Up to no good escrita por La Lovegood


Capítulo 10
Sonhando acordado


Notas iniciais do capítulo

Juro solenemente não fazer nada de bom. Me desculpem pela demora, tive alguns problemas pessoais... Espero que gostem.



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POV Tiago Potter
​Assim que acordei no sábado de manhã, tomei um banho demorado, coloquei o uniforme e tentei pentear o cabelo. Tudo isso enquanto os garotos ainda estavam dormindo.
​- Olha ele, todo arrumado! – Sirius ri enquanto tenta ajeitar a gravata. – Vai falar com a Lily, hoje?
​- Vou. – Respondo olhando para Remo que parecia prestes a vomitar. – Cara, você está bem?
​- Meu dia favorito no mês está chegando. – Ele diz com a voz falhando e os cabelos bagunçados caindo em seus olhos.
​- Achei que você odiasse a lua cheia. – Pedro diz.
​- Ironia, Pedro, ironia... – Falo rindo.
​Saímos do quarto juntos conversando até o salão principal, onde vi Lily junto as amigas, mas tentei ignora-la.
​O dia passou tão devagar que já estava cansado de sequer piscar os olhos, quando as aulas acabaram, corri para o dormitório, onde peguei a capa de invisibilidade, o mapa dos marotos e um livro de runas antigas e corro para a biblioteca.
​Como havia previsto antes, Lily estava sentada sozinha de frente para uma mesa tomada por livros, penas e tinteiros e pergaminhos. Não pude evitar sorrir.
​- E aí, ruivinha? – A cumprimento puxando o livro de sua mão. – Estudando muito poções? Eu posso te ajudar, sou o mestre em poções.
​- Em que você não é mestre, não é mesmo Potter? – Ela pergunta irônica e tentando recuperar o livro de minhas mãos. – Eu preciso estudar, por favor me entregue o livro.
​- “Para fazer uma poção do amor, você vai precisar de duas asas de morcego, um pedaço de seu amado”... – Paro de recitar a poção de livro e sorriu para ela. – Pensando em me enfeitiçar, Evans?
​Ela ri.
​- Se prestasse atenção nas aulas saberia que teremos que fazer essa poção corretamente na próxima aula do professor Slughorn. – Se defende a ruiva desviando os olhares de mim. – E o meu nome é Lilian, não ruivinha, nem qualquer outro que você invente.
​- Tudo bem, tudo bem, me desculpe.
​Ela me escuta e toma um susto, me olha com os olhos arregalados e com as bochechas coradas. Sorriu para ela.
​- Você acabou de me pedir desculpas? – Ela pergunta surpresa. – O que você quer, Potter?
​- Lily, por favor, saia comigo.
​- Estou saindo com o Finn, você sabe disso. – Ela responde com um suspiro. É impressão minha ou ela não parece tão feliz com isso.
​- Não, não, saia comigo, sem segundas intenções, eu prometo!
​Ela me olha desconfiada novamente e se levanta da cadeira onde estava sentada. Fecha o livro e vem para perto de mim de braços cruzados e meu Deus ela é a pessoa mais bonita que eu já vi na vida.
​- Tudo bem, você tem até a hora do toque de recolher. – Ela diz com um sorriso divertido no rosto. – E eu exijo o melhor encontro sem segundas intenções que os bruxos já viram!
​É isso. Minha primeira, e provavelmente única, chance de impressiona-la. Eu coloco essa garota no pedestal dês de que temos onze anos, preciso dela.
​Seguro a mão de Lily e a puxo para fora da biblioteca. Corremos juntos até um lugar mais vazio próximo ao lago. Com um aceno de varinha, arrumo uma toalha para forrar na grama e uma cesta de piquenique aparece em nossa frente.
​- Tudo bem, o que você prefere, Manteiga de amendoim ou geleia?
​- Manteiga de amendoim COM geleia, sem dúvida alguma.
​Abro um sorriso e a entrego o sanduiche.
​- Meu Deus, isso está maravilhoso! – Ela diz enquanto morde um pedaço, - Não sabia dos seus dotes culinários, Tiago.
​- Nem eu sabia que você conseguia ser tão fofa comendo. – Comento a deixando completamente vermelha. – Desculpe, sem segundas intenções.
​Passamos durante um bom tempo naquele jardim, conversando besteiras e percebi que em todos aqueles anos eu nunca tinha tido uma conversa inteira sem xingamentos com a Lily, e ali, naquele dia, ela tinha os olhos ainda mais verdes, cabelos ainda mais sedosos e vermelhos, o rosto ainda mais corado e sorridente, ela era ainda mais bela.
​Ainda estávamos ali no jardim quando o sinal soou mais alto que nossas vozes e os alunos começaram a se dirigir para dentro do castelo.
​- Logo hoje que eu estava gostando de conversar... – Lily fala se levantando para organizar as coisas. – O tempo passou voan...
​A interrompo jogando a capa de invisibilidade sobre nos. Nunca estivemos tão perto, sentia as batidas de seu coração próximo ao meu, seus cabelos ruivos balançavam batendo contra meu rosto.
​- O que é isso? – Ela pergunta assustada.
​- Uma capa da invisibilidade. – Digo rapidamente. – Ainda não estava pronto para deixar esse encontro terminar.
​- Como assim, Potter?
​- Você não vai dormir até eu te levar para uma volta na vassoura. E se eu fosse você nem começava com as reclamações, sou o melhor piloto de vassouras dessa escola, até mesmo melhor que aquele tal de Finch.
​- Finn. E você sabe muito bem disso. – Ela corrige rindo. – Foi muito legal, mas eu tenho que ir.
​Ela começa a andar, mas novamente a puxo para perto de mim.
​- Accio vassoura! – Falo alto e em bom som. Segundos depois a vassoura pousa ao meu lado. – Vamos lá, ruivinha.
​- Não posso fazer isso. – Ela sussurra ainda embaixo da capa. – Eu tenho medo de altura e de voar em uma vassoura.
​- Lily, confie em mim. – Subo na vassoura e estendo a mão para a garota. – Você não vai cair.
​Ela me olha amedrontada, os olhos verdes me encarando. Pisco e estico a mão mais uma vez para ela. Por fim, Lily segura minha mão e sobe na vassoura atrás de mim. Ela envolve minha cintura com os braços e sinto seu rosto pressionado em minhas costas.
​Jogo a capa por cima dela, caso alguém visse, só eu levaria a culpa. O que eu posso dizer, sou um tremendo de um cavalheiro.
​Nos impulsiono com os pés e a vassoura começa a voar baixo. Lily se aperta mais contra mim e fecha os olhos com os cabelos balançando pelo vento.
​Voou ainda mais alto. Rondo o castelo acelerando cada vez mais. Lilian atrás de mim, continuava abraçada contra mim e com os olhos fechados.
​- Lily, abra os olhos, você não sabe o que está perdendo. – Falo baixo. – Você não vai cair, eu não deixaria isso acontecer.
​Ela abre os olhos devagar e quando olha em sua volta, solta uma gargalhada. Ela me abraça mais forte e faz algo que eu nunca em toda a minha vida imaginei a verdadeira (a que não está nos meus sonhos) Lily fazendo: beija minha bochecha.
​- Essa vista é incrível, não é? – Pergunto para ela desacelerando a vassoura para conseguir olhar em seus olhos na frente do salão da Grifinória. – Essa vista é uma das razões para eu amar tanto quadribol.
​- Essa vista me dá náuseas! Estamos a quantos metros do chão? – Ela pergunta ainda rindo. – Não, não vou pensar na altura, vou pensar em como isso é lindo.
​Deixo ela aproveitar a vista durante o tempo que ela quer, até pararmos na frente da janela do dormitório de Lily, onde todas as suas amigas já estavam dormindo.
​- Está entregue.
​- Você conseguiu. – Diz a garota sorrindo para mim. – Foi o meu melhor encontro sem segundas intenções, que os bruxo já viram.
​Ela se inclina um pouco para abrir a janela, mas mais uma vez a puxo a fazendo olhar para mim.
​- Estou me sentindo um pouco culpado. – Digo acariciando seu rosto. – Disse que não tinha segundas intenções, mas eu tenho.
​Tiro os fios ruivos de cabelo do rosto de Lily e me aproximo dela devagar. Seus olhos verdes se fecham e sinto suas mãos passeando pelo meu cabelo preto e arrepiado. Envolvo sua cintura com os braços e colo meus lábios no dela.
​Lilian Evans é a pessoa mais doce, delicada que já vi, e estar ali, a beijando era um sonho. Quando nos separamos, aliso seus cabelos e a beijo mais uma vez. E outra, e mais umas vinte vezes.
​- Tiago, eu tenho que ir. – Lily fala encostada em meu peito, com as pernas balançando para fora da vassoura estabilizada no ar.
​- Você já falou isso mil vezes nos últimos dois minutos. – Respondo a beijando de novo.
​- Tá, mas dessa vez é sério! – Ela fala. Sorri para mim e beija minha boca. – Seja bonzinho e aproxime a vassoura da janela o máximo possível.
​Faço o que ela pede e Lily pula da vassoura para dentro do quarto pela janela aberta. A beijo uma última vez e espero ela fechar a janela para sair de lá.
​Vou direto para o meu quarto, pulo em minha cama, jogo a vassoura para um lado e sorrio antes de dormir pensando na melhor noite da minha vida.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem. Não esqueçam de comentar e favoritar a fic. Beijos e até o próximo capítulo. Mal feito, feito.



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