Miraculous Para Sempre escrita por MusaAnônima12345


Capítulo 4
Capitulo 4


Notas iniciais do capítulo

Hellou pessoal! *-*
Quero agradecer todos que estão comentando, visualizando, acompanhando e favoritando essa fanfic. Apesar de não responder, eu leio todos os comentários que vocês me mandam e queria deixar avisado que todo final de mês irei responder todos os comentários atrasados. Okay? Já queria deixar avisado.
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E outra coisa, esse capítulo irá focar na história da Lila e da Kattie. Vai mostrar um pouco da história de como elas se conheceram e se tornaram amigas. (Tem referências do episódio da Volpina, como se acontecesse depois. ♥) Boa leitura. ♥



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Logo que chegaram, Kattie e Lila se dirigiram até a sala de aula do dia. Passaram por vários alunos que conversavam em seus grupinhos e atravessaram o pequeno pátio no térreo da escola. Subindo as escadas entraram na sala e se sentaram nas suas carteiras.

— Lila, eu acho que não tenho uma boa noticia pra dar a você... – a ruiva começou mexendo as mãos uma na outra.

— Espera. Não me diga que você comprou aquele sapato horrível que vimos na loja outro dia, eu falei pra você que não era uma boa escolha... – a mesma a interrompeu relembrando a última compra que as duas haviam feito juntas.

— Não, não é nada disso. – afirmou dando uma risada nervosa para a melhor amiga. – É outra coisa.

— Então para de enrolar Kattie. Diga logo. – Lila a questionou, curiosa.

— Eu... bom... – a ruiva balbuciou.

Nesse exato momento a porta se abriu, permitindo que todos os outros alunos entrassem juntamente com a professora, dando inicio a aula. Kattie prendeu uma mecha ruiva solta de sua trança para trás, suspirando logo em seguida. Lila revirou os olhos. Alguma coisa sempre acontecia para deixa-la ainda mais curiosa. Odiava se sentir ansiosa por alguma coisa.

— Depois que a aula terminar, digo o que é Lila. – Kattie sussurrou discretamente para a morena.

— Ok. – sussurrou de volta, voltando a prestar atenção na aula.

***

Eram mais de cinco horas da tarde. As aulas estavam no fim. Logo o sinal tocaria e todos seriam liberados para irem para casa descansar, porém, para Lila o tempo estava se arrastando para passar. Sua curiosidade a torturava a cada minuto que passava e, depois que terminou de fazer seus deveres encarou sua amiga, esperando uma resposta.

Ao contrário de Lila, Kattie não demonstrava qualquer tipo de ansiedade em conta-la o que realmente tinha que dizer. Não conseguia pensar em uma única possibilidade em que a morena ficaria feliz com a notícia que lhe contaria; estava se sentindo péssima. Quando sentiu sua amiga lhe encarar fingiu que ainda estava fazendo seus deveres, tentando engana-la ingenuamente.

— Eu sei que você já terminou suas tarefas Kattie, não vai conseguir me enganar. – Lila comentou lhe lançando um sorriso brincalhão.

— O que? – a mesma fingiu se sentir desentendida, ainda não a olhando nos olhos. – Não... nada a ver Lila... Ainda não acabei mesmo e...

— Kattie. – a morena lhe chamou. – É sério, o que aconteceu? Nunca te vi assim antes.

— Bom, aconteceram algumas coisas... E era sobre isso que eu queria conversar com você. – Kattie confessou olhando para ela. Sua costumeira expressão alegre e tranquila havia dado lugar a tristeza e a aflição no seu olhar.

— Então me diga, está me deixando preocupada amiga. – Lila disse a incentivando mais uma vez a dizer o que guardava para si.

Você terá que dizer uma hora ou outra Kattie. É melhor magoa-la agora com a verdade, do que iludi-la com a mentira...” pensou respirando fundo.

— Eu vou sair da escola. –disse sem mais rodeios.

Logo após dizer isto o sinal tocou, fazendo todos saírem e deixando apenas as duas dentro da sala em um silêncio desconfortável. Depois de um bom tempo, a sala é preenchida por uma crise de risadas vindas de Lila.

— Você... vai...vai sair da escola? – perguntou em meio as risadas. – Essa... essa foi boa Kattie, está melhorando nas suas pegadinhas...

— Lila, eu... eu estou falando sério. – Kattie a repreendeu seriamente. – Eu vou sair da escola. – repetiu.

***

As ruas estavam começando a ficar iluminadas enquanto o sol desaparecia no horizonte. Logo Kattie poderia observar ao longe a Torre Eiffel ser totalmente iluminada por suas luzes e competir com o céu iluminado com milhões de estrelas brilhantes. Ela ficaria mais feliz se não tivesse contado a sua única e melhor amiga que sairia da escola que estudava desde que era pequena. E ficaria ainda mais feliz se a mesma não estivesse logo atrás dela, totalmente irritada, querendo conversar com a mesma.

— Kattie! Kattie, espere! Quero falar com você. – Lila gritou na tentativa de fazer sua amiga parar. Ela sabia que não custava nada tentar.

— Lila, eu já lhe disse que não posso fazer mais nada. Já foi decidido. – a mesma respondeu apressando o passo. Não queria conversar muito menos discutir com sua amiga.

Com um pouco de esforço, Lila conseguiu correr e ultrapassar sua amiga, parando a sua frente. Lágrimas ameaçavam sair dos olhos de cada uma quando se encararam no meio da rua. Estavam próximas do restaurante da família , pois já podiam sentir o cheiro dos pratos do dia trazidos pela leve brisa de fim da tarde daquele dia. Aquele maravilhoso cheiro que trazia de volta a tona diversos momentos da amizade das duas garotas.

— Porque você não me contou antes que iria mudar de escola? – Lila perguntou já com vontade de chorar. Kattie desviou o olhar para a rua por um momento e logo depois a encarou novamente.

— Porque eu não tinha encontrado o momento certo ainda. – tentou se justificar com a voz triste. – Você queria que eu fizesse o que afinal? Pensa que é fácil chegar em você e simplesmente dizer “ eu vou sair da escola”?

— Teria sido bem melhor, pelo menos eu saberia disso e não me machucaria tanto quanto agora! – gritou, deixando a raiva a possuir por um momento. A paciência já se esgotara e agora, a tristeza tomava-lhe conta.

— Por favor, Lila. Eu só não disse antes porque eu sabia que ficaria tão magoada como agora! Eu sei que você tem sentimentos e não queria magoar você como está agora! Eu estava pensando em você! – gritou, deixando as lágrimas caírem de seus olhos. Já não agüentava mais.

Por mais um longo momento as duas permaneceram em um silêncio desconfortável para ambas. Kattie continuava no mesmo lugar onde estava, mas seu interior desejava sair o mais rápido possível dali. Detestava discutir com sua melhor amiga, por mais que ela estivesse errada. Mas apesar do sentimento de raiva e tristeza que tentavam dominar sua mente, a única coisa que realmente a consumia por dentro era o sentimento de culpa por deixar a garota que mais precisava dela para trás para ir para um lugar onde não conhecia ninguém. Um lugar onde estaria sozinha.

Sentiu as lágrimas queimarem seu rosto e continuarem a cair pelo asfalto escuro da rua onde estava parada. Mas não era a única que sentia assim. Pela iluminação da rua pôde notar algumas lágrimas escorrerem pelo rosto da sua amiga, que, mesmo fazendo muito esforço, não conseguiu descobrir se eram de tristeza ou simplesmente não significavam nada.

— Me desculpe Lila. Eu sei que eu estou errada, mas queria que você me entendesse. – começou passando a mão no rosto molhado. – Não foi escolha minha. – repetiu dando ênfase na frase.

— Quando você vai? – a morena perguntou sem dar muita importância no que ela havia acabado de dizer.

— Na semana que vem. – Kattie respondeu abaixando a cabeça. Já esperava aquela frieza vinda de sua amiga.

Podia jurar que havia visto mais algumas lágrimas caírem de onde Lila estava e até mesmo alguns pequenos resmungos, quase inaudíveis vindos da garota, mas preferiu não dizer nada. Por impulso, quase que instantaneamente, avançou sobre sua melhor e talvez única amiga e lhe abraçou.

— Já que temos apenas mais dois dias e um fim de semana, vamos fazer o possível para aproveitar juntas? – Lila propôs tentando inutilmente segurar as lágrimas que insistiam em cair.

— O possível e o impossível. – disse, a abraçando ainda mais forte.

***

“Era um péssimo dia para Lila. Ela havia acabado de ser salva por LadyBug de ser Volpina na Torre Eiffel. Passava olhando ao redor com um pingo de raiva dentro de si pelo que havia acabado de fazer. Graças a heroína de Paris havia perdido todas as suas chances de conseguir chamar a atenção do famoso modelo Adrien Agreste, que por coincidência ou não, fazia parte da mesma sala que ela. Podia continuar naquela mentira e tentar fazê-lo acreditar que era uma descendente de uma super heroína com poderes extraordinários. Mas LadyBug tinha acabado com as suas chances. Andava sem rumo pelas ruas de Paris, direcionando um terrível olhar a todos que a encaravam feio.

Seus pés acabaram a levando a perto de uma praça no meio da cidade. Uma praça onde ela sempre ficava para descansar e... pensar em tudo o que acontecia com ela. Admirou-se quando percebeu que não havia ninguém ali, apenas uma garota embaixo de uma árvore, que por coincidência ou não, era a mesma que ela ficava sempre que passava por ali. Revirou os olhos. Não queria ninguém por perto.

Dirigiu-se até próximo de onde a mesma estava e se sentou abaixo da árvore ao lado, soltando um suspiro irritado. Começou a imaginar um jeito de como dar o troco em LadyBug por tudo que havia lhe feito... iria dar a ela o troco. Tirou o colar que estava em seu pescoço e o encarou com raiva. Teria tido muito trabalho para falsificar o miraculous da verdadeira Volpina e tentar enganar Adrien, mas não poderia simplesmente joga-lo fora agora que seu plano havia falhado. Ou poderia?...

Uma dúvida sobre o que faria agora subiu até aos pensamentos da garota. Depois que havia descoberto que uma super-heroína era parecida com ela, viu uma oportunidade para tirar uma vantagem acima de LadyBug, dizendo que supostamente Volpina era ainda mais poderosa do que a mesma, a garota pensara várias vezes se poderia ser mesmo uma descendente do miraculous da raposa. Afinal... ela era parecidíssima com a legítima Volpina.

“Será que eu sou a verdadeira descendente da Volpina?” pensava repetidamente, tentando fazer com que virasse verdade.

— Quer companhia? - uma voz lhe perguntou a tirando dos seus pensamentos de repente. Olhou para os lados. Ninguém. Pensou que estava ficando maluca, já estava até ouvindo vozes... – Bom, achei que você gostaria de alguém para conversar.

Lila virou-se rapidamente para trás assustada, ouvira a voz novamente. Foi quando ela encontrou quem era a dona daquela doce e calma voz. Atrás da morena, na outra árvore, aquela mesma árvore que ela havia ficado nervosa e que já estava ocupada, estava uma garota vestida com uma calça jeans e uma camiseta azul marinho e blusa num tom ainda mais escuro. Aparentava ter a mesma idade que ela, tinha os cabelos aproximadamente ruivos presos em uma trança normal e sua franja comprida cobria boa parte dos olhos azuis esverdeados curiosos que, naquele exato momento lhe encaravam.

— Quem é você? – a morena lhe perguntou arqueando uma sobrancelha a mesma. A ruiva balançou a franja e sorriu.

— Bom, sou uma garota que se mudou para cá há alguns anos atrás e que trabalha no restaurante dos seus pais, o L’e VentSouffle. – a mesma apontou para a rua movimentada ali próxima e depois voltou a encará-la. – Mas isso não vem ao caso agora. Só puxei assunto com você porque parecia que tinha acabado de chupar um limão azedo e depois levado um fora do namorado e precisava conversar com alguém.

Pela primeira vez desde havia sido liberta por LadyBug a garota riu. Aquela fora a melhor descrição que já havia ouvido sobre sua expressão fechada. A garota riu junto com Lila.

— Bom, obrigada por puxar assunto comigo. Realmente precisava rir um pouco. – a morena confessou dando um pequeno sorriso. Mesmo tendo acabado de conhecer a morena, a garota percebeu que aquele sorriso era forçado demais até mesmo para ela.

— Esse sorriso não me engana, é falso. Eu conheço um sorriso falso quando vejo um. – avisou se aproximando um pouco mais de onde ela estava. – Quer desabafar alguma coisa comigo?

— É uma longa história. – comentou soltando um suspiro. A garota sorriu novamente.

— Eu tenho bastante tempo. – respondeu a encarando sorrindo. – Pode começar.

Então, depois de um bom tempo que tentava se decidir se confiaria numa estranha, a ponto de expor sua vida e seus problemas abertamente para outra pessoa além dela, Lila decidiu dizer tudo. Tudo o que sentia, tudo o que passou, tudo o que havia feito para chegar onde ela estava agora, tudo o que precisava dizer a uma pessoa e não conseguia. Para sua surpresa a ruiva a sua frente ouvia tudo em silêncio, a interrompendo algumas vezes apenas para questionar alguma coisa ou fazer um comentário brincalhão e aliviar o assunto. Quando terminou de desabafar com a garota, sentiu-se leve. Realmente, como ela havia dito no meio do relato da morena, desabafar faz bem a saúde.

— Bem, entendo que ela, em algum momento, tenha te prejudicado, mas isso não é motivo para querer se vingar dela. Pelo menos, não nesse sentido. – comentou tentando deixar a repreensão mais suave. – Uma coisa que você deveria fazer é tentar esquecer isso, até porque vingança não irá mudar nada. Ou a sua vingança pela LadyBug vai fazer Adrien Agreste se apaixonar por você? – perguntou a Lila arqueando uma sobrancelha. Lila abaixou o olhar e negou com a cabeça. Era verdade afinal.

— Não, não vai. – respondeu levantando o olhar rapidamente. – O que eu posso fazer então? Nada?

— Sim e não. – foi sua resposta. – Não fazer nada também não vai mudar toda esta história, e no caso não vai fazer Adrien se apaixonar por você. Uma das coisas que você pode fazer é tentar esquece-lo, pois pelo que parece ele gosta da LadyBug e tentar lutar contra isso se colocando no meio não vai adiantar nada. Certo? – perguntou lhe encarando. Lila assentiu derrotada. Talvez fosse mesmo verdade, não adiantava tentar.

— Certo... – disse com a voz baixa. Logo sentiu a mão da garota apertar a sua fortemente, a fazendo olhar para ela e avistar aqueles olhos azuis esverdeados a fitando.

— Mas isso não é o fim do mundo! – exclamou sorrindo. – Não existe só um garoto loiro de olhos verdes por ai. Você é muito bonita, e não importa quanto tempo demore, um dia você vai encontrar alguém que goste de você pelo que você é, acredite.

— Você acha? – perguntou ainda duvidosa. A outra deu um sorriso sincero.

— Tenho certeza. – afirmou. – Assim como tenho certeza que agora somos amigas.

Lila sorriu. Um sorriso sincero, que a garota percebeu que era verdadeiro. Ambas sabiam que tinham alguma coisa em comum que logo descobririam.

— A propósito, meu nome é Kattie O’Greens. Mas pode me chamar de Kattie. – a mesma estendeu a mão para ela ainda sorrindo. Lila apertou sua mão.

— Me chame de Lila."


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Notas finais do capítulo

Até a próxima! *D*



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