Demetria Pov’s

    Acordo com meu celular tocando, era um numero que eu não identificava...  atendi.

...........

Ligação On.

— Alo?

— Oi Demi, é o Dominik, tudo bem?

— Ah, oi Dominik, tudo sim e você?

— Estou bem,  estou jogando um jogo muito legal, baixa para nós jogarmos juntos.

— Ahn, qual jogo?  - perguntei.

— Sala Samobójców.

— Ah, Suicide Room. – ri. – eu já tenho ele, mas faz tempo que não entro.

— Ah, então entra agora, qual seu user?

— Tudo bem, espere ai.  É Suicide Room mesmo. – disse pegando meu notebook. – Vou desligar aqui, nos falamos no jogo. – sorri.

— Okay, já te mandei solicitação.

— Okay. Beijos. – desligo.

....

— Era ele não era? – me assusto com Justin escorado na minha porta com os braços cruzados, olhando para o teto.

— Ele quem?

— Aquele garoto de ontem. – Justin estava  serio.

— Sim, era. – não há porque de eu mentir.

— Entendo. Como era o nome dele? – perguntou me olhando.

— Dominik.

— O que ele quer com você afinal?

— Como assim Justin? Você não tem o direito de me fazer essa pergunta, não te interessa quais são as intenções dele comigo, mas com certeza melhores que as suas. – Justin andou até a cama e eu me pus de pé, tenho que enfrenta-lo. Ficamos a centímetros um do outro, ambos com raiva e respiração descompassada. Em momento algum desviei meu olhar do seu.

    Justin deu passos para trás e se virou saindo do meu quarto, me joguei na cama frustrada, quem ele pensa que é? Argh. Volto a pegar meu computador e entro no jogo finalmente, havia uma solicitação de amizade de um tal de HeartBroken, deve ser Dominik, cliquei em aceitar, entrei nos meus amigos e procurei o Enigmático, sinto falta de falar com Jhonatan, mas infelizmente ele está inativo a alguns dias, queria que ele entrasse nem que fosse por um minuto, mas acho que ele se cansou desse jogo, ou talvez não precise dele, como nós suicidas.

    Entro na ala de festas, me sento e peço uma bebida, o Sala Samobójców não é um jogo qualquer, é o jogo em que nós temos confiança em fazer o que querermos, é tão real para nós, tão mais real do que o mundo realmente real. Chegou um garoto e me tocou no ombro, olho para ele e ele me faz uma reverencia, me chamando para dançar, lhe dou minha mão e ele me guia para o centro do ambiente, então começamos a dançar.

Ele me liga.

...

— Sou eu, Dominik. – ouço sua risada abafada.

— Já desconfiava. – rio também.

— Quero te encontrar de novo. – diz baixinho.

— É complicado Dominik, você esta com outras intenções comigo, das quais eu posso não corresponder, meu coração bate por outra pessoa.

— Entendo, mas saiba que sou persistente. –riu.

— Okay... gosto da sua amizade. – ri.

— Eu também adoro a sua. Quando você for no half me liga ou manda mensagem, ai nos encontramos por lá.

— Mando sim.

   Ficamos conversando e jogando por mais algum tempo até Dominik dizer que teria que sair.

— Demi, eu vou viajar agora, estou indo para Los Angeles, não vou poder levar meu computador, vou ficar sem entrar por alguns dias, mas podemos nos falar por mensagem ou ligação, fica bem okay?

— Okay. – ri. – Obrigada por se preocupar comigo.

— Obrigada por ser você. – sorri involuntariamente com isso. – Bom, se cuida tá, tchau.

— Tchau, volta logo. – pedi.

— Vou tentar.

— Okay.

— Okay. – sai do jogo. Deitei na cama e respirei fundo sorrindo, será que se eu gostasse de Dominik e lhe desse uma chance ele me faria feliz? Ou ele me usaria também?  Não, Dominik não é assim. Ele com certeza me faria feliz. Não custa nada tentar ser feliz, e já que ele também quer, acho que podemos tentar...  Me levanto e vou pro banho, ainda era 08:32 da manhã.

.......

Justin Pov’s.

      Minha mão ainda estava dolorida um pouco, por conta da nojenta da Demetria, por isso que não arruma namorado, é louca. Mas tenho que tomar cuidado com esse Dominik, ela pode gostar dele, vai me deixar de lado e não vou ter como enganar ela, preciso fazer isso para conseguir namorar com Vic, tudo isso valerá a pena.

    Sai do quarto dela com raiva, quem ela pensa que é pra me enfrentar desse jeito? Isso me irrita muito, mas no fundo eu gosto disso, de ser desafiado.

   Ligo para meus amigos para nos encontrarmos no shopping para jogarmos um boliche, eles vão levar suas acompanhantes também, resolvi chamar Vic para ir comigo, ela aceitou, vou levar um presente a ela. Saio de casa para comprar o mesmo e só vou voltar para me arrumar, não quero ficar no mesmo ambiente que Demetria.

...........

Demetria Pov’s

    Estava sentada a mesa já, Justin parecia não estar em casa, tomei meu café da manhã e sai, não gosto de ficar sozinha em casa, ainda mais quando se fica pensando em um idiota como Justin, preciso me distrair, conhecer pessoas novas, não quero gostar dele.

   Decido ir ao shopping hoje a noite, ver um filme talvez, que pena que Dominik viajou, vou ter que ir sozinha.

   Estava andando pela rua quando vi uma loja com a vitrine linda, havia tantas roupas fofas e  fina lá que eu fiquei com vontade de comprar, começo a dividir meu olhar com a vitrine e meu corpo e definitivamente uma roupa daquelas não ficaria boa em mim. Talvez em Victoria ficaria deslumbrante, com seu corpo escultural perfeito.

— Com certeza ficaria bem em você! – percebi que ainda estava olhando para a vitrine parada no meio da rua com cara de paisagem, olho para trás e há uma garota aparentando ter minha idade também olhando para a vitrine.

— Com certeza não, olha pra mim. – ri pelo nariz meio sem graça.

— Estou olhando. – sorriu. –  Você tem o corpo lindo, vai ficar perfeito. Vem! – disse me arrastando para dentro da loja. – Por favor moça. – disse chamando a atendente, só por sua voz percebi que ela era rica também. – Quero experimentar todas as roupas que estão na vitrine.

— Claro, só um minuto. – disse a atendente indo pegar as roupas.

— A propósito, meu nome é Sylwia e o seu?

— Demetria, prazer. – disse apertando sua mão.

— Por aqui por favor. – disse a atendente. A seguimos.

    Entramos em um lugar que parecia mais um quarto, só não tinha cama e guarda-roupa. Havia um imenso tapete cor de rosa bem forte no chão, um espelho maior ainda na frente do espelho, havia cabides para pendurar as roupas, tudo brilhante, as paredes em um roxo clarinho e o telo branco um lustre lindo. Havias sofás finos por toda parte, um lado da parede cheio de sapatos, uns mais lindos que os outros e do outro lado da parede havia vários trocadores com cortinas em cada um, era um lugar realmente lindo.

    Sylwia me deu um vestido preto colado no corpo e pegou um salto de boneca, também preto. Ela também pegou uma muda de roupa e fomos nos trocar.

...

— Anda Demi, me deixe ver, saia dai antes que eu mesma abra a cortina, garanto que ficou maravilhoso.

— Eu... eu não consigo Sylwia, estou com muita vergonha. – disse sentada no pufe que havia dentro do trocador.

— Não esta nada feio, vai logo, eu vou ser sincera com você, se ficar feio eu falo.

— Tudo bem. – contei até três mentalmente e sai.

   Sylwia me olhou atentamente, cada detalhe. Ela veio lentamente até mim e me guiou para frente do espelho. Fiquei surpreendida com o que vi, não estava nada do que pensei, estava igualmente quando eu ia a jatares de negócios com minha mãe, estava deslumbrante. Nada do que o pessoal da escola diz é verdade, e graças a Sylwia agora eu sei disso. Sorri involuntariamente e ela me acompanhou.

   Sylwia não estava diferente de mim, ela tinha o corpo perfeito, seios medianos e bumbum empinado, como os meus, cabelos rosas, com o mesmo estilo que o meu, mas no momento estava usando um vestido rosa claro com um salto bege, tinha os cabelos rosa e os olhos meio azuis escuros, era branca como um papel e a boca carnuda e rosinha, Sylwia era linda.

— Viu, você esta perfeita Demi, completamente linda. – disse ela atrás de mim, me olhando pelo reflexo.

— Obrigada. – sorri sincera.

  Compramos muitas coisas juntas e Sylwia me chamou para sair amanhã á noite, ir ao shopping jogar boliche. Sylwia tinha namorado, se chamava Victor, me faz lembrar de Victoria, mas garanto que ele é totalmente diferente dela. Fiquei muito feliz por ter conhecido ela, ela já até me chamou para viajar com ela daqui a dois meses, mas recusei, não sei por que, apenas disse que não estava afim. Mas vou pensar sobre, ela me disse que posso responder depois.

    Sylwia tinha 17 anos também, ela morava no condomínio Lagoas, não é tão longe do Estelar, onde moro. Ela passaria em casa amanhã com seu motorista antes de irmos, assim não precisarei do meu.

      Cheguei em casa e Justin estava saindo, estava noite já e ele estava tão lindo, passei por ele como se não existisse, mas eu queria é olha-lo e come-lo com os olhos. Entrei e fui para meu quarto, tomei um banho e me deitei assistir, no meio do filme peguei no sono.