The Unspeakable Rule escrita por bmirror


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Oi queridos! Eu sei, fico começando mil fics rs Mas é que elas rondam minha cabeça e não consigo dormir se não as colocar num papel! (ou no caso, num documento do word hehe). Espero que essa agrade, então se por acaso despertar sua curiosidade, deixa um comentáriozinho pra mim, please? ♥



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Prólogo

Viro-me para encarar Sirius e seus amigos com o nariz tampado.

— Você se importa? - pergunto, apontando com a cabeça para o cigarro em suas mãos.

Sirius me encara por míseros dois segundos e olha para a própria mão.

— Ah, desculpa babe, esqueci que você não gosta do cheiro – responde, apagando o cigarro com um floreio no chão.

Sorrio agradecida e dou um beijo rápido em seus lábios. Me afasto para não ter o gosto de cigarro na minha boca. Sirius está errado. Não é que eu não gosto do cheiro de cigarros. Eu não o suporto.

Olho para o lado e encontro James e Remus rindo alto de alguma piada. Eles me encaram por um momento, e vêem minha cara de profundo desgosto. James sorri compreensível e apaga seu cigarro também. Remus cutuca Peter para ele apagar o dele, mas ele mostra o dedo do meio e vira para o outro lado. Suspiro e abraço Sirius pela cintura.

Do outro lado da calçada, umas garotas tentam chamar a atenção dos meninos. Aperto meu abraço inconscientemente, e ele solta uma risada nasalada, colocando o cabelo atrás da orelha.

— Prongs, acho que querem você – Sirius diz, passando um braço pelo meu ombro. Eu sorrio e me aconchego em seu peito. Sua jaqueta de couro está cheirando a cigarro, por isso franzo o nariz tentando respirar pela boca.

— Duvido – James responde, sorrindo e ajeitando os óculos no rosto. – Estão olhando para você.

Fecho a cara ao ouvir isso, mas Sirius não percebe. James me olha divertido, como se o fato de eu sentir ciúmes do meu namorado o divertisse. Ele estica o braço e puxa o meu cabelo, com um pouco de força, devo acrescentar.

— Pára, James – reclamo, arrumando meu cabelo de volta. Sirius me solta e se levanta.

— Vou pegar mais umas cervejas. Alguém me acompanha? – ele diz, olhando especificamente para Peter, o que significa que ele não estava convidando. Peter também percebe e se levanta, reclamando como sempre faz.

Remus ri e começa a mexer no celular em sua mão. James sorri e vem para o meu lado, tomando o lugar que o amigo estivera há pouco. Ele está quieto demais esta noite, e isso não é comum. Ele sempre fala pelos cotovelos, quando saímos. Olho para seu rosto enquanto ele encara o rio embaixo da ponte onde estamos sentados.

— No que está pensando? – pergunto. Eu o conheço a tempo demais para saber que algo o está incomodando. Mas ele balança a cabeça e sorri sem olhar para mim.

— Em nada, Lils – responde, bagunçando o meu cabelo de novo. Eu mordo sua mão em protesto. – Ai! Você pirou? Não se morde as pessoas desse jeito, seu animalzinho!

Dou os ombros, apoiando minha cabeça em seu braço. Estou cansada e quero sair dessa festa fedorenta. Mas não posso falar isso para Sirius, porque ele está se divertindo. Ao contrário de mim, ele é popular, e as pessoas sempre querem a sua presença nas festas. Isso geralmente não me incomoda, mas às vezes eu gostaria que ele me desse mais atenção do que dá à sua reputação. Suspiro alto.

— E agora, em que você está pensando? – James me pergunta, apoiando sua cabeça na minha.

Eu rio antes de apertar sua barriga.

— Não é da sua conta, seu imprestável! – respondo. Ele ri, esquivando-se da minha mão.

Conheci James dois dias depois de conhecer Sirius. Ele e Remus são os únicos amigos que eu suporto. De Peter eu não gosto muito, mas até tolero. A questão é que os quatro estão sempre juntos, então tenho que aguentar.

— Essa festa está um saco – James diz, olhando para trás à procura dos amigos. – Eu queria ir para casa.

— Somos dois – concordo, deitando em seu colo. Me ajeito na calçada para minha calcinha não aparecer, e James faz carinho no meu cabelo. Aproveito esses momentos porque Sirius nunca faz carinho em mim quando estamos perto dos amigos. Acho que tem vergonha de demonstrar afeto em público. – Convença o Sirius a ir embora, por favor?

Ele ri e olha para mim.

— Lily, se você que dorme com ele não consegue fazer isso, como eu vou fazer?

Eu sorrio. Não sei o que Sirius conta para eles, mas não é verdade. Sobre nós estarmos dormindo juntos, quero dizer. Nós namoramos há quase um ano. Mas nunca passamos de uns amassos sem blusa no sofá. Ás vezes percebo que ele fica frustrado, mas não tenho culpa se eu não estou preparada. Eu não quero estragar algo que vai ser memorável.

Mas eu já tenho tudo preparado mentalmente: vai ser no meu aniversário de 17 anos. Meus pais vão viajar para Istambul, e terei a casa só para mim. Não contei ainda para ele, farei uma surpresa.

De longe, vejo Sirius conversando com uma das meninas que estavam do outro lado da rua. Mordo meu lábio inferior, tentando parecer indiferente, mas James nota. Ele sorri e acompanha o meu olhar até chegar ao amigo. Depois balança a cabeça murmurando algo como “Ah, Padfoot”. Balanço minha cabeça e fecho os olhos, tentando não criar situações inexistentes.

Não estou reclamando do meu namorado, de modo algum. Ele é carinhoso (quando estamos às sós), cavalheiro e um ótimo amigo. Mas às vezes eu gostaria que ele se importasse mais com as minhas necessidades.

Abro os olhos só um pouquinho para ver se ele está vindo para cá. Mas ele balança a cabeça rindo de alguma coisa e acende um cigarro novo. Bufo irritada e me levanto sob os olhares de Remus e James.

— Lily... – Remus diz, prevendo que eu faria uma cena. Mas ele está errado, eu não quero criar confusão nenhuma.

— O que foi? – pergunto, batendo na minha saia para tirar a poeira. – Eu só quero ir para casa. Eu vou andando mesmo, é apenas a alguns quarteirões daqui. Vocês podem avisar Sirius, por favor? Diga a ele que eu não quis incomodar, e que eu falo com ele amanhã.

Os dois se entreolham. Como não recebo resposta, sorrio uma última vez e me viro para ir embora.

— Lils, espera – James se pronuncia, se levantando e batendo em sua própria calça – Eu te levo até em casa.

Reviro meus olhos. Às vezes James é super protetor.

— Sério, James, não precisa, além do que... – mas antes que termine a frase, sinto seus braços em meus ombros, fazendo-me virar rápido e encarar o fim da rua.

— É sério, você vai ser meu álibi para sair dessa festa idiota – ele diz no meu ouvido e eu rio. Me viro para Remus que está balançando a cabeça ainda com o celular na mão e aceno.

Eu não menti: minha casa é mesmo a alguns quarteirões da casa de Amos Diggory, o cara que estava dando a festa. Em pouco menos de cinco minutos, já estávamos a um bloco de casa.

— Então...- falo, atraindo a atenção de James que se concentrava em chutar uma pedrinha. – O que está acontecendo entre você e Cassie, hein?

Cassie Kadric é uma menina apaixonada por James há anos. Quando comecei a namorar Sirius, ela percebeu que eu poderia ser a ponte para o relacionamento que ela estava querendo. Cassie é legal, mas eu não acho que ela deveria namorar James. Na verdade, acho que ela não deveria namorar ninguém. Ela tem uma mania muito possessiva e controladora. E James é legal demais para sofrer os gritos dela.

Mas, como uma boa pessoa, eu dou força para o que quer que eles tenham.

— Eu não sei – ele responde, assanhando os cabelos da parte de trás da cabeça – Ela é legal, e estamos nos dando bem...Mas não tenho certeza.

— Não tem certeza de quê? – pergunto, empurrando-o com o ombro. – Eu vi vocês dois se agarrando no corredor de história. Me diz o que você não sabe, então?

Ele ri, mas não responde.

Ficamos algum tempo em silêncio. Resolvo quebrá-lo, perguntando uma coisa que está na minha cabeça há algum tempo. Mas James é a única pessoa que tenho coragem de perguntar.

— Você acha que Sirius seria capaz de me trair?

Ele me olha, surpreso com a pergunta repentina. Mas responde rápido:

— Não, definitivamente não. – e então coloca as mãos no bolso do casaco – Escuta Lily, ele pode ser meio aéreo e distraído às vezes, mas ele te ama. Você sabe disso.

Concordo com a cabeça, mas não digo nada.

Também não preciso, porque estamos na frente da minha casa. James faz uma reverência exagerada, apontando para a minha porta. Eu rio.

— Obrigada pela companhia. – Falo, olhando-o meio sem graça. Não sei direito como me despedir.

— Não foi nada. Nos vemos na segunda – ele sorri, se aproximando e beijando minha testa.

Entro em casa e o olho pela janela até ele sair do meu campo de visão, enquanto tento me lembrar qual foi a última vez que Sirius beijou minha testa.

—____________________________________________________________________________

Acordo com um barulho irritante e uma luz forte.

Logo percebo que é o meu celular tocando. Não tenho tempo de ver o horário, mas vejo o nome que pisca na tela: “Sirius”. Atendo rápido.

— Alô – digo, sonolenta.

— Oi, por favor, diga que não está brava comigo – ele diz, com a voz tão suplicante que me faz rir.

— Não estou brava com você. – respondo, coçando os olhos com as costas da mão. - Que horas são?

— Quase meio dia. Onde você está?

— Estou em casa. Mais precisamente na cama – rio, sentando-me no colchão.

— Hum, interessante. O que está vestindo? – ele pergunta, assumindo seu melhor tom malicioso.

— Sirius! Não corrompa a minha inocência – falo, mesmo sabendo que já fizemos coisas no sofá da sala dele que fariam qualquer inocente ficar chocada. – Onde você está?

— Na casa de Prongs. – ouço a voz de James no fundo dizendo algo incompreensível. – Ele está mandando um ‘oi’.

Tateio o meu criado mudo para acender a luz do abajur e acabo derrubando o porta retrato com a foto que eu e Sirius tiramos na praia. É uma das minhas preferidas, porque meu cabelo está estranhamente bom e os olhos de Sirius – uma das coisas que mais gosto nele- estão lindos.

— Mande outro – digo. Não quero tocar no assunto da noite anterior, mas sinto que precisamos conversar sobre isso – Sirius... sobre ontem...

— Não precisa falar nada, James já me explicou – ele me corta, com a voz um pouco mais baixa.

— Hm, explicou, é? – pergunto, imaginando o que ele teria falado.

— É. Sobre a sua enxaqueca e tudo mais. – responde casualmente. – Por isso ele te levou até em casa, não é?

— Ah. Minha enxaqueca. – falo, me perguntando por que James não falou do meu ataque de ciúmes – É, foi por isso mesmo. James foi muito gentil.

— É, eu sei. – Sirius comenta, mostrando que não quer mais falar sobre o assunto. – Escuta Lily, eu preciso ir. James quer minha ajuda em alguma coisa na garagem.

— Tudo bem. Nos falamos depois?

— Claro. Eu passo aí mais tarde, pode ser?

— Certo – respondo, sorrindo enquanto olho para a nossa foto no criado mudo. – Ahn...Sirius?

— Sim?

— Eu...te amo. – falo rápido, temendo que ele não entendesse.

Mas ele responde:

— Também te amo, Lily.

E depois ouço o clique que indica o final de ligação.


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