim? Ela me..... e.m.p.u.r.r.o.u? Não devia ter feito isso.

      Vou para cima dela desferindo socos em seu rosto, descontando toda a minha raiva, era socos, joelhadas em seu estomago, tentavam me segurar, mas os que se atreviam levavam também. A puxei para fora dali pelos cabelos, a joguei  no chão e lhe dei chutes em sua barriga, ela cuspia sangue já, mas eu não paro enquanto não a ver morta! Continuei e sinto mãos fortes me segurar, conheço bem essa pegada.

— Me solta Justin, seu maldito, me solta, tira as mãos de mim! – digo com raiva e ofegante.

— Para sua louca. Vou chamar a policia pra você, ela não te fez nada! Só por que eu amo ela e não você?! Sua vadia. Nunca mais rela nela, ENTENDEU?

— Se ela não cruzar meu caminho eu não relo, quanto odiar por você a amar, você esta muito enganado, um dia irá pedir desculpas por não ter acreditado em mim, pois você não faz ideia de quem anda lado a lado com você! Não digo só dela, devia tomar mais cuidado com seus amigos também! OTÁRIO! – me solto e entro em casa. – A FESTA ACABOU, PODEM IR EMBORA AGORA! – digo puxando o som da tomada, aos poucos a casa vai esvaziando.

        Me sento no sofá ofegante, tremendo, ai que ódio. Passo as mãos pelos meus cabelos, o que eu fiz? Droga! Falei de mais, boca grande, você sempre estraga tudo Sayra, SEMPRE.

— Sayra?

— O QUE É PORRA? – digo e vejo uma Miley e uma Demi me olhando assustada. – Desculpe, não vi que era vocês. – suspiro.

— Tá bem? – pergunta Demi.

— Bom trabalho, adorei vê-la sangrando. – diz Miley sorrindo.

— Acho quem sim. – rio e respondo Demi, olho e vejo Lany descendo as escadas com suas coisas e malas. Droga, fiz cagada. – Lany, olha... eu... eu... droga!

— Não precisa se argumentar, a casa é sua. – diz indo embora.

— Puta que pariu! Minha vida esta indo de mal a pior.- sinto lagrimas em meus olhos.

— Eu acabei de voltar do Brasil, vou dar uma pausa, se quiser eu fico aqui na sua casa com você Sayra. – diz Demi.

— Eu também, estou numa pausinha prolongada, se quiser nossa companhia, estamos aqui. – diz Miley.

— Por que?.... Por que estão fazendo isso por mim? – pergunto as olhando.

— Você não gosta da Selesma. – diz Miley.

— Você é simpática e criamos vinculo com você. – diz Demi.

— Vemos o quanto você esta sofrendo com tudo isso, mas ninguém tenta enxergar seu lado. – diz Miley.

— E gostamos de você! – termina Demi.

— Obrigada meninas. – sorrio. Elas me abraçam, a quanto tempo não sinto um abraço de amigas. – Tudo bem, olha só a bagunça, vou ligar para a empregada.

— Okay, nós vamos pegar nossas coisas e amanha estamos aqui já okay? – pergunta Miley.

— Okay. – sorrio. Elas se vão.

      Eu realmente gosto das duas, mas, estou com medo de elas também me virar as costas.


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Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado, beijos.



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