Modified By Disappointments escrita por Amanda Katherine


Capítulo 22
Love will remember.


Notas iniciais do capítulo

Eaew pessoal, espero que gostem desse cápitulo, beijos.



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Acordei da mesma forma novamente, desesperada. Havia sonhado com Justin. Me levantei e peguei meu celular.

— Pattie? – disse assim que atendeu.

— Sim?

— Pode ir para casa hoje, passo a noite com Justin...

— Ah, meu anjo, não precisa se incomodar.

— Não, não. Eu quero passar a noite ai... Se a senhora permitir é claro.

— Se é assim tudo bem.

— Sei que ainda é dia, mas daqui a pouco vou ai e você já pode ir descansar.

— Está certo minha querida. Muito obrigada.

...

Me levantei e tomei um banho, coloquei uma roupa casual e coloquei algumas roupas e objetos de higiene dentro de uma mochila e desci tomar café da manhã.

— Onde está minha mãe? – perguntei à governanta ao notar que eu tomava café sozinha.

— Saiu cedinho às pressas senhora. – apenas assenti com a cabeça.

   Terminei meu café e caminhei para fora.

— Yuri, me leve ao hospital por favor.

   O caminho todo foi silencioso. Sei que até Yuri torcia para que eu e Justin descemos certo. Mandei uma mensagem para Sylwia.

“ Syl, estou indo para o hospital. Passarei a noite lá com Justin. Beijos.”

    Chegamos ao hospital e eu desci meio às pressas. Sei que meio que quis me libertar de Justin, mas ele me atormenta toda noite, até em meus sonhos. Eu preciso ficar ao seu lado até ele se recuperar.

   Entrei e Pattie veio ao meu encontro e me abraçou.

— Você está péssima. – ri nasalado.

— Obrigada por se disponibilizar.

— Imagina. Eu que agradeço.

— Alias, proibi a entrada de Victória. Qualquer coisa me ligue e eu virei imediatamente. Não quero que ela veja-o em hipótese alguma. Não gosto dela! – disse meio mal humorada.

— Está certo. – ri.

   E assim, Pattie se foi, logo depois de assinar uns papéis.

  Entrei na sala e o vi. Sempre era a mesma sensação. Culpa, desespero e medo de perde-lo.

  Me aproximei da maca e coloquei minhas mãos sobre as suas acariciando a mesma. Acariciei seu rosto e beijei seus lábios. Nessa hora, uma corrente elétrica passou por meu corpo e sem perceber, deixei escapar um sorriso em meus lábios. Nesse momento, percebi o quanto o amava. Ele era tudo para mim.

   - É, Justin... – ri – difícil te esquecer... você sabia que ia ser assim não é? Que eu não conseguiria mais viver sem você. Eu quero muito que você se lembre de mim quando acordar... Sabe qual é meu maior medo? Que quando você acordar, você não se lembre de mim e fique com Victória. Eu não suportaria vê-lo nos braços de outra pessoa, seja ela quem for. Eu sou sua e você é meu. Eu te amo três metros acima do céu. – sorri. – Ouvi isso num filme. Sabe do que eu gostaria muito agora? Que você me desse um sinal... Sei lá, mexer o dedo, alguma coisa. É que eu estou com tanto medo. Os médicos não sabem dizer por quanto tempo você vai ficar assim... Pode levar dias, assim como pode levar anos. – senti uma lágrima escorrer. – Eu nunca chorei tanto em minha vida como estou chorando nas últimas semanas. Eu te amo tanto garoto. – Segurei em sua mão. – Mas tanto, que nem cabe dentro de mim. – senti sua mão apertar a minha de volta. – Ai meu Deus... – senti meu coração gelar.

    Por um minuto cogitei estar vendo coisas, mas então ele fez de novo e apertou mais forte.

— Justin? Justin? Consegue me ouvir? Meu amor, eu estou aqui... Vamos acorde, você consegue! – ele acariciou a costa de minha mão.

— De... Demi. – disse num fio de voz e o desespero tomou conta de mim.

   Ele mexeu. Ele chamou. Ele falou. ELE ESTÁ ACORDANDO!

    Corri e abri a porta e comecei a gritar.

— Médico, por favor um médico.

— O que houve senhorita? – disse uma enfermeira adentrando o quarto como um furacão.

— Ele... ele... ele mexeu. Ele... falou meu nome. – dizia desesperada.

— Certo, preciso que saia imediatamente. – disse ela apertando um botão vermelho ao lado da porta, logo o mesmo começou a piscar e apitar. Um alvoroço se formou e o quarto logo se encheu de pessoas em cima de Justin.

 Eu fiquei do lado de fora, vendo tudo pelo vidro. Uma movimentação estranha me chamou a atenção. O barulho do bip começou a acelerar e Justin se batia na cama.

— Ele está tendo uma convulsão. Aumentem o oxigênio. Preparem uma dose de adrenalina.  

— Justin... Justin... – disse adentrando o quarto correndo.

— Alguém tira ela daqui! – gritou o médico.

   Justin tinha seus olhos virados e entreabertos. Seu corpo tremia tanto que parecia que ele estava levando choque 110V.

— Dupliquem a dose de adrenalina. –gritava o médico.

Justin parou de tremer, o que me deixou completamente desesperada, porque junto ele, a máquina também parou. O único barulho que eu ouvia era o do “biiiiii” bem no fundo da minha mente.

— Estamos perdendo ele! – gritou o médico desesperado.

   O médico gritava para me tirarem de lá continuamente. Tudo pareceu ficar em câmera lenta. Eles deram choque em seu corpo e o mesmo não reagia. O corpo de Justin subia e descia, mas ele não dava sinal. “Liguem em 200” gritava o médico e logo em seguida, tentava reanima-lo. “Liguem em 350” e tentava novamente.

    Eu não estava aguentando nem comigo, me tiraram de lá sem nenhum esforço e me colocaram ao lado de fora do quarto, onde deixei meu corpo escorregar até o chão.

— Não, não, não... – comecei a gritar com a cabeça entre a perna.

— Venha comigo! – disse uma enfermeira me segurando pelo braço.

— Não! Me solta! – gritava desesperada.

   Senti uma picada no braço e logo ficou tudo escuro.

   Abrindo os olhos lentamente, com aquela luz branca e forte que queimava minhas retinas, tapei os olhos com as mãos e tentei reconhecer onde estava. Me sentei na maca e a lembrança veio como um flash em minha mete.

— Justin! – disse me levantando e puxando as agulhas que estavam grudadas no meu braço.

   Sai andando pelo hospital, com a cabeça girando. Minha vista embaçada.

— A senhora não pode ficar aqui. – disse uma enfermeira me abordando.

— Eu... eu estou perdida. Onde é a sala de espera? Eu preciso estar no piso 3.

— Você é paciente? – perguntou ela.

— Não... não, não. Eu sou acompanhante. – disse engolindo a saliva. Minha boca estava seca.

— E esse sangue no seu braço? – disse ela olhando para onde eu puxei as agulhas.

— A esquece! Você não pode me ajudar. – disse saindo.

— Moça, você não pode sair. Moça, espere. – gritava a enfermeira, mas eu já havia tomado distância.

   Dobrei um corredor e havia uma placa escrito piso 5. Eu estava no 5º andar.

  Entrei correndo no elevador onde estava alguns médicos e enfermeiros. Eles me olhavam dos pés à cabeça.

— A senhorita está bem? – me perguntou um deles.

— Estou ótima. – disse apertando o botão para descer no piso 3.

   Eles falavam baixinho e olhavam para mim, mas naquele momento nem me importei. Minhas mãos tremiam e a única coisa que havia na minha cabeça, era a dúvida se o barulho do “Biii” voltou a ser “bip”.

  Eu sai de lá antes de saber. Justin não pode ter me deixado. Não agora que eu tenho mil palavras para dizer a ele. Mil não, dez mil acima do céu.

   O elevador se abriu e eu sai na velocidade da luz de dentro dele e comecei a andar por onde já conhecia, até por quê o piso três é o qual eu mais ia.

   Dobrei o corredor e entrei na sala de espera. Pattie estava lá, acompanhada dos outros, de cabeça baixa.

— Pattie. – me apressei até ela.

— Ah, você chegou querida. – disse ela se derramando em lágrimas.

— Não, não, não. Por favor não chore. Não chore. Por que está chorando? Não me diga que... Pattie... O que houve com Justin? – disse tentando prender o choro.

— Ainda não sabemos. – meu coração desacelerou e soltei o ar que havia prendido.

— Cadê os médicos?

— Eles só me disseram que Justin acordou e que teve convulsão logo em seguida e seu quadro havia agravado. Eles ainda não vieram dar a notícia se está tudo bem. – disse ela aflita.

— Pattie... – disse deixando lagrimas cair e comprimindo os lábios. – Antes de me tirarem de lá e me sedar... eu ouvi... eu ouvi a máquina parar...

— O... o que? Demi, por Deus... O que está dizendo?

— Eu ouvi quando a máquina para e faz aquele barulho frenético... O médico disse que estavam perdendo ele. Eu não sei o que houve.

  Pattie saiu furiosa e foi até a recepção e começou a discutir com a enfermeira, querendo notícias imediatamente.

— Senhora, você é igual a todos, tem de esperar por notícias. Não pode ter regalias para você aqui. Se o médico não veio, é porque o procedimento ainda não acabou.

— Desculpe, senhorita, mas você sabe quem eu sou? – disse minha mãe – Eu sou a dona da marca Devonne, e o que você está fazendo é contra as regras, não pode falar assim com parente do paciente só porque ele veio pedir por informação. Então, se a senhora não quer um processo contra esse hospital e sua carreira acabada, vá agora e só volte quando encontrar o médico e traze-lo consigo!

   A enfermeira nada disse, apenas saiu bufando.

— Obrigada Dianna. – agradeceu tia Pattie.

   Sylwia colocou as mãos sobre meu ombro e me abraçou.

   Passou-se um tempo e o médico veio acompanhado pela enfermeira.

— Família do Sr. Bieber?

— Sim. – dissemos em uníssono.

— Demi... – todos se entreolharam.

— O que? – perguntou Dom, como ele sabia meu nome? Será que...

— Foi a última coisa que ele disse antes de...

— Antes de que Doutor? Por favor, o que aconteceu com Justin? – disse o interrompendo.

— Antes de nós seda-lo.

— Mas então...

— Sim, ele conseguiu. Está tudo bem agora. – suspiramos aliviados e sorrimos – Mas ele não parava de repedir o nome Demi. Quem é Demi?

— Sou eu...

— Você é a que deu trabalho não é? – disse sorrindo de canto.

— Ahn... eu acho que sim.

— Então foi você quem presenciou o momento em que ele acordou. Depois quero um relatório seu, pode ser?

— Sim... sim claro.

— Bom, já faz algum tempo que acabamos o procedimento então ele já deve estar para acordar. Podem visita-lo se quiser. – disse ele checando o prontuário de Justin.

— Desculpe, o que disse? – perguntou minha mãe – Faz quanto tempo exatamente que acabou?

— Há mais ou menos uma hora ou uma hora e meia.

— Estamos aqui esperando a três horas e a enfermeira nem se quer buscou por informação. Você só está aqui agora, porque eu mandei ela ir busca-lo, porque senão, estaríamos aqui até agora sem saber se Justin estava vivo ou morto. Enquanto isso ela batia papo com a colega e mexia no celular!

— Bom... Eu pedi para ligarem para a família e me avisarem quando chegassem, para eu vir até aqui. Ela foi até lá agora e me disse que vocês acabara de chegar. – disse o médico constrangido.

— Pois é, mas estamos aqui a três longas e angustiantes horas esperando por notícias. Espero que ela faça ideia do processo que eu vou fazer!

— Peço desculpas senhora.

— Nos vemos no tribunal. – disse minha mãe lançando o olhar de naja que só ela tinha para a enfermeira que já estava vermelha e espantada e saiu logo em seguida com Pattie.

— Para minha sala agora enfermeira Emili! – pude ouvir o médico dizer e logo seus passos tomarem distância.

   Entramos no quarto de Justin e o mesmo estava assistindo TV.

— Ah meu filho. – Pattie correu para abraça-lo.

   A sala logo se encheu de alegria. Meu coração não suportava tanta felicidade que começaram a transbordar pelos olhos.

  Fui até ele que me lançou o sorriso mais lindo do mundo. Eu o abracei com todas as minhas forças. ELE SE LEMBRAVA DE MIM.

   Passou um tempo e todos saíram e nos deixaram a sós. Eu não conseguia parar de sorrir.

   Fui até a cortina e a abri, estava chovendo, estava a tarde.

— O que está fazendo aqui? – me virei e o mesmo estava sério.

— Eu... eu...

— Você sabe que perto da minha mãe eu tenho que ser o bom moço não sabe? Mas na escola, ninguém me segura. – disse ele debochado.

— O que? – perguntei perplexa.

— Ah, vamos lá Demi. Você sabe que não nos suportamos. – sorriu – Alias, cadê a Victória?

— Victória?

— É... minha namorada, ou nem disso você serve para se lembrar? – disse passando as mãos pelos cabelos,  frustrado.

    Sai correndo do quarto passando rapidamente pela recepção, onde me encararam, Pattie correu até o quarto para ver o que havia acontecido e Syl veio atrás de mim.

   Sai do hospital e fiquei na chuva, com a cabeça tombada para trás e as mãos no bolso da minha blusa de frio.

— Demi... o que houve?

— Ele se lembra de mim... – disse cabisbaixa.

— E isso não é bom? – sorriu.

— Se lembra de mim, mas não do que vivemos. – deixei minhas lagrimas se misturarem com a água da chuva.

   Ele não se lembrava de nada!


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Notas finais do capítulo

Até o próximo meus amores :3



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