Linha Tênue escrita por Sany


Capítulo 5
Bônus I: Peeta.


Notas iniciais do capítulo

Boa noite... Eu estou muito feliz com o retorno da fic, serio vocês estão me deixando cada vez mais animada em escreve-la. Anny evellark muito obrigada pela recomendação eu adorei, esse é especial para você.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/691964/chapter/5

Memórias são impressionantes, o modo como nosso cérebro pode guardar momentos fragmentados ou não, a forma como podemos nos lembrar de fatos ocorridos a muito tempo e esquecer pequenas coisas que aconteceram tão recentemente.Sempre achei incrível como nosso cérebro seleciona o que considera importante e armazena enquanto elimina o que acredita ser desnecessário. Certa vez minha mãe me disse que quanto maior o impacto de algo em nossas vidas mais nítido essa recordação vai ser ou mais facilmente nosso cérebro vai eliminá-la ou então guardá-la no seu inconsciente. Isso explicaria como alguns traumas são esquecidos, explica como algumas pessoas acordam após um acidente ou trauma sem se recordar do que aconteceu , embora na maioria das vezes essas informações estejam apenas escondidas e podem ser desencadeadas a qualquer momento. Pressupostamente o cérebro é programado para esquecer tudo aquilo que ele acredita que você não vai saber lidar, ele tenta proteger você embora nem sempre seja bem sucedido nisso.    

Se me perguntarem qual a lembrança mais nítida da minha infância sem dúvida não hesitarei em responder que é o momento em que vi minha mãe pela primeira vez, não minha genitora e sim minha mãe, aquela que me criou e fez de mim quem eu sou. Lembro nitidamente de abrir os olhos e vê-la na minha frente fazendo perguntas que para mim não faziam o menor sentido, lembro-me do medo em seus olhos, da preocupação nítida em seu rosto.Lembro de ter pensado que ela era um anjo como aqueles que as freiras do orfanato diziam nos proteger todos os dias e de muitas formas ela era quase isso.

Eu tinha cinco anos e estava sendo transferido para mais um orfanato, de alguma forma eu não parava em nenhum lugar desde que tinha sido deixado na porta de alguém quando ainda era um bebê com algumas horas de vida. Muitos acham que bebês não ficam no sistema que crianças pequenas são adotadas rapidamente, mas nem sempre é assim e em cinco anos eu passei por diversos orfanatos e lares adotivos onde não me adaptei a nenhum. Pelo menos era isso que diziam, mas naquela noite eu e mais uma criança estávamos na estrada a horas indo para mais um lugar desconhecido, lembro vagamente dela pedindo para pararmos um pouco, reclamações de cansaço e de um senhor dirigindo e se negando a parar até chegarmos.Lembro de estar vendo a estrada e de um clarão, lembro dos gritos, da queda, da dor, da água, de não conseguir respirar, do pânico e então me lembro dela.

Minha mãe havia levado Annie ao hospital, eles nem moravam no Distrito onde aconteceu o acidente estavam viajando de férias quando Annie passou mal, uma gripe que salvou a minha vida. O hospital não queria me aceitar embora fosse o mais próximo do local do acidente eles queriam que me levassem ao hospital publico mais próximo. Porém meu estado era grave e eu não teria chegado com vida até lá, pelo que soube os paramédicos disseram isso em voz alta em uma tentativa de me admitirem.

Effie Mellark era apenas uma mãe na sala de espera, uma mãe que ao ver uma criança morrendo inicio o caos, meu pai conta que ela ameaçou processos que não tinha ideia se existiam ou não, conseguiu o apoio das outras pessoas ao redor e não desistiu até que me atendessem. Relatórios médicos indicam que tive a segunda parada cardíaca minutos depois da minha entrada no hospital e que foi preciso uma toracotomia de emergência ainda na sala de exames, procedimento esse que os paramédicos não teriam feito dentro da ambulância. Não sei o porque ela ficou naquela sala de espera depois que Annie foi liberada, acho que nem ela sabe, mas quando eu acordei naquele hospital ela foi a primeira pessoa que eu vi, ela havia passado quase 48 horas em uma cadeira na enfermaria me esperando acordar.

Eu tinha cinco anos e nunca ninguém tinha se preocupado tanto comigo, ela foi meu anjo naquele dia e nos dias seguintes também. Veio me visitar todos os dias enquanto estive internado, e quando fui para o orfanato senti tanta falta dela que era difícil explicar.Pouco antes de receber alta ela me disse que estava voltando para casa em outro Distrito que não poderia me visitar com tanta frequência e de fato nos vimos pouco nos meses seguintes, ela foi até o orfanato três vezes todas com o marido e eu não tinha ideia de que eles tinham entrado com um processo de adoção até que pouco mais de sete meses depois do acidente eles vieram me buscar e desse dia em diante minha vida mudou completamente.

E nos últimos doze anos eu aprendi o que significa família e que ela é a coisa mais importante, não importa o que você faça sua família sempre devera vir em primeiro lugar e você jamais deve se envergonhar dela eu particularmente sinto muito orgulho da minha.

Eu vejo os olhares que me lançam nos corredores do colégio, sei que pensam lá vai o bolsista, pensam que eu nunca devia ter saído do Newton, que ali não é o meu lugar e talvez não seja, mas eu batalhei para estar ali para ter o melhor ensino então eu tento ser invisível. Mas confesso que saber que Katniss Everdeen sabia que eu existia me deixava em orbita, ela era sem duvida a garota mais linda daquele colégio e eu era apaixonado por ela desde que a vi pela primeira vez, quando éramos calouros e agora eu iria levá-la a uma festa onde eu iria pedi-la em namoro.

— Você esta tão lindo. – mamãe elogiou depois de bater mais uma foto, de fato eu havia gostado do meu visual naquela noite, assim que falei da festa minha mãe havia insistido em comprar um jeans novo e uma camiseta, nada de marca já que não poderíamos pagar, mas era bonito e me levou para um corte de cabelo diferente já que normalmente ela que aparava o meu.

— Mãe chega, nem sei porque você esta batendo fotos.

— Porque é sua primeira festa com a sua turma e porque você vai com a garota que gosta. – Ela sorriu animada, eu realmente nunca tinha ido a nenhuma festa de alguém do Einstein, minha única amiga lá era Lavinia e ela era um ano mais nova que eu e não costumava dar festas, então as únicas festas que fui eram dos amigos da Delly.  – Vocês cresceram muito rápido, ainda me lembro de quando corriam pela casa implicando um com o outro.

— Estou ficando enjoada mãe. – Delly disse do sofá. – Todos estamos felizes porque o Peeta conseguiu uma namorada, mas ele esta ficando constrangido e a senhora se lembra da gente correndo pela casa porque isso foi literalmente ontem quando ele pegou o controle da TV enquanto eu assistia. – Acabamos rindo com o comentário.

— É função dos pais constranger os filhos, ainda não entenderam isso? – Papai parecia estar achando graça sentado na sua poltrona. – Mas já esta na hora de deixar o garoto ir Effie, não quer que ele se atrase para encontrar a namorada logo no primeiro encontro.

— Esta bem, você pode ir e divirta-se. – Ela beijou meu rosto.

— E tenha juízo. – Meu pai jogou a chave da caminhonete para mim. – Sou novo demais para ser avô então se lembre da nossa conversa. – Delly segurou a risada enquanto senti meu rosto corar.

 - Pai!

— O que foi meu filho? Só lembrando que você deve se prevenir caso queira se divertir, sabe você já não é mais uma criança, mas ainda e jovem demais para cuidar de uma. – Ainda me lembro da conversa que tive com meu pai a alguns anos quando ele abordou o assunto sexo comigo pela primeira vez. Foi sem sombra de duvida constrangedor.

— Bom saber que sexo protegido esta liberado. – Delly comentou sorrindo enquanto papai fechava a cara.

— Para você não.

— Por que? Peeta e eu temos a mesma idade.

— Vamos falar sobre você fazer sexo quando casar depois dos quarenta. – Vi minha irmã revirar os olhos. – Se continuar fazendo essa cara vai ser quarenta e cinco, e acredite ainda sim eu não vou querer saber.

— Ok, eu não quero saber como meu bebe vai se divertir essa noite, só juízo. – Mamãe disse me entregando um buque de rosas que ela havia me ajudado a colher mais cedo e feito um arranjo delicado, e me empurrando levemente até a porta.

Peguei a caminhonete e segui em direção ao centro do Distrito onde Katniss morava, aquela era a parte mais rica do Distrito 12. Confesso que estava uma pilha de nervo afinal não era qualquer garota era a minha garota a garota que tinha sonhado por anos, a garota que eu estava disposto a dar o mundo, por ela eu faria de tudo estava determinado a estudar e ser o melhor que podia, iria trabalhar duro para dar tudo a ela, talvez fosse cedo para pensar nisso, mas eu queria me casar com ela, formar família. Havia ficado surpreso quando ela me ligou a dois dias dizendo que iria ter uma festa para comemorar a vitória do ultimo jogoe que queria eu a acompanhasse.

Parei em frente a casa dos Everdeen e vi um numero maior de carros do que o normal na rua, mas não estranhei Katniss havia dito que a festa seria na casa da Rambin que ficava na rua de trás. Ajeitei um pouco a roupa e deixei meus óculos no carro antes de ir  tocar a campainha muito mais ansioso do que gostaria, ela não era a primeira garota que eu saia ainda sim era a única que eu gostava. Quando Katniss abriu a porta eu senti meu coração acelerar ainda mais, ela estava linda usando um vestido preto um pouco acima do joelho, os cabelos soltos em cachos.

— Você esta linda. – Elogiei com sinceridade entregando as rosas para ela.

— São lindas obrigada, entra vou colocá-las em um vaso e pegar minha bolsa. – Entrei e observei que tudo estava silencioso, não que a casa dela fosse barulhenta pelo contrario aquele casarão era silencioso até demais. Notei que a maioria das luzes estavam apagadas. – Fica a vontade, meus pais saíram com Prim foram fazer uma pequena viagem. – Me senti sem graça de estar ali sozinho com ela, mas ainda sim sentei no sofá e ela não demorou a voltar e se sentar ao meu lado. As luzes estavam apagadas e apenas as arandelasestavam parcialmenteligadas. 

— Deveríamos ir indo para festa. – Ela sorriu e negou com a cabeça.

— Está cedo ainda, vamos ficar um pouco aqui. – Ela se aproximou um pouco mais. – Acho que tenho que agradece-lo, afinal graças as aulas de matemática tirei um 10,0 na prova. – Meu coração estava a um passo de sair pelo meu peito de tão acelerado, eu queria muito beijá-la de novo direito dessa vez, mas queria fazer as coisas do jeito certo. Iria deixar claro que não queria apenas ficar, ela queria um príncipe eu seria um príncipe.

— Eu queria falar com você algo importante. – Ela esta muito próxima quase colando seus lábios no meu. – Você é importante pra mim, eu gosto de você. – Falei de uma vez e ela sorriu. – Gosto muito e quero muito que você seja minha namorada. – O sorriso dela ficou ainda maior e quando eu pensei que ela daria uma reposta ela começou a rir.

— Você realmente achou que tinha alguma chance comigo? – O olhar dela era frio e senti meu coração apertado no peito enquanto ela ria com ironia. – Mellark você não é nada, só um nerd que só esta naquele colégio por conta de um programa de caridade, não passa de uma cota que são obrigados a preencher todo ano.

— Katniss – não estava entendo, a um minuto estávamos bem e agora ela vinha falando essas coisas.

— Você não percebe não é, somos diferentes eu sou alguém enquanto você não é nada. – Ela se levantou indo até a porta da sala. – Não é ninguém, apenas um ser insignificante.

— Por que você esta falando isso? – Ela não respondeu apenas apertou o interruptor e no minuto seguinte ouvi o estrondo da porta dupla que ficava na outra extremidade da sala abrindo e o time de basquete entrando por ela.

 - Acho que a resposta dela é não Mellark. – Gale Hawthorne parou na minha frente no sofá rindo. – Acha mesmo que uma garota como a Katniss olharia para um fracassado como você? Nem se você fosse rico companheiro.

— Katniss... – Me levantei e então dois dos garotos do time me seguraram um de cada lado, olhei para ela que se aproximou.    

— Eu usei você, sua inteligência não percebe? – Ela abraçou Hawthorne que sorriu ainda mais. – Eu precisava de você, agora não preciso mais. – Ela beijou os lábios do moreno antes de se voltar para mim. – Confesso que até que era bonitinho ver todo o seu amor por mim, gosto de ser adorada sabe. - Ela caminhou até uma mesa no canto onde havia um tabuleiro de xadrez. – Mas você precisa entender que sou uma rainha, a melhor peça de um tabuleiro enquanto você não passa de um peão insignificante que sempre será o primeiro a ser sacrificado. – Podia sentir o nó se formar na minha garganta.

— Você não passa de um fracassado Mellark, mas diferente do que pensava semanas atrás você consegue piorar a cada dia.

— Vamos lá Gale a festa precisa começar.

— Verdade, mas antes. – Ele parou na minha frente e os dois garotos seguraram mais forte meus braços, então  senti o soco no meu rosto e o gosto do sangue na minha boca. – Isso e por ter chegado perto da minha garota. – Ele fez um sinal com as mãos indicando a porta por onde havia entrado e os caras começaram a me arrastar em direção a ela. A porta levava ao jardim da casa e assim que saímos vi a maioria das pessoas que estudavam no Einstein olhando para mim. Um telão mostrava imagens da sala e pela cara animada dos presentes soube que tinham assistido tudo. – Espero que você saiba nadar. – No instante seguinte senti meu corpo ser lançado na piscina. Eu nunca nadava a noite e a água estava gelada e por uma fração de segundos fui traído pela minha mente, então eu estava de novo dentro de um carro, preso pelo cinto de segurança com um pedaço de metal no meu peito. Eu simplesmente congelei em meio a flashes que não me lembrava há muito tempo. Não sei quanto tempo demorei até sentir o piso da piscina voltando à realidade em seguida, fiquei de pé e vi que a água batia no meu ombro e assim que emergi para a superfície ouvi os risos. Eu era a mais nova piada do colégio.

Sai da piscina o mais rápido que pude em meio ao coro de Fracassado que foi iniciado por um dos garotos do time, Katniss mantinha um olhar de triunfo abraçado ao Hawthorne. Eu podia sentir meu corpo tremer de frio enquanto  caminhava pelo jardim em direção a saída, mas o frio não era nada comparado ao que estava sentindo dentro do meu peito, nada comparado ao nó na minha garganta.

— Que a festa comece! – Ouvi a voz da Katniss e o som começou em seguida enquanto muitos gritavam animados.

Entrei na caminhonete e coloquei meus óculos antes de dirigir para casa, minha única vontade era sair dali, mas no momento em que encostei o carro em frente ao velho celeiro e via as luzes da casa acesa perdi a coragem de me mexer, eu ainda estava tremendo de frio mesmo com o aquecedor do carro ligado, ela não tinha o direito de fazer o que fez comigo. Vi a luz da varanda acender e meus pais e Delly saírem pela porta sem entender nada, sai do carro e olhei para eles e de alguma forma senti vergonha de encará-los,  sai na direção oposta ouvindo minha mãe chamar. Parei em frente a velha casa da árvore onde passei grande parte da minha infância brincando com minhas irmãs, era um lugar familiar meu avô havia construído para meu pai a anos e meu pai havia reforçado e reformado quando Annie era pequena. Conforme fomos crescendo começamos a usá-la para pensar ou estudar era um refugio, ironicamente vi nosso velho jogo de xadrez em meio a outros jogos e acabei lançando ele com raiva contra a parede me sentando no chão em seguida, apoiando a cabeça nas mãos.

— Peeta. – Levantei a cabeça e vi meu pai parado na porta, mas não disse nada ele se aproximou colocando um cobertor no meu ombro e sentando ao meu lado. – Quer me dizer o que aconteceu? - Mantive a cabeça abaixada enquanto apertei o coberto mais próximo.

— Eu sou uma piada pai, era tudo uma piada. – Contei a ele o que havia acontecido e ele ficou calado enquanto ouvia. – Não passo de um fracassado pai.

— Peeta Abernathy Mellark eu nunca mais quero ouvir você falando isso entendeu. Olha pra mim. – Olhei pra ele sentindo as lagrimas que vinha contendo. – Meu filho não é um fracassado entendeu você não é um fracassado. Eu sei que está magoado agora que gosta dela, mas é ela que esta perdendo entendeu é ela que não te merece.

— Pai, esta doendo. – Apontei para o peito.

— Escuta bem, você é forte sempre foi. Você passou vários minutos em baixo da água dentro daquele carro, quase não conseguiram te tirar de lá por conta do cinto, você tinha um pedado da porta no seu peito o seu coração parou literalmente duas vezes naquela noite, um médico colocou a mão dentro do seu peito para te trazer de volta antes da cirurgia e você era só um menino e você esta aqui de pé. – Alguns médicos diziam que eu tive muita sorte, que aquele acidente tinha tudo para ser fatal - Sabe qual foi a primeira coisa que sua mãe me disse sobre você? – Neguei com a cabeça. – Ela disse, Haymitch ele é a criança mais forte que eu já vi é um vencedor, porque em meio a todos aqueles tubos com toda a dor que você estava sentindo você sorriu pra ela, você não reclamou um único dia enquanto esteve naquele hospital, você escondeu de todos enquanto naquele orfanato suas crises de pânico e lidou com um trauma sozinho por tanto tempo.   – Abaixei a cabeça novamente. – Você só nos deu orgulho filho,  então não você não é um fracassado você é um Mellark – ele esticou a mão e pegou um dos peões pretos espalhados pelo chão e observou ele por um minuto. – Você se lembra de quando eu te ensinei a jogar? – Confirmei com a cabeça. – Qual foi a primeira coisa que disse a você sobre xadrez?

— Que um bom jogador nunca subestima nenhuma peça.

— Exatamente, existem aqueles que supervalorizam a rainha pela sua variedade de movimentos, mas o peão embora seja o mais fraco no inicio do jogo com a estratégia certa pode chegar do outro lado do tabuleiro e virar qualquer peça e dar o xeque mate igual a rainha. – Ele me entregou a peça. – No fim do jogo todos são iguais filho. – Suspirou antes de continuar. – Você vai erguer sua cabeça porque você não tem motivo para sentir vergonha de nada e vai manter ela erguida porque você é meu filho e sua mãe e eu criamos você para ter orgulho de quem você é. Um Mellark. E o que é mais importante para um Mellark?

— A família.

— Exatamente, e a sua vai estar sempre ao seu lado para qualquer coisa entende isso? – Confirmei com a cabeça. – Agora vamos entrar para você tomar um banho bem quente antes que tenhamos que levá-lo para o hospital por conta de uma gripe. – Caminhei de volta para casa com meu pai ao meu lado segurando o peão preto em minha mão, ele estava certo sempre estava eu era um Mellark e tinha orgulho disso e um dia eu mostraria a Katniss Everdeen do que um peão é capaz.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Chegamos ao fim da primeira fase. E confesso que estou meio apreensiva com esse capitulo então fiquem a vontade para dizer o que acharam e o que acham que vai acontecer na próxima fase da fic. Espero que vocês tenham gostado.
Beijos.