A new love escrita por Senhorita Fernandes


Capítulo 15
XV. | Conversa


Notas iniciais do capítulo

Como é que vocês tão? Espero que estejam bem! <:

Capítulo hoje é calminho, mas mesmo assim eu espero que cês gostem :) Boa leitura!



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Nós voltamos para a casa do Carlisle, toda a animação que eu sentia foi embora, do que adiantava toda a eternidade sem o meu bebê? Sem o meu Charles? Caius segura a minha mão tentando me confortar, eu tento não colocar a culpa nele, tento colocar na minha cabeça que ninguém pode lutar contra os Volturi.

“Vocês irão ficar conosco?” Carlisle pergunta. Sento-me no sofá ao lado do Jasper, permaneço quieta.

“Iremos voltar para Seattle, talvez amanhã a gente volte para eu começar a treina-la” Caius diz.

“Eu posso ajudar” Jasper diz ao meu lado. “Eu já treinei outros recém-criados por vários anos”.

“Acho melhor eu mesmo fazer isso” Caius diz e me olha, eu não digo nada.

Ouço Bella chegar.

“Você não precisa fazer isso sozinho” ela diz. “Nós podemos te ajudar, eu sei que você já fez muito mal a essa família, mas nós o perdoamos”.

Ouço alguém ri sarcasticamente, ergo o rosto e vejo que trata-se da vampira loira, a Rosalie.

“É verdade” Carlisle concorda olhando para ela, Rosalie fecha o sorriso e vai embora. “Apesar de você ter tentado nos destruir você provou que mudou, apesar de ainda continuar fechado você provou que ama a Grace e mesmo que não queria você é nosso amigo, parte da família”

“E ninguém mexe com a minha família” Emmett diz.

Olho para o Caius.

“Nós voltaremos amanhã, iremos precisar de ajuda.”

Dito isso Caius se despede do Carlisle, eu abraço a Bella e a Esme, sigo Caius até fora da casa, nós dois corremos de volta para Seattle. A noite já está caindo, o sol reflete contra o rosto dele e o faz brilhar, na minha visão Caius é um anjo.

Ao chegamos em Seattle nós seguimos para o hotel em que ele está, o mesmo de meses atrás. A moça da recepção é a mesma, ela sorri quando nós entramos, seu sangue não tem um cheiro tão atrativo agora que estou saciada e isso é bom. Subimos para o último andar e entramos no apartamento, Caius tranca a porta e tira seu casaco, eu sento-me no sofá, ele se ajoelha na minha frente colocando as mãos sobre os meus joelhos.

“Por favor, não fique triste”

“O que você acha que eles querem?”

“Um pelo outro, eles disseram. Você tirou algo deles e eles tiraram algo de você, uma vingaça estúpida. Não pense nisso, em breve Charles estará conosco, eu prometo”.

“Eu sei que sim” digo.

“Você ainda irá casar comigo?” ele me pergunta erguendo o anel de diamante na minha frente, eu sorrio.

“É claro que sim” digo.

Caius põe o anel em meu dedo e senta-se ao meu lado. Eu tiro a bota que estou usando, no meu tornozelo o sol continua pintado em minha pele, a saudades bate imediatamente, como será que estão os meus pais?

“Grace?”

“Eu nunca mais poderei ver eles, não é?”

“Não, eu sinto muito”

“O que faremos? Uma hora meu pai vai acabar descobrindo que eu sumi, minha mãe nunca vai o perdoar, eu nem sei mais como é o rosto deles”.

“Mas você precisa, nenhum vampiro pode ter contato com a sua vida humana”.

“É tão doloroso fazer isso. Como você fez?”

Ele dar de ombros.

“Eu simplesmente fugir, eu corri até encontrar a Athenodora”

Suspiro, nós encerramos a nossa conversa, após retirar minhas botas eu e Caius vamos para o quarto, nós deitamos na cama, ponho a minha cabeça sobre o seu peito, meu ouvido sobre seu coração, não existe batida, nada se move dentro dele.

“Por que você quis acabar com os Cullens?”

“Na primeira vez eu quis matar a Bella, ela ainda era humana e sabia demais sobre os vampiros, a regra número um é essa, nenhum humano deve saber da existência de vampiros, eu não consegui porque Aro não permitiu, ele é obcecado por poder e deseja Bella na guarda, mesmo quando ela ainda era humana ele não conseguia ler os pensamentos dela”.

“Você simplesmente decidiu que queria matar ela?”

“Era a regra, devia ter sido cumprida” ele explica. “Da segunda vez eu queria matar a Renesmee”

“Por quê?” pergunto assustada.

“Foi denunciado que os Cullens haviam criado uma criança imortal, esse é o maior crime que um vampiro pode cometer, crianças imortais são irresponsáveis, elas não podem ser controladas e nem querem, na época em que foram criadas elas devastavam vilas inteiras e matavam sem pudor, é um crime punível com a morte”.

“Você era cruel” murmuro sabendo que ele irá ouvir.

“Eu sei” ele limita-se a dizer. Ele senta na cama e me olha sério. “Eu sei que cometi erros contra a minha própria espécie que nunca poderão ser perdoados e sei que agora é a hora dos Volturi caírem”

Nós nos calamos. Passamos toda a noite deitados na cama, eu sei com total certeza amo o Caius, algo muito complicado de se explicar, tudo foi rápido e conturbado demais para que até mesmo eu conseguisse realmente entender, mas isso é o nosso relacionamento e eu nunca fugiria dele por causa das coisas que ele fez no passado, eu teria que conviver com isso, ninguém poderia apagar o passado dele e eu estava totalmente convencida que ele não agiria mais dessa forma e mesmo se voltasse não existiria nada nesse mundo que me fizesse ir contra ele, não por medo e sim porque esse é o Caius, não posso pedi para que ele mude.

“Caius?”

“Sim?”

“Você se arrepende dessas coisas? Das mortes?”

Caius senta-se novamente e me olha, seus olhos estão brilhando em seu melhor tom de vermelho.

“De algumas sim” ele diz. “Mas existem outras que não. Eu já fiz muitas coisas ruins, já matei milhares de pessoas e esse é o meu passado, foram as minhas escolhas e eu não posso apaga-las, mas posso lhe prometer uma coisa.”

“Qual?”

“Eu te protegerei a todo custo, irei proteger você e o Charles como a minha própria vida se possível, eu finalmente tenho algo pelo que lutar, mas apenas não me peça para mudar”.

“Eu não quero que mude”.

Ele beija a minha testa e deita-se novamente.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Comentem! :]