Edward relatou todos os acontecimentos que haviam acontecido na corte. A cada palavra, seu sonhos de construir uma vida com Anabelle se esvaiam entre seus dedos.

Se pudesse lutaria contra o rei, mas, muitos dependiam dele, não podia se dá ao luxo de seguir as ordens de seu coração.

— Quando deve ser preparado o casamento? – Pergunta, Charles pensativo, sabendo que sua amada filha ficaria arrasada quando soubesse. – Coitado de minha amada filha. Estava certa de que se casariam.

— Era o que mais queria, Sir Charles. – Diz sentindo um gosto amargo na boca. – Mas, tenho meu deve com o meu clã. – Virando de costas, diz contragosto o fim de seus dias de alegria. – Em dois dias. O rei está ansioso pela união.

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Anabelle andava ansiosa pelo salão das mulheres. Não via a hora de poder sair de lá, e ir ao encontro de seu amado. Tinha certeza absoluta que o regresso significava que Edward veio pedir sua mão a seu pai.

— É melhor se calmar, menina. – Renner a repreende. – Acabara abrindo um buraco no chão nesse ritmo.

Ela revira os olhos, mãe as vezes era muito exagerada. Olhou para irmã que nada dizia, parecia uma mosca morta. Isso a deixou aborrecida.

— Deveria se preocupar com Bella. – disse em escárnio. – Sendo essa mosca morta, nunca conseguirá um marido. Eu por outro lado, darei orgulho ao papai, por me casar com o maior guerreiro da Escócia. – Diz cheia de orgulho, se achando a melhor de todas por ter conquistando o amor de Edward. – Tenho o direito de estar ansiosa para saber a data do meu casamento.

— Não diga tolices! – Rénner não gostou nada da atitude esnobe da filha mais velha. E se culpava por ter permitido que suas filhas fossem tratadas de formas tão diferente. Isso, havia causado uma muralha entre as duas garotas, que mesmo sendo tão parecidas, eram tão diferentes. – E não fale assim com sua irmã. Bella é apenas uma moça muito doce e obediente. Quando se casar, será uma ótima esposa para seu esposo e clã.

— Duvido muito! Em menos de uma semana, tenho certeza que o marido encontrara alguém muito melhor para lhe aquecer a cama. – Olhou para Bella como se tratasse de uma barata. Bella apenas se encolheu com as palavras cruéis da irmã. Se perguntando o que tinha feito para a irmã, para merecer seu desprezo. – Quem iria querer alguém tão insignificante? É apenas uma cópia inferior de mim.

Renner olhou espantada para a Anabelle. As vezes a crueldade dela não tinha limites.

— Já chega! Não quero ouvir mais besteiras como essa! – Diz furiosa, sem nunca deixar o olhar da filha mais velha. – Quero que se retire, agora! E só volte quando tiver uma palavra de desculpas para sua irmã.

Ela sorrir, como se fosse aquilo que queria. Com ousadia, se virá antes de sair pela porta:

— É melhor não me esperar. Ficarei feliz em me casar e ir embora daqui!

Derrotada, Renner solta um grande suspiro cansado. Triste por sua casa ter virado um campo de guerra. Já não sabia o que fazer com as rebeldias de Anabelle, que era mimada demais por seu pai. Triste que sua segunda filha fosse desprezada por ter tido a infelicidade de nascer com o rosto da irmã gêmea.

Bella se aproxima, e carinhosamente passa a mãe pelos ombros caídos da mãe.

— Não fique triste. – Sussurra com a voz rouca pelas emoções que tentava sufocar. – Está tudo bem. Estou acostumada com arrogância de Belle.

— Ah meu anjo! – Diz inconformada com as injustiça que a filha era tratada. – Você não merece ser tratada assim. É a criatura mais doce e gentil que mundo já conheceu.

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Edward estava na mesma cachoeira em que se encontrou com Anabelle, se despedindo da felicidade que sentiu naquele lugar com sua amada. Gostaria de não ter o peso do clã para assumir uma esposa que não amava, que apenas se casava para o gosto do Rei.

Annabelle avançou lentamente por trás de seu amado, não notando o quanto ele estava tenso e infeliz. Era egoísta demais para notar os sentimentos de outras pessoas. Ela deu um pulo em suas costa.

— Esperando por mim, amor? – Ela dá uma leve mordida na orelha dele. – Senti tanto sua falta.

— Também senti sua falta minha senhora. – Edward sorriu recuperando a felicidade.

— Já conversou com meu pai? – Perguntou cheia de expectativas. – Já marcaram nossa data do casamento?

As perguntas dela foram como água fria em cima de Edward. Ele se afastou com o corpo tenso, procurando uma forma de dizer a verdade sem magoa-la.

— Belle... – A voz falhou, sentiu como se estivesse sendo engasgado. – Não poderei me casar com você.

— O que? – Ela não estava acreditando no que ouvia. – Mais... Você...

— Sei que prometi casar com você. Mais o Rei não permitiu. – Ele apressou a dizer o motivo. - Ele disse que você já está noiva. E me ordenou a me casar com sua irmã.

— Não! – Ela negou frenética. – Casar com Isabella?! Não!

— Se acalme, minha senhora. – Edward tenta conte-la. – Não tenho escolha.

Ela cravou um olhar glacial para Edward:

— Não tem escolha?! Não se casará com minha irmã! Prometeu que casaria comigo.

— Eu amo você. – Rogou desesperando para que ela entendesse sua situação. – Mas, sua mão já é de outro.

— Podemos fugir! Sim, vamos fugir e nos casaremos e não terá como anular nosso casamento.

Quem deras fosse tão fácil. Pensou triste Edward. Se fizesse isso, seu povo pagaria o preço por seus pecados.

— Se me casar com você, o Rei irá declarar guerra contra meu clã. – Ele desabafa. – Me casarei em dois dias com sua irmã.

— Não! – Ela se desespera não querendo que aquilo fosse verdade. Anabelle começa a beija-lo, precisando convencê-lo que ela era a melhor escolha para ser sua esposa. Sabia que a sedução seria sua aliada, havia aprendido muito cedo que seduzir abria as portas de muitas coisas. – Não quero perde-lo. Te amo. – Ela sussurra enquanto arrancava as roupas deles. Se apressando a ter o corpo dele contra o dela. – Me ame como só você sabe me amar.

Edward correspondeu os beijos, sabendo que aqueles poderiam ser os últimos que trocariam.

De repente, seu sangue gela. Ele fica horrorizado com o que estava aponto de fazer. Não poderia mais tê-la. Era desonroso o que estava aponto de fazer com Belle. Ela não merecia ser tratada como uma vagabunda.

Edward contempla o rosto belo e sedutor, consciente de que se fosse outro homem, não iria parar, não antes de se afundar naquele corposedutor.

— Não podemos... – Diz se afastando de sua amada. – Seria desonroso ama-la quando não posso me casar com você.

— Já me entreguei a você, não vejo o que poderia ser errado.

— Era diferente. Iria me casar com você. Agora seria um erro possui-la.

Ela o encarou não acreditando que estava sendo dispensada. Ela correu para o castelo como se estivesse fugindo do demônio. Cada passo que dava sentia uma fúria a consumir.

Edward não fez nada para impedi-la de ir. Sabia que aquela era a melhor maneira de as coisas se resolver.

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Bella estava fazendo uma trança quando a porta do seu quarto é aberta com brutalidade por sua irmã. Não deu nem tempo de se virar, quando teve seu cabelo puxado com força.

— Você não vai ficar com Edward! – Grita puxando com mais força o cabelo de Bella. – Ele me pertence!

Bella a olhou sem entender a histeria da irmã, que estava possessa de raiva. Ela tentava se livrar da mão da irmã, só que a força de Anabelle parecia ter aumentado com a raiva que sentia.

— Me solte! – Grita sentido uma forte dor na cabeça. – Não sei do que você está falando!

 Nesta hora, a mãe das duas entra e fica abismada com agressão que mais nova estava recebendo.

— Pare, Anabelle! – Renner intervém entre as filhas. – Se não soltar sua irmã, recebera umas boas palmadas de mim!

Anabelle solta, mais antes aproxima o rosto de Bella:

— Ele é meu!

No rosto de Bella apareceu uma expressão incrédula misturada com dor quando viu a irmã desaparecer.

— Ela enlouqueceu. – Sussurra sentido uma forte dor no coro cabeludo. Novamente estava sendo acusada de algo que nem sabia o que era.  – Ela enlouqueceu.