Paga Para Matar escrita por Amanda Katherine


Capítulo 1
Trabalho, confusão, cunhado.


Notas iniciais do capítulo

Oi, espero que gostem Morangurts.



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 Estava um dia chuvoso, fazia muito frio, estava sentada ali já fazia mais de meia hora, quando ouço a porta sendo aberta e por ela passando ninguém mais, ninguém menos que Jhony, um homem mais ou menos alto, com seus 45 anos de idade. Direcionou-se até sua poltrona, sentou-se e abriu a gaveta retirando de lá um uma carteira de charuto, pegou um, levou a boca e acendeu o mesmo. Estávamos em sua casa, no segundo andar, Jhony virou-se para a janela e ficou olhando o jardim tragando seu charuto.

— É uma proposta tentadora não Sayra? – disse ele ainda virado a janela.

— Sim, quer dizer, a quantidade que eu receberei por esse serviço, porque o resto já não sei se é tão vantajoso, nem sei ainda qual o serviço da vez. – disse levantando do sofá  e sentando na mesa do mesmo. Ele se virou para mim e sorriu.

— Será um trabalho rápido, fácil e vantajoso em ambas as partes para você. – disse apontando para mim.

— Por que em ambas as partes? – perguntei franzindo a testa.

— Porque, além de você ganhar uma bolada em dinheiro, o rapaz até que é bonito.

— Não entendi, do que adianta ser bonito, se eu vou apenas chegar e meter uma bala na cabeça dele? – disse fazendo sinal de arma com a mão.

— Não desta vez. Você vai ter que forjar um romance com esse rapaz. Só espero que não se apaixone de verdade.  – disse ele rindo.

— Só que não né. Aqui pega mas não se apega. – disse gargalhando. – Mas, porque todo esse trabalho de forjar namoro?

— Porque ele é bem famoso, então, você terá que ganhar a confiança dele e não fazer ninguém desconfiar de você, então na hora H você faz! – disse ele explicando.

— Não, não quero me meter com pessoas conhecida, vão desconfiar de mim. Faço outro trabalho, mas não esse.

— Eu acho que você não entendeu o porque do convite para vir na minha casa hoje não é?

— Do que esta falando? – perguntei confusa.

— Queria te passar esse serviço pessoalmente, pois sabia que você não iria querer aceitar, mas acontece que neste caso, quero que você faça e não aceito não como resposta.  Irá aceitar se não quiser que sua irmã sofra nada. – arregalei os olhos, mas logo relaxei,  não podia me demonstrar fraca na frente dele. Pois eu sempre finjo que não me importo com  minha irmã, pois se demonstrar tal ato, ele irá sempre me ameaçar em relação a ela e não quero minha irmã sendo refém para eu fazer os trabalhos sujos dele.

— Faça o que quiser. -  disse o olhando nos olhos.

— Farei, desta vez não vou só ameaçar como das outras vezes, pois sei que se importa com ela e como você é uma irmã legal e não quer sua irmãzinha querida machucada, fará o que eu mandar. Não é?

Droga!

— E eu tenho escolha? – perguntei revirando os olhos.

— Na verdade sim, duas.

— Quais? – perguntei com uma pequena esperança dentro de mim.

— Ou você vai.... ou vai. – disse ele gargalhando.

— Você é um imbecil. – disse me levantando e indo em direção a porta. Coloquei a mão na maçaneta da porta mas, antes de abri-la ele me chamou.

— Hey. –olhei para trás. – Toma.

  Ele me estendeu um envelope marrom. Voltei e peguei de sua mão.

— Ai dentro contém todas as informações de que você irá precisar. Também tem a foto da vítima e amanhã você irá a premiação do VMA e tentará se aproximar dele.

— Ah claro, é que eu sou muito famosa, por isso vou conseguir me aproximar de uma estrela no ‘’VMA’’. – disse dando ênfase no VMA e fazendo aspas com as mãos.

— Você vai acompanhada do cara que está pagando pelo serviço. Amanhã esteja pronta as 19:00h, passarei na sua casa te buscar e levar onde ele vai estar te esperando para irem ao VMA.

 Não disse nada, me dirigi até a porta e sai, entrei em meu carro e fui embora dali. O carro parou no sinal vermelho, olhei por alguns instantes para o envelope no banco do passageiro. Quando pensei em abrir, um motorista buzina logo atrás de mim. Olhei para o sinal que já estava aberto, acelerei o carro e fui para casa. Quando estava chegando em frente de casa vi, minha irmã saindo de um carro, ela entrou dentro de casa e antes de fechar a porta acenou mandando um beijo no ar. Nem cheguei a parar o carro, segui o cara até onde ele ia. Ele parou o carro numa rua deserta e saiu do mesmo. Também parei o meu. Deve ser um trombadinha metido a corajoso para parar seu carro no meio do nada e vir em direção ao carro que o estava seguindo. Ele bateu duas vezes no vidro do meu carro, que  era totalmente fume.

— Hey cara. – disse ele do lado de fora. – Por que está me seguindo?

  Abri a porta do carro e desci do mesmo. O encarei e retirei meu raiban.

— Olá. – disse séria para o mesmo.

— Quem é você? – perguntou ele me ignorando. Me aproximei mais dele, ficando cara a cara.

— Sou a irmã da Lohany.

 Ele pareceu surpreso com isso mas, se manteve firme.

— E por que está me seguindo?

— Por que vi ela descendo do seu carro. Quero saber quem anda tirando minha irmã de casa sem minha ordem. – disse fechando  as mãos em punhos.

— Ela já tem 17 anos, tem idade suficiente para me namorar.

— Quem diz se ela tem ou não idade para namorar sou eu! – disse o empurrando.

— Esta louca? – disse ele indignado. – Sorte sua que não bato em mulher, sua doida.

  Ouvi disparos, logo direcionei meus olhos para o carro do garoto, onde havia furos, furos de tiro.  Retirei minha arma de trás de mim e o grudei, apontei minha arma para a cabeça dele.

— Esta louco? – perguntei. – Anda em bando?

— Eu não sei quem é, por favor me deixa ir, levem tudo o que quiser pode levar meu carro, mas não me mata. – disse ele com os olhos fechados. Não o conhecia, mas senti que estava falando a verdade.

— Entra no carro. – disse soltando ele, que continuou parado me olhando assustado. – AGORA. – gritei. O mesmo correu para o passageiro e entrou. Quando abri a porta do carro para entrar, ouvi mais um disparo e senti uma ardência em minha perna.

— DROGA.- gritei e bati no volante.

— Você foi baleada. – disse ele olhando assustado para o sangue em minha perna.

— Não me diga. Se não falasse nem iria perceber. – disse ligando o carro e virando o mesmo de volta de onde viemos.  Olhei para o retrovisor onde pude ver três carros pretos iguais atrás de nós.

  Acelerei mais meu carro, entramos na rodovia de quatro mãos, um carro não conseguiu entrar e bateu em um monte de tambor de plástico. Ainda havia dois na nossa cola. Virei meu carro e entrei na mão contraria da minha, logo o garoto gritou.

— ESTA LOUCA, VAMOS MORRER. PARA O CARRO EU QUERO DESCER.

— CALA A BOCA PORRA. – gritei de volta. Ele rapidamente passou o sinto por ele e agarrou o banco do carro, procurando apoio.

  Olhei para o retrovisor e vi mais um carro dando em cheio de frente para o outro. Só restava um. Entrei de volta na minha mão e ele também, passamos em uma rodovia onde nos separamos, ele ia vindo e eu ia indo.

— Segura o volante. – disse e o mesmo me olhou assustado. – Segura logo.

  Ele segurou e começou a guiar o carro. Abaixei o vidro e esperei nós estarmos um do lado do outro em sentido contrário, atirei no lado do motorista. Não sei se acertou, só sei que o carro perdeu o controle e capotou. Voltei a atenção ao volante, olhei para o garoto que tremia. Dirigi até uma rua vazia, onde para mim não havia perigo, era uma das nossas ruas.

— E agora? Eu quase morri com a irmã louca da minha namorada e perdi meu carro. – disse ele levando as mãos na cabeça ofegante.

     Não me segurei vendo seu desespero e ri.

— Você ainda ri né?! – disse ele me olhando perplexo.

— Sim. – ri mais ainda. – Calma garoto, já passei por isso. Alias, qual é seu nome?

— Chris. E o seu? – Perguntou me olhando mais calmo.

— Sayra. Sayra Becker. – disse estendendo minha mão para ele que apertou. Quanto ao seu carro, não se preocupe. Você irá dormir em casa hoje.

  Peguei meu celular e disquei o numero de Luka. Um dos nossos.

 ....

Licação on.

— Alô?

— Luka, quero que você vá para a estrada 308, brooklin e pegue um carro Lamborguini que está la e leve para minha casa.

— Okay.

Ligação off.

.....

— Quem é Luka? – perguntou Chris.

— Um amigo, vamos ao mercado antes de ir para casa.

— Uhum. – Assentiu.

  Me virei no banco do carro pegando uma maleta de primeiros socorros que eu sempre levava comigo. Peguei minha faca no porta luvas e rasguei minha calça jeans na parte eu que levei o tiro.  Peguei  o álcool na maleta e pedi para Chris jogar em minha perna. Ele pegou o álcool e eu um pano para morder. Grudei no banco do carro enquanto ele jogava o álcool lentamente em minha perna. Bati em sua mão, fazendo cair uma boa quantidade que álcool em minha perna. Fechei meus olhos com força, mordi o pano. Olhei de relance para Chris que me acompanhava na careta. Ri da cara dele.

— Parece uma marica até pra jogar o álcool em minha perna. – disse revirando os olhos.

— Claro, deve estar doendo pra cacete.

— E esta.

  Fiz um curativo e liguei o carro. Paramos em frente ao mercado e Chris não quis descer.

— Anda logo bro, desce dessa porra! – disse impaciente.

— Não, é serio, as meninas vão me matar, eu vou ser assediado. – gargalhei, é serio mesmo que ele esta se achando o garanhão?

— Para de graça e desce. – disse controlando o riso.

— Preciso cobrir o rosto. É serio. – olhei para ele.

— Teremos uma conversa eu , você e minha irmã quando chegarmos. Quero saber de que manicômio ela te tirou. Ele riu, dei a volta no carro e abri a porta traseira e retirei de lá um chapéu meu, preto com duas listras brancas.

— Obrigada. – Disse ele enfiando o boné em sua cara. – ri.

   Entramos no mercado e todos olhavam para Chris com o chapéu na cara e ria.

— Olha mamãe, ele é louco. – disse uma garotinha.

— Não liga não gatinha, ele tem mogolóide. – disse eu me abaixando e segurando no ombro da mesma. Ela sorriu para mim. Coisa mais fofa do mundo. Lhe dei um beijo no rosto. – Tchau fofa. – disse.

— Tiau moxa bonita. – disse ela me dando um beijo no rosto de volta.

  Seguimos nosso caminho.

— O que você quer comer? – perguntei a Crhis.

— Arroz de forno. – disse ele tirando o chapéu da cara e piscando para mim. Gostei desse cunhado.

— Folgado. – Ele gargalhou.

— Você que perguntou.

— É sua comida favorita? – perguntei.

— Sim.

— A minha também. – lhe disse.

  Compramos todas as coisas para arroz de forno, teve uma breve discussão se iria ser de frango ou carne moída.

— Tá, pode ser de frango. – disse ele vencido. – Mas da próxima vez, será de carne.

— Quem disse que irá ter próxima? – disse rindo o encarando.

— Eu sei que você gostou de mim. – disse se vangloriando.

— Você que pensa. – Andei na frente.

— Não gostou? – perguntou me encarando sério agora.

— Não. – respondi simples, dando de ombros.

  Pagamos tudo, voltamos ao carro e dirigimos para casa, ele estava quieto desde o mercado, de certa forma estava me incomodando.

— Dá pra falar alguma coisa? – disse dividindo atenção com ele e a pista.

— Alguma coisa. – disse ainda sério.

— Cala a boca garoto. – disse revirando os olhos.

— Você que manda eu falar, agora manda eu calar a boca? – disse ele rindo.

— Até que enfim riu de alguma coisa. – disse rindo também.

  Paramos em frente de casa, abri a garagem como controle remoto e guardei o carro. Descemos e entramos em casa.

— Fica a vontade Chris.

— Já estou! – disse deitando de barriga pra cima no sofá rindo.

— Mas é folgado mesmo. – disse pegando a almofada e jogando no mesmo.

— O que faz aqui amor? – disse Lohany no topo da escada.

— Precisamos conversar Lany. – disse a encarando seria.


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Notas finais do capítulo

O que acharam Morangurts? hhheeeiiinn???



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