A new love escrita por Senhorita Fernandes


Capítulo 5
V. | Conversa


Notas iniciais do capítulo

Oi :)



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Caius

Paro o carro em frente a uma casa qualquer e olho em volta, Forks parece estar da mesma forma que cem anos atrás. Ela continua pequena e com poucas pessoas, parece que resolveu parar no tempo, as pessoas continuam simples e olham quando algum outro carro aparece e provavelmente todos se conhecem. Olho para o céu da cidade e entendo porque os Cullen gostam tanto daqui, a cidade vive constantemente nublada e com poucas pessoas, um lugar perfeito para vampiros.

Desço do carro e caminho um pouco até chegar a delegacia de tamanho médio e toda pintada de branco, um jardim bem cuidado enfeita a entrada e alguns poucos policiais conversam distraidamente perto de seus carros. Entro no local e vou até uma pequena recepção onde um policial negro se encontra, ele me olha e sorri.

“Bom dia! Em que posso lhe ajudar?”

Ele tenta olhar para os meus olhos que estão escondidos por um óculo escuro, provavelmente quer saber se deve me achar suspeito ou não, ignoro seus olhares suspeitos e me curvo na bancada.

“O senhor pode me informar onde eu acho o Dr. Cullen?” perguntei.

Ele franze as sobrancelhas.

“O senhor é algum parente?”

“Um velho amigo.”

“Espere um momento, por favor. Qual o seu nome?”

“Caius Volturi” digo. O policial se retira e eu fico me questionando se ainda devo usar o sobrenome Volturi para me apresentar as pessoas, preciso começar a procurar um novo nome e apesar de preferir não formar o meu próprio clã e virá um nômade eu sei que essa não é uma boa vida. A prioridade é deixar ela a salvo primeiro. O policial demora longos minutos e sei que ele está verificando a minha ficha criminal e fico satisfeito por minha ficha está limpa, sei também que ele estará ligando para Carlisle e certificando que pode falar onde ele está. O policial volta e não esboça nenhuma reação.

“Liguei para o Dr. Cullen e ele encontra-se no hospital, fica apenas a duas quadras daqui virando a esquerda. Seja bem-vindo a Forks!”

“Obrigado!”

Saio da delegacia e volto para o carro. Ligo-o e dirijo até o hospital onde avisto Carlisle na entrada com uma expressão preocupada, ele já deve ter ligado para alguns demais clãs para perguntar porque eu estou a sua procurando. Estaciono em frente ao hospital e desço, retiro meu óculo e vou em sua direção, ele continua preocupado e isso me satisfaz um pouco, é prazeroso ver essa expressão no rosto dos demais vampiros ao me ver.

“Caius, o que faz aqui?” Carlisle pergunta quando paro a sua frente.

“Olá, velho amigo!” digo.

“Sem tempo para jogos. Diga-me logo porque está aqui, nós não fizemos nada de errado, não infligimos nenhuma lei” ele diz.

“Se vocês tivessem infligindo alguma lei ou isso fosse algo relacionado aos Volturi, acredita mesmo que eu estaria aqui? Eu era um dos líderes, eu mandava, lembra-se?”

“Era?”

“Isso mesmo, não sou mais um Volturi e preciso da sua ajuda”

“Precisa de ajuda para o quê? O que está aprontando dessa vez?”

“Eu me apaixonei, Carlisle” digo.

Os olhos dourados do vampiro me encaram surpresos, ele sabe que sou casado com Athenodora e não deve está entendendo essa declaração e eu não sei se serei capaz de explicar a ele que estou apaixonado por uma humana.

“Vamos para outro lugar” ele diz.

Carlisle me deixa esperando na entrada e sai minutos depois, nós entramos em seu carro e vamos até um pequeno restaurante que fica no centro da cidade, entramos e seguimos para o fundo para uma mesa de canto, Carlisle senta-se e eu o acompanho, um garçom vem ao nosso encontro e Carlisle, para disfarçar, pede café.

“Como assim está apaixonado? Por quem? Que eu saiba você é casado.”

Ponho minhas mãos na mesa e tento achar as palavras certas para explicar toda a história. Será que devo começar dizendo que ela tirou uma foto minha? Será que devo contar a respeito do beijo e sobre eu ter sido julgado e expulso dos Volturi por causa dela? Será que devo contar todos os meus sentimentos para esse vampiro? Um completo estranho para mim.

“Caius, não poderei te ajudar se você não me explicar o que exatamente está acontecendo, eu não posso fazer a minha família ajudar um Volturi sem um bom motivo” Carlisle diz.

“O nome dela é Grace” digo inicialmente.

“Ela é alguma vampira da guarda? É companheira de outro vampiro?”

“Não, ela não é da guarda e nem tem companheiro. Ela é uma humana!”

Carlisle deixa suas mãos caírem teatralmente sobre a mesa, ele abre a boca diversas vezes para falar e nada diz, até eu estaria chocado com essa declaração se eu fosse ele.

“Uma humana? Como isso aconteceu?”

“Ela me encontrou. Eu e Athenodora estamos passando por momentos difíceis e eu não aguento ficar dentro daquele castelo, então eu sair e fiquei caminhando pela cidade quando ela me fotografou, na noite do mesmo dia ela me encontrou e conversou comigo, no dia seguinte ela foi levada ao castelo juntamente com outros humanos, Heidi a levou, eu a salvei e no dia seguinte Aro descobriu a respeito dela” expliquei rapidamente.

“E onde ela está agora?”

“Em casa, é por isso que preciso da sua ajuda. Aro me expulsou e disse que iria a caçar até encontra-la, ele não me deu nenhum prazo para transforma-la ou nada do tipo, ela nem sabe o que eu sou e Aro simplesmente a quer matar.”

“Porque ela fez isso com você”.

“Isso, eu sou mais uma peça da guarda do Aro e não sei exatamente porque. Carlisle, eu realmente preciso da sua ajuda, eu não sei lhe explicar o que comigo mas eu não posso deixar ela morrer por algo tão estúpido quanto o ego do Aro.”

“Eu entendo!” Carlisle diz passando a mão em seu cabelo claro. “Eu vou te ajudar, mas se você pisar na bola eu juro que te mato, se você estiver me enganado eu também te mato, se você colocar a minha família em perigo, eu te mato do mesmo jeito”.

“Tudo bem. Obrigado!” digo aliviado, sei que eles têm a Bella que a protegerá de todos da guarda e dos perigos que ela pode oferecer a Grace, a humana ruiva que basicamente mexeu a minha vida de todas as formas. Levanto-me e Carlisle faz a mesma coisa e me para enquanto caminho para fora do restaurante.

“Onde você vai ficar agora? Com que clã?”

“Eu não sei, para as duas perguntas” digo.

“Você pode ficar com a gente, se quiser pode ficar no clã também”.

“Com vocês? Não! Eles nunca irão me aceitar de verdade, eu matei aquela vampira do clã dos Denali e tentei matar a sua neta, não posso ficar.”

“Caius, é sério. Nós somos os Cullen, iremos te aceitar, mesmo o Jacob irá te aceitar, nós iremos te dá uma segunda chance somente uma vez por causa da humana, ouviu? Não estrague tudo!”

“Obrigado”.

Carlisle saiu primeiro e pagou o seu café, eu sai atrás e neguei a carona do vampiro mais novo, precisava pensar em estratégias para mantê-la segura e a permiti ter uma vida normal pelo tempo que Aro a deixasse ter.

Carlisle saiu do café primeiro e eu neguei a carona até o meu carro, fui caminhando e conhecendo a cidade, durante o caminho um homem ruivo que me lembrava a Grace me cumprimentou e conversou comigo por constrangedores dois minutos antes de segui caminho.

Já com o meu carro eu dirigir até uma pousada que o homem ruivo me indicou e passei a noite lá, tomei um banho e me alimentei de uma bolsa de sangue roubada dos cofres do castelo. No dia seguinte paguei a minha curta estádia e dirigir até a casa dos Cullen, coloquei a minha bolsa com os meus pertences no banco de trás do carro e fui para a casa de vidro deles. A casa dos Cullen tinha três andares e se modernizava a cada ano, suas paredes de vidro dava uma sensação de liberdade e não porque ser dentro da floresta e sim por os vampiros nela poderiam andar no sol sem se esconder, diferente do castelo na Itália que constantemente cheirava a sangue e a podridão de pessoas mortas.

Os Cullen, assim como Carlisle disse, me aceitaram com facilidade, até Edward e Bella foram amigáveis apesar de tudo, mas mesmo assim eu preferia permanecer no quarto que me foi emprestado e lia, eu não sabia exatamente quando a Grace chegaria em Forks, mas estava ansioso por isso.

Em uma madrugada Alice veio até o meu quarto me chamando, desci juntamente com ela e encontrei Carlisle sentado em sua mesa olhando uma foto.

“Essa é a Grace?” ele perguntou me entregando a foto. A foto era velha mais mostrava a Grace perfeitamente bem, seu cabelo ruivo estava curto e ela sorria timidamente, parecia ter os seus catorze anos e estava ao lado de um casal que sorriam envergonhados.

“É ela”.

“Encontrei-me com o pai dela hoje na escola, ele é professor de história e me contou que sua filha estava vindo passar uns tempos com ele, ele me deu a foto para eu ver e eu a roubei depois, irei devolver obviamente.”

“Claro que vai” murmurei sabendo que ele ouviria. “Quando ela chega?”

“Hoje mesmo, irá estudar na escola onde Bella e Alice estão estudando, elas concordaram em protegê-la vinte quatro horas por dia, livra-la de qualquer ataque” Carlisle respondeu.

“Obrigado” digo. “Eu vou sair, vou ao aeroporto”.

Com a roupa que estou, roupas que Alice comprou para mim no mesmo dia que cheguei, saio correndo em minha velocidade vampiresca para o aeroporto de Seattle, mesmo de longe eu preciso-a ver novamente, já se passou mais de uma semana desde que deixei o bilhete em seu armário.

Chego ao aeroporto e logo vejo o homem ruivo que falou comigo segurando uma placa branca na mão, provavelmente é uma folha de papel qualquer, o avião de Phoenix é anunciado e as pessoas logo começam a aparecer, todas cansadas e com cara de sono, quando todos parecem ter saído eu a vejo saindo e carregando uma pequena mochila de mão e com um tímido sorriso no rosto, ela parecia forcada no pai portanto não me preocupei em me esconder dela, eles se cumprimentaram e falaram coisas que eu não me preocupei em ouvir, um abraço rápido e os dois saíram para pegar as malas, fiquei no meu canto para não levantar suspeita e segui os dois, eles saíram do aeroporto e foram para um carro preto e sujo, o pai dela guardou as malas e entrou no carro, deu partida e se foi.

Se meu coração batesse ele provavelmente estaria maluco.

No dia seguinte era o dia de aula, Alice e Bella foram e eu fiquei aguardando em meu quarto o retorno delas e da Grace, hoje seria o dia em que eu contarei a verdade para ela, mesmo que isso a ponha em mais perigo do que ela já está envolvida, se for para ficar com ela tem que ser sério, ela precisa saber quem eu sou e dos perigos maiores que isso implica.


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Notas finais do capítulo

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