Tom: A história de Nick e Judy escrita por O Deus Da Festa


Capítulo 3
Conheçam Tom....o verdadeiro Tom


Notas iniciais do capítulo

Agora, eu sei que o mercado de petróleo não funciona como descrevi e as prisões referidas nem devem existir, mas é tudo ficção.



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Depois de uma constrangedora viagem no carro, Judy, Nick e Tomazzo chegaram ao apartamento de Judy. Tomazzo levava com ele uma gigantesca mala, que provavelmente trazia todas as roupas e pertences dele. Embora parecesse inacreditavelmente pesada, ele pegava nela com apenas uma mão.

 

 

"Bem, se me dão licença, vou-me instalar." Anunciou Tomazzo.

 

"Mas este é o meu apartamento." Afirmou Judy.

 

"Eu sei." Disse ele, virando as atenções para a porta ao lado. "Esse aqui é o meu. Não avisei ? Somos vizinhos."

 

"Uau...olhem só essa." Murmurou Nick.

 

"Devem imaginar que preciso de alguma privacidade." Informou ele. "Já que o Governo não me considera digno de confiança e o vosso trabalho é vigiar-me, encontrem-me amanhã no café do outro lado da rua. Estarei a beber sumo de laranja."

 

"Sumo de laranja na manhã ? Todos que eu conheço enfardam com café."

 

"Bem, eu não. addio." Despediu-se ele, no seu ligeiro sotaque italiano.

 

Eis que, ao abrir a porta e tentar fazer a mala caber pela entrada, cai do seu bolso o celular dele. ele, no entanto, não nota o barulho e entra no apartamento.

 

"Oh, Tomazzo, espera." Disse Judy pegando no celular. "Deixaste cair o..."

 

Judy reparou que o celular estava ligado, e a aplicação de contactos aberta. Ele pode notar em bastantes contactos suspeitos. "Inimigos" ? "Aliados" ? "Papa Louie " ? Ok, a última era da loja de pizzas ao fundo da rua, mas mesmo assim.

 

"Oh, obrigado." Agradeceu Tomazzo, pegando no dispositivo das mãos de Judy, e fechando a porta, acenando uma última vez.

 

"Nick, entra. Temos de falar." Disse Judy, arrastando o parceiro pela pata e fechando a porta para que ninguém ouvisse.

 

"Eu tenho umas duvidas sobre o Tomazzo." Referiu ela. "Só o conheço há umas horas e já revelou ter pelo menos cinco vezes o teu cavalheirismo."

 

"Mentira ! Eu tenho montes de classe." Discordou Nick.

 

"Nick, eu já estive no teu apartamento. Tu praticamente tens um tapete de restos de comida. Mas a questão não é essa. O celular dele tem contactos suspeitos, também."

 

"Viste os contactos dele ? Truque baixo."

 

"Ele deixou-os abertos. O importante aqui é que eu acho, apenas acho que ele está planeando alguma."

 

"Pfff, pois. Típico. Vamos acusar o italiano de estar a tramar alguma. "Os Simpsons" têm sempre piada, Judy, mas não são para levar a sério. "

 

"És capaz de parar de apontar o dedo a tudo o que parecer estereótipo ? Estou a dizer, Nick, ele tem algum truque na manga. E nós ainda temos a farda policial, logo ainda é nosso dever examinar."

 

"Grrr. Eu odeio quando tens razão. "

 

"Pena. Acontece com frequência. Agora vem comigo."

 

Judy e Nick sairam sorrateiramente do apartamento e bateram na porta ao lado.

 

"Tomazzo ?" Chamou Judy. "Tomazzo, abre a porta. "

 

"Não adianta." Referiu Nick, saca do de um clipe do bolso e enfiando-o na fechadura. "Ainda bem que nunca perco o jeito."

 

Em segundos, a porta abriu-se. Os parceiros procuraram em todos os recantos do apartamento. Tomazzo não estava em lado nenhum para ser visto. Além disso, deixou a sua mala no meio do chão da sala, sem desarrumar nada. Até que Nick reparou que a janela estava aberta. Ele olhou para baixo.

 

"Judy, anda ver isto." Chamou ele.

 

Judy olhou, e viu Tomazzo a descer a escada de emergência. Os policias rapidamente seguiram-no. Quando ele alcançou o chão, Judy e Nick ficaram alguns metros acima dele a vigiar, pois este não havia dado pela sua presença. Eis que Tomazzo sacou do celular mais uma vez e ligou a alguém. 

 

"Yo, Cherod." Disse ele. "Tenho um trabalho para ti. Tens de....o quê ? Encontraste Jesus ? Bem, pergunta-lhe se ele se importa que pegues fogo a uma fábrica....Estou ?"

 

Ele desligou com uma cara de poucos amigos.

 

"Pff. O pacóvio acha que tem salvação. Está de volta às drogas para a semana." Murmurou ele, enquanto ligava a outro número. 

 

"Ei, Tony. O Cherod armou-se em profeta, preciso que trates do pessoal da fábrica até amanhã. Pode ser ? Ótimo. Então como vai a vida aí ? Oh, a estadia aqui tem sido perfeita. O nosso império pode declarar Zootopia território oficial não tarda nada. Segurança ? Puseram um raposo e uma coelhinha a vigiarem-me ! Eu sei ! Eu sei ! Não dá para acreditar. É, eles não são ameaça. Bem foi bom pôr a conversa em dia, Tony. Eu depois telefono. Paz."

 

Assim que Tomazzo desligou o telefone, Nick caiu na frente dele. Judy, por sua vez, saltou para cima dele e aplicou o taser na cabeça, como as instruções diziam. No entanto, este não teve efeito. Tomazzo pegou Judy pelas orelhas e arremessou-a contra Nick.

 

"Ei, vejam só. Se não são Bonnie e Clyde." Disse ele, rindo. "Julgam que não tratei da minha fraqueza quando notei ? Instalei plástico não-condutor há semanas atrás. Aquele laboratório é péssimo em check ups."

 

"Mas...o que foi isso tudo ?" Questionou Judy

 

"Bem, vamos começar de novo, ok ? Tomazzo Vicenti. Podem chamar-me de Tom. Eu presumo que vos tenham contado uma história piegas sobre eu ser anti terrorista e essas merdas todas, por isso, vou contar-vos como é a sério. Em 1983, os italianos criaram-me como unidade militar. Servi uns 2 anos e depois libertaram-me. Aí, eu descobri que em alguns países do Médio Oriente, a água é 5 vezes mais cara que petróleo. Tendo isso em conta, tracei uma rota internacional, recrutei uns mafiosos e comprei veículos terrestres e aéreos. Comprei água em Itália, levei-a para o Médio Oriente, vendi-a por 5 vezes mais, usei o dinheiro para comprar petróleo, levei o petróleo de volta para Itália e fiz essa merda toda outra vez. Depois, diversifiquei os meus serviços, dominei as ruas das cidades principais de Itália e dos países vizinhos, e tornei-me multimilionário pelo negócio ilegal. E foi assim que nasceu...Tommy Inc."

 

"Tommy Inc. !?" Exclamou Judy. "Leio sobre isso no jornal desde os sete anos ! É uma organização ilegal que permanece imensamente lucrativa há anos ! Deitar essa coisa abaixo foi uma das minhas inspirações para me tornar policia."

 

"Ohh, ainda bem que pude ser um herói de uma menininha. Ou vilão, tanto me faz. Agora, as coisas ficam sérias, ouviram ? Eu queria vir para Zootopia expandir os negócios internacionais. Por isso, fiz um acordo com o governo italiano. Eles deram-me um histórico de vida falso e 'venderam-me' por uma carrada de dinheiro. Em troca, eu pude viajar discretamente até Zootopia para expandir o meu império. Estive 2 meses há espera naquela espelunca de laboratório para não levantar suspeitas. E agora, estou livre nas ruas, e estou  livre para moldar esta cidade para os meus lucros. Estou praticamente jogando GTA na vida real."

 

"Mas...e fábrica !?"

 

"Estás a falar do telefonema ? Jogo RPG online. Não só sou o maior criminoso do mundo, como também o melhor jogador de World of Warcraft."

 

"Sério ?"

 

"HAHAHAHAHAH ! Pois, a sério. Sarcasmo, estúpida. S-A-R-C-A-S-M-O ! É uma fábrica de aço abandonada,  cheia de criminosos rivais. Só negócios aqui."

 

"Tomazzo...tens consciência que acabaste de confessar informação suficiente para ser preso para a vida ?" Questionou Nick.

 

"Tenho, tenho. Só não estou nem aí. Porquê ? Arrigieri, San Lourenzo, Médici. Estes nomes dizem alguma coisa ?"

 

"As prisões mais seguras da Itália. E também entre as melhores do mundo. "

 

"Eu estive preso em TODAS ! Todas elas ! E escapei sempre na primeira semana. Vocês não parecem perceber. Eu sou um génio criminal, estão a ver ? Eu faço 300 milhões por ANO desde que tinha 18 anos. E como ? Porque Itália sabe perfeitamente do meu negócio ilegal. E porque não faz nada ? Porque não quer. E porque não quer ? Porque não pode !!! Mesmo que matasse todo e qualquer criminoso no mundo, eu sou uma máquina militar assassina. Ao meu lado, uma bomba nuclear é tão perigosa como foguetes de feira de artesanato. Podia reconstruir tudo do nada, e ficava ainda melhor ! E como resultado, o Governo italiano DEIXOU-ME fazer esse comércio ilegal. E quando o vosso Governo descobrir, não vai fazer merda nenhuma para me impedir. Eu sou praticamente C.I.A ! Sou INTOCÁVEL por vocês. "

 

'Mas porque nos estás a contar tudo ?" Perguntou Judy.

 

"Não é óbvio ? Quero que me deixem em paz. Somos os 3 pessoas ocupadas, e há criminosos que o Governo está desposto a travar à solta. Enquanto isso, eu tenho petróleo para arrancar do solo e prostitutas para contratar. É. Verdade. Também tenho bordéis como parte do negócio. "

 

"Isso é deplorável ! Tudo o que fazes é deplorável !"

 

"Deplorável !?! Os meus homens são muito bem pagos pelo seu trabalho ! Eu ponho comida na mesa de milhares de famílias !"

 

Tomazzo enfiou o celular no bolso e chchegou-se perto da dupla.

 

"can't....touch....this !" Disse ele, afastando os dois do caminho e reentrando no prédio. 

 

"Eu...estou sem palavras." Gaguejou Nick."O que fazemos ?"

 

"Oh, eu digo o que fazemos Nick." Respondeu Judy. "Ninguém goza com a cara de Judy Hopps."

 

 


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