The Unspeakable Rule escrita por bmirror


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Oi! estou mais calma agora hahaha. Esse é curtinho mas por algum motivo é o meu preferido até agora, não sei porquê! hahaha Acho que eu gosto de desenvolver amizades e também porque veremos a mãe do James que, particularmente, acredito que seja uma fofona mor rs ♥



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Capítulo 4

Assim que acordo no sábado, mando mensagem para James perguntando se posso ir até sua casa para ajudar a montar o resto da decoração. Ele diz que sim, então salto da cama e me troco o mais rápido possível. Acabo pegando o vestido de margaridas que estava em cima da cadeira mesmo, o que talvez não tenha sido uma boa escolha já que ele tá precisando ser lavado há teeempos.

Meus pais saíram para ir à feira que acontece todo final de semana, então pego um bolinho em cima da mesa e deixo um recado rápido e garranchudo na porta da geladeira falando que voltaria mais tarde.

Pego minha bicicleta amarela (que eu tenho desde que fiz 12 anos de idade) e tento me lembrar onde fica a casa dele. É do outro lado do bairro, mais ou menos uns trinta quarteirões daqui, talvez. Pelo que me lembro, fica perto de uma cafeteria que Tunia e eu íamos muito quando...bem, quando ainda éramos amigas.

O dia está ensolarado e mesmo às 11h, já está um calor bem confortável. Marlene estava certa com o tempo. Vai dar para usar um shorts tranquilamente. Espero que continue calor de noite também, porque quero muito usar a piscina da casa de James. Quando fui lá estava muito frio, então só assistimos um filme (que na verdade não me lembro de nada, já que eu e Sirius tínhamos acabado de começar a namorar...). Mas vi a piscina pela janela e morri de vontade.

Depois de mais ou menos 10 minutos, avisto a cafeteria cor de rosa de esquina e entro na rua de James. A casa dele é enorme, no fim de uma rua sem saída. Uma casa imponente de tijolos que chama atenção e ao mesmo tempo se camufla entre as árvores com flores laranjas. Ele é tão humilde que às vezes me surpreendo com as coisas que ele tem. Não que faça diferença, o que obviamente não faz. É só que é engraçado vê-lo com a roupa toda amassada e furada na escola e depois olhar para tudo isso que ele tem.

Paro a bicleta de qualquer jeito na guia e arrumo o vestido e o cabelo para tentar tirar a cara de desleixo que o vento me proporcionou. Não funciona muito. Mas tudo bem, porque só vou arrumar as coisas da festa e depois ir embora.

Subo as escadas da porta e procuro a campainha. Ela não está em lugar nenhum. Caramba, como que as pessoas visitam a família Potter? Ou será...será que não tem campainha porque eles não gostam de visita? Estou olhando como uma tonta para todas as paredes da soleira quando a porta abre de supetão.

Uma senhora com um vestido preto muito parecido com o meu está do outro lado da porta aberta e me encara com um sorriso gentil. Ela é muito bonita e tem um cabelo curtinho bem grisalho. Sua postura é tão reta que parece uma dama, mas ao mesmo tempo está descalça e com um pano nos ombros que demonstra que ela não se importa nada com a imagem que passa. Igualzinha a um certo alguém.

— Você deve ser a Lily! – e pelo tom de voz percebo que não poderia ser ninguém a não ser a mãe de James. Os dois tem a mesma maciez de fala. Como se isso já não a denunciasse, ela ainda tem os mesmos olhos castanhos de James.

Sorrio de volta e concordo com a cabeça. Estendo minha mão para cumprimenta-la mas ela a dispensa com um gesto descontraído e me abraça como se fossemos velhas amigas. Não posso dizer que não gostei, Sirius fala sempre o quanto ela é uma mãe para ele e isso faz com que eu também me sinta da família.

— Estou muito contente em finalmente conhece-la, Sra. Potter! – falo, retribuindo ao abraço. Ela dá uma risada calorosa no meu ouvido.

— Sirius e James não param de falar de você! Eu estava começando a ficar com inveja! – diz, abrindo espaço para que eu entre. – Soube que você é uma das melhores da classe. Que sorte a deles, hein? Ter uma amiga assim, tão inteligente.

Rio envergonhada e a sigo para dentro da casa.

— Ah, claro que não. Não sou tudo isso não... aliás, James já me ajudou muito em física! – completo rápido, sem querer passar uma imagem de falsa humildade. Ela nem faz parecer que entendeu assim, dá um sorriso enorme quando falo de James. Dá pra ver que ela é uma mãe bem orgulhosa. Ouço gritos do lado de fora da casa. A Sra. Potter acompanha meu olhar para a janela e balança a cabeça.

— Meninos...Remus e James estão na piscina. Porque não vai até lá? Eu estou fazendo uns sanduíches maravilhosos para vocês.

— Ah! Não quer que eu ajude a senhora? – pergunto, apontando para a cozinha. Quer dizer. Para o que eu acho que é a cozinha. Já que nunca fui lá e não sei qual é a direção.

— Claro que não – ela diz, me empurrando levemente em direção à porta lateral que leva ao jardim. – Pode mandar neles o quanto quiser, ok? Eles precisam de uma boa capitã para ajuda-los a terminar de arrumar as coisas.

E depois dá a volta e atravessa o corredor por qual entramos.

O jardim está lindo e fico encantada com o trabalho que os meninos fizeram. Quer dizer, precisa de uns retoques ali na piñata e a toalha de mesa está um pouco torta no balcão. Mas no geral, está tudo maravilhoso. Mal posso esperar para ver como ficará de noite.

É um jardim enorme, com uma grande parte com piso de concreto. Tem uma piscina em forma de feijão e feita com azulejos azuis escuros no meio, com algumas espreguiçadeiras de vime contornando-a. À minha esquerda, tem um espaço com um bar e alguns banquinhos de madeira. Atrás, posso ver uma geladeira e uma bancada de pedra com o que imagino ser a máquina de margarita da mãe de James em cima.

Estou observando as luzinhas que enfeitam a cerca viva quando sinto algo muito gelado grudar nas minhas costas. Viro a cabeça e ouço James rindo enquanto me abraça. Nem preciso dizer que ele está completamente ensopado.

— James! Caramba – me contorço e saio de seu abraço molhado.

Ele dá a volta e para na minha frente rindo divertido. Está usando um shorts vermelho e uma camiseta azul marinha completamente encharcada. Desgrudo o vestido molhado das costas e o encaro tentando fazer uma cara de brava. Não adianta muito.

Remus acena para mim da beira da piscina. Ele está de óculos escuros e tomando um suco vermelho que não consigo identificar o sabor. Parece estar muito confortável lá para vir me atormentar como o amigo fez.

— Só não te dou um soco nesse momento porque você fez um trabalho ótimo, ok? – falo, mostrando a língua e depois sorrindo – Estou muitíssimo impressionada.

— Você gostou? Ficamos preocupados com a reação de vossa majestade – ele brinca, sentando num dos banquinhos de madeira do bar e abrindo uma garrafinha de água.

Ignoro seu comentário.

— Sim, tá lindo demais – ando em volta da piscina, observando a trilha de luzinhas. Arrumo uma ou outra que está fora do lugar. Vou até o balcão e arrumo a toalha torta. – Nem tenho muito o que fazer aqui.

— Pode tentar decidir o que fazer com aquilo ali – James fala, apontando para uma sacola do lado de uma mesa vazia que imagino ser onde ficará o primo DJ de James.

Vou até lá e abro a sacola. Tem um monte de sombreiros e uns chocalhos. Sorrio. Tem coisa melhor do que uma festa temática? Decido que o melhor lugar para colocar os sombreiros é num banquinho perto da porta de vidro e resolvo colocar os chocalhos num pote de acrílico verde vazio que estava em cima da bancada de pedra. Sento no banquinho ao lado de James para arrumá-los melhor.

Nesse mesmo momento, a Sra. Potter entra com um prato enorme de sanduíches. Bem mais do que o necessário para três pessoas. James levanta animado e pega o prato da mãe. Depois dá um beijo bem babado em sua bochecha. Eu rio baixo quando ouço ela dizer um "James, não!", deixando claro que não a primeira vez que ele faz isso. Remus levanta da piscina e vem até nós.

— Esses são os melhores sanduíches do planeta terra – James diz, colocando dois de uma só vez na boca.

— Meu filho! Que modos são esses? – a Sra. Potter dá um tapa leve no ombro do filho. Do lado um do outro, percebo o quanto são parecidos. Não sei direito como é o pai dele, mas James e a mãe...não dá nem pra fingir que eles não são parentes. São iguaizinhos.

— Eles são meus melhores amigos, mãe, não preciso ter modos - ele sorri mostrando os sanduíches mastigados. Faço uma cara de nojo mas depois caio na risada.

É a primeira vez que ouço James falar que sou sua melhor amiga. Isso me dá uma sensação boa, porque significa que ele acha que sou uma boa namorada para Sirius. Não é?

Pego um sanduíche e provo. Realmente, é um dos melhores sanduíches que eu já comi. Acho que deixo isso transparecer, porque a mãe de James vem até mim e passa a mão no meu cabelo.

— Que bom que gostou, querida – e aí sorrio (sem mostrar os dentes) porque ela também usa a palavra "querida". – Que cabelo lindo – ela continua, fazendo o que acho que é uma trança. Adoro que mexam no meu cabelo então fico feliz que ela o faça – Olha só, que cor mais viva! Quem dera ter um cabelo assim.

— Eu prefiro o meu – James passa a mão no cabelo, jogando água para todo lado. Remus corre e protege os sanduíches. Rio e gesticulo a palavra "ciumento" com a boca, mas não falo nada. Ele revira os olhos.

— Lils, o que vocês vão fazer hoje? – pergunta Remus. Quando olho para ele com uma cara de perdida, ele completa: - você e Sirius. Antes de virem para cá.

— Ah, sim! Falei que vamos jantar num restaurante mexicano. E aí, antes de ir, falo que temos que passar aqui para pegar uns vouchers. Aí, bum, vocês o surpreendem.

A Sra. Potter bate no meu ombro, falando um "ótima ideia, querida!". Fico feliz com sua aprovação. Ela diz que vai resolver outras coisas lá para dentro e que eu podia ficar à vontade. Agradeço e bebo um gole do suco de Remus sem ele perceber. É de melancia, percebo.

— Você acha que ele suspeita de algo? – pergunto a nenhum deles em particular. James dá os ombros, mas Remus responde que não.

— Ele nem imagina – diz. – Veio perguntar se queríamos fazer algo no fim da noite. Eu respondi que podíamos combinar algo, mas não falei nada específico.

Eu sorrio fingindo que sabia desse plano, mas na verdade nem imaginava que Sirius queria sair depois de jantar comigo. Não posso dizer que fiquei magoada, mas também não posso dizer que não me incomodou um pouquinho.

Acho que James percebeu, porque me encarou com os olhos ligeiramente cerrados. Mas também pode ser porque ele está sem óculos. Pigarreio e termino de comer meu sanduiche. Pego meu celular para ver se Sirius já mandou mensagem, mas não tem nada. Ele, muito provavelmente, ainda está dormindo. Então pego um outro sanduíche no prato.

Antes que eu perceba, estamos brigando pelo último pedaço de sanduíche que sobrou. E olha que eu achava que iria sobrar. Mas realmente, nunca tinha provado uma coisa tão deliciosa.

— Ah, qual é, James, você tem a chance de comer isso todo dia – falo, tentando pegar mas sendo completamente impedida pelo braço de James que também era barrado pela mão de Remus que por sua vez estava sendo impedido por mim.

— É, mas ela só faz isso quando temos visita. Remus, pode parar, você já comeu cinco.

— Ué, e dai, você comeu sete.

— E eu só comi três, então, ele é meu – falo, desviando habilmente minha mão dos outros dois e pegando o sanduíche rapidamente. Solto uma exclamação de vitória e coloco rapidamente na boca antes que um deles o pegue das minhas mãos.

— Arre, Prongs, olha como ela come estranho – Remus provoca, apoiando o queixo nas mãos.

— Concordo, Moony, acho que ela deveria parar de comer agora para não passar vergonha – James responde, olhando fixamente para minha mão.

Olho para os dois e reviro os olhos e depois dou mais uma mordida grande que acaba com o sanduíche. Depois solto um "huuum" dramaticamente e esfrego a barriga.

James e Remus se entreolham e parecem conversar mentalmente. Depois, James me encara com um sorriso torto. Epa, não gostei nada disso.

No momento em que eu percebi o que eles estavam querendo fazer já era tarde demais.

Remus se aproximou por trás de mim e agarrou meus braços, e James segurou minhas pernas. Não tive nem tempo de reagir. Quando dei por mim, já estava sendo jogada naquela piscina linda e minha única defesa era gritar o máximo possível antes de quase engolir um litro d'água porque já estava com o nariz grudado no fundo de azulejos.

O pior de tudo não é nem eu me molhar. O pior é sentir o rímel escorrendo consideravelmente pela minha bochecha. Ah, mas isso pode deixar uma garota irritada rapidinho.

Não sei qual foi a cara que fiz quando emergi da água, mas não deve ter sido nada amigável, porque Remus saiu correndo e James parou de rir. Apoio as mãos na borda e me forço com um puxão só para fora da piscina. Assim que fico de pé, corro na direção daquele traste. Ele percebe antes e sai correndo também. Mas consigo ser mais rápida e alcanço-o, me jogando com toda a força que pude juntar para cima dele. Para sorte de James, já estávamos na parte gramada do quintal, porque eu tive muito sucesso em derrubá-lo no chão.

— Pede desculpas, seu otário – falo, puxando seu braço para trás e agarrando seu cabelo com uma das mãos. Estou sentada em suas costas, impedindo que ele se levante – Anda, pede!

Ele não fala nada, então esfrego seu rosto na grama. E depois dou uma risada maléfica. Ele ri também, mas grita pedindo socorro. Remus enfia a cabeça para fora de uma janela próxima e grita:

— Nem vem, você que resolva seus problemas aí!

Eu me viro para Remus e aponto o dedo em sua direção.

— Pode se esconder, Moony, porque eu vou encontrá-lo e eu vou matá-lo – falo, com a voz mais ameaçadora que consigo criar.

James aproveita esse momento de distração para conseguir se virar. Ele continua deitado, mas agora tem mobilidade total para segurar um dos meus braços. A sorte é que percebi a movimentação e dou um soco bem forte no meio da sua barriga. Ele se dobra e eu acabo me movendo em seu colo.

E então percebo a posição em que nos encontramos. James não parece perceber, porque ainda tenta segurar meu outro braço. De repente fico extremamente vermelha e me levanto o mais rápido que posso. Ele leva um minuto para entender o que aconteceu, o que me dá vantagem de chutar sua barriga de leve (eu não quero dar uma hemorragia interna no anfitrião da festa, não é mesmo?) e sair correndo de volta para a piscina.

Que rainha da comunicação eu sou, é assim que lido com situações constrangedoras. Fugindo o mais rápido que posso e me jogando na piscina.

Fico o máximo possível embaixo d'água para me convencer de que a culpa não foi minha. Quando por fim entendo que tudo que aconteceu não passou de uma brincadeira inocente, alguém pula na piscina e atrapalha minha reflexão submersa. Empurro o chão e volto à superfície.

É Remus, que logo emerge e balança a cabeça como se fosse um cachorro. Eu rio e jogo água nele. Ele devolve, mas como a mão dele é muito maior que a minha, sou rapidamente quase afogada com as ondas que ele forma.

— Chega, chega – digo. – Trégua.

James ainda está deitado na grama, olhando para o céu.

— Que horas são, James? – apoio na beirada e pergunto. Ele não me responde, então eu repito mais alto.

— Não vou dizer, você tentou me matar. – fala, como se estivesse com uma profunda dor.

— Vai logo, criatura, olha ali no meu celular, por favor!

Ele levanta bufando e anda super devagar até meu celular de propósito. Quando finalmente o pega no balcão que estávamos comendo, fica subitamente sério e se vira para mim.

— Duas ligações perdidas do Padfoot – e finge que vai jogar o celular na minha direção.

Eu saio com dificuldade da água (agora meu vestido molhado está bem mais pesado e eu, bem, não tenho mais aquela força que só o desejo de vingança te proporciona). Vou até ele e arranco o celular de sua mão.

Aperto o contato de Sirius e espero ele atender. Quando o faz depois de cinco toques, ouço um "alô" meio misturado com um bocejo.

— Oi Sirius, eu estava...hm, andando de bicicleta... – falo, virando de costas para James porque ele está fazendo uma cara como se dissesse "mentirosa" que eu não me deixa manter a cara séria.

— Ah, entendi – ele fala, ainda meio sonolento – acordei agora.

— Nossa, não sei como você consegue dormir tanto.

— Conseguindo, ué – fala. – Escuta, não está esquecendo de nada, não?

— Claro que não! – digo, porque na verdade esqueci sim, por um segundo – Parabéns, meu amor! Mas eu quero te desejar de verdade pessoalmente – completo, mais baixo.

— Hum...então eu aceito suas desculpas – ele fala, com a voz maliciosa que costuma usar quando falamos no telefone.

— Mas eu não pedi desculpas... – respondo, num meio sussurro flertivo.

— Ah, mas eu sei que era o que você estava pensando – ele devolve no mesmo tom.

— Talvez se eu... – mas não consigo completar a frase porque olho para o lado e James e Remus estão agindo como se não estivessem ouvindo minha conversa. Acho engraçado e solto uma risada sem querer. Sirius pergunta "o que?" e eu volto à realidade – nada não. Tava pensando no que falar e não consegui achar nada apropriado.

Ele ri do outro lado da linha.

— Então, escuta, vou com Prongs daqui a pouco numa lanchonete que gostamos e aí passo na sua casa, pode ser? Podemos ir tomar um sorvete ou algo assim. Você decide.

— Claro, parece ótimo. A gente se vê, então – nos despedimos e abaixo o celular quando ouço o clique.

James ainda está olhando para frente, fingindo que não me ouve.

— Sirius falou que vocês vão numa lanchonete? – meio afirmei, meio perguntei.

— Ah sim – ele vira o rosto em minha direção – é meio que uma tradição nossa. Não sei explicar, é uma lanchonete que tem o maior hambúrguer do condado. Se você conseguir comê-lo inteiro em uma hora, ganha um prêmio.

— E qual é? – pergunto, torcendo meu cabelo para secá-lo. A trança que a Sra. Potter fez já está arruinada há tempos.

— Não sabemos. Nunca conseguimos terminar em uma hora – ele faz uma cara de decepção que o faz parecer um menino de 12 anos. Acho engraçado. – Talvez esse ano a gente descubra...

— Bom, estou torcendo para vocês – falo, recolhendo meus pertences e segurando a saia do vestido para não molhar a casa dele inteira – Eu vou pra casa tomar um banho e fazer sei lá o que com as minhas roupas. Mas a decoração ficou linda, vocês arrasaram.

Me despeço com um aceno esquisito com o cotovelo (já que minhas mãos estão ocupadas) que faz os dois rirem e responderem com o cotovelo também. Ah, meninos.

Quando estou quase na porta, viro-me para o que eu acho que é a cozinha e grito:

— Tchau, Sra. Potter! Nos vemos de noite!

E ela aparece com passos rápidos na minha frente, com um avental velho em cima do vestido preto.

— Já vai, querid...meu Deus, o que aconteceu com você? – pergunta, escondendo uma risada por trás da mão. Igualzinha ao filho.

— James foi o que aconteceu comigo – falo, fazendo um gesto de descaso com a cabeça – mas não se preocupe, pelo menos aliviou o calor.

— Ah, James – ela suspira, olhando para o teto. Depois me dá um beijo carinhoso na bochecha e abre a porta para mim. Eu me despeço e subo com dificuldade na bicicleta (porque o vestido fica grudando na minha perna). Antes de sair, olho o horário no celular. 13:10.

Eu tenho menos de três horas para tomar banho, ficar com uma aparência perfeita, fazer com que Marlene fique perfeita para conhecer oficialmente James, enrolar Sirius até não poder mais e trazê-lo para a noite perfeita que seria essa festa.

Eu vou conseguir.


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Notas finais do capítulo

Não me matem! Prometo que a festa é no próximo já haha. Comentem o que acharam, please, pra eu poder dormir tranquilamente? Não consigo dormir com a ideia de que posso decepcionar vocês ♥ beijinhos, até o próximo!