Perdidas em Teen Wolf escrita por MorgsValdez


Capítulo 8
Feels Like Witchblade


Notas iniciais do capítulo

Oiiie. Bem caras wolfes, eu demorei bastante, vim com um cap não tão grande, mas provas e seminários deixam a gente assim né non? Eu vou deixar o link do blog que fiz - bem simplezin já deixo dito - para podermos nos comunicar melhor, para expor algumas ideias, e já aviso que lá tem uma enquete sobre o capítulo de natal que to planejando e ficaria imensamente feliz se vocês votassem! Aqui ta o link: http://fanfictionsvaldez.blogspot.com.br/
Espero que gostem do cap, deixem seus reviews okay? E um obrigada gigantesco a Bia linda que tem deixado vários reviews mostrando que curte mesmo a história e que me apoia muito ♥ Beijo!



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Trailer ♥

— O que é esse... Coisa? – disse Pedro para o humanoide a nossa frente.

Ele parecia ter quase três metros de altura, mas ainda assim definitivamente era um homem. Eu não sei bem como descrevê-lo, sua pele parecia azul, mas claro, qualquer um ficaria azul após sair de um tornado. Seu cabelo também era meio azulado, mas pendia mais para o branco, e sua escassez de roupa estava me deixando muito brava e enojada, já não bastava por toda uma vida eu ter visto o meu pai pelado? Eu acho que sim.

Mas eu não podia negar, sabia o que ele era, e não foi vendo o Thor que aprendi a identificar Jotuns, mas pelas minhas recém ganhas memórias. Havia uma lembrança fraca e borrada, de uma tetaratetara avó minha, em Jotunhein (ok não me pergunte como ela chegou lá, nem como sei que era lá, isso está apagado), e ela... Lutava com aquilo? Enquanto o homem vinha em nossa direção, Scott se transformou e correu contra o gigante, Amanda também começou a voar em suas asas de chamas e lança-las contra o inimigo. De fato, um jotun de uma dimensão de gelo não ia gostar de fogo e talvez até poderia ser gravemente afetado por este elemento.

Os ataques de Scott não pareciam causar grandes danos, o gigante era muito maior, e seu raciocínio também não era lento, contudo o fogo de Amanda parecia estar deixando-o desnorteado, afinal devia feri-lo ou ao menos incomoda-lo. Eu sabia que tinha que fazer algo, na verdade, aquela era com certeza minha missão, todos os poderes que eu estava ciente de que tinha eram os únicos que podiam derrotar o Jotun.

Apertei os anéis em minha mão com força, não é exatamente como se eu soubesse o que estava fazendo, mas foi parte instintivo e parte das lembranças de minhas antecessoras. Finalmente os anéis se romperam em estilhaços no chão, meu pai e minha mãe me olhavam completamente pasmos, mas o que realmente me deixou nervosa fora minha avó, parada ao lado da minha mãe com a mão em seu ombro. Seus olhos me diziam “Ela vai ficar bem. Tudo vai ficar bem.” Contudo o que saiu de seus lábios foi: Lute.

Assenti e voltei meu olhar para o homem que agora vencia facilmente tanto Scott como Amanda, ele deu um tapa tão forte em Amanda (no ar) que ela bateu em uma árvore longe na floresta e caiu no chão, onde já não podíamos vê-la. Meu coração se apertou que parecia que ia parar.

— Scott! – gritei, ele me olhou e eu só via preocupação em seus olhos – Vá ver a Amanda, o grandão é problema meu.

Pedro que até agora esteve inerte correu até mim.

— July, você ta ficando louca? Você não vai enfrentar isso sozinha, você não pode combate-lo com visões! – Ele pegou meu rosto entre suas mãos e eu podia sentir sua respiração acelerada.

— Você que pensa, pedregulho. – usei o apelido de Malu para ele. O beijei por breves segundos e me soltei. – Eu volto pra você.

Pedro se afastou passando fortemente a mão no cabelo, eu deixaria tudo bem de novo, por todos nós. Só que agora era hora de derrotar um gigante do gelo. Os estilhaços dos anéis começaram a flutuar do chão e fixar-se em minha pele, rapidamente eles de uniram em meus braços, coxas e peito, formando a armadura de uma völva, um brilho dourado emanava de todo o aço. Por um breve momento me lembrei do filme “Witchblade”, sempre achei fascinante a parte em que o bracelete formava uma armadura nela, agora eu meio que estava tendo a minha cena particular. De qualquer forma aquela ação pareceu ter chamado a atenção do Jotun, pois ele veio em minha direção com um sorriso de escarnio no rosto, como se eu não tivesse a mínima chance contra ele.

— Sabem o que não falam nas lendas? – gritei para todos ouvirem – Que as völvas são parentes muito próximas das valquírias.

Ao terminar a frase corri até o gigante e me impulsionei pra cima, meu salto fora tão alto que parei no ombro dele, desferi um soco em sua garganta que o fez urrar de dor, sua mão foi rápida quando ele tentou me pegar, mas várias gerações de poder me fizeram ser mais rápida ainda, pulei e caí com uma cambalhota no chão, percorri em volta dele, o meu próximo golpe deveria causar um dano grave, pus minhas mãos na areia e dali tirei uma espada com a mesma luz de minha armadura, tal coisa ainda era parte dos estilhaços dos anéis.

O gigante se virou e semicerrou os olhos, ao me ver com a espada ele sabia o que era e o perigo que representava, agora o sorriso havia sumido e tudo o que sua feição dizia era “cautela”. Foi a minha vez de sorrir, o olhei com atenção e procurei o lugar de seu corpo que estava mais vulnerável, ele tinha os grandes braços posicionados na frente do seu rosto e peito, o lugar mais fácil de atacar seria atrás dos joelhos ou seus calcanhares, rompendo suas veias e ligamentos, deixando-o com muita dor e impossibilitado de correr. Quando dei os primeiros passos ele cuidava o movimento dos meus pés, com certeza sabia que desviar de mim era o melhor agora, eu precisava de uma distração. Fechei meus olhos e senti algo no peito, era quente como uma corrente termal, mas tinha um cheiro floral... Assenti abrindo os olhos, eu já sabia o que fazer.

3ª Pessoa PDV

July havia fechado seus olhos por alguns segundos, durante estes o gigante viu uma brecha para atacar, ninguém sabia o que ela estava fazendo ou pretendia sendo tão descuidada, de qualquer forma o jotun encurtou a distância que havia entre eles e pegou July em sua mão e apertou-a como se fosse transformá-la em pó, mas ela abriu seus olhos e suas palavras foram como lâmina:

— Foi mal, armadura a prova de gigante.

A espada dela que havia caído quando fora pega agora era um machado, ele cortou todo o antebraço do gigante cuja mão segurava July, ele urrou de dor e se debateu enquanto sangue jorrava do seu corte. July tinha o sangue do homem no rosto, pegou o machado na mão e gritou “é assim que os vikings fazem!”. Ela ia dar outro golpe e seus olhos desfocaram, então ela correu em volta dele fazendo um circulo com o cabo do machado na areia. Em um único pulo ela foi parar onde estavam as barracas e seus amigos e pais, olhou para a estrada onde um farol se aproximava, o carro de Lydia chegou e dali desceram ela, Malia e Derek.

— Eu precisava de você. – July disse para Lydia.

— Como você fez aquilo? – Lydia perguntou.

— Eu explico depois, mas preciso muito do seu grito agora.

Lydia assentiu e olhou para o gigante, obviamente seu alvo. A banshee gritou com tanto poder que todos – exceto July – tiveram que tapar seus ouvidos, o gigante inclusive. Ele tentava correr, mas o circulo que July havia “desenhado” agora brilhava em uma luz dourada quase cegante, e o impedia de sair dali, como uma barreira.

— Elas estão vindo busca-lo. – July falou.

Uma luz irrompeu do céu diretamente no círculo em que o gigante estava, três mulheres tão grandes quanto ele e em armaduras tão ameaçadoras quanto a de July desceram pela tal luz, montadas em cavalos alados as valquírias pegaram o jotun pelo braço que lhe restava e pelas pernas e o carregaram céu acima, o mais incrível é que dava para ver folhas e ramificações de lá. As valquírias voltaram, uma delas retirou uma espada no ar e quebrou a barreira que July havia feito, assim as três pousaram com seus cavalos alados em frente a todos.

— Dê um passo à frente, Julieta. – disse a morena do meio.

July engoliu em seco e fez o que fora ordenado.

— Ligação telepática com uma banshee? É a primeira vez que vejo. E acredite em mim, eu já vi muitas coisas. Mas também nunca vi uma sincronia tão perfeita, vocês foram escolhidas a dedo.

July e Lydia se olharam e sorriram, elas sentiram um laço quase físico se formando.

— Julieta Laskar, você é uma völva descendente da linhagem denominada Primeira Ramificação, ou seja, o sangue da primeira völva que existiu ainda corre em suas veias. – disse a loira da esquerda – E nós te intitulamos como Julieta, a Flor Selvagem. – disse a loira a direita.

Agora July entendia o cheiro floral, era sua essência.

Assim a morena pegou sua espada e a ergueu, July se ajoelhou e abaixou a sua cabeça. A ponta da espada tocou em sua testa e uma flor dourada como um mini fogo de artificio emergiu no rosto de July e então percorreu todo o seu corpo, sua armadura sumiu e foi substituída por um vestido branco marmorizado curto com uma abertura na coxa, ele era sem mangas e gola alta contornada com uma corrente de ouro.

— Tentamos adequar à moda atual do seu mundo, apesar de preferirmos as armaduras – a morena piscou – Toda vez que precisar da nossa ajuda ou falar conosco esse vestido irá surgir dos seus anéis, mas que isso seja algo raro.

Um trovão ecoou no céu e todos se sobressaíram.

— Thor deve estar achando que somos empregadas dele, só pode. – falou a Valquíria loira da esquerda bufando.

— Fique bem, Flor Selvagem. - disseram em uníssono.

Subindo novamente em seus cavalos, elas cavalgaram à abertura de luz no céu, que em seguida se fechou e pareceu nunca ter existido.

— Cara, valquírias! – disse Stiles fazendo um movimento com as mãos em direção ao céu.

Todos caíram na gargalhada, a tensão finalmente estava se dissipando, mas um sentimento de que havia algo errado, faltando, começou a preencher os pensamentos de todos. Olhando em direção a floresta, viram Scott vindo com Amanda no colo, seu rosto era sem expressão com os olhos vidrados, parecia que ele ia desmaiar a qualquer momento. Derek correu até ele e pegou a garota dos braços do amigo, o alfa caiu de joelhos no chão e agarrou a areia com força.

— Ela... Não ta respirando. – disse com dentes trincados.

Por um breve momento o coração de todos parou de bater, então as reações começaram a ser estridentes, Malu tapou a boca com as mãos e começou a negar com a cabeça, as lágrimas caindo em cascatas por seu rosto, Stiles a abraçou, no entanto seus olhos não saiam do amigo que estava em choque. July correu até a amiga e a pegou de Derek, a pôs em uma toalha que estava no chão e começou a fazer massagens cardíacas.

— Amanda, se você morrer hoje eu juro que acho um jeito de ir para exterminar aquele jotun filho da mãe! – July gritava aos prantos.

— Espera, calma, ela é uma fênix certo? Não tem todo um lance de renascer das cinzas? Aquela parada de Harry Potter? – Malia falou.

— É melhor você ficar em silencio agora. – disse Lorenzo, pai de July.

Os pais da völva se juntaram a filha cada um de um lado, a abraçaram e puxaram seus braços, não adiantava lutar. Não naquele momento. Thania vira aquela menina crescer, conhecia toda a sua família, sua irmã mais nova era tão parecida com ela... E agora seu corpo estava a sua frente sem vida.

POV Derek

Peguei o corpo da garota do chão e o carreguei para dentro do carro de Lydia, ela e Malia deviam ficar com os outros. Eu levaria Amanda para Deaton, se alguém saberia explicar aquilo seria ele. Eu não acreditava que tendo os poderes que ela tinha, morreria dessa forma, afinal a lenda sobre fênix renascerem devem ter algum fundo de verdade. Durante todo o caminho até o consultório fiquei de olho, eu esperava que ela acordasse que aquilo não passasse de um susto... Mas seu peito não se movia, sua pele ficava cada vez mais cinza e a cada minuto minhas esperanças se esvaiam.

Foi impossível não me lembrar de quando a Cora estava a beira da morte, mesmo renunciando o que eu lutara tanto para conseguir que era ser um alfa, eu consegui ser útil, consegui ajuda-la, mas Amanda não parecia ter chances. Era estranho me sentir abalado pelo estado dela. Não tínhamos nenhum tipo de intimidade, e não lembro de sequer conversarmos, mas mesmo assim eu estava estressado e angustiado sabendo que ela não voltaria a vida.

Perdido em meus devaneios percorri o caminho até o doutor quase que inconscientemente, só percebera que estava chegando quando vi Deaton tirando o lixo e arqueando as sobrancelhas ao ver o carro se aproximar. Desci com a expressão impassível, peguei Amanda do banco de trás e foi o suficiente para o doutor abrir a porta e me deixar entrar, fomos até sua sala e colocamos seu corpo em cima da maca.

— O que aconteceu com ela? – ele perguntou examinando seus sinais vitais.

— No acampamento de aniversário da outra menina, a loira, um tipo de gigante atacou e ela estava lutando com ele. Pelo que parece ele a bateu e ela foi parar longe na floresta...

Seus exames só mostravam o que já estava claro, e seu semblante era tão triste quanto a conclusão, Amanda estava morta e não tinha o que fazer quanto a isso. O doutor apoiou suas mãos na maca e inclinou sua cabeça para o lado, provavelmente era difícil lidar com aquilo, principalmente ele que geralmente conseguia mais nos salvar do que qualquer resultado negativo.

Não pude entender bem minhas ações, mas uma fúria veio de dentro do meu peito para fora, minha transformação foi tão rápida como meu respirar e meu rugido deve ter sido ouvido até mesmo pelos outros na praia, mas eu precisava tirar aquela dor de dentro de mim. O que fiz em seguida não tinha muita explicação, na verdade, se alguém chegasse e me perguntasse o motivo de tê-lo feito, eu não saberia responder, mas mordi Amanda em seu pescoço. Deaton me puxou para trás, mas já estava feito. Não era como se ela pudesse se transformar, ela já era uma fênix, mas se ela já estivesse morta não aconteceria nada mesmo.

Voltei a minha forma normal e fui tirado de dentro do consultório por Isaac e Brett (que eu não fazia a mínima ideia do que estava fazendo ali), eles me seguraram lá fora e ficaram me olhando como se eu fosse surtar a qualquer momento.

— O que você pensa que está fazendo? – Isaac me perguntou.

— Eu... Eu não sei. – admiti. – Brett?

— Longa história. – Brett disse levantando as mãos.

— O foco aqui é você estar mordendo gente morta por aí. – disse Isaac esbugalhando os olhos pra mim.

— Também não é bem assim. – me defendi.

— Então qual foi a razão para aquilo? – Deaton perguntou saindo do consultório.

Fiquei olhando para os três rostos que buscavam respostas sem ter o que dizer, reprimi a vontade de virar lobo e sair correndo, puxei um caixote de palete que havia ali e sentei, pus a cabeça entre as pernas e comecei a respirar de modo mais controlado para poder pensar.

— Instinto. Eu só fiz o que o meu instinto mandou. – falei erguendo a cabeça.

Três carros se aproximaram e saíram todos que estavam na praia, as meninas que eram amigas de Amanda começaram a perguntar por ela e querer saber onde eu havia levado seu corpo, mas então a expressão de pânico logo tomou conta de suas faces, fumaça saia de dentro do consultório, Scott não deixou Deaton entrar mas foi em seu lugar para ver se ainda conseguia salvar o corpo de Amanda, eu fui atrás para ajuda-lo.

A fumaça já estava espessa e pouco se via, mas o corpo de Amanda não estava mais na maca, não estava em lugar nenhum, Scott me olhou perguntando com os olhos, mas novamente eu não sabia responder, não fazia a mínima ideia de onde ela poderia estar, mas... Se ela não estava ali... Comecei a tossir e tive que sair sem poder procurar mais, Scott também não conseguiu aguentar a fumaça por muito mais tempo e saiu em seguida, todos vieram até nós cheios de perguntas, mas Scott e eu só conseguíamos nos olhar e pensar o mesmo, será que ela estava viva?

Logo o corpo de bombeiros chegou e não falamos mais do que o necessário, todos sabíamos que não era inteligente falar sobre o óbito da garota e não ter o corpo, nem mesmo nas cinzas. Após o acontecido todos nos dispersamos, eu fui com Isaac e Brett para o apartamento de Peter que estava viajando, mas eu sabia onde ficava a chave, enquanto os outros foram para suas casas, eu imagino, apesar de não ter feito nenhuma pergunta apenas ter ido embora.

— Derek, o que você acha que aconteceu? – Brett perguntou.

Eu sabia que ele perguntava do corpo, fiquei de costas enquanto enchia meu copo com whisky sem responder, eu não conseguia ter nenhuma teoria além de que ela estivesse viva.

— Olha Brett, eu...

Antes de terminar de falar a porta foi arrombada e Scott veio até mim e me empurrou contra a parede, seus olhos brilhavam em vermelho e seus dentes estavam a centímetros de mim.

— ONDE ELA ESTÁ? – gritou me puxando e me batendo outra vez contra a parede – O QUE VOCÊ FEZ COM ELA DEREK?

— Scott se acalma, você acha que eu seria capaz de fazer o que com o corpo morto da namorada do meu amigo? – perguntei tentando acalmá-lo.

— Eu... Eu não sei! – ele disse me soltando e dando dois passos para trás – Mas o corpo dela sumiu de dentro do consultório, e o Deaton falou que eu devia perguntar uma coisa para você.

Não é como se eu pensasse que poderia esconder aquilo do Scott, mas como foi uma ação movida por instinto era muito estranho ter que explicar que mordi o pescoço sem vida da garota.

— Scott, fica calmo ok? Eu... Fiz uma coisa. Foi por instinto, eu não pude controlar, apenas fiz...

Antes que terminasse de falar Scott veio até mim e cravou suas unhas no meu pescoço, ele acessou minhas lembranças e viu o momento em que a mordi, mas ele também sentiu aquele... Aquele pressentimento que era o que devia ser feito. E que eu realmente não consegui conter. Quando Scott saiu da minha mente o olhei pedindo desculpas, era o mínimo que eu podia fazer.

— O que foi aquilo? Você já tinha sentido algo assim antes? – ele perguntou.

— Não, foi tão inexplicável para mim quanto para você. Eu não sabia o motivo, mas tinha que fazer.

Scott se sentou no sofá e pôs as mãos na cabeça, ele estava tentando entender aquilo tanto quanto eu, mas não havia explicação plausível para o que acontecera. Sentei ao seu lado e pus minha mão em seu ombro.

— Vamos descobrir o que aconteceu Scott. – falei.

O telefone dele começou a tocar e quando ele leu “Lydia” atendeu de imediato.

— Scott? – ela disse alarmada.

— Sim, Lydia, o que foi? – ele disse já ficando de pé.

— É o Parrish, ele disse que viu a Amanda, mas então... Ela sumiu.

— Sumiu como? Como assim Lydia? – ele gritava já saindo do apartamento, eu fui com ele.

— Arrumem a porta, eu ligo se precisar de vocês. – falei indo em direção ao elevador que era onde Scott estava entrando.

Scott foi com sua moto e eu com o meu carro até a delegacia, Parrish estava lá na frente junto com Lydia, July e Malu.

— O que você sabe? – Scott chegou perguntando.

— Eu estava anotando alguns nomes quando senti o meu eu me chamando, eu fui até os fundos da delegacia e me concentrei, então eu vi a garota. Ela estava assustada e... Ham, nua. E completamente apavorada, tinha fogo para todo lado. Eu falei com ela e perguntei o que estava acontecendo, e ela disse que achava que estava morta. Mas então... Foi como se uma voz a chamasse. Ela começou a caminhar até esse lugar distante e então sumiu. Eu tentei a procurar, até me transformei e fui até o Nemeton. Mas ela não estava em lugar nenhum. – relatou Parrish.

— E a July e a Lydia já tentaram procurar ela depois disso? – falei.

— O que? – ambas falaram.

— Bem, se o Parrish viu ela, quem sabe vocês consigam ter algum contato com ela, seja lá onde ela estiver, como fizeram quando a ruiva sumiu. – sugeri.

— É Malu, Derek. – disse Stiles saindo da delegacia. – Ninguém viu nenhuma garota nua vagando por aí.

Cara, só o Stiles para sair perguntando isso, espero que ninguém tenha perguntado como ele sabia que ela estava nua, por que seria bem capaz dele responder “Ah, o Parrish que viu”.

Pov 3ª Pessoa

O grupo foi até a casa de Scott, Melissa estava saindo para o plantão, mas viu o estado do filho e se preocupou.

— O que aconteceu? – perguntou.

— Mãe, é complicado... – Scott disse.

— Quando tivermos certeza te contamos, ok? – disse Lydia.

Ela sabia que ia muito além de apenas complicado, mas foi embora confiando em Lydia. Depois de ter seu filho morto, era normal ela ter essa hesitação. Lydia e July sentaram no sofá de frente uma para a outra e deram-se as mãos, elas fecharam os olhos e... Bem, eles esperaram. Alguns minutos se passaram e elas finalmente abriram os olhos, mas suas expressões...

— Então? – Scott perguntou.

— É estranho... – disse July.

— Nós conseguimos senti-la, mas não conseguimos vê-la e nem mesmo o lugar onde ela está.

Malu saiu dos braços de Stiles onde estava e veio até as duas.

— Eu sei que não sou uma psíquica nem nada, mas eu estava pensando... July, nós temos sido as melhores amigas da Amanda desde sempre. Se quem sabe você se concentrar nesse sentimento... Eu sei lá. Pode ser um clichê, mas o amor é o mais forte, sempre. - Ela voltou até Stiles que a beijou no topo da cabeça.

July deu a mão novamente a Lydia e se concentrou. Quando Malu falou aquilo, ela lembrou que quando tentou manter contato com ela entre os dois mundos, pôs todo o seu carinho pela amiga naquela conexão, buscou-a por que a amava e precisava encontra-la. Então fez o mesmo novamente. Ela buscou por Amanda lembrando-se das placas cômicas que ela costumava por nas costas das pessoas, das vezes em que posaram na casa uma da outra e contaram seus sonhos e confissões uma para outra, nos momentos em que ela chorou e a amiga estava lá para abraça-la e confortá-la... Algo começou a aparecer para July e Lydia. Ambas começaram a suar muito, por que embora fosse outra dimensão, o lugar era muito quente que chegava a atingi-las, dando as mãos ainda mais forte começaram a falar com Amanda, buscando-a, chamando pelo seu nome e implorando que respondesse. A forma de uma garota começou a se moldar na imagem, Amanda estava realmente nua e envolta por fogo, ela olhou na direção que – provavelmente – estavam às vozes de Lydia e July, e então respondeu.

— Eu vou voltar.

Mas então algo quebrou a conexão, fez Lydia e July se afastarem violentamente uma da outra e caírem em lados opostos da sala, seus corpos encharcados de suor e suas roupas chamuscando.

— Encontraram ela? – Malu perguntou.

— Sim. Ela disse que vai voltar. Apenas isso. – Lydia disse levantando com o auxilio de Derek.

— Quando? De onde? – perguntou Scott.

— Eu não sei, mas o lugar estava literalmente em chamas... – July disse.

— E agora nós fazemos o que? Esperamos? – Stiles perguntou.

— Bem, se o Derek arrumar a minha porta e deixar ela tão perfeita quanto estava até ele ter a brilhante ideia de ir para o meu apartamento, eu conto um segredo ou outro que eu saiba sobre Fênix. – disse Peter entrando na casa acompanhado de Isaac e Brett e sentando no sofá, do qual ele levantou em um segundo por que estava muito quente.

— Cara foi mal, a gente tava arrumando a porta quando ele chegou. – disse Brett engolindo em seco.

— Brett? – Scott perguntou. – E a sua matilha?

— Longa História. – disse ele e Isaac juntos.

— Eu arrumo a droga da sua porta, mas me fala o que você sabe sobre onde ela está. – Scott disse.

— Muito bem, sentem-se que o Tio Peter vai contar uma historinha. – Peter disse puxando uma cadeira e sentando-se nela.


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Notas finais do capítulo

Então, então?! Não foi fácil escrever esse capítulo e deixar do jeito que eu queria com todo o bloqueio que eu estava tendo... Mas espero ter agradado vocês. Deixem seus reviews e votem na enquete ok? Vou deixar o link aqui também pq as vezes alguns leitores só leem as notas finais UAHUEHHAEH
Link do blog da autora: http://fanfictionsvaldez.blogspot.com.br/
Beijão wolfes, continuem na matilha!



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