Tom: A história de Nick e Judy escrita por O Deus Da Festa


Capítulo 6
O encontro




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Judy levantou-se da cama quando o seu fiel despertador tocou. Rápida como uma flecha, correu pelo quarto, tomou banho, vestiu-se e tomou o pequeno almoço. 

"Ah, 5:59." Viu ela no relógio. "Tenho de correr par....espera. 5:59 !? Eu pus o despertador para tocar uma hora mais cedo !? Ugh, perfeito... bem, agora não volto para a cama."

Judy sentou-se no sofá e ligou a televisão. 

"Vejamos..." Murmurou ela, passando pelos canais. "Mad Yax ?" Já vi. "Two broke Gazelles ?" Passou de Moda...oh, as notícias da manhã."

A introdução do jornal de notícias terminou, e o leopardo fêmea reconhecido por Judy apareceu no ecrã. 

"Mais uma reviravolta chocante no caso de Tomazzo Vicenti." Disse ela, prendendo instantaneamente os olhos de Judy à TV. "Zootopia, depois de muito pensamento e discussão, decidiu aprovar a organização como legal, apesar de Tomazzo nunca ter pago quaisquer impostos nem exercer licença de produção ou transporte."

"O QUÊ !? Isso é a sério !?" Exclamou Judy.

"Vamos agora ter com Manny, no terreno."

A imagem mudou para o interior do apartamento de Tom, o qual ela visitou ainda ontem.

"Então Tom. " Começou Manny. "Como foi este esquema organizado ?"

"Ainda bem que perguntas, Manny." Respondeu Tom. "Então, eu não pago nada ao estado e recebo milhões. Isso porque grande parte do petróleo que eu extraio vai parar indiretamente às forças armadas. Eu mantenho, de certa forma, esta cidade segura de invasão. Amigo, eu...sou...dinheiro ! O Governo vai continuar a bajular o meu negócio enquanto eu continuar a meter-lhes gasolina nos tanques, como uma prostituta a fazer-me um broche por dinheiro."

"Uau ! Analogia arrojada...e então, o que tenciona fazer agora ?"

"Agora, meu caro, é vida 'Loka'. Vou começar por abrir um bordel na zona norte. Depois, vou começar a comprar edifícios e tornar-me senhorio de todo este bairro. Depois, vou traçar uma rota transatlântica para trazer vinho da península Ibérica e fornecer aos melhores restaurantes da zona. Quando tudo isso estiver feito, vou comprar os poços de petróleo mais lucrativos. Por último, vou controlar o sistema de transportes da cidade. E, depois de ter o monopólio das riquezas da cidade, eu posso garantir duas coisas: os funcionários públicos vão ganhar 3 vezes mais e, em 2 meses, as prateleiras estarão cheias com o meu novo livro 'A arte de dar surras: como nao ter uma bosta de vida'." Isto é, estarão cheias por , tipo, 3 minutos. Depois voam ! Ahahahah !"

"E tem algum agradecimento a dar ?"

"Oh, sim. Tenho alguns. Primeiro, aos otários que compraram o meu romance piegas, que fez arrancar a empresa. Segundo, ao meu bom amigo Cherod, que foi meu Co-presidente por 3 anos. Infelizmente, Cherod foi para Israel a pensar que era o novo Moisés. E por último, mas não menos importante, tenho que agradecer a duas das poucas pessoas que me deram uma chance: o meu recente mano, Nicholas Wilde, e Judy Hopps."

"Uau. Os 2 agentes que resolveram o caso das uivantes ? E a propósito. Com 'mano', refere-se a melhor amigo ?"

"Oh, não, não, não. Mano é um estatuto que me faz oficialmente tio dos seus futuros filhos, em caso de eles existirem. Podem ler mais sobre isso no livro "The Bro Code", escrito pelo meu ídolo, Barney Stinson. O título de melhor amigo dele é da Judy. E deixem-me dizer-vos, um dia destes, a coisa fica intensa, se é que me entendem."

"Uau. Ora aí está algo que as revistas vão querer falar. E é tudo. De volta a ti, no estudo, Jane."

"Obrigado, Manny." Agradeceu Jane. "Ouviram tudo, senhores e senhoras. Um multimilionário, dois polícias, montes de drama."

A reportagem parou e, nesse momento, o carteiro passou o correio matinal debaixo da porta. Judy viu no meio da propaganda a revista mensal "Fur".

"Oh...meu...Deus." Pasmou ela, vendo que a capa da revista era uma foto dela e de Nick em roupa interior, claramente fotoshop. O título era "coisas ficam picantes entre melhores amigos do multimilionário Tomazzo."

Ao ver esta cena, Judy mostrou uma cara tão raivosa que até Deus ficava com medo, se ele existisse.

"TOOOOOOOOOOOOOM !!!" Gritou ela.

"Foda-se, Judy. Cala a boca !" Ouviu-se a voz dele, do outro lado da parede. Ela esqueceu-se que ele era o vizinho. 

"Como te ateves a fazer isto !?"

"Estive a beber ontem à noite, porra ! A gente fala quando eu estiver sóbrio ! "

Nesse momento, Nick abriu a porta comamsua chave sobressalente. 

"Hey, cauda de algodão." Brincou ele. 

"Nick, o que fazes aqui ?"

"Depois de saíres da casa do Tomazzo, eu passei lá a noite. Ele contratou umas strippers pada fazer um lap dance e...bem, ficou estranho. "

"Nick, olha bem o que aquele otário fez connosco !" Disse ela, mostrando a revista.

"Uau, hilariante. " riu Nick.

"O quê !? Achas isto engraçado ? Nick !"

"Relaxa, Judy. São revistas de celebridades. Nada é real. São só para as solteironas de 50 anos lerem e pensarem que têm algo de interessante a fazer com a vida."

"Nick, eu leio essa revista."

"Oh, feliz sexagésimo aniversário, avó. "

"Que piada. Vamos mas é para o trabalho."

—30 minutos depois-

"Calados !" Gritou o chefe Bogo para todos os policias presentes sentados. "Ok, vejamos o que há para hoje. A fila de trás toda, operação à paisana. Clinton, Shady, Danywhether, patrulha. Hopps e Wilde, vocês têm folga durante o dia, e voltam à noite para uma vigília. Dispensados !"

Todos sairam da sala.

"Que bom !" Exclamou Nick. "Diverte-te, algodãozinho, eu vou sair com a Jenny."

As orelhas de Judy subitamente dispararam.

"Jenny ? Qual Jenny ?"

"Oh, não contei ? Bem, eu conheci uma raposa online há uns dias. Vou marcar um encontro para esta noite."

"Pensei que fosses solteiro para a vida, Nick."

"Todos têm de assentar, um dia. Até depois, Hopps."

—4 horas depois-

Judy estava sentada no...

"Ah, sofá !" Pensou ela. "Sempre a mesma coisa. Eu nunca faço nada de interessante no tempo livre. Hmmm, pergunto-me como o encontro do Nick está correndo..."

"Yo, yo, Judy. Abre aí a porta, moça." Gritou uma voz familiar à porta, acomanhada pelo bater furioso de um punho na mesma quem mais poderia ser senão...

"Tom." Exclamou Judy, tentando parecer feliz por vê-lo.

"Judy, pega no teu melhor trapo. Vamos beber !"

"A sério ? Não tens nada melhor para fazer ?"

"Eu fumo. Bastante. Ter filtro no sistema respiratório é óptimo. Fumar é tão saudável para mim como beber água !"

"Tom, por favor..."

'Vá lá ! O que vais fazer ? Ligar a televisão e apodrecer no sofá ? Meu Deus, como é possível não seres gorda !?"

"Isso é, tipo, um elogio ?"

Não, estou com inveja, porque podes comer e dormir o tempo livre todo e ficar magra."

"Bem, poder fumar sem problemas também não parece justo."

Não se compara ! Se eu não fizesse exercício, ia mexer-me à velocidade de um velhore gordo com um velhote ainda mais gordo nos braços."

"Desaparece, Tomazzo ! Eu não quero falar contigo nem estar perto de ti. Estou muito zangada."

"É por causa da revista ? Presumo que só viste a capa. Devias ler a página 23. Usaram o fotoshop para vos pôr a foder. Mas, ei, pelo menos ficaste por cima."

"Tomazzo, desaparece !"

"Vá lá, é Tom para os amigos."

"Exato. amigos !" Gritou ela, trancando-lhe a porta na cara.

"Ouch ! Essa foi dura." Pensou ele. "Ah, quem precisa dela. Vou divertir-me sozinho."

Tomazzo aí desceu as escadas até ao átrio,  e olhou para o belíssimo restaurante do outro lado da rua.

"Ah, Papa Louie..." pensou ele. "A única cadeia de restaurantes em que nos sentimos em casa."

Tom entrou de rompante, mas não fez nenhum olhar se centrar nele. Daí, sentou-se ao balcão. 

"Yo, empregado, um uísque puro." Ordenou ele.

"Nem pensar, Tom." Respondeu Louie, de dentro da cozinha. "Já me deves 300 dólares. "

"Sabes, seria uma pena se alguém soubesse que o peixe que o seu restaurante serve é pescado junto aos meus poços de petróleo..." Murmurou ele.

"Grrr...dá-lhe um uísque grátis, Mario."

O empregado então preparou um copo e fê-lo deslizar pelo balcão até à mão de Tom. Aí, o milionário deu um gole e bebeu-o todo de uma vez.

"Estás com sorte, Louie." Gaguejou ele, já dando para o bêbado. "Estou feliz que chegue para pagar a conta. Aceitas cartão ?"

" finalmente !" Exclamou ele. "Aguenta, vou buscar a conta."

Tom, à espera, vira a sua cabeça para o outro lado e vê uma cara familiar. Era Nick. E ao seu lado estava uma raposa jovem e atraente, com um vestido rosa e um laço a condizer na cabeça. 

"Não pode..." Murmurou Tom.

Ele então, viu o dinheiro que tinha no bolso. "Ok, 450 dólares. " Pensou ele. "Uau. Ando por aí com este dinheiro ? Foda-se, a minha vida é demais."

Tom aproximou-se sorrateiramente, aproveitando a confusão geral os empregados e clientes para se sentar na mesa ao lado de Nick, mesmo por trás dele, sem que ele notasse.

"Ei." Chamou o furão sentado na mesa com Tom. "Ocupado."

"Toma." Disse ele, sacando de uma nota de 100 do casaco. "Dá o fora daqui, bigodes."

"Uau. Prazer em negociar, senhor. Espere, é o Tomazzo Vicenti ?"

"Oh, não. Sou o irmão Gémeo..hmm..Orácio Vicenti."

'Ah, tá. Desculpe." Disse o furão,  indo embora.

À primeira oportunidade, Tom pegou no jornal em cima da mesa e fez dois buracos nele com o dedo. Levantou o jornal cobrindo a cara, e usando os buracos para observar Nick e a raposa misteriosa, passando despercebido. 

"É ótimo que nos encontremos finalmente, Nick." Disse a raposa.

"Igualmente, Jenny."

"Jenny, huh ?' Pensou Tom. "Noite, acabaste de ficar interessante..."

"Então, o que fazes profissionalmente ?"  Perguntou Jenny.

"Eu sou um menáger profissional. Ah, brincadeira. Sério, trabalho na Força policial."

"Uau, que sentido de humor ousado. Eu gosto. Conta-me algo interessante sobre ti, Nick."

"Bem, não quero dar nas vistas, mas juntamente com a minha melhor amiga, resolvi o maior caso da história de Zootopia."

"Claro. O caso das uivantes. Com quem, disseste ?"

"Oh, Judy Hopps. Devias conhecê-la um dia."

"Bem, eu sou assistante do Mayor da cidade, desde que Bellweather foi para a prisão. "

"OH, isso lembra-me uma história hilariante. Quando a Bellweather encurralou a Judy comigo no museu, eu troquei as balas da arma por framboesas, e fingi que me passei completamente. A cadela foi bem enganada."

"Uau, isso é...interessante. Então, eu estava a pensar passar as férias em Bunny Burrows um dia destes."

"Oh, as Tocas, huh ? É a cidade natal da Judy. Gostava de ir lá um dia também. Deve ser só coelhos. São diabretes quando são crianças, pelo que a Judy me contou. "

 "Hmmm..calculo."

"Eu devo dizer que me sinto um pouco...estranho, Jenny."

"Porquê ?"

"Eu não sei. Parece que está faltando algo. Ou...alguém, sei lá. "

"Oh, Nick,não sejas tolinho. E se eu te contar sobre uma vez em que eu me engasguei com uma cenoura ?"

"Oh, hilariante. Isso aconteceu à Judy umas mil vezes."

"Nick, podes...tu sabes...mencioná-la menos ? Começa a ficar irritante. Seja como for, eu estava com os meus pais um dia quando a minha mãe se recusou a dizer-me porque razão a televisão estava sempre preta e branca, e eu..."

Nick começou a perder-se no seu subconsciente. Estava a pensar na sua melhor amiga. Pfff...como ele gostava que ela estivesse ali. Mas espera ? Ele estava num encontro romântico. Porque raio ele iria querer Judy ali ? A menos que...

"Nick !" Jenny estalou os dedos na frente dele.

"Ah, o quê ? " Nick acordou do seu trânse.

"Nick, que raio ! Passaste a noite toda a falar da tua colega de trabalho, nem me perguntaste nada, e ne, estás a ouvir-me !"

"Oh desculpa, Jenny. Estava aqui a pensar sobre uma coisa sobre a Judy."

"Judy, Judy, Judy ! Nick,estás num encontro comigo ! Eu nem quero saber dessa coelha burra."

"Whoa ! Whoa whoa ! Aguenta aí. Judy é minha melhor amiga e provavelmente mais inteligente que qualquer um nesta sala. ninguém a chama de burra."

"Judy burra ! Judy Burra ! Judy burra !"

"Cala a boca, caralho !" O estrondo da voz do Nick fez com que todo o restaurante agora olhasse para eles. Tom continuava a observar por trás do jornal.

"Nick, estás a fazer uma cena em público !" Exclamou Jenny.

"Vais retirar o que disseste sobre ela, ou não ?" Perguntou Nick.

"Não ! Nick, seu idiota. Vir neste encontro foi um erro."

"Pois...foi mesmo um erro...eu devia ter estado com a minha melhor amiga no mundo, em vez de uma vadia qualquer que conheci online." Agora, todos os olhos da sala se dirigiram diretamente a Jenny, incluindo os de Tom.

"Toma o dinheiro da conta." Disse ele, entregando uma nota de 50 dólares a Jenny. "Tens razão. Este encontro foi um erro." Dizendo isto, Nick correu porta fora.

Agora, Jenny estava quase a chorar, e o restaurante inteiro estava a olhar para ela.

"Oh meu deus." Pensou Tom. "O Nick vai tentar a sua sorte, não vai ? Aquele tipo não vai tem hipóteses sem mim ! Não te preocupes, mano. Eu vou a caminho !"

"Mario, toma o dinheiro !" Gritou Tom, soltando 300 dólares no balcão. "BROS BEFORE HOES !"

No momento em que ele ia saindo pela porta, duas gazelas que se vestiam de forma provocante bloquearam a porta.

"Ei, senhor." Disse uma delas. "Deve ser o Tomazzo Vicenti."

"Uhh, eu sempre tive uma queda por italianos." Disse a outra.

"ouçam, vadias,não vão a lado nenhum comigo. Quer dizer, hoje não. Talvez outro dia. O meu mano precisa que eu..."

"E se fossemos para o nosso apartamento. Para nos divertirmos...os 3 ?"

Tom olhou um segundo para as duas, bem como para Nick, que se afastava na rua.

"Ah, que se foda. O Nick aguenta-se." Pensou ele.

 

 


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