Redenção escrita por mjonir


Capítulo 27
A traição




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‘’Mamãe ponha minhas armas no chão
Eu não posso mais usá-las
Esta fria nuvem negra está descendo
Me sinto como se eu estivesse batendo na porta do céu.’’
 Knockin’ On Heaven’s Door – Guns N’ Roses.

Mais relâmpagos cruzaram o céu, e um urro arrebatou o silêncio de Jotunheim. Thor nos encontrou e não há nada que possamos fazer e nem nos esconder no momento. Loki se pôs de pé como um raio e me arrastou para longe do que iria acontecer.

— Loki! – Thor rugiu ao longe. Mais relâmpagos cortaram o céu.

O asgardiano nos levou até uma pequena fenda e me empurrou para dentro. O local escuro e gelado como uma caverna. Só conseguia ouvir minha respiração entrecortada junto com a de Loki e mais uma...

— Freyja, onde está Frigga? – Loki sussurrou.

— Me perdi dela tentando achar Diana, nós tivemos que nos separar. – A voz da deusa num tom de preocupação.

Loki praguejou baixinho e foi se sentar longe de mim. Repousei minhas costas no que deveria ser uma parede irregular e descansei a cabeça tentando manter meu pensamentos e batimentos cardíacos em ordem. Podia observar o lado de fora da fenda. O chão coberto pela camada grossa de gelo, que não se comparava em nada com Niflheim. O gigante de gelo nem se quer me dirigia a palavra depois de ter declarado seus sentimentos por mim através de ações insanas. Sinceramente, odeio tentar entendê-lo.

Ao observar a fenda avistei alguns soldados e me encolhi de medo, não faço a menor ideia do que pode nos acontecer se nos encontrarem. Seus costumeiros elmos de rena cintilando no ambiente meio azulado de Jotunheim. Uma tempestade em forma de homem com seus cabelos loiros, e a expressão furiosa passou por ali atrás de seus soldados observando tudo. Seu olhar continha uma chama violenta de ódio. Quando Thor se transformou nesse homem?

— Não podemos continuar aqui... - Sussurrei para o escuro.

— E o que quer que façamos? Sair daqui e nos entregar? - Disse Loki entredentes.

Minha cabeça tentava a todo vapor achar uma solução para que pudéssemos sair dali, e evitar que fôssemos presos e até mesmo levados de volta para Asgard, porque afinal, se Odin pusesse suas mãos em nós dois estaríamos mortos sem direito a negociar uma lufada de ar. É óbvio que ele já desconfiava de mim a partir de minha tentativa falha de salvar Loki da prisão. Odin naquele dia não havia acreditado muito que o gigante de gelo teria ''manipulado'' minha mente. Suspirei alto e lutei comigo mesma para conseguir formular um plano, nem mesmo que fosse o mais insano ou o mais arriscado de todos, porém deveríamos tentar.

Minha mente deu um estalo e me lembrei de um lugar que poderíamos nos refugiar e que seria tão óbvio que nem mesmo Odin iria nos procurar. Olhei novamente para o lado de fora e pensei em mais escapatórias. Não havia nenhuma.

— Freyja, você deve sair e procurar Frigga. Nós vamos sair e despistá-los.

A escuridão da pequena caverna me impedia de ver a expressão da deusa, mas creio que seu arquejo me deu uma resposta, seria um tanto difícil convencê-la.

— E o que você tem em mente? - Loki se dirigiu a mim. 

Levantei-me e fui em direção a saída da caverna. Virei meu rosto para Loki fazendo um sinal para que me seguisse.

— Você verá.


As cicatrizes e os machucados recentes ajudaram bastante, mas eu teria que ser melhor na atuação e fazer do meu plano um sucesso. Sabia que Loki estaria me observando.

— Eu preciso que bata com essa pedra em minha cabeça. - Sussurrei para ele. 

Loki me observou como se eu fosse a pessoa mais maluca dos nove reinos, apesar de que ultimamente eu não duvidaria que isso fosse verdade, lancei-lhe um sorriso amarelo para mostrar que não estava com medo daquilo.

— Preciso que seja real, Loki, então colabore. - Peguei em sua mão novamente observando o tom azulado pintar meus dedos. Tremi com aquilo e me soltei rapidamente dele.

Respirei fundo e coloquei a pequena pedra em sua mão. Seus olhos se abaixaram encontrando a pequena selenita, seus dedos não a seguravam de forma firme e ele não olhava em meus olhos. Ele deveria fazer e não podia demorar. De forma precipitada tomei a pequena rocha de suas mãos e bati com a maior força que pude em minha testa. Pontinhos pretos apareceram e minha visão se tornou um pouco turva. Soltei a pedra pintada de sangue na neve e me pus de pé ainda tonta.

— Nos vemos depois, certo? 

— Certo. - Loki disse sem olhar em meus olhos.

Segurei seu rosto para que ele pudesse me olhar.

— Olhe pra mim! - Eu disse - Quando for o momento vamos para Midgard. 

Loki desviou seu olhar do meu e se desvencilhou de meu toque. O que diabos está acontecendo com ele? Por que havia me beijado daquela maneira, mas agora me rejeita?

— Espero que isso seja um sim. - Disse entredentes me afastando dele e indo em qualquer direção. Já sabia o que deveria fazer.

Depois de algum tempo de caminhada...

Pude ouvir passos pesados de soldados e o tilintar de espadas, então comecei a gritar como se estivesse sendo atacada. Os gritos deram resultado, pois ao longe observei três soldados correndo até mim, caí no chão e comecei a me arrastar. 

— Socorro! - Gritei.

Um dos três chegou até mim e examinou meu rosto ensanguentado e acenou aos outros  para que viessem depressa. 

— Senhorita O'connor, você está bem? - Ele disse preocupado. Soltei um gemido de dor alto e os outros soldados chegaram.

— Acabei... - Ofeguei. - Acabei de fugir do gigante de gelo... Ele me atacou... Me sequestrou. - Chorei falsamente. 

— Loki! - O primeiro soldado disse - Ele a sequestrou e manipulou sua mente, senhorita? - Ele se sentou ao meu lado e tirou o elmo.

Funguei tentando me sentar, o soldado me ajudou deixando sua espada ao meu lado. Obrigado senhor desatento. Rapidamente saquei sua arma e bati com a parte de baixo em sua cabeça, sem reação nenhuma o soldado caiu desmaiado ao meu lado. Os outros correram para mim, sorri em desafio e me pus a abater o primeiro. Nossas espadas se chocaram. Sangue escorria por minha face e cabelos fazendo com que os fios grudassem em minhas bochechas impedindo um pouco minha visão, porém eu não me entregaria a Odin. O ódio tomou minhas ações. A fome voraz de matar e acabar com meus oponentes.

— Os olhos! - O soldado gritou em desespero deixando a guarda baixa. O abati cravando a espada em seu pescoço. Puxei rapidamente enquanto o outro vinha para me atacar.

O ódio me guiava. Uma camada escarlate tomava minha visão e eu sentia a força maciça em minhas veias, como se meu sangue fosse feito de gelo ou aço, eu não me cansava. Chutei o soldado e ele caiu no chão. Cravei minha espada em sua perna. Ele urrou de dor e eu soltei uma risadinha irônica. 

Os três estavam abatidos, porém com certeza outros viriam me encontrar e assim que vissem a bagunça tentariam me matar. Pensei novamente. O jeito era esperar Thor chegar e tentar enganá-lo como fiz com os soldados. Coloquei a espada na mão do soldado e me joguei no chão mais a frente. O sangue deles poderia ser facilmente confundido com o meu.

— Diana!? - Ao longe pude ouvir o rosnado de Thor. 

Levantei meu rosto e coloquei o melhor sorriso de felicidade. Assim que Thor encontrou meus olhos pude ver a confusão em sua expressão, é óbvio que ele pensava que eu estava ajudando Loki, mas quebrei sua teoria apenas com meu olhar de ''felicidade'' ao vê-lo.

— Thor! - Tentei me colocar de pé, mas fiz com que minhas pernas vacilassem e caí novamente. - Por favor, me ajude.

O deus do trovão correu até mim e me segurou em seus braços observando o sangue e a carnificina de seus soldados já mortos.

— O que houve aqui? Como veio parar em Jotunheim? - Ele tirou meu cabelo do rosto.

— Loki... - Disse - Ele me sequestrou... E... Me trouxe para cá, eu não sei o que ele quer Thor... 

— Eu sinto muito, Diana. Nós nunca deveríamos ter confiado em meu irmão, olhe só o que ele fez com você, mas por quê? 

— Eu não sei. - Chorei alto. Na verdade eu realmente não sabia o porquê de Loki ter me sequestrado, claro que ele precisava de mim para achar Freyja, mas se fosse só por isso teria então me mandado de volta para Midgard como concordamos.

Observei que Thor tinha colocado seu Mjonir e a uma adaga no chão ao meu lado. Soldados ao longe. Um vinha rapidamente e eu o reconheci. Aaron. 

— Eu quero ir pra casa... - Sussurrei para Thor.

— Meu senhor! - Gritou Aaron. 

Thor se virou para ele tirando sua atenção de mim. Peguei rapidamente a adaga e me preparei para o que viria logo após. Meu coração doendo por ter que machucar um dos homens mais gentis que já havia conhecido.

— Não confie nela, senhor. Eu a ouvi planejando com Loki para que fugíssem de Asgard. - Aaron gritou para Thor fazendo meu sangue congelar nas veias.

— O que?! - Thor esbravejou. - Você havia me dito que tinha visto Loki sequestrando Diana, e não que ela havia concordado com isso.

— Senhor, eu também não pude acreditar nisso, mas vê os soldados mortos? Ela está fingindo... Não acredite...

Antes que Thor pudesse se virar e antes mesmo que Aaron pudesse terminar de falar cravei a adaga no braço de Thor e puxei para baixo abrindo um enorme ferimento. Apliquei um golpe em sua cabeça com a minha perna fazendo com que ele caísse no chão, mas infelizmente não fora o suficiente para desacordá-lo.

A espada do primeiro soldado estava perto. A puxei e corri para cima de Aaron e me pus a atacá-lo. Como ele pôde me espionar daquela maneira? Sabia que eu estava ajudando Loki a ser livre e ainda assim me espionava e me entregou dessa forma.

— Como pôde? Você sabe que eu nunca quis estar em Asgard. Ele me prometeu que eu voltaria para casa. Me deixe ir, Aaron. - Rosnei para ele.

Alguns soldados que correram para nós foram abatidos por ilusões de Loki. Aaron investia contra mim, mas meu ódio me deixava mais forte. Eu queria matá-lo por sua traição. Ele mais que ninguém sabia o quanto eu queria voltar para a terra e continuar minha vida miserável. Agora estou aqui, tenho alguma maldição por culpa daquela criatura ou rubi. Eu não o sei mais quem sou.

— Loki! Vamos, chame Heimdall.

— Loki! - Gritou Thor já levantando com seu Mjonir empunhado.

— Vamos, ele vai te matar! - Gritei.

O gigante de gelo nem sequer olhava para mim, apenas mantinha sua atenção nos soldados e tentava abatê-los. Soquei Aaron no rosto quando ele tentou desviar a atenção e chutei sua virilha. Ele caiu no chão. Minha espada a centímetros de seu coração.

— Loki! - Sussurrei. - Por favor, eu não quero matá-lo...

As cores do arco-íris tomaram Jotunheim. Um cavalo relinchou. Odin desceu e atacou Loki com a Gungnir, ela nunca errava o alvo. O gigante de gelo caiu na neve soltando um bramido de dor. Chutei Aaron e corri para ele nem me importando com os soldados que me tentavam me segurar.

— Não! - Me joguei em cima dele tentando escondê-lo entre meus cabelos.

— Thor! - Odin chamou o filho. - Pegue os prisioneiros e deixe que os soldados limpem a bagunça, não queremos mais problemas com gigantes de gelo.

— Não... - Sussurrei. - Nós tínhamos que ir, por que não me escutou? - Soquei o peito de Loki enquanto era arrastada por soldados. - Me soltem! - Gritei.

Os soldados tentavam me conter, mas eu me debatia. Alguns deles me socaram no rosto e até mesmo bateram com suas espadas em minha cabeça fazendo com que a inconsciência me levasse.

Mais soldados. Milhares deles na ponte Bifrost. Um deles me arrastava pelos braços. Loki preso e ajoelhado na frente de Odin, seus olhos encontraram os meus. As gemas esmeraldas só me dirigiam frieza. Minha cabeça doendo, meu corpo como se tivesse sido dilacerado.

— Loki, me diga, você sequestrou a moça e a manipulou? - Odin disse. Loki olhou para mim, porém ficou calado. 

Thor soltou um raio de seu Mjonir que foi direto para as algemas de Loki. O gigante de gelo soltou um uivo de dor. Eles estavam o torturando. 

— Não! - Gritei - por favor, não façam isso... Eu, eu fui porque quis. - Disse desesperada. Loki colocou seus olhos em mim cheios de ódio.

— Então responde por sua parte no crime, Diana O'connor? Está ciente que a deixarei na prisão de Asgard até o fim de sua miserável vida Midgardiana por ajudar um criminoso a fugir de sua sentença? - Odin esbravejou para mim.

De meus olhos saltaram lágrimas de desespero. Eu perderia minha vida em uma prisão. Loki perderia sua vida sendo preso, ou até mesmo morto pelas mãos de Odin. Mas ninguém ali sabia o que fizemos? Trouxemos Frigga de volta. Onde ela estaria?

— O que os dois planejaram? O que queriam fazer? Queria achar um jeito de tomar meu trono novamente, Loki? - Odin gritou para ele.

Loki soltou uma risada baixa. Apesar de toda a dor estar fixa em seus olhos o sorriso sarcástico não deixava seus lábios.

— Eu não quero seu trono, Odin. Só queria mostrar que posso ser melhor do que Thor. Você não sabe nem a metade de meus planos... - Thor soltou mais uma vez seu raio a partir do Mjonir fazendo Loki gritar.

— Pare! - Tentei me soltar das mãos do soldado.

— Cale-se! - Odin me atingiu no rosto com um tapa.

— Diga a ele, Loki. Diga o que fizemos. - Implorei para ele.

Loki levantou seus olhos para mim e por um momento vi de relance seu desespero, porém logo a frieza o tomou novamente, ele me olhava como se quisesse me matar, como se tivéssemos voltado para a estaca zero onde ele me ameaçava.

— Cale-se! - Ele disse me deixando surpresa. - Eu só a usei... A usei para conseguir o que quero e agora não preciso mais que me defenda já que tudo deu errado. - Disse em seu costumeiro tom nervoso e irônico.

— O que?! - Sussurrei. 

— Acha mesmo que eu iria me apaixonar por você e até mesmo levá-la de volta para Midgard? Eu só prometi aquilo para ter sua ajuda com uma coisa e a consegui, eu devia tê-la matado depois de Niflheim. - Ele revelou para mim.

Sentia como se meu coração estivesse sendo quebrado em milhões de pedaços. Não conseguia respirar. Meus medos voltando novamente, sendo traída diante de meus olhos novamente. Mais uma vez usada. 

— Pobre garota... - Disse Odin - Como pôde acreditar nele? 

Todas as palavras, as atitudes. Nossos beijos apaixonados e forma que ele me acalentava e me protegia... Por que estaria negando tudo isso agora? Por que estaria me traindo nesse momento? 

— Por quê? - Chorei alto.

Loki desviou seus olhos dos meus. Fitou o céu de Asgard com uma centelha de sorriso no rosto.

— Porque eu não te amo, Diana. Eu não amo ninguém. - Ele disse.

Meu coração havia sido arrancado de meu peito. Eu havia me entregado de corpo e alma, perdido meu tempo tentando salvá-lo de si mesmo enquanto nem ele queria. Mais uma vez havia apostado todas minhas fichas no errado e perdido a aposta. 

Não havia mais porquê viver mesmo que em Midgard, por que estaria em qualquer lugar se não pudesse tê-lo? Por que estar viva e tentar amar novamente se seria enganada e traída. Por que ter amor se ele só me faz sofrer e só tira de mim o que eu tenho de melhor? 

— Eu te odeio. Sua soberba será sua ruína, Loki de Asgard. — Esbravejei para ele o que já havia dito antes. Seus olhos encontraram os meus. O cintilar carmim tomou minha visão, meus olhos deveriam estar vermelhos como antes, mas dessa vez não me importei, eu só queria matá-lo com minhas próprias mãos.

A ponte Bifrost de repente começou a congelar. Alguns flocos de neve caírem sobre nossas cabeças, porém não me importei, eu queria matar Loki e nada me impediria dessa vez. As algemas de ouro maciço se quebraram em meus pulsos. Levantei-me e fui em direção a Loki. Minhas mãos e braços se tornaram azuis cheios de runas. Eu ia matá-lo da forma mais lenta possível.

— Gigante de gelo! - Thor gritou.

Um barulho ensurdecedor tomou meus ouvidos e um baque atingiu minhas costas. Caí ainda olhando para Loki, porém sem conseguir respirar. Minhas pernas e braços não se mexiam. Não conseguia coordenar meus movimentos.

— Não! Eu quero matá-lo... - Gritei para Odin. 

Mais uma vez um baque em minhas costas, a dor lancinante tomou meu corpo novamente me arrastando para a escuridão. Meus sentidos me deixaram. Minha alma se arrastando para fora de meu corpo e eu tive a certeza que dessa vez, Hel teria minha vida em suas mãos.

Alguns dias depois...

Abri meus olhos desesperadamente achando que a qualquer momento encontraria Hel. Porém Frigga me observou com um choque no olhar, como se tivesse surpresa que eu estivesse viva.

— E eu achando que você não suportaria, wojownik. Precisamos ir, querida. Depressa! 

Ela tentou me ajudar a levantar. Thor estava ali me observando com uma expressão como se me pedisse perdão. 

— Onde vamos? Por que não estou morta? - Sussurrei para ela.

— Vou te levar para casa. 
 

''Me sinto como se eu estivesse batendo na porta do céu.’’


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Notas finais do capítulo

wojownik = guerreira.
Espero que tenham gostado. Não me matem, eu imploro. Vejam e esperem o que vai acontecer.
Muitos beijos e até o próximo.



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