Bella estava com olhar perdido. Não sabia o que estava sentindo, tudo estava uma bagunça dentro dela. Era como se uma furacão tivesse passado pela vida dela, não se importando com o que estava deixando para trás.

Olhou para o céu azul, como um passarinho experimentando seu último voo antes da queda. Pois, sabia que assim que sua vida fosse selada com Sir Edward Cullen, viveria na sombra de sua irmã para a eternidade.

Antes sonhava que seria escolhida por ele, que poderia deixar o passado para trás. Jurava que seria a mulher mais feliz caso se casasse com o homem que amava. Só agora, que a compreensão do que sempre desejou poderia ser sua ruina. Estaria para sempre presa a um homem que não amava, e pelo que podia ver, jamais poderia vim ama-la, não quando sua irmã já tinha roubado o coração daquele guerreiro.

Seu coração pulsa tanto de alegria quanto de tristeza.

Queria tanto o amor dele. Mais, ela não queria ser a cópia barata da irmã.

Agora entendia a fúria de Anabelle.

 Estava perdida.

— Como posso me casar com ele, quando sou uma cópia da mulher que ele ama, mamãe? – Se virou para a mãe que estava sentada na cama. – Como poderei conquista-lo, com o rosto dela?! Ele me desprezara pelo resto da minha vida!

Rénner não sabia o que responder para filha. Seu coração sangrava pelas consequências que sua filha mais nova sofria. Não era para ser desse jeito.

— Com o tempo ele aprenderá ama-la, querida. – Sussurrou rezando que aquelas palavras fossem proféticas. – Será sua esposa, dona de seu castelo, será a mãe de seus filhos.

— Nada disso poderá garantir que vá me amar. – Falou através do nó que estava em sua garganta a sufocando. -  Serei apenas suportada, uma reprodutora de herdeiros! Quero mais que indiferença de meu futuro marido!

Renner foi até a filha. Com cuidado levantou seu rosto para que pudesse olhar em seus olhos.

— Você é uma guerreira. – Colocou as mãos em cima do coração de sua menina. – É mais forte que qualquer um aqui. Quando ainda era apenas um bebê recém-nascido, lutou pela sua vida e hoje é uma bela garota com um coração forte e bondoso. Se conseguiu vencer a morte, sei que conseguirá o amor daquele guerreiro.

Renner rezou que aquilo se realizasse, não suportaria ver sua pequena infeliz.

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Anabelle estava trancada em seu quarto, que naquele momento se encontrava destruído. A cama estava com os lençóis todos rasgados e cheios de penas; A pequena mesa estava virada com a perna quebrada; Os produtos de beleza junto com os acessórios estava jogados pelo chão.

Ela tinha uma fome assassina, queria matar lentamente sua irmã indesejada.

— Maldita hora em que não morreu quando nasceu! – Gritou para as paredes do quarto. – Maldita por roubar tudo que é meu!

Primeiro lhe roubou o seu espaço quando estava no ventre da mãe; Depois roubou toda atenção da mãe quando era um bebê; Para em seguida, roubar o amor da mãe delas só para ela; E agora, ela queria lhe roubar o homem que amava. 

Devia ter a jogado da arvore quando era crianças. Deveria ter morrido quando a jogou no lago anos trás. Maldita por ser uma pedra no caminho meu caminho! Pensou cheia de ira.

— Vou infernizar sua vida, Bella! – Puxou os cabelos com raiva. Depois se olhou no espelho, era se olhasse para a irmã. – Vou torna seu casamento um pesadelo! Ele é meu! Só meu! Ele nunca vai ama-la! – Com força jogou com vaso contra o espelho. – Odeio você maldita!

Ela começou andar de um lado para outro, como um animal enfurecido que procurava uma forma, uma estratégia para derrubar o inimigo.

Precisa encontrar uma forma de impedir que o casamento acontecesse, mas o tempo era seu pior inimigo, em poucas horas o casamento aconteceria. Isso ascendeu ainda mais sua fúria. Naquela noite, seu amado Edward iria se deitar com sua odiosa irmã.

Depois de muito pensar, sabia que não tinha como impedir. Edward não aceitou fugir com ela para longe, ele era muito honrado para deixar o povo em desgraça. Não havia nada que pudesse fazer. Só... Que ainda poderia infernizar sua inimiga. Pensou com um brilho perverso no olhar.

— Pode até se casar com ele, querida irmã. – Falou para o que sobrou do espelho vendo sua imagem deformada pelos cacos. – Mas, o dia de seu casamento será um inferno. Sempre que se lembrar desta data apenas sentirá dor e vergonha. No fim, terei o prazer de ser a outra na vida dele.

—------

Edward bebeu mais uma taça de rum.

Hoje se prenderia a uma mulher que não amava, e para piorar, tinha o rosto da mulher que amava. Sempre que a olhasse, se lembraria do que abriu mão pelo seu povo. Seria um inferno viver com aquela garota.

Um gosto amargo de desilusão, por pensar que poderia escolher a mulher que amava, por pensar que por ter um título de valor poderia ser o dono de si mesmo. Que doce engano. Isso tudo apenas contribuiu para sua infelicidade, de se unir a uma garota tão sem graça, que seria sempre um fantasma em sua vida.

Maldito Rei! Rugiu em pensamentos. Essa data era para ser tão diferente. Ele deveria estar tão feliz, tão orgulhoso por estar se casando com sua amada. Em vez disso, sentia apenas uma sensação de perda e incertezas.

— Milorde, chegou um guarda do Rei. – Disse o servo.

Era só o que faltava! Agora teria que ser vigiado.

— Mande ele entrar.

Em poucos segundos o homem da guarda e de confiança do Rei entrava.

— Qual o motivo da visita. – Diz de cortes.

— Trago boas novas do Rei. – Responde olhando em busca de alguém. – Irei esperar o Sir Swan. É para os dois o que tenho a dizer.

Ele mal terminou de dizer, quando Sir Swan entra para dentro do escritório.

— Diga o que tem a dizer soldado. – Charles não tinha muito papa na língua. – Tenho um casamento para finalizar.

— O rei quer uma prova de que o casamento foi consumado. – Ele disse olhando para Edward, e depois voltou seu olhar para Charles. – Também quer que lady Anabelle seja levada a corte para se casar com o príncipe.

Os dois grandes homens ficaram petrificados.

Edward não acreditava no que acabara de ouvir. Como assim teria que dormir com aquela garota naquela noite? E pior. Sua Anabelle iria se casar?!

Swan ficou rubro de raiva.

— Uma merda, que enviarei minha filha!

O cavaleiro deu um sorriso de deboche.

— Caso vocês descumpra os termos, a guerra caíra sobre a cabeça de todos.

—----

Bella estava tomando banho quando a porta de seu quarto é aberta.

Ela estava tão relaxada, com os olhos fechados que nem percebeu a movimentação pelo quarto.

Anabelle deu um sorriso cruel por encontrar a irmã tão vulnerável. Com um leve movimento, ordenou suas serva segurarem sua irmã.

Bella levou um susto quando sentiu seu cabelo ser puxado com força. Ela abre os olhos alarmada, com esforço tenta se levantar, mas é impedida pelas servas da irmã, que aprendia dentro da banheira. Olhou para quem puxava com força seu logo cabelo:

— Anabelle! – Bella ficou assustada, a irmã parecia insana. – O que pensa que está fazendo?!

— Te tornando menos eu! – Sussurra calmamente, abrindo um sorriso diabólico em quanto olhava o cabelo que era idêntico ao seu. – Que lindas mechas. Uma pena que vou ter que corta uma coisa tão linda. – Depois se abaixa para sussurra no ouvido dela. – Não vou permitir que você fique com o que é meu. Você me roubou tudo isso quando estava no ventre de mamãe. – E puxa com mais força o cabelo, sentindo um imenso prazer por ouvir a irmã gritar de dor. – Roubou minha imagem sua invejosa!

Os olhos de Bella se encheram de lagrimas. Um medo horrível se apossou dela.

— Por favor, Belle... Por favor... Por favor.... Não faça isso...

— Não adianta implorar. – Diz sentindo-se poderosa. – Vou torna você uma imagem diferente de mim!

Bella estremeceu quando sentiu a tesoura lhe cortando os lindos cachos castanhos. Fechou com força os olhos, rezando para que aquilo acabasse o quanto antes, apenas queria ir para bem longe das maldades de Anabelle.

Anabelle estava experimentando um grande prazer por estar cortando o cabelo de Bella, a cada corte seu sorriso se abria cada vez maior. Iria deixar horrorosa para o casamento, tornaria sua imagem menos feminina. Não permitiria que se casasse com o homem que ama, tendo sua imagem refletida.

Cada vez que sentia os tremores da irmã, gargalhava de felicidade.

— O que diz para você me odiar tanto, Belle?

— Você nasceu! Sua existência é um ultraje para mim! É uma afronta que tenha minha imagem! E agora quer roubar meu homem!

— Não tenho culpa disso!

— Tem sim! Tudo é sua culpa!

Quando Anabelle estava aponto de deixar Bella com cabelo de homem, Renner entra no quarto. Quando ela compreende o que estava acontecendo, solta um grito assustado:

Ela colocou as duas mãos na boca, não acreditando nos que seus olhos viam. As duas servas se afastam assustadas por terem sidos pegas no flagra pela senhora; Anabelle deixa a tesoura cair no chão. Bella apenas se encolhe dentro da banheira, com os olhos cheios de lagrimas.

— Quero as duas fora deste castelo. Agora! – Renner apontou um dedo furioso para as duas servas. Ela olhou para as filhas. Sentido a culpa consumi-la por não ter colocado limites na filha mais velha. – Como pôde fazer isso com tua irmã, Belle?! Isso é muita crueldade!

Belle tenta se aproximar:

— Mamãe...

— Não! – Levanta uma mão impedindo que chegue mais perto. – Estou envergonhada por ter criando uma garota mimada, egoísta e cruel.

A fúria aumentou dentro de Anabelle. Ela olhou com raiva para Bella. A irmã sempre era a preferência pela mãe.

— Ainda pergunta porque te odeio?! – Grita com raiva para Bella. – Você me roubou o amor de minha mãe!

— Chega, Belle! – Renner a interrompe. – Amo as duas! Meu amor é igual pelas duas! É você com seu egoísmo que não vê isso!

— Então uma vez na vida me escolha!

Renner balançou a cabeça tristemente. Pois, não poderia passar a mão na cabeça de Belle para sempre, já bastava o quanto ela já era mimada por Charles.

— Não posso escolhe-la quando está errada. Tem que aprender que não posso perdoa-la apenas porque a amo.

Bella saiu da banheira, os joelhos tremiam, mas com força levantou o queixo.

— Quero que saia do meu quarto, já fez o que tanto queria.

Anabelle jogou a cabeça para trás enquanto gargalhava:

— Ainda nem comecei a infernizar sua vida miserável!

A mãe das duas estremeceu, se perguntando se aquele estrago todo era apenas uma amostra do que estava por vim.

Sem dizer mais nada, Anabelle se retira. Bella solta o ar de alivio por não ter aquela criatura perversa no mesmo ambiente.

— Quero ficar sozinha mãe. – Falou lentamente, precisando ficar sozinha. Os lábios tremeram levemente. – Por favor.

Renner estava desolada pelo sofrimento da filha, porém saiu lentamente do quarto na esperava de que ela a chamasse para chorar em seu ombro. Mas sabia, que a filha era orgulhosa demais para chorar na frente da mãe ou de qualquer outra pessoa.

À medida que a observava sair, suas forças de se manter em pé caiu por terra. A garota que vivia dentro dela se derramou em lagrimas. Ela representava apenas uma mercadoria, uma criança indesejada, um fardo, uma procriadora de herdeiro. Jamais poderiam ama-la do jeito que era, pois ninguém realmente a queria. O peso de viver na sombra da irmã mais velha caiu feito uma pedra em cima de seu frágil ombro, pois estaria condenada a viver eternamente na escuridão, sendo apenas a cópia de outra pessoa, nunca tendo uma verdadeira identidade.

Colocou as duas mãos no rosto enquanto tentava engolir o soluço:

— Deveria ter morrido quando nasci, pelo menos seria menos doloroso.

Reunido forças, se levantou e lentamente foi até sua estante com espelho. A imagem que refletiu estava uma bagunça, nada lembrava a beleza de outrora; Os olhos azuis estavam banhados em lagrimas, começando a ficar vermelhos; E os cabelos. Os lindos cabelos tinha se ido. Apenas sobrará algumas mexas, que se encontrava na altura do ombro.

Fechou os olhos. Se a mãe delas não tivesse chegado, acabaria não tendo um fio para contar história. Quando abriu os olhos, eles foram atraídos para o que um dia foi seu lindo cabelo logo, que estava caídos no lado da banheira.

Se voltou para sua imagem refletida, e limpou as lagrimas que caiu pelo seu rosto:

E começou a sussurra como uma oração:

— Eu sou forte. Eu sou forte. Eu sou forte.

—---

Horas depois....

Os criados corriam para todos os lados tentando terminar os últimos preparativos para o casamento, agora faltava pouco para a cerimônia.

Bella estava sendo preparada em seu quarto para o casamento, enquanto o noivo se arrumava. Charles estava com um péssimo humor desde a chegada do cavaleiro do Rei.

Com uma última chama de esperança, Anabelle correu de encontro com seu amado. Precisa convence-lo a largar tudo por ela, tinha que conseguir isso.

Ela se esgueirou enquanto ele se lava. Ordenou silenciosamente que a serva saísse do quarto.

— Gostaria que esfregasse minha costa, moça. – Edward diz de olhos fechados.

Belle sorriu maliciosa, observando o delicioso corpo de seu homem. Seu corpo esquentando por lembrar dos prazeres que sentiu com aquele corpo no seu. Lentamente começou a ensaboa-lo, em seguida ela dá uma mordida na orelha dele:

— Estou com tanta saudades de você, amor.

Edward pula da banheira, olhando sem acreditar que ela estava lá no quarto com ele.

— O que está fazendo, Belle? – Perguntou preocupado, sabendo as consequências de serem pegos, principalmente com o cavaleiro do Rei tão perto.

Ela o abraça, beijando o abdome musculoso de Edward.

— Quero que me faça amor novamente.

Ele fecha os olhos. Estremecendo sub o toque e beijos dela:

— A tanto em jogo, Belle. – Ele sussurra, acariciando os lindos cachos castanhos. – Tantas vidas em nossas mãos.

— Deixe tudo... – Ela era o bastante egoísta para não se importar com mais ninguém. – Fique comigo... – A única coisa que importava para ela, era ter o homem que ama e o título dele. – Ame somente eu. – Implorou entre os beijos que distribuía pelo pescoço e peito. – Só quero você.

Ela deu um sorriso vitorioso quando foi suspensa nos braços fortes do homem que ama, e levada para o leito dele. Saboreou com imensa satisfação por depois jogar isso na cara sonsa da irmã.

Edward desejou não fazer isso, mas, era quase impossível nega quando sua amada implorava por ele. Prometeu a si mesmo que essa seria uma despedida, que memorizaria cada detalhe, para que quando o frio da noite chegasse, essas lembranças o confortaria. Agora, apenas iria se concentrar em dá todo seu amor para sua amada, não se importando que sua consciência gritasse que aquilo era errado, que em poucas horas estaria casado com uma mulher que não amava, mas que merecia seu respeito.

Eu mereço uma última vez com a mulher que amo. Seu outro lado sussurrou em sua mente.

Ele olhou para Anabelle, que estava estendida em sua cama, ansiando por seus beijos e toques.

— Venha meu amor. – Ela diz sedutora, enquanto abria a parte da frente de seu vestido, deixando a mostra seus belos seios rosados. – Estou tremendo por você. – Com isso, ela levou uma mão para baixo de seu vestido. Infelizmente, esse ato escureceu qualquer pensamento de Edward desistir.

Com um passo, Edward já esteva a beijando e tirando o pesado vestido entre eles, nada iria atrapalhar os dois naquele momento.