A new love escrita por Senhorita Fernandes


Capítulo 11
XI. | Péssima noticia


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é dedicado a sol35 e a sua lindíssima recomendação! Novamente um enorme abraço ♥

E aí, nação? Agora as coisas irão ficar séria nesse mundinho! Espero que gostem :>



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P.O.V Caius

Uma semana depois

É noite em Seattle, provavelmente está frio graças a chuva, as pessoas fora da cafeteria estão agasalhadas e correm para dentro de alguns estabelecimentos. Volto a minha atenção para a tela do meu notebook, nela está exibida fotografias de casas para vender, eu preciso comprar uma casa urgentemente, logo chegara o dia em que Grace será transformada e eu preciso ter a casa, a melhor forma é levar ela para ser transformada longe daqui.

Sobre a mesa o meu celular começa a tocar, o ecrã exibe o nome do Carlisle, imediatamente sei que algo de errado aconteceu com a Grace, atendo ao telefonema já fechando o navegador e desligando o notebook, ao fundo eu consego ouvi o barulho do hospital.

“Venha para Forks, é urgente!” Carlisle limita-se a dizer.

Não peço por mais nenhuma outra informação, pago a conta e não espero pelo troco, coloco minhas coisas em uma mochila e as coloco no carro, o tranco e o deixo ele estacionado no mesmo local, quando me vejo em um local sozinho e escuro eu corro e paro somente ao chegar em Forks, paro quase em frente ao hospital e logo na entrada encontro-me com o pai da Grace, paro ao seu lado, ele está nervoso e sua, seu coração bate mais rápido do que o normal.

“O que aconteceu?” pergunto.

“Caius, ainda bem! Dores. Ela está com dores na barriga, já dei remédios e não funcionou, a única solução foi traze-la para cá” ele diz.

Carlisle aparece na entrada e no exato momento que me ver me manda o acompanhar. Sigo-o pelo corredor longo e extremamente iluminado, ele dobra para dentro de outro corredor e entra no primeiro quarto. O quarto está sendo iluminado apenas por uma fraca luz ao lado da cama, Grace está deitada na cama dormindo com o soro ligado ao seu braço.

“Qual o problema com ela?” pergunto.

“Ouça” ele manda.

Sem entender exatamente o que ele me manda ouvi eu o obedeço, concentro-me em todos os possíveis sons presentes dentro do quarto e fora, o coração da Grace bate descompassadamente, pessoas conversam fora do quarto, a máquina de café é acionada repetidas vezes e pessoas falam, nada fora do comum.

“E daí?”

“Ouça ela”

Suspiro e ouço com mais atenção aos sons que o corpo da Grace faz, concentro-me em ouvi principalmente o seu coração, arregalo os olhos ao ver que as batidas não estão descompassadas e sim que são dois corações, um que bate de forma regular e outro que bate mais rápido do que um coração humano.

“Por que dois corações?” pergunto.

“Porque ela está grávida” Carlisle diz sem enrolação. “Ela provavelmente está grávida de uma semana, as dores que ela sentiu foi o bebê se expandindo mais rápido do que o esperado”.

“Grávida?”

“Sim... quando vocês?”

“Na semana passada, quando ela ficou comigo e vocês foram caçar. Foi a nossa primeira vez, foi só duas vezes”.

“Só uma vez é suficiente quando é no momento certo”.

“O que faremos agora?” pergunto.

“Ela precisará ir para a minha casa, não posso cuidar dela aqui no hospital, precisamos tirar ela daqui sem que o pai dela perceba e não podemos deixar ninguém suspeitar de nada. O bebê cresce muito rápido, logo ele irá nascer”

“Ela vai sobreviver?”

“Se for transformada logo após o nascimento, o quão imune ao sangue você é?” Carlisle pergunta cruzando os braços, ele caminha até a Grace e a olha preocupado.

“Resistente”.

“Você deverá rasgar a placenta, na hora, ela é muito grossa e dura para um simples bisturi. Ela também irá precisa se alimentar de sangue humano para nutrir o bebê. Você irá precisar contar para ela, certo?”

Respiro fundo tentando manter e organizar todas as novas informações na minha cabeça. Carlisle diminui a medicação da Grace para que ela possa acordar e para que nós podemos conversar, ele sai do quarto e no mesmo instante ela começa a acordar, sua respiração acelera e as batidas de seu coração aumenta. Sento-me na poltrona ao lado da cama e tento imaginar porque eu deixei as coisas saírem do controle, como pude ser tão irresponsável e estúpido? Colocar a vida dela em risco simplesmente para satisfazer os meus desejos carnais, isso é mais do que burrice.

Longos minutos se passaram até Grace abri os olhos e se manter acordada, ela aperta o lençol e tenta sentar, é através de uma careta que eu percebo que ela ainda estava sentindo dor.

“Grace?” chamo-a.

“Dói” ela diz.

“Eu sei, desculpe por isso” digo e pego sua mão, ela aperta o meu dedão e força um sorriso. “Eu preciso te dizer algo, é importante, preciso que preste bastante atenção”.

Ela faz mais uma careta de dor e assente, a observo antes de falar, como ela irá conseguir sobreviver? Ela é tão pequena, tão frágil, tão humana!

“Você está grávida” digo rapidamente. Grace arregala os olhos assustada.

“Mas eu nunca fiz sexo com um humano, só com você e você tecnicamente está morto” ela dispara, faço uma careta com a última parte da sua declaração.

“Eu sei disso. Mesmo assim nós, vampiros, ainda podemos engravidar humanas. O bebê é um hibrido, metade vampiro e metade humano, e por ser metade vampiro ele cresce mais rápido do que um bebê humano, as dores que está sentindo é apenas ele crescendo mais rápido do que o esperado, ele também em breve irá começar a se alimentar do seu sangue e você irá precisar repor o sangue o bebendo.”

“Eu vou morrer?”

“Não” digo firme.

“Como pode ter tanta certeza?”

“Porque eu não irei deixar. Carlisle me explicou que você precisa ser transformada assim que o bebê nascer. Eu não irei deixar você morrer em hipótese alguma!”

“E o meu pai? Como vamos esconder isso dele?”

“Eu tenho um plano, conheço um vampiro”.

Carlisle retorna avisando que precisará dar os remédios novamente, eu aproveito e saio do quarto e fico escorado na parede do quarto, pego o celular do meu bolso e disco o número bastante conhecido por mim, Isaac atende à ligação no primeiro toque.

“Caius?” ele pergunta assustado.

“Preciso que venha até Forks imediatamente, é urgente!” digo e desligo.

Saio para fora do hospital e vejo que o pai da Grace continua no mesmo local, eu mantenho-me afastado e o observo, em breve eu tirarei dele a sua única filha e imagino o tamanho do ódio que ele sentirá por mim, tento senti um pouco de culpa mas não consigo.

Uma hora se passa sem nenhum sinal do vampiro, estou preste a ligar novamente quando ele aparece ao meu lado. Isaac é mais velho do que eu, em idade física, eu o transformei quando ele tinha trinta anos e o seu dom é extraordinário, ele precisou de muita força de vontade para não se unir aos Volturi quando Aro o chamou.

“Do que precisa?” ele pergunta.

Explico a situação a ele, excluindo propositalmente a parte da gravidez.

“Só isso?” ele pergunta.

“Só isso”.

Isaac me olha desconfiado e caminha até o pai da Grace, caminho logo atrás dele e o observo trabalhar. Isaac toca o ombro do pai da Grace, ele olha assustado para o vampiro e dá um passo para trás sendo seguido rapidamente pelo vampiro, esse gesto o faz ficar mais desconfiado e alarmado.

“Sr. Rowell, o senhor pode me olhar nos olhos, por favor?” Isaac diz calmo.

Ele instantaneamente o obedece.

“A sua filha, Grace Rowell, está bem. Ela voltou para a casa da mãe e você não precisa se preocupar e nem ligar para ela, também não irá comentar sobre ela para ninguém que o senhor conheça. Vá para casa e tome um café, tome um banho e vá dormi”

Isaac solta o ombro do pai da Grace e se afasta, o pai da Grace pisca repetidas vezes e olha para os lados, não compreendendo o que está fazendo no hospital sem nenhum bom motivo, ele põe as mãos no bolso e atravessa a rua indo embora. Isaac vai embora sem dizer absolutamente nenhuma palavra, sei que ele não irá dizer a ninguém a respeito da Grace porque Isaac é leal a mim, não sei perfeitamente porque, mas ele é.

Ao voltar para o quarto Grace já está novamente dormindo, sento-me na poltrona e seguro a sua mão extremamente delicada e de dedos curtos, suas unhas estão pequenas e pintadas de rosa, o esmalte já está descascando em todas elas. Carlisle entra no quarto logo em seguida, ele verifica o pulso dela e diminui a velocidade do soro, ouve o coração e anota tudo em um papel.

“Ela vai acordar daqui a alguns minutos, quando ela acordar irei assinar a alta dela e então a levaremos para a minha casa” ele diz.

Concordo com um gesto de cabeça e ele sai. Em poucos minutos Grace acorda, ela não diz nada e fica olhando para o teto, eu não tento falar nada, ela falará comigo quando quiser falar e apesar de não a querer com raiva de mim em um momento tão crucial eu sei que mereço, coloquei a vida dela em um risco mortal quando prometi que a protegeria de tudo e acho que fiz bem o meu trabalho, mas percebi tarde demais que o maior perigo que ela estava sendo exposta é a mim mesmo, para protege-la bem eu precisava ter ido embora e não fui.

Uma enfermeira negra entra algum tempo mais tarde, ela retira o soro da Grace e a ajuda a sentar, ela está fraca e seu rosto mais pálido do que o normal. A enfermeira perguntou centenas de vezes se tudo está bem e em todas Grace simplesmente assente, ela troca de roupa e eu observo que uma pequenina elevação já começa a aparecer em sua barriga, um misto de alegria e medo cresceu dentro de mim.

Eu fico de pé e vou até ela, Grace aperta o meu corpo contra o dela, arrumo o seu cabelo para trás e a abraço de volta.

“E as dores?” pergunto.

“Pararam. E o meu pai?”

“Foi para casa, você vai ficar na casa do Carlisle até a transformação”.

“Você ficará comigo?” ela pergunta em um simples sussurro.

Sempre


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