Perdidas em Teen Wolf escrita por MorgsValdez


Capítulo 9
Crossover P.1


Notas iniciais do capítulo

Oie pessoinhas... ME PERDOEM TA MEU, eu sei que eu demorei mais de mês para postar e tal, mas eu também não ia postar qualquer m*** pra vocês, então eu demorei mesmo, mas ao menos estou com aquela sensação de meio dever cumprido, meio pela seguinte razão: Vou postar o crossover em 3 partes, e essa é a primeira para eu saber como vocês vão receber o crossover e receber suas opiniões sobre ele ok?
Enjoy wolfes ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/692660/chapter/9

Crossover – The Originals – Capítulo de Natal – Os nem tão bons assim velhinhos

Pov Amanda

Acordei em um lugar completamente escuro, e quando eu digo isso me refiro ao breu completo, eu não enxergava nem mesmo os meus dedos, o absoluto nada, e francamente, estava com medo de saber, já que a última coisa que eu lembrava era da dor lancinante do tapa que o gigante me dera. Mas nesse lugar, fosse qual fosse, eu já não sentia mais dor. Contudo eu estava sentindo algo que, desde que chegamos a Beacon Hills, já me era uma sensação esquecida, o lugar me dava calafrios, o que eu não acho que seja muito comum a uma fênix.

Fechei meus olhos e me concentrei em meus poderes, eu ainda podia senti-lo fluindo dentro de mim... Mas e se eu tentasse me transformar? Será que era possível neste lugar? Por que esse medo e angustia apenas de pensar na minha transformação? Lembrei que, a primeira vez que me transformei em fênix, foi por puro instinto. Eu sabia que Lydia ia gritar e que eu tinha que proteger a Malu e a July... E aqui eu sentia que devia proteger a mim mesma. Naquele momento percebi que estava encolhida no chão, juntando coragem de não sei a onde fiquei de pé e fechei novamente meus olhos (não que fizesse alguma diferença naquela escuridão, mas ajudava a me concentrar), eu podia sentir o fogo saindo pelos meus poros, e era bom.

Quando abri os olhos novamente, eu realmente não acreditava que ainda estava no mesmo lugar, apesar de ter certeza que não dera um mínimo passo. Era tudo tão claro e quente, o campo aberto com as três pessoas em um triângulo diante de mim, o sol forte... Mas eu podia ouvir uma cachoeira há poucos metros de distância.

— Então... Que que há velhinho? – falei levantando as mãos. Eu não sei porque disse o bordão do Perna-Longa, provavelmente eu estava tão nervosa que meu cérebro estava bugando.

— Não tem motivos para ficar nervosa, Amanda. O seu maior desafio já foi vencido, que era nos ver. – disse a mulher a minha esquerda com o cabelo vermelho-alaranjado.

— Vê-los? Como assim, vocês estavam aqui o tempo todo? – falei colocando as mãos na cintura. Senti raiva e vergonha, faíscas saíram dos meus lábios.

— Esse é o primeiro teste para sabermos se você é digna de ser uma fênix, você tem que ser corajosa para enfrentar o que não conhece, ir contra o que não é da sua natureza. – disse o homem a minha frente.

— Escuridão e frio ein, tão de parabéns. – falei controlando minha respiração para não explodir com os idosos.

Pelas suas expressões tive a impressão que puderam me ouvir os chamar de idosos, eu ein... Espera, se esse é o primeiro teste, quantos outros haviam?

— A idosa aqui responde, mais três. – a mulher da direita veio caminhando até onde eu estava – O primeiro é mais importante, pois você precisava reconhecer sua origem para se conhecer, e nós somos a origem dos seus poderes. Entretanto, os próximos três testes são individuais, um de cada um de nós, a partir dos seus resultados vamos decidir se você pode ou não continuar com os poderes.

Resumindo minha situação em uma frase? Um banho de água fria. O que para uma fênix, é como o seu pior pesadelo.

Pov Malu

O meu suspiro deve ter sido mais alto do que eu imaginara, afinal Stiles segurou meu rosto entre suas mãos e me analisou como se eu fosse surtar a qualquer segundo, eu estava deitada com a cabeça em seu colo no sofá do Scott, qual havia saído com Derek. Sentia-me extremamente culpada pela discussão depois que minha raiva realmente havia passado...

Uma hora antes:

— Como assim etapas? – Scott perguntou sem entender, assim como o resto de nós.

— Assim como você venceu alguns “obstáculos” e se tornou um alfa verdadeiro, para ela provar que é uma verdadeira fênix, ela vai ter que superar essas etapas com sucesso para continuar com os poderes. – Peter disse com um sorrisinho ficando de pé. – Agora você já pode ir arrumar a minha porta.

— Espera, e como você sabe de tudo isso? – falei ficando de pé.

— Bem ruivinha, eu tenho algum tempo de vida, e já conheci uma fênix ou outra nesse período. Agora, eu tenho mais o que fazer, tchau tchau.

Scott se levantou rápido na direção em que Peter deixava o local, mas Stiles foi até ele e o segurou, uma briga desnecessária não era o que precisávamos agora, não é como se Peter tivesse algum envolvimento naquilo. Se Amanda precisava passar por essa prova, então teríamos de esperar.

— Tudo bem, a Amanda é forte, ela vai conseguir passar por isso. – falei indo até July, trocamos um olhar de apoio, mesmo que o Scott e a Amanda estivessem tendo um lance, ainda éramos as que melhor a conheciam, e mais amavam.

— Sério que é só isso? Você não se importa se ela está correndo risco de morte e pode nunca mais voltar? – Scott disse olhando para mim desdenhoso.

Stiles foi novamente até o amigo para acalmá-lo, mas agora ele havia realmente perdido a cabeça.

— Desculpa, o que? Você acha que se importa com a Amanda mais do que nós? – perguntei indo até ele, July segurava meu braço, mas a energia que ela emanava... Era de que precisava que a segurassem também.

— Bom, não sou eu que vou ficar de braços cruzados enquanto ela caminha para a morte não é mesmo? – ele disse nos dando as costas e indo para a porta.

July apenas olhou para a porta e ela se fechou, agora seu olhar tinha um dourado ameaçador, e eu percebi que das minhas mãos uma energia púrpura faiscava.

— Nós conhecemos ela desde que nos entendemos por gente, nós confiamos nela e a protegemos com nossos corpos e poderes, se você não acredita no potencial dela, devemos repensar se apoiamos esse relacionamento de vocês. – July disse estreitando os olhos – E acredite em mim com toda a sua confiança, alfa verdadeiro, ela vai ficar conosco.

Os olhos de Scott ficaram vermelhos e ele começou a rosnar, mas eu não estava com medo e July muito menos, no entanto não era uma briga que eu estivesse a fim de começar, eu admirava o Scott e sabia que ele e o Stiles eram praticamente irmãos, eu não queria ser obstáculo, queria ser uma facilitação nas vidas daquelas pessoas. Voltei ao meu normal tentando controlar minha ira, July me olhou e também voltou ao seu normal, apontando para a janela, então vi que em que lua estávamos. Scott por sua vez ainda parecia extremamente irritado.

— Eu entendo que não é fácil para você, Scott. Mas entenda que também não é para nós. No entanto, seria encantador se você não deixasse a lua cheia de te influenciar dessa forma. – July disse cruzando os braços.

Scott franziu as sobrancelhas, mas então olhou para a janela e viu o mesmo que nós, logo respirou fundo e seus caninos voltaram ao normal, assim como o castanho dos seus olhos. – Foi mal. – ele disse olhando para todos.

— Que o óbvio seja dito, estamos preocupados, não devemos nos intrometer, mas algo deve ser feito, então... O que vai ser? – disse Isaac.

— Você nem conhece essa tal de Amanda, por que está tão preocupado? – disse Brett num sussurro que todos ouviram.

— Por que tanto eu como Scott sabemos o que é perder alguém que amamos, e eu não quero que ninguém sinta essa dor... Muito menos o Scott, de novo. – Isaac disse indo até o amigo e colocando a mão em seu ombro.

— Certo. Malu, Lydia e July, tentem entrar em contato de novo com ela, qualquer pista pode ajudar. Brett e Isaac, vão concertar a droga da porta do Peter. Scott e eu vamos falar com o Deaton e ver o que conseguimos, e Stiles, faça o que você sabe fazer de melhor: pesquise. Os outros estão livres para ajudar como puderem. – Derek ditou o que todos deviam fazer sem hesitação, ele conhecia muito bem os que estavam ali, fora que sua experiência com o sobrenatural dera muito conhecimento a ele, e todos foram fazer o que lhes foi dito. Inclusive eu.

Atualmente:

— Será que o Scott vai mesmo me desculpar pela minha reação? Você sabe que eu não sou explosiva, mas quando ele disse aquilo...

— Ei, não se preocupa com isso, você deve saber até melhor do que eu que um dos dons do Scott é o perdão, quando a Amanda voltar vai ficar tudo bem de novo. – Stiles disse passando a mão no meu cabelo.

Levantei do sofá e calcei novamente meu tênis, havia trabalho a ser feito, e não podíamos mais adiar, eu só queria que esses problemas acabassem para podermos ficar juntos, termos um momento só nosso... Que eu lembrasse Teen Wolf também tinha romance, não só lutas e inimigos o tempo todo. Olhei nos olhos de Stiles por alguns segundos, eu o amava com todo o meu coração, mas ainda assim uma parte dentro de mim questionava algumas coisas, como... Quando sair a próxima temporada de Teen Wolf... E se ele e a Lydia ficarem juntos? Como as coisas vão acontecer por aqui? Esse mundo altera o nosso ou vice-versa? Não era a hora de pensar naquilo, mas era algo que simplesmente não saía da minha cabeça.

— Eu acho melhor ir fazer as pesquisas e ver o que descubro, qualquer coisa é só me ligar ta bem? – ele disse me puxando pela cintura e me deixando de pé junto a ele.

— Tudo bem, também tenho meus deveres de beta do Derek. – falei rindo, por um momento lembrei dos shipps de Sterek, algo que seria divertido de contar em um momento menos tenso.

Stiles me beijou e ia saindo pela porta, mas então corri até ele e puxei sua mão, quando ele voltou lhe beijei e um fogo começou a incendiar dentro de mim, mas logo o soltei antes que não pudesse mais me controlar. – Eu te amo, ta? – falei segurando uma lágrima.

— Eu também te amo Maria Luiza... Você ta bem de verdade? Tem algum pensamento que quer compartilhar? – perguntou preocupado.

— Não, não. Pode ir. Qualquer coisa eu ligo. Só precisava dizer o que tava sentindo. Garotas, sabe como é. – falei sorrindo e então saindo pela porta, se eu continuasse... Ia me acabar em lágrimas. E realmente, não era hora para aquilo.

Havia uma coisa que, com tantos contratempos, eu não contara a ninguém. Mas agora eu conseguia ter um discernimento melhor do que podia fazer com os meus poderes, e eu conseguia bem mais que apenas abrir um portal, eu também podia rastrear pessoas, com certeza fora assim que Genevive me encontrou. Falei para July e Lydia que ia em casa pegar uma roupa da Amanda, algo que ajudasse a nos comunicar com ela, o que não foi uma mentira, mas na realidade eu ia tentar primeiro sozinha.

Ao chegar em casa o senhor Tate estava com algumas malas prontas, o que me intrigou e ao mesmo tempo me deixou eufórica... Por vários motivos.

— Olá senhor Tate, vai viajar? – perguntei como quem não quer nada.

— Receio que sim Malu, a avó materna da Malia não está muito bem e como eu sou um dos únicos dos parentes mais próximos me pediram para ir vê-la. Não conte a Malia está bem? Ela nunca foi muito próxima da avó, mas de qualquer forma não quero deixa-la preocupada. – falou unindo as sobrancelhas.

— É claro, sem problemas, vá com Deus e melhoras para sua sogra. – falei acenando com a cabeça e indo para o meu quarto.

Se a casa ficasse vazia por uma noite depois que a Amanda voltasse... Meus pensamentos não podiam ser mais egoístas, mas pensar que eu poderia ter uma noite com Stiles sem nenhum obstáculo, era simplesmente fantástico. Depois de um longo suspiro e pensamentos impróprios lembrei-me do meu objetivo, dissipei aqueles devaneios e fui até a gaveta onde Amanda guardava suas roupas, lá encontrei a blusa predileta dela, a peguei e sentei na cama.

Fechei meus olhos segurando o objeto, o primeiro passo era canalizar a energia da dona, o que não foi difícil já que Amanda tinha uma personalidade forte e deixava uma energia forte onde passava, e aquela blusa em especial tinha bastante, o segundo passo era localizar o que mais chamava atenção daquela pessoa no lugar em que estava... E era também o mais difícil. Eu comecei a sentir muito calor e a suar muito, o fogo era uma das coisas que chamavam atenção de Amanda... Mas então vieram os dois rostos, e eles olhavam diretamente para mim, como se conseguissem me ver claramente.

— Uma intercessora como conexão, você tem amizades interessantes. – disse o homem a frente de Amanda.

— Conexão? – ouvi a voz de Amanda, então pude ver seu rosto, ela suava demais e parecia estar exausta, mas parecia poder me ver também. – Malu? Como você está aqui? Eu vou ficar bem, eu prometo, mas tenho que fazer isso sozinha, vá embora!

Como um elástico se rompendo perdi a conexão, quando voltei ao quarto a blusa na minha mão tinha chamuscado um pouco e eu estava banhada em suor, mas pelo menos consegui as informações que precisava, um: O lugar onde ela estava era um mundo paralelo, mas eu não conseguia chegar lá mesmo com os meus poderes, era algo muito particular, e era como se estivesse fora dos meus limites. Dois: Eram provas em que ninguém poderia interferir, se não causaríamos grande problemas a ela, eu pude sentir a pressão que aqueles três estavam lhe pondo. E três: Ela era muito mais forte até do que eu mesma imaginava, a sua exaustão e agonia podia ser sentida no ar, mas ela estava lutando para conseguir alcançar os seus objetivos, e claro, não morrer.

Peguei outra peça de roupa e fui até a casa de Scott, ia contar a verdade para July e Lydia, mas não as impediria de tentar falar com Amanda de novo, qualquer brecha que déssemos para ela respirar ajudaria a juntar forças para continuar.

Pov Amanda

— Então... Quais são esses testes? – questionei impaciente.

— A primeira coisa que...

A mulher loira parou no meio da frase unindo as sobrancelhas e virando o rosto um pouco para sua esquerda, como se ouvisse algo, os outros anciãos olharam na mesma direção como se pudessem ouvir o mesmo que ela, nesse lugar começaram a se formar como um holograma de duas pessoas, logo eu pude ver que eram July e Lydia, mas como podia algo assim acontecer? Elas não eram fênix, não tinham como estar aqui. Em questão de segundos começaram a falar o meu nome, pedir para que eu respondesse, percebi que elas ainda não conseguiam me ver.

— Apenas diga que você voltará, não é uma mentira. – disse o homem a minha frente. Então ele estalou os dedos e seus olhos focaram em mim.

— Eu vou voltar. – falei simplesmente, não podia dar mais informações, senti que seria perigoso se o fizesse.

O homem novamente estalou os dedos, e elas sumiram sem deixar nenhum vestígio de que estiveram ali.

— Uma banshee e uma völva te procurando... Você tem contatos importantes, Amanda. – disse a mulher loira – continuando então, o primeiro teste...

— Espera. – a interrompi – Quais são seus nomes? Vocês sabem tudo sobre mim, mas eu nem ao menos sei como se chamam.

— É justo. – falou o homem olhando mais para a mulher loira que ficou brava ao ser interrompida novamente do que para mim. – Eu me chamo Adolfo Ciobanu.

— Eu me chamo Aurora Moldovan. – disse a mulher ruiva com um sorriso de canto.

— E eu me chamo Ivy Waltman. Será que eu poderia lhe dizer seu primeiro teste agora ou fazer um chá para nos conhecermos melhor? – perguntou sarcástica.

— Eu gosto de chá, ainda mais com aqueles biscoitos doces sabe? – falei arqueando uma sobrancelha – Mas acho que prefiro ir logo para a ação.

Pensei que ela ia ficar brava, no entanto sua expressão se suavizou e ela sorriu para mim.

— Uma fênix de verdade nunca se deixa ser humilhada, apesar de esse não ser um dos testes, você está aprovada nesse quesito. – Ivy sorriu novamente - Agora, você deverá passar pelo meu teste.

Ivy bateu palmas duas vezes, então tudo se apagou, quando finalmente pude ver, eu estava de volta a minha casa, minha mãe estava na cozinha fazendo o almoço, minha irmã estava com suas bonecas brincando na sala, e meu pai provavelmente estava chegando do trabalho. Havia muito tempo desde que me sentira assim... Humana. E também é claro, que os vira. Com tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo em Beacon Hills, a última vez que estive com eles foi quando July achou que seus pais estavam em apuros – o que não era mentira -, mas agora a saudade e a vontade de estar com eles era extremamente mais forte.

— Amanda, arruma a mesa pra mim, a comida ta quase pronta e acho que seu pai já ta chegando. – minha mãe disse picando a salada sem me olhar.

Como de costume estendi a toalha branca com quadrados azuis na mesa, peguei os pratos de dentro do armário e os distribuí, assim como pus os talheres para cada um. Tinha algo estranho, mas eu não conseguia identificar o que era, meus olhos ardiam e as lágrimas estavam tentando forçar saída, mas eu não ia ter como justificar, sendo que nem mesmo eu sabia o motivo. Senti pequenos braços enlaçando minhas pernas, olhei para baixo e Mariana estava sorrindo para mim, minha irmã estava com quatro anos, como eu consegui ficar longe dela por tanto tempo?

Meu pai entrou pela porta da frente, largou as chaves do carro em cima da mesa da televisão e parou quando viu Mariana abraçada em mim.

— Viu só Amanda? Ela te ama, e você sempre brigando com a sua irmãzinha. – ele disse sorrindo para a pequena que agora ia o beijar e ganhar colo.

— E-eu também amo ela, amo todos vocês. – falei me sentindo a pior filha e irmã do mundo.

— De verdade? Vai ficar com a gente pra sempre? Você abriria mão de qualquer coisa por nós? – Mariana perguntou descendo do colo.

Por um momento, a palavra sim ficou na ponta da minha língua, sim eu faço qualquer coisa, sim eu abro mão de tudo por vocês, mas a racionalidade veio a tona, como uma criança de apenas quatro anos era capaz de falar aquilo? De me perguntar coisas tão maduras, sendo que a coisa mais madura que ela já viu foi Encontro com Fátima Bernardes quando minha mãe tirava do desenho para assistir? Então esse era o teste, abrir mão de ser uma fênix e voltar a ter uma vida normal com a minha família.

— Não... – as lágrimas não encontraram barreiras, assim como meus joelhos não encontraram resistência quando caí no chão – Eu não sou capaz de deixar de ser uma fênix por vocês.

O lugar começou a voltar ao normal, a minha família obviamente era apenas uma ilusão, eu estava de joelhos na frente de Ivy, que tocou nas minhas costas com as mãos e senti todos os meus ossos se abrindo, caí deitada agonizando em dor sem poder me mexer ou se quer perguntar o que estava acontecendo, então chamas saíram das minhas costas e asas muito maiores do que as que eu tinha surgiram, assim como mais fortes, eu sentia que era capaz de carregar qualquer coisa no ar e elas sustentariam.

— Você ganhou suas asas, a sua família está longe, mas você sempre poderá chegar neles em um instante com um bater de asas, a fidelidade de uma fênix aos que ama é o seu fardo mais pesado, e ainda assim, o carregaríamos eternamente. – Ivy disse.

Assim que ela terminou de falar suas asas apareceram, elas eram muito maiores que as minhas, e a cor delas... Não eram apenas chamas, como as minhas, elas eram como uma fogueira na praia, com labaredas roxas por causa da madeira com sal, eram lindas demais. Minha expressão embasbacada deve tê-la deixado contente, pois seus sorriso era de aprovação, com um bater de asas ela sumiu deixando apenas um cheiro de mar no ar.

Eu sentia como se um caminhão tivesse passado por cima de mim, mas nem pude ter tempo de pensar na dor, no meio de nós um tipo de mini buraco negro surgiu, parecia com mil galáxias invadindo o lugar, então eu soube que Malu estava me procurando com seus poderes, finalmente ela saiu de dentro do vórtice e então olhou no rosto de cada um de nós, mas ela estava quase transparente, então ainda assim ela não estava de verdade aqui.

— Uma intercessora como conexão, você tem amizades interessantes. – disse o homem a minha frente.

— Conexão? – falei arqueando as sobrancelhas, minha voz quase não saia pela dor que tinha nos meus pulmões e nas minhas costas. – Malu? Como você está aqui? Eu vou ficar bem, eu prometo, mas tenho que fazer isso sozinha, vá embora!

Malu sumiu em piscar de olhos, fiquei olhando do lugar onde ela sumiu para de onde Ivy também desapareceu.

— Continuando sobre a nossa espécie, e sobre nossa querida Ivy, até mesmo as fênix tem sua conexão com outros elementos como ar, terra e água, como é o caso dela. – disse Adolfo. - Então, eu acho que é a vez do meu teste.

A voz de Adolfo preencheu o ar com uma sonolência que me fez esfregar os olhos para me manter acordada, quando olhei em volta eu estava novamente em Beacon Hills, eu nunca estivera naquele lugar, mas eu sabia que era Beacon Hills. A rua vazia com florestas ao alcance dos olhos mostrava que eu estava em algum lugar afastado da cidade, mas ainda assim não estava dentro da floresta. Eu não sabia qual era o teste, mas comecei a percorrer a rua para ver se encontrava alguma pista de onde estava, e se conseguiria achar o caminho para a casa dos Tate, ou então de qualquer pessoa que eu conhecesse.

Segui pela rua estreita e com iluminação precária até chegar na esquina, a minha esquerda ouvi alguém arfando em meio a floresta, e a minha direita havia um caminho direto ao centro da cidade  que poderia me levar aos meus amigos, qual eu estava muito inclinada a ir... Mas de quem era aquele arfar? Era abafado e nem um idiota não perceberia que era de dor, mas e se fosse uma armadilha? Dei meu primeiro passo para a direita quando o vento do lado direito veio, e trouxe consigo o cheiro metálico de sangue, a pessoa que estava na floresta estava ferida. Mas o que eu poderia fazer? Eu nem tinha um celular para chamar uma ambulância.

Bati os pés no chão com as mãos em punho igual uma garotinha, mas mesmo assim dei a volta e comecei a caminhar em direção da floresta, se for algum louco psicopata eu vou bater minhas asas pra longe daqui, não quero nem saber. Conforme caminhei mais adentro da floresta o perfume amadeirado de Scott começou a ser tudo o que eu conseguia sentir, e tudo pelo que eu iria lutar, comecei a correr em direção ao cheiro até encontra-lo caído no chão com uma laceração perturbante na perna esquerda.

— Amanda? É você? – ele perguntou arregalando os olhos para mim.

— O que você tem feito da vida nas poucas horas em que eu fui semi morta Scott McCall? – perguntei ficando de joelhos do seu lado.

— Eu não sei o que me atacou, eu nunca tinha visto algo tão rápido, mas eu tenho certeza que era um homem. – ele disse tentando ficar em pé.

— Por que você não está se curando? – perguntei vendo que o ferimento não parava de sangrar.

— Acredite, eu também quero saber. – ele disse se apoiando em mim e ficando de pé em sua perna direita.

— Isso já aconteceu uma vez não é? Quando você achou que o Derek tinha morrido? – Terceira temporada, episódio cinco, não sou poser fera. – E se estiver acontecendo agora por que você pensou que eu tinha morrido?

— Você está aqui, na minha frente, eu já podia estar curado. – ele disse arqueando a sobrancelha.

Descartei a possibilidade. Eu tinha uma estranha sensação dentro de mim de que a solução estava na frente do meu nariz, mas nada me vinha a mente.

— Você é uma fênix... Vocês não tem aquele poder de... – Scott engasgou e desmaiou, eu pude suportar facilmente seu peso, mas não acho que deixar ele pendendo de pé era uma posição confortável.

O deitei na rua – que já tínhamos alcançado – e tentei puxar o máximo de informação que eu tinha sobre minha espécie, o que admito que não é muito já que esse lance de criaturas místicas era com a Malu. No entanto... Tendo a Malu no facebook, se tem algo em que você se torna especialista é em Harry Potter, e se bem me lembro ela postou algo sobre uma fênix que “chorou” no Harry e ele se curou. Será que eu também posso fazer isso?

— Scott! São as minhas lágrimas, elas podem te curar! – falei sentando no chão e pondo sua perna no meu colo.

Não foi muito difícil começar a chorar, ver o Scott machucado daquela forma me assustava, eu tinha medo de o perder de novo, afinal nossa última experiência foi ele me vendo morrer e aquela situação me apavorava pela coincidência. As lágrimas rolaram pelo meu rosto e caíram em cima do ferimento, se aquilo curasse realmente, ele estava recebendo uma boa dose de cura, por que todo o choro que eu estava segurando para parecer forte na frente dele começou a jorrar sem hora para terminar.

Um líquido preto começou a sair do ferimento e se espalhar no concreto, consequentemente o ferimento começou a se fechar e imediatamente ficar bom, acredito que não só as lágrimas, mas também sua cura de lobo agiram ali.

— Venha, vamos para casa. – ele disse segurando minha mão.

Em New Orleans...

Pov 3ª Pessoa

— Nós podemos resolver isso de forma civilizada, ou então serei obrigado a te matar. – Elija disse desabotoando os botões do braço do seu terno.

— Ah Elija, e você ainda acha que pode me deter? – disse Alice, a bruxa que havia sumido com o resto da família Mikaelson. – Você nunca encontrará sua família se me matar.

— Então eu acho que vou precisar de alguma ajuda para te deter. – Elija disse olhando logo atrás da mulher.

Davina conjurou um feitiço que deixou a mulher imóvel, é claro que ela não pensou que a bruxa estaria ali, afinal, como foi que ela voltou? Ela não estava morta? Essas e outras perguntas passavam pela mente da bruxa que agora apenas mentalizava seu feitiço para se libertar da imobilidade.

— Veja bem, nós somos os Mikaelson, e raramente existe algo que não possamos reverter ao nosso favor. Sem mais delongas, diga, onde está minha família? – Elija perguntou estreitando os olhos.

Davina com um movimento de mão deixou que apenas a boca de Alice se movesse.

— Você nunca os encontrará nesse mundo, Elija. – a bruxa deu uma risada debochada ao ver a expressão confusa do vampiro – Mas se você quiser, eu posso te mandar para onde eles estão.

Alice moveu sua boca tão rápido que nem Davina pôde parar o feitiço, um tipo de portal surgiu e sugou Elija para dentro dele, e em seguida não havia rastro algum de que ele estivera ali.

Em Beacon Hills...

Hayley estava abraçada em Hope no hotel em que Klaus controlara a mente do gerente para não lhe cobrar nada, já que por sinal eles não existiam ali, nenhuma conta bancaria, nada em seus nomes, ou seja, era a primeira vez na eternidade que os Mikaelson precisavam de dinheiro e não tinham. O telefone no bolso do hibrido começou a tocar, ao ver o nome de sua irmã na tela ele atendeu com certo receio.

— Você achou algo? – perguntou ríspido.

— Não, nada aqui lembra a nossa realidade. – Freya disse no mesmo tom de voz. – Mas eu posso sentir energias sobrenaturais por toda a cidade.

— Que tipo de sobrenatural? – Hayley perguntou ouvindo claramente a conversa do outro lado do quarto.

— Freya, que criatura sobrenatural? – Klaus repetiu a pergunta.

— Lobisomens, principalmente. Mas não consigo identificar as outras. – falou já sabendo que aquilo não agradaria o irmão.

— Então descubra. – Klaus disse bravo desligando o celular.

— Papai, será que o tio Kol e o tio Elija também vieram? – Hope disse indo até o pai que a pegou no colo.

— Eu não sei amor, mas acredito que se tratando dos seus tios, vamos descobrir rapidamente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu sei que já faz um mês desde o natal e tal HSUUSHAUSHHSUAHSUAHS então deixem seus reviews, seus gritos, seus socos, o que tiver nesses coraçõeszinhos que eu vou ler e responder ok? Um beijão wolfes, continuem na matilha ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Perdidas em Teen Wolf" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.