A new love escrita por Senhorita Fernandes


Capítulo 14
XIV. | Nova vida


Notas iniciais do capítulo

Cês tão bem? Gostaram do capítulo anterior? Espero que sim.

Boa leitura pra todo mundo :]



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P.O.V Grace

Dor é a única coisa que sinto constantemente, desde que descobri a respeito da gravidez, não que eu tenha a detestado, o meu grande desejo era ser mãe e eu não precisei que ninguém me falasse para acabar com esse sonho quando soube que Caius era um vampiro, mas ele podia e nós tivemos, eu sou mãe! Apesar de não ter sido uma gravidez normal, foi a melhor época de todas, eu tinha certeza do que estava fazendo e agora que o bebê nasceu a dor piorou e sei que acordarei como uma vampira, viverei para sempre com a minha família, eu irei enfrentar várias dores ainda, terei que ver a morte dos meus pais e de todas as pessoas que eu amo e diferente do que dizem eu não terei um botão para desligar a dor.

Eu sento uma mão na minha e sei que trata-se da mão do Caius, eu tentava não gritar de dor mas é impossível, a dor é mais forte do que qualquer outra coisa, talvez ter todos os meus ossos quebrados doesse menos, talvez tivesse ácido correndo por minhas veias. Eu não tinha mais noção do tempo, gostaria de ao menos saber há quanto estava nesse estado, mas não podia nem ao menos abri a boca sem deixar um grito escapar.

Caius me avisou que as minhas memorias ficariam desfocadas por causa da minha nova visão, ele me mandou tentar lembrar de todas elas para tentar grava-las, mas a dor não permitia, me apeguei a algo que eu nem tinha visto ainda, o meu bebê. Qual será o sexo? Será que Caius está sabendo cuidar? Espero que ele ainda não sido registrado, Caius não saberá por um nome nele. A quem será que ele é parecido? Ele será ruivo ou loiro? Os olhos serão azuis como os meus? Quero tanto segura-lo, cuida e vê-lo crescer!

A dor começa a passar, ela se inicia em meus pés e lentamente inicia a sua subida por minhas pernas da forma mais vagarosa possível. Caius continua a segurar a minha mão, soltando por alguns minutos e voltando, quem será que está com o bebê durante todo esse tempo? Por que Caius não está cuidando do bebê? As pontas dos meus dedos das mãos começam a parar de queimar e eu me concentro no alivio que essa sensação me traz, em seguida minhas pernas param totalmente, meu coração acelera um pouco e para, estou tendo pequenas paradas cardíacas, a minha cabeça para de doer e toda a dor e a queimação passam a ir em direção ao meu coração que continua a parar a cada segundo, a dor para nele e o meu coração bate cada vez menos até parar totalmente assim como a dor.

“Grace?” ouço a voz aveludada do Caius, sua mão não está mais gelada como antes e o seu cheiro está diferente, o cheiro de tudo está diferente. “Abra os olhos!”

Eu o obedeço e a primeira coisa que vejo é ele. Caius está sentado ao meu lado e me olha admirado e ele é tão lindo! Vê-lo dessa forma é melhor do que qualquer coisa, eu poderia passar toda a minha eternidade o olhando e nunca pararia de o achar extraordinariamente bonito.

“Tudo bem?” ele pergunta.

Eu me sento na maca, meus movimentos são rápidos. Caius fica de pé e me ajuda a ficar de pé, eu estou descalça e não sinto a temperatura do chão.

“Tudo bem?” ele pergunta novamente, um pouco preocupado.

Eu não digo nada, apenas o puxo para baixo e o abraço apertado, Caius envolve a minha cintura e me levanta, sinto-o beijando o meu pescoço.

“Eu te amo” digo, surpreendo-me com a minha própria voz, está aveludada e charmosa.

Quando o solto ele me beija, o beijo dura mais do que eu estou acostumada e eu gosto, agora Caius não precisa se segurar para realizar certos atos, eu não cheiro mais a comida para ele. Ao pensar nisso minha mente logo pensa em sangue e ao pensar em sangue a minha garganta arde, eu paro o beijo e me afasto, de repente confusa. Caius se aproxima com um copo em mãos, um líquido vermelho e grosso está dentro, ao inspirar eu sinto diversos cheiros, inclusive de sangue, o sangue que se encontra nas mãos dele, penso em atacar mas me contenho, se eu atacar por uma simples quantidade de sangue eu nunca poderei chegar perto do meu filho.

“Relaxe, beba isso para se acalmar um pouco, em breve iremos caçar”.

“É de animal?” pergunto hesitante. Caius não precisou se esforçar muito para me convencer a beber sangue humano, se a minha dieta corretar é o sangue humano então eu a seguirei.

“Humana A positivo”

Bebo rapidamente o sangue, meu corpo agradece instantaneamente.

“E o bebê?” pergunto.

“Você precisa caçar para ver ele” Caius diz. “Vá tomar um banho e se arrume, iremos para Seattle”.

Eu o obedeço. Subo para o terceiro andar, Caius me acompanha, percebo que não há ninguém na casa e estranho, ao entrar no banheiro o enorme espelho na parede me chama atenção, paro diante dele e me olho, surpreendo-me novamente. Meu cabelo está brilhoso e vermelho como fogo, minha pele pálida parece tão macia que eu passo o dedo para me certificar, meu corpo continua o mesmo porém parece que as minhas poucas curvas ficaram mais chamativas, sensuais. Meus lábios estão mais um pouco rosados e meus cílios longos mais escuros, meus olhos estão mais vermelhos do que os do Caius.

“Por que a casa está vazia?” pergunto ao Caius que entrou no banheiro também.

“Eu pedi, em breve eles voltarão”

Caius não precisa mais dizer nada, viro-me e vou em direção a ele, imprensando-o na parede, no mesmo instante nossas camisas são tiradas com violência e urgência, ele nos gira na parede e quando o meu corpo bate contra o porcelanato eu o ouço quebrar, ele desce seus beijos por meu pescoço e imediatamente volta a me beijar, eu me livro das calças dele com a mesma rapidez que ele se livra da minha, ele ergue a minha perna colocando-a em sua cintura e ainda me beijando me penetra.

Finalizamos o banho uma hora depois. Nós nos enxugamos e vestimos nossas roupas, enquanto Caius abotoa o seu jeans eu não me aguento e o beijo novamente, nossas roupas vão novamente para o chão, vestimos nossas roupas novamente um tempo depois.

“Podemos ir caçar agora?” Caius me pergunta enquanto termina de fechar o seu zíper, fico de pé ainda nua e abraço a sua cintura.

“Eu estou morrendo de fome” digo fazendo-o ri.

Visto a minha roupa e o acompanho até a floresta, Caius quer ver a minha velocidade, como uma recém-criada eu sou mais forte e mais ágil do que os outros vampiros, porém por ele ser um vampiro milenar ele conseguirá facilmente se igualar ou até ser mais rápido do que eu. Eu e ele corremos lado a lado durante quase todo o percurso, ao chegamos em Seattle ele me leva para uma boate, o barulho é mais alto que o normal agora.

“Procure um que esteja sozinho” Caius me explica. “Atrai ele para fora e certifique-se que não há ninguém vendo”.

Assinto e entro na multidão, a minha vontade é de beber o sangue de todos os humanos ali presente, mas preciso me controlar. Ao olhar trás vejo Caius conversar com uma mulher, eles estão próximos um do outro e ela põe a mão em seu peito brincando com um botão da sua camisa, tenho que repeti algumas vezes pra mim mesma que ele está caçando antes de segui em frente. Encontro a minha presa saindo do banheiro e o atraio com facilidade para fora, Caius me segue com a mulher.

“Onde eu mordo?” pergunto segurando o garoto pela gola da camisa.

“No pescoço, drene todo o sangue”.

E, ao mesmo tempo, nós mordemos os pescoços dos humanos.

* * *

Retornamos para a mansão dos Cullens algumas horas depois, eu estava explodindo de felicidade e precisava ver o meu filho para que a felicidade ficasse completa e o dia terminasse da melhor forma possível.

“É menino ou menina?” pergunto enquanto entro na casa.

“É menino”

“Charles”

“Charles?”

“É, o nome dele vai ser Charles. Segundo nome do meu pai, podemos colocar William como o segundo nome. Charles William Rowell”.

Entramos na casa, Caius caminha atrás de mim. A sala ampla e iluminada se revela, todos os Cullens estão lá me esperando, eles abrem sorridos forçados ao me ver e eu percebo que algo está acontecendo de errado, algo se fecha dentro de mim e eu viro-me para o Caius.

“Onde está o Charles?”

Ele fica calado, eu avanço em direção a ele e tento golpeá-lo, com destreza Caius se esquiva do golpe e segura as minhas mãos, um nó se forma em minha garganta.

“Onde estão o meu bebê? Diga-me, por favor!”

“Ele foi levado” ouço a voz doce da Esme dizer. “Aro entrou na casa e levou o bebé, nós não tivemos como reagir, sinto muito”.

Olho para o Caius, posso ver a dor estampada em seus olhos, tento soltar as minhas mas Caius continuar a segura-las com força. Empurro ele e corro, nós dois atravessamos a janela de vidro e caímos do terceiro andar, aproveitei para correr, ao olhar para trás vi Caius começar a correr atrás de mim, ele me alcançar e segura a gola da minha blusa me fazendo cair para trás, eu seguro sua mão e o puxo para o chão também, nós rolamos e quando paramos Caius está sentado sobre as minhas pernas segurando a minha mão sobre a minha cabeça.

“Para onde pensa que está indo?”

“Vou buscar o Charles”

“Você não pode simplesmente aparecer em Volterra, Aro mandaria matar você”

“Eu sou forte”

“Não mais que ele. Aro é velho, ele é mais forte até mesmo do que eu, você precisa de treinamento para lutar contra qualquer um dentro daquele castelo”.

Viro nossos corpos e sento sobre suas pernas.

“E você vai me treinar?” ele assente. “Você promete?”

“Obvio que sim, quero ir tanto quanto você”

Eu o beijo, nesse momento os Cullens chegam, ouço Emmett ri.

“Nada de sexo na floresta, por favor”

Eu coraria, se pudesse.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Comentem :]

Agora lascou-se, mamãe está indo para Volterra, salve-se quem puder!