Miraculous Para Sempre escrita por MusaAnônima12345


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Comentários no final. Boa leitura! ^^



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Chat Noir não podia acreditar no que havia acabado de ouvir. Não podia acreditar. Não podia acreditar que seu irmão, seu próprio irmão... era o inimigo que queria acabar com a existência de sua parceira por trás da máscara. Estava atônito. Seu cérebro havia travado e não notou em mais nada ao seu redor, a não ser o rosto do loiro apagado e machucado a sua frente. De repente o pesadelo voltara a sua cabeça e o garoto fechou os olhos com força.

 Aquilo não fazia sentido. Não podia fazer sentido. Sentiu a escuridão o cercar e sua respiração corria descompassada de seu coração até os seus pulmões, o fazendo se encolher onde estava. Queria gritar, mas a voz havia sumido de sua garganta. Não havia nada além de escuridão a sua frente.

“De repente, viu uma pequena luz vindo em sua direção. Adrien estava correndo novamente pelos túneis da mansão Agreste com Félix correndo atrás do mesmo...”

— Chat, você está bem? – ouviu a voz de Ladybug lhe perguntando. Parecia preocupada com o mesmo.

“...o garoto corria tentando sair de dentro daquele pesadelo sem fim mas não conseguia a medida que o corredor se alongava infinitamente...”

— Chat, você está me ouvindo? – ouviu a garota o chamar novamente em ecos em sua cabeça.

— Você não pode escapar do seu destino gato idiota! – Chat Blanc gritava correndo atrás do mesmo. – Você não pode escapar! Você não vai escapar!

— Seu inútil!

— Estúpido! O que ainda faz aqui?...”

Sua cabeça doía e sua mente girava enquanto cenas de seu sonho passavam como um filme em sua cabeça. Sentia que sua cabeça iria explodir a qualquer segundo. Não pôde controlar algumas lágrimas saírem de seus olhos. Estava apavorado. Apavorado como um pequeno gato de rua.

Subitamente sentiu mãos macias lhe tocarem o rosto e conseguiu controlar sua respiração quando sentiu algo lhe tocar levemente o nariz. Respirou fundo e lentamente abriu os olhos. Nenhum dos dois ousou dizer nenhuma palavra. Apenas se encaravam assim... próximos um do outro como ele sempre quis. E como num flash, todo o medo e angústia que o atormentavam subitamente desapareceram. Ela era o centro de sua mente naquele momento.

Conseguia ver em seus olhos azuis que estava tão confusa do que ele próprio. Um turbilhão de momentos em que estivera com Ladybug lutando com seus akumas fora projetado em sua cabeça. Todas as vezes que queria dizer aquilo que sentia pela heroína. Todas as vezes que ela o desprezara dizendo que tinha sentimentos por outro alguém ou porque não gostava dele por outra razão. Então, em contra partida, Marinette invadiu seus pensamentos. As vezes que ele invadira seu quarto contra a sua vontade. Quando a provocara em relação a suas próprias fotos e descobrira que a morena gostava de Adrien. Quando a protegeu de Chat Blanc e ela cuidara de seus machucados. O cuidado de como ela o tratara pelo resto daquela tarde... Não podia aceitar aquilo. Sua dona agora era Marinette e seria fiel a ela.

Suspirou se levantando do chão, afastando levemente sua parceira. Ficou de costas para a mesma e tomando consciência do que estava fazendo anteriormente de novo. Encarou Chat Blanc jogado no chão com um galo em sua testa e cerrou os punhos. Se o que ele dissera era realmente verdade, então teria que tirar a prova real daquela situação.

— Você está bem Chat? – a ouviu perguntar com a voz um pouco tremida. Assentiu levemente e se abaixou encostando o inimigo de branco em uma das paredes da estrutura da Torre. – O que vai fazer?

— O necessário. – respondeu retirando o anel de Chat Blanc. Abaixou a cabeça quando viu que realmente era Félix á sua frente. – Ele era a sua suspeita não é?

— Sim mas... como você...? – a garota afirmou confusa da pergunta do parceiro. Logo se calou tentando entender aquela situação. – Você já sabia quem ele era?

— Podemos dizer que já tinha motivos para desconfiar dele antes, mas que nunca levei a sério. – respondeu virando-se para encará-la novamente. – Ele pode ser nossa chave para encontrarmos um dos pergaminhos. Está pensando no que eu estou pensando My Lady?

— Pode-se dizer que sim, meu caro Watson. – respondeu sorrindo para a cara que o mesmo fazia.

***

Kattie estava conversando com Louis até aquela hora. Tinham tantos assuntos para resolver! A última vez que haviam se visto fora há cinco anos em sua antiga casa no Canadá, quando Louis se tornara o melhor e único amigo da ruiva depois de defendê-la de um mal intendido. Quando o mesmo soube que a ruiva se mudara para Paris tratou rapidamente de ir atrás da amiga. De fato uma amizade verdadeira que durara a distância mesmo depois de tanto tempo. Ambos haviam mudado muito desde que se conheceram, mas por dentro continuavam do mesmo jeito.

— Eu ainda não acredito que você está aqui. – Kattie disse terminando de tomar o refrigerante que havia trazido para os dois. O moreno de olhos negros soltou uma gargalhada. – Finalmente depois de cinco anos, a dupla Tartaruga Azul volta a atacar.

— Não acredito que você se lembra dessa nossa parceria. – disse entre risadas ao se lembrar das fantasias da infância de ambos. – Éramos tão pequenos, achei que não se lembrava mais.

— Você achou mesmo que eu poderia me esquecer de uma coisa dessas? – a garota rebateu com um sorriso divertido. O observou encarando o copo a sua frente ainda dando risada. – Então, como você conseguiu vir para Paris? Até onde eu sei, adolescentes até 18 anos não podem viajar sozinhos.

— Bom, na verdade eu não viajei sozinho. Meus pais autorizaram que eu viajasse com o meu avô, porque ele mora aqui. – explicou olhando para a cara da garota. – Acho que você deve conhecer ele. Tem um prédio de ioga por aqui perto do centro. Chamam ele de Niakamo-Fu.

— Ele é o seu avô? – perguntou arregalando os olhos. Não podia acreditar. – Ele não se parece nada com você.

— Realmente ele não se parece nada comigo mesmo, mas você se esqueceu de uma coisa importante. – disse dando risada e se sentando mais perto de Kattie. – Meu pai era da China, filho de chineses de sangue, meus avós paternos. Quando ele viajou a negócios para o Canadá conheceu minha mãe, que tinha sangue norte americano. Resumindo, tenho avós tanto americanos quanto orientais.

— Agora entendo. Não sabia da história da sua família. – Kattie comentou dando um sorriso de lado.

— Quase ninguém sabe. Considere com sorte. – brincou olhando para a porta e em seguida para a ruiva. – Kattie, agora me escute. Eu sei que você possui o miraculous do pavão e que é Paon. – a encarou sério enquanto a mesma empalidecia.

— C-como... – balbuciou sentindo o coração acelerar rapidamente.

— Não precisa ficar preocupada Kat, eu vou guardar o seu segredo. Foi o meu avô que me contou a história dos miraculous e toda esta história que vocês estão enfrentando. Eu sou o portador do miraculous da tartaruga e eu vou te ajudar. – Louis explicou segurando sua mão, tentando tranquiliza-la. – Eu prometo que nada vai acontecer com você. Como seu melhor amigo eu vou te proteger até o fim. Isso é uma promessa Kattie.

— É muito bom saber que posso contar com você Louis. Muito obrigada. – a ruiva agradeceu apertando firme sua mão e encarando o amigo com um pequeno sorriso brincalhão. – Parece que a Tartaruga Azul vai voltar á ativa.

Uma crise de risadas invadiu o ambiente e diminuiu a tensão do local. Mas um toque do celular do garoto fez com que a expressão preocupada e sem saber o que realmente fazer voltasse ao rosto do moreno. Olhou para ela e deu um pequeno suspiro.

— Temos um problema. – disse desligando o aparelho.  

***

— Vocês acham mesmo que sabendo quem eu sou agora vão poder atingir Hawk Moth? – Félix perguntou a todos que estavam na sala de ioga de Mestre Fu. Ladybug e Chat Noir haviam acabado de levar o inimigo para o único lugar que poderiam encontrar uma resposta do que fazer em seguida.

— A questão aqui é que você explique o porque tudo isso está acontecendo na cidade. – Chat Noir disse num tom ameaçador para o loiro preso no ioiô de Ladybug. – Ande, diga logo! – gritou nervoso com o mesmo.

— Chat acalme-se. – a heroína pediu, fazendo o parceiro passar a mão nos cabelos nervosamente.

— Até parece que eu vou fazer alguma coisa que esse metido a besta ai está gritando para mim. – o mesmo disse provocando ainda mais Chat Noir. – Por favor, quer uma de durão nervoso para cima de mim? Eu não vou dizer nada nem para o gatinho de rua idiota e muito menos para uma joaninha atrapalhada e inútil como você. – continuou fazendo com que a garota apertasse mais o ioiô preso em seu corpo. – Ai!

— Bom... jovem Chat Blanc, você tem duas escolhas. – Mestre Fu interviu antes que alguém fosse ferido. – Diga-nos como conseguiu este miraculous e o porque de estar utilizando ele para o mal ou, nesse caso, sofrerá com as consequências.

— E que aconteceria se eu não quiser dizer o que está acontecendo velhote? – Félix indagou irônico ao chinês a sua frente. O mesmo deu um pequeno sorriso.

— Meu jovem, você acha que sabe de muitas coisas quando na verdade não sabe de nada. – disse e o encarou profundamente. – Caso não queira dizer o que lhe perguntei o farei pensar naquilo que mais o atormenta durante as noites e tudo aquilo que você mais quer esquecer. O que, no caso, tenho certeza que é pior do que me ver dançando Gangnam Style semi-nu.

— Por favor velho, acha mesmo que pode me intimidar com isso? – perguntou enquanto chorando de rir do aviso de Mestre Fu. O mesmo estalou os dedos e o encarou.

The deepest nightmare spell! – exclamou e o loiro imediatamente apagou. – Eu lhe avisei meu jovem.

— O que o senhor fez com ele? – Ladybug perguntou encarando o mestre a sua frente.

— Não é importante neste momento. Mas ele vai pensar duas vezes depois do que ele ver dormindo. – respondeu rindo e apanhou o grande livro dos Miraculous. – Quero que vocês saibam de uma coisa mais importante que ele neste momento. Algo que talvez eu não possa mais explicar depois que Hawk Moth for descoberto.

— E o que seria mais importante do que saber as informações daquele imbecil? – Chat Noir indagou ainda nervoso com as provocações do irmão.

— Simplesmente a única coisa capaz de destruir Hawk Moth. – o chinês o respondeu sério, fazendo o herói abaixar a cabeça. – Logo depois que vocês encontrarem todos os pergaminhos vão precisar saber o que fazer quando encontrarem aquilo que buscam. Existe um feitiço que precisa ser invocado pelo Yin-Yang para poder alcançar o poder ancestral dos outros miraculous. Para conseguirem realizar este feitiço com sucesso precisam encontrar a ligação que existe entre vocês dois, afinal os poderes da criação e da destruição precisam estar em equilíbrio dentro de vocês.

— Mas como vamos saber se eles estão ou não em equilíbrio dentro de nós mestre? – Ladybug o perguntou procurando ainda entender o que estava sendo dito.

— Sábia pergunta jovem Ladybug. – Mestre Fu disse fechando o livro á frente de ambos. – Vocês só conseguirão descobrir isto com muito treino e dedicação. Vão precisar de muito esforço se quiserem realmente o poder do Yin-Yang e o equilíbrio para com os outros. Vocês têm certeza de que é isto que vocês querem?

— Se isso significa destruir de uma vez por todas o autor de todo esse caos em Paris, sim é isso que eu quero. – Chat Noir disse encarando chinês.

— Acredite mestre, eu sou a pessoa que mais quer isso em toda esta cidade. – Ladybug afirmou olhando nos olhos do mesmo a sua frente. – Quando começamos?

— Agora mesmo. – disse com um pequeno sorriso.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Mais uma dupla imbatível com o mais novo personagem Louis! Sugestões? Críticas? Opiniões? É só dar um review que eu respondo suas dúvidas. ♥ Até a próxima leitores!

OBS: A nova capa já está pronta! Logo logo vocês terão novidades da próxima fanfic. ^^ ♥