A new love escrita por Senhorita Fernandes


Capítulo 2
II. | Novos sentimentos


Notas iniciais do capítulo

Oi :)



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No dia seguinte quando pisei meus pés no grande salão Aro veio ao meu encontro, seu sorriso só significava que ele sabia sobre as minhas escapadas no dia anterior e isso me fazia medo, não o queria sabendo sobre ela, sobre a humana ruiva.

“Por onde andou ontem a noite, caro irmão?” ele perguntou estendendo a mão e me dando um dos seus melhores sorrisos falsos.

“Caminhando um pouco pela cidade. Briguei com Athenodora ontem novamente, fui relaxar!” expliquei.

“Posso?” ele perguntou tentando pegar em minha mão, coloquei-as para trás o impedindo de a pegar, ele fechou o seu sorriso.

“Isso é tudo que irá precisar saber, irmão” respondo-lhe.

Entrei no corredor que levava até o quarto dela, queria conversar com ela, clarear a minha mente, mas eu sabia o que ela iria pensar. Nesses últimos meses ela sempre dizia que eu só a queria para sexo e nada mais que isso, dizia que eu não a respeitava como sua esposa e sempre a deixava de fora da minha vida, mas não era verdade, por várias noites eu quis só conversar, expor os meus problemas para ela, me aconchegar em seus braços e relaxar meus músculos e fechar meus olhos, fingindo que estou dormindo, mas ela nem me deixava explicar isso. Eu sabia que se eu subisse ela iria voltar a repetir as mesmas palavras. Decidir não subir e evitar mais uma briga, caminhei para o corredor oposto até a biblioteca onde sabia que Marcus estaria.

Marcus estava sentado em sua poltrona lendo um livro, eu sabia que ele não estava exatamente lendo, ele estava pensando em sua esposa e imaginando futuros que nunca iriam existir para eles dois. Sentei-me em uma outra poltrona e peguei um livro qualquer para começar a minha leitura, porém nem consegui terminar de ler o título porque uma humana ruiva invadiu os meus pensamentos, fechei o livro com uma extrema força e tentei ficar com raiva dela ou de mim mesmo, não consegui.

Ela é a presa e eu o predador.

A noite chegou rapidamente em Volterra, a neve continuava a cair devagar e as temperaturas desciam rapidamente, as lareiras do castelo estavam acesas somente por questão de estética, Jane e Alec já haviam chegado e hoje era a noite da nossa caçada. Ajeitei-me em meu próprio quarto e subi para o quarto onde Athenodora estava, encontrei-a arrumando o cabelo e fiquei parado na porta observando-a.

Ela me olhou pelo espelho e sorriu, seus lábios estavam vermelhos como sangue e seu sorriso até parecia doentio, será que ela sempre fora assim? Retribui o seu sorriso e a ajudei a descer até o grande salão, ela não me deixou segurar sua mão e nem falou nada comigo, apenas me acompanhou e permaneceu ao meu lado enquanto Heidi trazia os humanos até nós.

Heidi nos informou que trazia vinte humanos até nós, quando ouvimos a sua voz pelo corredor ficamos de pé a espera deles. Como de costume Aro seria o primeiro a se alimentar, seguido de Marcus e eu, após isso as esposas e em seguida o restante da guarda. A grande porta de madeira se abriu e os turistas entraram, Heidi trancou as portas discretamente e caminhou até onde nós estávamos, juntou-se a nós e eu inspirei o cheiro do nosso alimento, paralisei ao sentir o cheiro tão conhecido por mim agora.

Entrei em coque ao vê-la entre aquelas pessoas. Era ela. A humana ruiva. Ela usava outra roupa de frio, dessa vez o casaco era azul escuro e a touca branca, contrastando brutalmente com seu cabelo, a câmera estava em seu pescoço e ela olhava para o teto do castelo admirada, esquecendo completamente de olhar para a frente e ver a nós, seus predadores.

Aro deu um passo à frente e sorriu. Ele saudou a todos e agradeceu por eles terem aceitado o convite de visitar o castelo, a matança então começou, ele atacou o humano a sua frente e essa foi a minha deixa, corri em minha velocidade vampiresca até onde ela estava e a tirei dali, colocando-a em um lugar seguro onde ela não ouviria os gritos.

“Fique aqui, não saia” ordenei e voltei, ninguém reparou no meu sumiço.

Todos já estavam se alimentando, puxei um humano de outro vampiro e mordi o outro lado de seu pescoço, sentindo minhas forças serem renovadas, alimentei-me de outro e finalizei, aos poucos todos iam parando e eu estava ficando impaciente, precisava a tirar do castelo. Limpei o canto da minha boca e arrumei o meu terno, coloquei-me novamente ao lado de Athenodora e a acompanhei até o seu quarto, ela entrou e fechou a porta na minha cara, não me importei com isso e voltei rapidamente para onde havia deixado a ruiva.

Ela estava no mesmo lugar, estava abraçada aos próprios joelhos e de olhos fechados. Ajoelhei-me ao seu lado e toquei-lhe o ombro coberto pelo casaco grosso, ela fixou seus olhos no meu rosto assustada.

“Siga-me” digo.

Ficamos de pé, aproveitando que ela estava com uma luva grossa eu segurei a sua mão, sua mão era pequena e estava tremendo, apertei delicadamente e a tentei transmitir um pouco de confiança, sem saber ao certo como fazer isso. Seguimos pelo longo corredor, sempre desviando dos possíveis lugares onde o restante da guarda estaria. Estávamos quase na saída, estávamos dobrando para entrar em outro corredor quando Marcus também está o dobrando, ele trazia um lenço sujo de sangue e limpava o canto de sua boca, ao longe eu ouvia os gritos de humanos sendo transformados.

“Quem é esta?” Marcus perguntou imediatamente, ele olhou para a ruiva e ficou sério. “Essa humana... o que faz aqui com ela? Ela deveria está morta!”

“Morta? Como assim morta?” ela perguntou apavorada, com medo ela se abraçou ao meu corpo entrando dentro do manto e fixando seu corpo ao meu. Marcus ficou surpreso com o gesto dela e em seguida com o meu, que passei meu braço protetoramente por seus ombros.

“Temos que tirá-la daqui” ele disse.

Ela é a presa e eu o predador. Essa frase não tinha mais sentindo para mim.

“Coloque-a nas suas costas!” Marcus ordenou e correu para o lado oposto em que ia no corredor.

Sem muitas opções eu coloquei ela em minhas costas, ela abraçou a minha cintura com suas pernas e passou seus braços por meu pescoço, apesar de estar alimentado o seu cheiro ainda era torturante, preferir não respirar até está em uma distância segura do seu corpo. Comecei a correr em direção a Marcus e mesmo que isso a fizesse mal eu não tinha muitas escolhas, se ela permanecesse por mais tempo dentro do castelo algum vampiro iria a localizar.

Encontrei Marcus alguns minutos depois na entrada da cidade. Marcus ainda parecia chateado com algo relacionamento a mim e a ela, mas eu não compreendia o que era. Deixei-a deitada em um banco e me afastei, Marcus caminhou ao meu lado e a ficou olhando, ainda sério.

“Ficaste maluco?” ele perguntou calmamente.

“Eu sei que foi um erro ter feito isso, mas não poderia a deixar morrer, você nunca iria entender” respondi um pouco nervoso.

“Não falo dessa outra loucura, estou querendo saber porque se apaixonou por uma humana”.

“Apaixonado?” perguntei rindo. O dom do Marcus consistia em sentir a intensidade das relações amorosas das pessoas, sempre funcionava, mas dessa vez estava totalmente errada. “Eu não estou apaixonado por uma humana” digo firme.

“Caius, o meu dom não erra. A intensidade dos sentimentos de vocês é muito grande, chega a se igualar com os Cullen”.

“Eu não estou apaixonado por ela” digo firme e com raiva. “Temos que tirá-la aqui”.

Ela ainda dormia no banco, eu vasculhei seus bolsos até achar o cartão do quarto do seu hotel, peguei-a novamente nos braços e corri com ela até o quarto, entrando pela janela e a colocando na cama. Observei-a enquanto ela virava para o outro lado e percebi que sua câmera havia se perdido no trajeto.

Observei-a por um longo tempo. Seu rosto delicado e seu corpo pequeno, eu não seria capaz de me apaixonar por uma humana, não mesmo, nunca!


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Comentem!

Avisos rápidos e esclarecimentos:
1) Capítulo novo será toda sexta-feira, mas depois do capítulo dez irá demorar mais um pouco e somente porque o capítulo ainda não está no meu notebook, ele ainda está no caderno, após isso as atualizações voltarão para a sexta porque eu já tenho ela escrita até o capítulo vinte e três.

2) Cês sabem que os vampiros da tia Meyer tem alma-gêmea, né? Portanto nessa estória tem amor a primeira vista. Clichê demais, né? Maaaas, eu achei bonitinho, não é bonitinho? Caius Volturi se apaixonando por uma humana ruiva? Quem diria?

3) Os Cullens irão aparecer, mas não se preocupem, a atenção continuará sempre forcada no casal principal e Edward e Bella (nosso casal ternura) não terá tanto atenção e sim o nosso lindíssimo médico gostoso (Carlisle).

P.S.: Não esqueçam de comentar ;)