DC - Guerra Civil escrita por Victor Reis, Peter Padilla


Capítulo 5
Apêndice Arqueiro Verde: Um dia normal.


Notas iniciais do capítulo

Yo.
To aqui de novo.
Espero que gostem desse capítulo, pessoal.
Boa leitura!



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Abriu o portão do laboratório com facilidade. Seus parceiros adentraram o local, com escopeta em mão e sacos vazios, prontos para roubar milhões em produtos químicos e máquinas experimentais. Crocodilo foi o último a entrar, deixando os portões abertos atrás de si… E uma trilha de guardas nocauteados. A luz bateu em suas escamas, enquanto uma enorme gota de saliva caia de sua boca, cheia de caninos. Era enorme e forte, e era, com toda a certeza, o membro mais horripilante da equipe. Outros dois bandidos o acompanhavam, com máscaras de caveira negra… E o último membro da equipe era o próprio Máscara Negra. Altivo como sempre, gritava ordens em seu terno branco com gravata negra. A máscara parecia sorrir alegre. Haviam várias salas no laboratório, descendo em espiral em corredores metálicos. Todas elas tinham portas de vidro, facilmente quebráveis. E com certeza, tinha toda a tecnologia necessária para ressuscitar ele, Solomon Grudy, e colocá-lo aos seus serviços.

Croc sorriu.

— Toc Toc, comida pro Croc — Os olhos amarelos olhavam pro local. Já sentira um cheiro conhecido. Máscara Negra virou-se para ele.

— Parece que você ganhou jantar mais cedo, não é mesmo? — Sorriu e retirou uma pistola prata e grande de dentro do terno. Destravou a arma com facilidade. — Todo seu.

Ele olhou em volta…

E uma flecha acertou seu peito. Quicou e desabou no chão, com um som metálico.

Todos olharam para cima. Lá estava o Arqueiro Verde, sentado numa viga. Bocejou.

— Vocês demoraram. — Encarou Máscara Negra. — E eu achei que vocês viriam em mais quantidade. Acho que alguém está meio pobre.

Máscara Negra riu diabolicamente.

— Eu realmente estou com menos homens que o usual, porém… Eu ainda tenho dinheiro para comprar flechas explosivas para gigantes animais maníacos. — Croc olhou para ele, mostrando os dentes em ameaças. — Brincadeira.

— Na verdade, a flecha é explosiva. Mas sabe o que é interessante? — Mostrou o arco do topo da viga. Havia um botão nele. — Agora dá para ativar tipo c4.

Apertou. Uma explosão aconteceu debaixo de Croc, atordoando-o e fazendo-o cambalear para trás. Os dois homens de Máscara Negra começaram a atirar, recarregando numa velocidade incrível enquanto as capsulas usadas atingiam o chão num estrondo metálico.

O Arqueiro saltou, deu uma cambalhota e caiu em pé no metal. Correu enquanto puxava duas flechas de luva de boxe, ajustou-as na corda e, rapidamente, ajustou uma tensão razoável na corda. Soltou a flecha. Tiros certeiros, e os dois homens caíram desmaiados.

— Eu te entendo, Máscara. Todos eles quiseram ir pro Coringa. — Preparou uma terceira flecha. E Máscara atirou. Um tiro certeiro em sua coxa. Caiu de joelhos enquanto seu inimigo preparava-se para finalizá-lo.

Antes que pudesse atirar, uma flecha arremessou sua pistola para longe. O Arqueiro estendia o arco, apontando-o para o criminoso…

E tudo o que viu foi um punho cheio de escamas acertando-o. Foi arremessado para fora da plataforma, e caiu em queda livre para o fim do laboratório.

Pelo que se lembrava, tinha pelo menos 20 andares antes do chão. Contara quando os bandidos ainda não tinham chegado.

Desembainhou uma flecha corda e atirou numa das plataformas acima. Foi pendurado e bateu numa vidraça de um dos laboratórios. O vidro quebrou. Oliver desabou ao chão, dolorido e ferido.

Ergueu-se com dificuldade. Localizou alguns cortes pelo corpo. Estava de pé e mancando. O arco ainda estava em mãos, e por sorte, perdera poucas flechas na queda… A plataforma atrás de si quebrou-se, e pode ouvir o animal caindo. Ele riu.

— Desgraçado.

Virou-se num salto e desferiu um golpe em sua bochecha com a ponta do arco. O Crocodilo pareceu pouco se importar, golpeou-o no abdome com a outra ponta, chutou-lhe na canela, exposta e, por fim, golpeou o topo de sua cabeça. O monstro riu enquanto suas escamas se eriçavam.

Tudo o que fez passou como um borrão. Puxou o Arqueiro e num movimento rápido, jogou-o novamente para fora da plataforma. Dessa vez não teve tempo de fazer nada. Colidiu com o chão.

A aljava amorteceu um pouco a queda, mas, ainda assim, tinha sido devastadora. Virou-se e, com ambas as mãos, começou a ficar de pé. Sentiu o chão áspero através das luvas. Pôs-se de joelho e cuspiu sangue, apalpando o que achava ser um corte perto da costela.

O monstro saltou, na tentativa de cair em cima do Arqueiro. Oliver rolou e colocou-se de pé; Cambaleante, mas, ainda assim, de pé.

O último andar era um círculo perfeito, onde as plataformas iniciavam. Não havia nenhuma sala com vidraça – apenas um corredor de zelador, protegido por grades.

— Vocês humanosss são todosss iguaisss. — Crocodilo fixava o olhar em sua presa. Os olhos amarelos reluziam, provavelmente com fome. — Prepotentes e fracosss. Achou que tinha alguma chance?

—---

Seu nome era Oliver Queen, bilionário e dono de uma das empresas mais sucedidas depois da Wayne Enterprises. Não era um Crocodilo que iria pará-lo.

Lembrou-se de um dia longínquo. Sentou-se ao sol, com um copo de uísque em mãos. Estava de férias na casa de praia. Gostava de observar o mar em silêncio por horas a fio. Dinah então veio, sentou-se ao seu lado e encostou a cabeça em seu ombro.

— No que você está pensando? — Perguntou, inocentemente.

— Eu não sei se devo ser o Arqueiro. — Dinah sorriu, achando que fosse uma brincadeira. — Eu não sei… Somos um casal agora. As chances de termos um Oliver Jr. aumentam a cada dia. E se eu não puder me defender? Quem vai cuidar do Oliver Jr? O Batman? Superman?

— Você só pode estar brincando, certo? — Dinah perguntou em tom de dúvida. Oliver negou com a cabeça, parecendo realmente preocupado. — Só você é o Arqueiro Verde, meu amor. Você acha que se você parar, alguém vai vestir roupa colada e sair atirando flechas com perfeição? Você deve se manter firme, apesar do medo. O que nós faz heróis é isso. A coragem de viver, a paixão, a coragem. Você precisa manter o foco.

Oliver ouviu tudo em silêncio, sem concordar ou discordar.

— Vou pegar mais uísque. — Tomou o copo de sua mão e se ergueu, prestes a ir para cozinha. — Ah, não vai ser Oliver Jr. Vai ser Olivia.

E adentrou a casa.

—---

— Preciso manter o foco. — Oliver disse, quase inaudivelmente. O inimigo rosnou, mas Oliver ignorou. Puxou uma flecha da aljava, encaixou-a no alvo com calma e delicadeza. Ergueu o braço em posição reta, pois é melhor para o tiro. Puxou a flecha e regulou a tensão. Respirou fundo.

O Crocodilo começou a correr contra ele, enquanto uma flecha apontava para sua cabeça. O chão tremia. O Arqueiro respirava. Uma flecha precisa ser precisa. Uma flecha precisa ser precisa.

O monstro estava a menos de três metros do Arqueiro. Era a hora. Apertou os olhos e…

Desviou.

O Crocodilo esbarrou na grade e desabou no corredor. Oliver ergueu a flecha, não disparada, na mão direita. Croc ergueu-se rapidamente, não ferido. Queen aproximou-se correndo e, com um salto, cravou a flecha no ombro do monstrengo. Golpeou no lado esquerdo da barriga com a ponta do arco, desferindo vários golpes em sequência. Apoiou-se na parede ao seu lado e golpeou o topo da cabeça. Por fim, embainhou o arco rapidamente e desferiu diversos socos em sua barriga.

— Toc toc… Comida para o Croc. — Repetiu o monstro. Desferiu um único soco no Arqueiro, e este voou para longe.

Oliver cuspiu sangue enquanto o monstro se aproximava, esmagando as paredes com os próprios punhos. Sentiu-se acabado e fraco. Puxou uma flecha explosiva e desencaixou a aljava de suas costas. O monstro já estava perto o suficiente. Obrigou-se a ficar de pé numa velocidade incrível. Estava com a aljava na mão.

— Crocodilo tá com fome? — O monstro com certeza afirmara, mas Oliver não olhou para ele. Estava virado de costas, para o fim do corredor. — Então come.

Jogou a aljava para ele. O monstro segurou com apenas uma mão. O Arqueiro, com a flecha salva por ele, saltou e enfiou a flecha no meio do saco. Afastou-se lentamente.

— Isso era suposto de acabar comigo? — Pergunto o Croc. Oliver sorriu.

— A aljava não. Mas o botãozinho do capeta, sim.

Apertou um botão no arco.

Uma grande explosão aconteceu. Crocodilo e Oliver foram arremessados para longe, um para cada lado. O arqueiro tomara menos impacto do que o monstro, então ergueu-se apoiando na parede e no próprio arco. Andou até onde o Crocodilo estava, ajoelhado. Não pensou duas vezes.

Iniciou uma sequência de golpes com as pontas do arco, acertando o nariz e a nuca da aberração, até que sua cabeça estivesse em cima do chão. Quando isso aconteceu, saltou e pisou na cabeça do Crocodilo, de forma que este acertasse o concreto com uma força fenomenal.

Encharcado de sangue, rodopiou e caiu no chão, com a face para cima. Oliver subiu em seu abdome, jogando o arco para o lado. Socou o rosto dele uma vez. Duas, apenas para descontrair. Três porque ele mereceu…

E quando se deu conta, socava o rosto do animal sem piedade alguma, com uma força indiscutivelmente inumana, e inúmeras vezes, de forma com os poucos movimentos que o monstro tinha eram para urrar de dor.

— Arqueiro. — Oliver virou-se. Voando, viu Kara, a Supergirl, chegar até ele. Carregava em suas mãos Máscara Negra e seus dois comparsas, arramados por uma barra de aço. — Você precisa assinar o tratado de Coast City.

Oliver ergueu-se. Estava ferido, manco e sangrando por algum lugar. Encarou Kara.

— Certo. Preciso que… me ajude a amarrar esse daqui também.

Apontou para o Crocodilo, que aos poucos recobrava a consciência. Começou a erguer-se. Supergirl aterrissou, deixou os bandidos no chão e desferiu apenas um soco no Croc, na bochecha. O soco foi de tal força que ele voou para o outro canto da sala, desmaiando novamente. Kara fez um gesto de limpar as mãos.

— Ainda bem que vai assinar. Você sabe que eu gosto muito de você, Oli… — Virou-se para o Arqueiro. Contudo, tudo o que viu foi três bandidos, amarrados por uma barra de aço. Kara arqueou o cenho. — Então essa é a sensação? Droga.

E de algum lugar distante, Oliver Queen observava a garota prender todos os quatro criminosos.

Era uma boa garota, mas aquilo não mudaria sua opinião. Rebelara-se, e não assinaria o tratado.


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Notas finais do capítulo

Yo.
Pra você que leu aqui, muito obrigado.
Comente. Um autor feliz é um autor que não mata seus personagens favoritos :D

Próximo Apêndice: Esquadrão Suicida



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