Miraculous Para Sempre escrita por MusaAnônima12345


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Nos vemos lá embaixo.



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O andar de pessoas de um lado para o outro começava a afligir cada vez mais Marinette enquanto subia acompanhada do policial no corredor principal do hospital. Sua mente estava travada e não conseguia pensar no que estava acontecendo. A única coisa que queria era ver que eles ainda estavam ali. Que nada de ruim tivesse acontecido a ambos naquele ataque. Sentia o coração apertar a cada passo que dava e suas mãos estavam suando, brancas e tremiam levemente.

— Espere aqui senhorita. – o policial pediu indicando uma cadeira no meio do corredor.

— Eu não quero ficar aqui senhor policial. – a garota rebateu o encarando profundamente. – Eu preciso saber onde...

— Acalme-se senhorita. Eu vou fazer o possível para que você os veja o quanto antes. – a cortou assegurando o que havia dito. – Agora, por favor, sente-se. Eu cuidarei do resto.

A morena respirou fundo e desistiu, se dirigindo até onde as cadeiras estavam. Que heroína havia sido até ali! Deixara Paris sob ataque de um vilão indestrutível, perdera de vista sua própria kwami, colocara sua própria família em risco e além de tudo aquilo não conseguia encontrar a única coisa que poderia levar ao encontro de Hawk Moth para finalmente tomar o seu miraculous. O que seus pais diriam se soubessem que ela era Ladybug? Ficariam tão desapontados como ela estava naquele momento?

Não deixou de abaixar a cabeça e sentir mais lágrimas escorrerem por sua testa. Precisava acabar com tudo aquilo de uma vez por todas. Ou encontrava Paon de uma vez ou então... Paris perderia sua super heroína para sempre. Não queria mais causar problemas para ninguém e até que conseguisse isso não mudaria de ideia. Tentou se concentrar no seu objetivo enquanto ouvia o policial falar com algumas enfermeiras no fim do corredor.

— Mari! – ouviu alguém gritar e levantou a cabeça em sua direção. Logo pôde ver uma cabeleira ruiva correndo em sua direção com uma bolsa pulando ao seu lado.

— Kattie? – indagou secando o rosto rapidamente. Logo a garota a envolveu em um abraço apertado e outras lágrimas se soltaram sem sua permissão. – O que... que você tá fazendo aqui?

— Eu estava com você quando soubemos do ataque na sua casa se esqueceu? – lembrou a garota se sentando ao seu lado. A garota balançou a cabeça lentamente.

— Eu sei... hã, me desculpe. Saí tão rápido da casa do Adrien que nem vi quem estava perto de mim naquela hora. – confessou encarando a garota procurar algo em sua bolsa.

— Está tudo bem Mari. Eu teria feito o mesmo se tivesse acontecido algo com os meus pais. Ah... acho que isto é seu. – disse pegando algo em sua bolsa e a olhando novamente. – Adrien me disse que ia te devolver isto mais cedo, mas você foi embora antes que ele pudesse fazer alguma coisa.

— Minha bolsa. – disse a segurando com os olhos arregalados. – Esse... tempo todo estava com o Adrien?

— Pelo que ele me contou, foi o Félix que encontrou. Quando Adrien achou no quarto dele quis no mesmo instante te devolver. – a ruiva explicou com um pequeno sorriso. A morena deu um mínimo sorriso e olhou novamente para a garota a sua frente.

— Obrigada Kattie. – agradeceu a observando.

— É o mínimo que eu posso fazer Mari. – disse ouvindo o telefone tocar em sua bolsa. Ignorou a ligação do aparelho e o guardou novamente. – Acho que está na hora de ir. Alya disse que já está chegando aqui, mas até lá eu vou ficar com você.

— Eu não tenho palavras para agradecer o que você está fazendo Kat. – Marinette disse segurando sua mão com força. – De verdade. Muito obrigada.

— Só estou fazendo o que amigas de verdade fazem. Um bom exemplo disso é a Lila também. – Kattie comentou olhando para o lado. – Se não fosse por ela não estaria aqui.

— Como assim? – perguntou levantando as sobrancelhas levemente.

— Quando você saiu da casa do Adrien eu fui correndo chamar a Lila e para ir onde provavelmente você estava: em casa. No meio do caminho nós encontramos com um velho amigo meu, o Louis, que vou te apresentar mais tarde. Enfim. Quando chegamos aqui os seguranças não nos deixaram passar porque não estávamos acompanhados de um responsável. Então a Lila fingiu que estava passando mal junto do Louis. Quando todos se mexeram para socorrer ela eu corri corredor acima até te encontrar. – a ruiva explicou fazendo Marinette entender o desespero da garota gritando seu nome.

— Eu não sabia... – disse piscando várias vezes e olhando para a pequena bolsa em suas mãos. – Nunca achei que Lila poderia fazer algo assim por mim. Diga a ela que eu agradeço pela ajuda.

— Pode deixar Mari. – sorriu de lado. – Acho que já está na hora de eu ir embora mesmo. Preciso ver como estão as coisas lá embaixo antes que chamem a policia pra ela. – comentou com uma pequena risada e se levantando em seguida. Pareceu se lembrar de alguma coisa e começou a mexer em sua bolsa novamente, fazendo-a cair de repente e espalhando objetos pelo chão. – Droga.

Marinette se sentiu obrigada a ajudar a garota em recolher as coisas no chão do vasto corredor. Em meio a outras coisas a morena viu algo familiar que a paralisou no mesmo instante. Seria uma alucinação com toda aquela situação? Ou então uma loucura provocada pela sua mente?

 O mesmo desenho de um pequeno pavão azul... os mesmos detalhes nas penas verdes do objeto... Não. Não podia ser. Pegou-o com cuidado e observou por alguns segundos aquela peça tão importante em seu quebra cabeças.

— É lindo não é? Eu o comprei essa presilha em uma loja de antiguidades por um preço muito bom que um senhor chinês me fez. – Kattie explicou encarando a garota. – Eu realmente me apaixonei por ele assim que o vi. Não podia deixá-lo na loja.

— É realmente muito bonito. – disse desviando o olhar para a garota – Você disse que um senhor chinês lhe vendeu isto?

— Sim, foi o que eu acabei de lhe dizer. – confirmou tentando decifrar o olhar misterioso de Marinette. – Porque? Você o conhece Mari?

— Não. – alegou entregando o acessório para Kattie – Claro que não. Só queria saber mesmo.

O silêncio invadiu o corredor do hospital por alguns segundos e subitamente o celular de Kattie começou a tocar, o quebrando rapidamente. Quando viu quem estava ligando para si se afastou um pouco de onde estavam e indicou para o aparelho em sua mão. Mas a azulada não estava prestando muita atenção no que estava acontecendo a sua volta. Apenas conseguia enxergar a imagem do pequeno acessório no formato da majestosa ave ciano.

— Então a Kattie é a portadora do miraculous do pavão? – murmurou baixinho.

***

Os diversos aparelhos ligados aos pais de Marinette no quarto de observação faziam com que a mesma não segurasse algumas lágrimas. Novamente a culpa que há poucos minutos atrás havia desaparecido retornou para a garota. Tudo aquilo que conseguira esquecer novamente tomavam conta de seu interior e apertavam seu coração. O policial a havia deixado sozinha com os dois e avisara que voltaria assim que resolvesse um problema.

Batimentos cardíacos, respiração e a própria pulsação eram medidos por máquinas e faziam com que qualquer um percebesse que o estado de ambos não era um dos melhores. O quarto branco e o silêncio cortado pelos bips das máquinas traziam para a mesma uma leve sensação ruim, como se nunca mais pudesse sair dali.

 Indo na direção da cama de Tom segurou sua mão e encarou o rosto do pai. Ele havia se machucado mais do que sua mãe, provavelmente por tentar protegê-la do inicio do acidente. O acidente que fora provocado por sua causa.

— Oi pai... eu disse que em qualquer coisa ligaria para vocês... mas parece que não pude cumprir o que disse. Você me deu um voto de confiança e não sabe como eu fiquei feliz com isso quando sai de casa. Você estava certo, eu consegui fazer o que devia na casa do Adrien. Uma coisa de cada vez. – disse começando a preencher o vazio da vasta sala. Logo seus olhos encheram de lágrimas e sua voz começou a embargar. – Mas não foi o suficiente. Me desculpe pai. Eu falhei com você... falhei com a mamãe... falhei com nossa família...

Sentiu seu rosto arder e soluços se formaram em sua garganta quando se virou para a cama de sua mãe. Estava respirando através de aparelhos e tinha vários arranhões profundos pelo rosto. A garota tocou levemente o rosto de Sabine e acabou deixando que gotas de água caíssem sobre seu leito.

— Era o meu dever proteger a cidade... proteger vocês... e eu falhei. Mais uma vez... – disse encarando o chão. Já não conseguia mais pensar no que estava fazendo ali. Só conseguia imaginar a cara de Chat Blanc no primeiro dia que o conhecera dizendo que já a conhecia em forma civil. – Esse acidente não era para vocês dois... era para mim. Eu sabia que alguma coisa iria acontecer... e eu deixei que acontecesse... Oh céus... m-me perdoem por não ser a filha que vocês queriam que eu fosse... por não conseguir fazer aquilo que é minha obrigação... afinal quem sou eu?... uma garota desajeitada e insegura de si mesma... eu não mereço este miraculous. Eu não mereço ser a Ladybug.

Tocou levemente os brincos e fechou os olhos com força. Não queria mais errar com Paris. Talvez realmente fosse melhor que fazer mais pessoas sofrerem como seus pais. Antes que pudesse tirar seus brincos um pensamento tomou conta de sua alma. Não podia deixar Chat Blanc impune depois do que havia feito consigo.

Um sentimento de justiça se despertou dentro da morena quando abriu os olhos novamente. Não deixaria que ninguém mais sofresse enquanto estivesse ali para os defender. Arriscaria sua própria vida se fosse necessário, mas não permitiria que nenhum cidadão inocente fosse novamente ferido por culpa de Hawk Moth. Era o seu dever e ela iria cumpri-lo de qualquer jeito.

— Tikki. – chamou a kwami abrindo sua pequena bolsa. O pequeno ser parecia assustado quando flutuou até perto do rosto da garota. – O que aconteceu? Porque está com essa cara?

— Digamos que não tive um bom dia Mari. – disse olhando para trás e para os olhos azuis da garota a sua frente. – Mas acho que você tem direito de saber uma coisa.

— E o que seria? – perguntou intrigada.

— Chat Blanc não é um akuma. Ele possui um miraculous igual ao Chat Noir. Ou seja, não tem como destruí-lo usando seu Lucky Charm. – a kwami explicou parecendo aflita. – Eu me encontrei com o kwami dele enquanto você estava me procurando e descobri algo que nunca pensei que descobriria sozinha.

As duas ficaram em silêncio por algum tempo, tentando se acalmar e então a resposta da cara de interrogação de Marinette apareceu diante de si. Como não havia percebido antes? Sabia que já havia visto aquele sorriso maníaco em algum lugar e agora as peças se encaixavam perfeitamente em seu lugar. Dali pra frente as coisas ficariam menos complicadas e então só precisaria de um plano.

— O Chat Blanc é o Félix? – indagou tentando acreditar no próprio raciocínio.

— Eu temo que sim. – Tikki disse a encarando profundamente enquanto a garota olhava para a janela do quarto. – Precisamos de alguma coisa que possa nos ajudar e rápido.

— Precisamos de um plano. – disse avistando um vulto preto pulando entre os prédios ao longe. Deu um pequeno sorriso e olhou novamente para os pais. – E desta vez eu prometo que não irei falhar. Nem que para isso eu sacrifique minha própria vida.

Foi até a cama dos pais e lhes deu um beijo na testa. Estava decidida e naquele momento nada nem ninguém a faria voltar atrás. Pegou o celular avisando Alya que sairia um pouco e foi até a janela, abrindo-a em seguida.

Logo, era Ladybug indo até a Torre Eiffel. Teria uma longa noite pela frente e, de uma vez por todas...

...alguém pagaria pelos seus erros.


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Notas finais do capítulo

Olá seguidores >—< Bom quero dizer que a capa da próxima fanfic já está em andamento e que quando chegar a reta final de MPS, eu já posto o primeiro capítulo dela. Okay?

Outra coisa que queria comentar sobre ela é que eu preciso de ajuda de vocês para decidir qual imagem definirá a aparência da Kattie. Logo abaixo terão duas opções de cada uma. PRECISO da opinião de vocês senão não tem capa. Ouviram bem? SE VOCÊS NÃO SE MANIFESTAREM NÃO HAVERÁ CAPA. ¬¬

Kattie:

http://oi43.tinypic.com/25p0lcp.jpg
ou:
https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/564x/c6/6a/22/c66a226c21f1ef1cd8dd0cc695e29993.jpg



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