Miraculous Para Sempre escrita por MusaAnônima12345


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Antes de tudo, tipo, TUDO mesmo eu queria dizer que este capítulo será muito importante para todo o resto. Só... não me matem ok? Vocês já vão entender... ^^



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Adrien nunca podia imaginar que o quarto de Marinette pudesse ser, além de muito rosa, tão aconchegante como via que estava sendo. Havia trazido a garota para descansar em casa e arrumara sua cama para a mesma. Não resistiu em soltar seu cabelo antes de ir embora. O cheiro adocicado de seus fios negros invadiam os pensamentos do loiro e o mesmo não conseguiu deixar de mexer em seu cabelo. Deitou ao seu lado e apoiou o corpo com um dos braços, a observando com um sorriso nos lábios. Ela finalmente estava ali, com ele. Ainda que ele fosse Chat Noir, Marinette estava com ele. Não era mais um sonho.

— O que você está fazendo comigo princesa? – sussurrou para que a mesma pudesse ouvir. Sabia que ela estava dormindo, mas queria conversar com a mesma. – Ah se... se você soubesse como eu fico feliz quando estou perto de você. Talvez pudéssemos ser algo a mais que amigos. Se eu soubesse que você era tão... incrível antes, eu teria deixado a Ladybug há muito tempo para ficar com você. Agora eu posso ver isso.

A garota deu um pequeno suspiro e se virou de frente para o herói. Podia sentir a respiração da morena batendo em seu rosto fazendo todos os pelos de seu corpo se arrepiarem. Tocou novamente em seu rosto com a ponta de seus dedos e sentiu alguma coisa diferente em seu coração. Algo que fez seu coração disparar no mesmo instante.

O que era aquilo? Admiração? É claro que agora a admirava e muito. Carinho? Não, isso era pouco para descrever sua relação com a garota. Talvez... O garoto não pôde deixar de dar um pequeno sorriso. Talvez fosse amor por alguém além de Ladybug. Estava tão feliz por ter feito tal descoberta que mal percebera o tempo passar. Logo, o primeiro sinal de sua transformação havia tocado. Tinha que ir embora.

Deu um pequeno suspiro e olhou novamente para a morena a sua frente. Não queria ir para casa. Não queria ter o mesmo pesadelo mais uma vez. Queria sentir a sua respiração batendo contra o seu rosto. Sentir o doce perfume dos seus cabelos no ar lutando contra o seu próprio perfume e dormir bem novamente. Um segundo sinal mostrava que seu tempo estava acabando. Fechou os olhos cabisbaixo, e, num impulso, depositou um beijo na bochecha da garota.

Abriu a pequena janela e subiu para a varanda da garota. Olhou para o céu estrelado e em seguida foi para casa. Tinha certeza que pelo resto daquela noite não teria pesadelos.

***

Era sábado á tarde quando Marinette havia acabado de reparar que não conseguia encontrar Tikki em lugar nenhum. Havia entrado em completo desespero ao imaginar que alguém poderia ter encontrado a kwami antes da mesma. Poderia ser o que faltava para descobrirem que ela, Marinette Dupain – Cheng, era a Ladybug. A heroína que salvava Paris. Talvez esse desespero ficara muito transparente quando a mesma corria para almoçar e ajuntar seus materiais para sair mais tarde, perto de seus pais.

— Filha, faça uma coisa de cada vez. – Tom pediu sorrindo da cara assombrada da filha – Daqui a pouco vai acabar tropeçando no próprio pé.

— Não pai. Não diga isso, por favor. – a garota implorou ao pai enquanto ouvia as risadas da mãe. – Sabe como são as coisas comigo e acredite, não quero ter problemas hoje.

— Claro filha, sabemos como você é também. – Sabine confirmou arrumando os pratos da louça nos armários da cozinha. – Você está preocupada com o que afinal?

— Eu tenho um trabalho de Literatura para a segunda feira de 50 páginas sobre um dos livros mais tristes de Shakespeare e eu preciso terminá-lo ainda hoje para ter tempo de fazer a outra parte do trabalho amanhã. – contou colocando a mochila com seu material e colocando as mãos na cintura. – E além disso, eu ainda perdi algo importante e preciso encontrar antes que seja tarde.

— Acreditamos que você vai conseguir filha. – Tom assegurou tocando-lhe levemente o ombro. A mesma não deixou de dar um pequeno sorriso.

— Vou lhe contar um truque que eu uso para conseguir fazer algo que eu acho impossível. – Sabine disse fazendo ambos a encararem. – Feche os olhos, respire fundo e lembre de tudo o que te fez chegar até onde está. Se esqueça do que está ao seu redor e vai conseguir fazer o que precisa.

— Vou tentar me lembrar disso mãe. – disse a envolvendo em um abraço junto de seu pai. – Vocês são os melhores. Agora eu preciso ir, tenho que me encontrar com a Alya e procurar aquilo que perdi. Depois ainda vou passar na casa do Adrien. – avisou indo em direção a porta e a abrindo. – Então acho que vou demorar, qualquer coisa ligo para vocês.

— Tudo bem meu amor. Tome cuidado. – Sabine pediu olhando para a garota e lhe deu um aceno.

Quando terminou de descer as escadas Marinette sentiu o coração ficar apertado. Alguma coisa iria acontecer e isto fez a consciência da morena pesar ao ponto de não conseguir respirar por um momento. Olhou para as escadas acima e piscou várias vezes antes de sair para a rua.

“Que tolice. Nada de ruim vai acontecer com eles. É apenas algo da sua imaginação Marinette.” Tentou se convencer enquanto ia na direção do parque da cidade.

O vento frio batia em seu rosto e ela lutava para esquentar seu pescoço com seu cachecol, o mesmo que havia feito há pouco tempo atrás com sua mãe. Cobriu o nariz com o tecido e enfiou as mãos nos bolsos de sua blusa, avistando ao longe a amiga acenando. Em passos rápidos atravessou o parque até onde a mesma estava sentada e se sentou ao seu lado.

— Então? O que era tão importante que você não podia me contar pelo telefone? – Alya indagou olhando fixamente para a amiga ansiosa pela resposta. A mesma não pôde deixar de dar um pequeno suspiro.

— Promete que não vai rir de mim? – a garota perguntou abaixando o olhar por um momento.

— Claro que sim amiga, pode confiar em mim. – assegurou levantando o rosto da morena de olhos azuis. Um suspiro pesado foi ouvido e seus olhos se encontraram.

— Acho que não gosto mais do Adrien como antes. – disse seriamente. Logo uma crise de risadas atacou Alya que a mesma não conteve uma lágrima cair de seus olhos.

— Conta outra Mari. Você é louca por aquele garoto. Quer mesmo que eu acredite que agora você não quer mais ele? – disse encarando a garota com um sorriso que foi desaparecendo assim que percebeu sua expressão séria. -  Não me diga que isso é sério mesmo.

— Sim Alya, é muito sério. – confirmou mantendo sua visão no parque a sua volta.

— Mas porque Mari? O que aconteceu? – a amiga quis saber.

— Sabe de uma coisa Alya? Nem eu sei mais. – Marinette confessou ainda olhando o horizonte. - As coisas mudaram tanto que eu nem sei de quem eu gosto agora. De algum tempo para cá eu estou percebendo que o amor que eu sinto pelo Adrien não está sendo como eu planejava. Acho que eu não sinto mais aquela coisa sabe?

— Eu não estou entendendo amiga. – Alya disse após ouvir a confissão da garota e olhar na direção que a mesma encarava. – Você sempre quis que ele, o filho do seu estilista favorito de moda e conhecido pelo mundo todo, te desse atenção e gostasse de você como você gosta dele. Porque só agora você mudou de ideia?

Marinette olhou para ela e engoliu em seco. Talvez não houvesse mesmo um sentido fixo. Subitamente o gato negro começou a aparecer na sua cabeça e lhe invadiu os pensamentos sem a sua permissão. Sua voz ecoava em seus ouvidos e confundiam ainda mais seus sentimentos. Haviam se passado dias que ela não o via e a cada minuto alguma coisa lhe corroía por dentro. Corroía seu coração.

Balançou a cabeça. Não queria voltar a pensar nisso. Encarou a amiga a sua frente e suspirou.

— Acho que não me encaixo no mundo dele. Adrien vive rodeado de pessoas importantes, de sessões de fotos e a sua vida toda já é planejada pelo pai. – ressaltou lembrando de tudo que já havia visto sendo sua amiga. – Agora olhe para mim. Eu sou apenas... eu. Sou filha de padeiros maravilhosos, atrapalhada e desajeitada como ninguém e ainda por cima não me dou bem com nada daquilo que ele faz. Não sei se fomos feitos um para o outro mesmo.

— Marinette ninguém é perfeito. – a amiga lhe afirmou tocando seu ombro. – Se vocês forem feitos um para o outro, o que eu realmente acredito muito e torço, só o tempo vai dizer. Mas nunca deixe de ser aquilo que você é. Inteligente, doce, determinada, incrível e ainda por cima tem um coração de ouro. Não ligue para os outros e para o que digam ou fazem. Seja você mesma. – aconselhou com um pequeno sorriso no final.

— Você é a melhor. – Marinette disse abraçando a melhor amiga.

— Eu sei disso. – Alya disse fazendo ambas rirem. – Agora acho melhor irmos terminar aquele trabalho para conseguirmos curtir o dia livre amanhã. Vamos?

— Vamos nessa. – disse com um pequeno sorriso.

***

— Você pode ler isto pra mim Mari? Não sei se escrevi tudo certo. – Kattie pediu sentando ao lado da garota no sofá no quarto de Adrien.

— Claro Kat. – afirmou pegando as folhas escritas á mão da ruiva ao seu lado. Após algum tempo balançou a cabeça e a encarou novamente. – Na realidade está muito bom Kattie. Só arrume aquela frase no final, a pontuação está errada.

— Obrigada Mari. – agradeceu voltando para onde estava com um sorriso no rosto.

A morena estava terminando sua resenha. Finalmente arrumara inspiração para dar seu ponto de vista sobre a obra de Shakespeare e conseguira distrair seus pensamentos sobre o que estava acontecendo com seu coração e sua mente. As palavras saíam automaticamente de sua mão e apareciam como mágica no papel que segurava. Quando menos esperou já havia acabado e estava colocando o nome do seu grupo junto do seu. Suspirou. Como queria ter mais alguma coisa para ocupar seu tempo enquanto estava ali dentro.

— Ótimo, já fizemos 45 páginas de resumo. – Adrien anunciou com um sorriso no rosto. – As páginas que faltam eu assumo meninas. Quero que aproveitem o resto do dia porque disso eu dou conta.

— Não se preocupe, eu deixo você fazer o resto do trabalho. – Alya afirmou causando uma leve gargalhada no ambiente.

— Bom, a resenha também está pronta. – Marinette avisou se levantando do sofá e indo até perto dos amigos. – Acho que Adrien pode mesmo cuidar disso sozinho.

Todos adorariam saber qual seria o comentário do modelo loiro, e adorariam rir de suas piadas sem graça com o dizer da garota, mas não foi o que aconteceu. Um grande estrondo seguido de um tremor que sacudiu o quarto do loiro fez com que todos que estavam ali presentes se calassem instantaneamente. Poucos segundos depois outro estrondo pôde ser ouvido e que derrubou os quatro amigos no chão.

— O que está acontecendo? – Kattie perguntou olhando assustada para as janelas do quarto.

— Paris está sob ataque de alguma coisa. – Marinette respondeu olhando fixamente para a janela. Não conseguia respirar nem mexer o resto do corpo quando viu a fumaça cobrir os céus da cidade.

Não ouviu o momento em que Alya ligou a televisão e sentiu um mal estar lhe tomar conta por inteiro novamente. A mesma sensação que sentira ao sair de casa. Se virou lentamente e encarou o noticiário. Percebeu a melhor amiga cobrir a boca com as mãos e não pôde deixar de arregalar os olhos.

Sua casa havia sido atacada. Podia ver o fogo ser apagado por bombeiros e a fumaça subindo aos céus de Paris. Haviam milhares de pessoas em volta da padaria de seus pais mas pôde ver com clareza duas macas passarem no meio da multidão.

“Não... não pode ser...”

Sentiu as pernas bambas e não conseguiu controlar as lágrimas. Não podia acreditar. Não podia aceitar aquilo. Antes que alguém pudesse fazer alguma coisa a garota correu desesperada para fora da mansão Agreste.

Tinha que chegar em casa. Tinha que ver que estava tudo bem. Tinha que provar que era tudo fruto de sua imaginação.

Não ligou para ninguém que estivesse a sua frente e muito menos para quem empurrara do seu caminho, precisava vê-los. As lágrimas escorriam por sua face e o seu coração estava prestes a pular para fora do peito. Atravessou ruas e encarou diversas pessoas até ver a fumaça entrar por seu nariz e lhe secar a garganta bruscamente.

Se aproximou de onde os bombeiros estavam e agarrou em um braço do policial mais próximo. Tinha que saber onde estavam seus pais. Eles precisavam estar bem. Encarou o homem a sua frente e fez o máximo para que as palavras saíssem de sua boca.

— Onde... onde eles estão? – indagou quase sem voz.

— Eles quem senhorita? – o policial perguntou tentando entender o que se passava ali.

— Os m-meus pais. – respondeu sentindo mais lágrimas queimarem o seu rosto.

— Venha comigo, vou te levar até eles. – disse lhe tocando o ombro com o outro braço em direção a viatura da polícia.


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Notas finais do capítulo

EU FALEI PARA ABAIXAREM ESSAS FACAS AE! o.O Não me matem pessoal! ;-;



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