Make a Wish (Revisando) escrita por allurye


Capítulo 22
Chapter - XXII The witch awakens


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi gente!
Desculpa, desculpa, desculpa pelo sumiço. Kylie minha flor, não foi no domingo, mas foi hoje. Sinto muito pela demora tá. Explico os motivos que me levaram a fazem vc pensar que fui abduzida, lá embaixo. Por hora... Boa leitura! >.



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"Forte o suficiente para lhe deixar, mas fraca o suficiente para lhe precisar. Cuidadosa o suficiente para deixar você ir embora. Eu peguei aquele casaco sujo. Do lixo bem onde você o deixou. Porque eu não poderia suportar vê-lo ir para o lixo. Eu sei um dia, eventualmente. Sim, eu sei. Um dia, eu terei que esquecer tudo, mas eu guardo, apenas no caso. Sim, eu guardo, apenas no caso" In Case - Demi Lovato

 

 

BONNIE 

 

Elena continuou deitada na cama enrolada nas cobertas. Miranda trouxe sorvete e tentou persuadir a filha a falar, mas Elena não dizia nada. Continuou deitada com as cobertas por cima do rosto. Fiquei sentada na ponta de sua cama, tentando faze-la falar. Mas ela ignorava e voltava a chorar. Suspirei exasperada me sentindo cansada demais para tentar consola-la afinal de contas, Elena não amava Matt e mais cedo ou  mais tarde terminaria com ele.   Bufei irritada, invejando muito Caroline por ter ido embora mais cedo. Cochilei ao lado de Elena e acordei com braço dormente, tinha dormido em cima dele.

Gemi de dor quando a dormência passou, olhei para lado e encontrei a cama vazia. Chamei por Elena e nada. Me espreguicei e levantei da cama recolhendo minha bolsa e celular e encontrei ligações perdidas de Matt. Enquanto descia as escadas discava o número dele. Demorou uma eternidade e eu quase desisti quando uma voz feminina atendeu. Pensei que tivesse ligado errado,  mas era o número dele.

Tentei engolir a curiosidade de saber quem era a garota e toda e qualquer curiosidade sobre isso se esvaiu quando ela contou que Matt estava no hospital.  Terminei de descer as escadas quase caindo e torcendo para não acordar Miranda e Grayson. Vasculhei dentro da bolsa a chaves do carro e por causa disso, bati o pé na mesinha de centro. Foi quando encontrei Elena sentada na poltrona.

— Machucou? – ela inquiriu olhando para meu pé

— Não, acho que não. Foi uma topada, nada demais.  Por que esta aqui embaixo?

Sozinha e no escuro feito a porra de uma alma penada, quis dizer. Mas me detive ainda sentindo o coração palpitando pelo susto.

— Não consegui dormir – ela deu ombros. E voltou a puxar o cobertor ao redor de si mesma – Está indo embora?
 

Elena me encarou com aqueles grandes olhos cor de brownie implorando com olhar um monte de coisas que não poderia fazer por ela. Ela costumava sempre fazer isso quando queria algo, conversar sobre alguma coisa que a incomodava. 

Sabia que era isso que ela queria fazer e em outros tempos poderia ter sentado dez minutos e escutado. Mas não conseguia pensar em outra coisa que não meu melhor amigo machucado correndo perigo de vida. 

— Sim, esta tarde. Eu... Não avisei pra minha vó e ela me ligou agora pouco...

— Você explicou o que aconteceu comigo? Provavelmente se disser, ela deixa você ficar essa noite.... Eu... Não quero ficar sozinha.

— Lena, você não está sozinha – me inclinei até a poltrona e apertei seus ombros

—  Eu volto amanhã cedo.

— Tudo bem – concordou com voz monótona, mas se afundou ainda mais na poltrona franzindo os lábios em uma linha reta por ter sido contrariada.

Dei lhe beijo no rosto e sai de sua casa quase correndo. Ignorando a amargura de Elena. Entrei no carro sentindo minhas mãos trêmulas e engatar o carro foi difícil. Enquanto estava na estrada meus olhos vagaram para a outra via, imaginando o carro de Matt batendo.

A mesma imagem se fundia com carro de Caroline se afundando no rio. Um arrepio percorreu a espinha e arrepiou os pelos do braço. Estendeu a mão e ligou o ar quente tentando afastar o frio que parecia crescer sempre que lembrava que morte parecia estar pairando entre meus amigos, brincando de uni- du-ni-tê e apenas aguardando outra oportunidade.

Balançou a cabeça como quem tenta espantar uma idéia, mas será que era só uma idéia mórbida? Essas sensações e pesadelos  aconteciam frequentemente agora.

Não teve coragem de contar a ninguém sobre isso e quando teve oportunidade a pessoa não prestou a menor atenção no que dizia. Elena era a pessoa que sempre a escutava e nunca era cética com nenhum assunto, por esse motivo ela sempre foi o destino certo quando queria derramar minhas aflições.

Mas ultimamente esse lugar estava vago. Elena deixou de escutar e enxergar qualquer coisa que não fosse relacionada ao Salvatore. 

Estacionou o carro e saiu quase tropeçando até a recepção. A moça da recepção indicou o quarto e com passos rápidos cruzei um intenso corredor branco com uma faixa verde no meio. Parei em frente a porta, sentindo um aperto no peito.

Virei a maçaneta devagar e fiquei estarrecida com a cena que encontrei. Vicky estava dormindo com a cabeça apoiada na cama enquanto segurava a mão do irmão. Matt estava pálido e com corte um curativo na testa. 

Estava quase voltando para trás e procurando algum médico para me informar sobre ele quando o mesmo olhou na minha direção.

— Ei Bon! – cumprimentou ele com sorriso e voz rouca pelo sono.

— Ei – emudeci. 

Não sabia o que dizer. Estava aliviada e feliz por vê-lo bem. Mas ao olhar nos olhos dele pude sentir que dor física causada pelo acidente era o que menos doía nele agora.

— Você me deu grande susto.

— Como soube que eu estava...

— Eu liguei para você é uma moça atendeu. Pensei que era engano e ia desligar...

— Quando ela contou sobre o acidente – completou ele – Não foi nada na verdade.

Ele deu ombros e sorriu de novo. O movimento fez Vicky se mexer  um pouco, mas não acordou. Matt desviou seus olhos para a irmã ele  apertou mão a dela e ela resmungou baixinho e acordou desorientada.

Olhou para os lados tentando lembrar como havia chegado ali, mas logo se lembrou quando fitou o irmão. Ela estendeu os braços e bocejou, olhou para mim por um segundo, mas parecia ignorar minha existência.

— É ai, tá melhor?

— Eu estou ótimo. Você é que está com uma cara péssima – Vicky revirou os olhos para o irmão – É melhor ir para casa Vicky. Eu saio dentro de poucas horas e na maioria delas vou estar dormindo.

— Eu não vou te deixar sozinho aqui – rebateu enfática enquanto se espreguiçava.

— Ele não vai estar, eu vou ficar aqui com ele.

Vicky abriu a boca para dizer algo, mas alternou os olhos entre nós dois e anuiu com a cabeça. Ela pegou a bolsa marrom e colocou sobre o ombro e se inclinou até Matt dando beijo em seu rosto e um soco de leve no ombro dele quando ele zombou de todo carinho que estava recebendo. Me sentei na poltrona e observei seu olhar fixos no anel no dedo anelar.

— Você também pode ir Bon. Eu estou bem.

— Eu sei que não está. Vou ficar aqui mesmo até você receber alta.

— Tudo bem. Você que sabe  - ele bocejou – Mas é perda de tempo... Já que vou dormir o tempo todo – avisou e virou a cabeça para o lado e adormeceu em questão de minutos e cansada segui seu exemplo dormindo na poltrona desconfortável.

 

(...)
 

Acordei abruptamente já me sentindo cansada como se não tivesse pregado o olho uma só vez. Passei a mão pelo pescoço virando para esquerda e direita e sentindo uma dor chata irradiar para ombro e braço que estava dormente. Bocejei e estiquei os braços e foi quando notei que já tinha amanhecido. Matt estava bem acordado, tomando seu café da manhã e ao seu lado tinha uma visitante.

— Caroline?!

— Bom dia bela adormecida – cantarolou Matt com boca cheia.

— Bom dia  - cumprimentou Caroline que se inclinou e me deu beijo estalado na bochecha.

— Bom dia pra você também. Que horas são?

— 9:45 – informou Caroline verificando o relógio prateado no pulso esquerdo.

— Quando chegou?

— Faz uma meia hora ou mais. Eu ia te acordar, mas você parecia estar dormindo tão...

— Profundamente, como uma pedra na verdade – zombou Matt

— Bonnie sempre teve sono pesado. O que era uma droga quando eu era criança. 

— Por que? – inquiriu Matt curioso, enquanto fazia uma careta para a gelatina verde num copinho descartável

— Porque ela demorava horas pra acordar e brincar comigo. Eu era muito impaciente e detestava esperar.

— Era? – duvidou sorrindo

— Hum, okay! Eu ainda sou um pouquinho.

Caroline virou para mesinha que já se encontrava com um vaso cheio  de margaridas e pegou um copo de café e me estendeu ele e um saco marrom.

— Descafeinado  com creme e rosquinhas pra acompanhar.

— Hum, isso parece bom. Por que não me deu um também? – se queixou Matt cobiçando minha rosquinha.

— Porque o senhor esta internado e precisa de uma comida saudável.

— Sem sal e sem gosto, você quis dizer,  não é?

Sorri observando ao dois discutindo sobre a comida do hospital.

— Tem uma coisa que esqueci de perguntar. Quem era moça que atendeu o celular ontem? – questionei enquanto bebida um gole do café.

— Ah... Sabe que eu não sei.

— Como não sabe?

— Não sabendo – deu ombros – Eu esqueci de perguntar o nome dela.

— Gênio! – zombei

— Ei! Eu estava confuso pela pancada, acho que nem meu sobrenome eu informei direito.

— Ela te viu na estrada e te ajudou? – inquiriu Caroline provando a gelatina com uma colher de plástico.

— Na verdade foi o contrário. Um cervo passou correndo pela estrada, eu desviei dele e bati em algo. Quando sai do carro me deparei com uma moça caída.

— Meu deus, você atropelou ela?

— Na verdade foi meio que culpa dela. Ela se jogou na frente.

— É ela se machucou?

— Não, ficou muito melhor que eu. Até se apossou do meu carro e me levou até hospital. Disse que eu estava delirando e não conseguiria conduzir nada.

— Como essa... Garota era? – inquiriu Caroline parecendo estranhamente pálida.

— Era como você. Alta loira, tagarela. A única diferença era que o cabelo era liso e os olhos castanhos mel.

— Prestou bastante atenção para alguém que estava confuso pela batida.

— Para Bonnie! Não é nada disso. E só que ela era louca e isso acabou me impressionando. Acho nunca tinha encontrado uma louca antes – explicou ele sorrindo.

Estava pronta para zombar dele e saber porque ele a chamava de louca quando notei que palidez de Caroline parecia pior.

— Care, você está bem?

— Eu? – apontou para si mesma franzindo a testa. Matt  acenou com a cabeça – Estou ótima.

— Não parece.

— Mas eu estou!

De repente o celular dela toca. Ela da um sorrisinho nervoso e o pega, mas não atende. Ela fica parada olhando para tela do celular que brilhava.

— Não vai atender?

— Añ, o que disse? - inquiriu piscando os olhos parecendo acordar de algum transe.

— Não vai atender o celular – inquiriu Matt  apontando para ele.

— Não. Eu acho que não.

— Quem é? – inquiri estranhando sua expressão e voz que parecia ligeiramente mais trêmula.

— Meu pai

— Seu pai?

— É. Ele voltou ontem a noite.

— É isso por acaso é ruim? – inquiriu Matt confuso. Suspirei e levantei indo até ela e apertando do seu ombro. Ela forçou um sorriso que soou triste.

— Você deveria atender... Ou melhor, ligar de volta.

— Você acha?

— Sim. Ao menos pra saber o que ele quer.

Caroline suspirou e anuiu com a cabeça. Ela pediu licença e saiu pela porta.

— Não entendi nada. Por que ela reagiu assim?

— Porque ele se divorciou da mãe dela e nunca maia deu notícias.

— Ah... Que fora que eu dei.

— Você não tinha como saber.

Matt assentiu e ficou em silêncio. Talvez pensando no pai dele que ele não via há anos. Caroline entrou pouco depois e anunciou que tinha que ir pra casa.

Ela beijou Matt e prometeu ir visita-lo e deu-me um abraço e murmurou um até logo apressado e saiu. Logo em seguida Vicky entrou acompanhada de um rapaz magrelo e o doutor que examinou Matt e lhe deu alta. Os acompanhei até em casa. Estava indo para casa quando decidi parar e ir tomar outro café. Fiquei algum tempo na fila me sentindo exausta e com o sonho se repetindo.

Por mais que tentasse entender o significado daquele sonho estúpido, não conseguia. Peguei o copinho de café que estava com meu escrito errado e dei gole apreciando o calor se alastrando por dentro. Em vez de ir direto para casa dei uma volta pela praça, olhei a banca de jornal e estava indo atravessara rua quando uma loja em particular chamou minha atenção. Era um antiquário ou coisa parecida com uma placa desbotada chamada Mystica.

Franzi a testa confusa tentando me lembrar si ela sempre estiveram ali, mas se a memória não me falha era uma antiga loja de discos que eu, Elena e Caroline costumávamos a comprar CDs das Spaces Girls. Atravessei a rua e parei em frente a porta olhando para os objetos e livros estranhos que enfeitavam a prateleira.

Mordisquei os lábios enquanto ponderava si deveria entrar ou não. Olhei para ambos os lados me certificando que ninguém conhecido estivesse por perto e entrei.  A loja não tinha cheiro de mofo como imaginei e nem era velha e empoeirada. Pelo contrário, um leve cheiro de lavanda e alecrim preenchiam o ar. As paredes eram verde piscina com quadros com fadas e duendes e haviam plantas penduradas por todo o canto.

Andei até as prateleiras vendo livros de diversos assuntos.  E minha mão coçou para ler pelo menos uns três incluindo um sobre seres elementares.

Mas balancei a cabeça achando aquele lugar estranho e decidi sair logo antes que alguma pessoa conhecida entrasse. Mas parei quando meus olhos se fixaram numa vela  e de repente era como se imagens do sonho se reproduzirem diante dos olhos como um filme. O sino da porta soou e a despertou como se estivesse acordando de um transe. Pisquei os olhos sentindo eles secos. Dei outro passo para perto da vela que agora estava acesa.

Mas podia jurar que há um segundo atrás ela estava apagada. Balancei a cabeça ignorando a estranheza de tudo aquilo e saindo apressada da loja. Estava tão ansiosa pra voltar pra casa e fuçar nos livros que encontrou no porão que acabou trombando com alguém que vinha u na direção aposta.

O encontrão foi tão violento que me desequilibrou e cai para trás. Gemi de dor e vergonha. Algumas pessoas que passavam pela rua davam risinhos disfarçados. Gruindo de raiva esfreguei o ombro que ficou dolorido. O inconveniente que me derrubou continuou parado feito um poste sem fazer menção alguma de me ajudar. Quando me apoiei nos joelhos para me levantar encontrei uma mão estendida na minha frente.

— Quer uma ajudinha?!

— Não obrigada – rebati me levantando e recolhendo as coisas que caíram da bolsa. Foi quando revirei a bolsa a procura da chave do carros e não encontrei. Atrás de mim escutei o barulho metálico, quando me virei encontrei meu chaveiro sendo sacudido na minha cara.

— Acho que está procurando por isso.

Peguei o chaveiro e por momento meus dedos roçaram nos dele. Ergui a cabeça e o encarei e um calafrio percorreu meu corpo quando olhei aqueles olhos. Eram de tom azul piscina, eram os olhos mais azuis que já tinha visto na vida. Engoli seco sentindo os pelos do braço se arrepiarem.

Aquela mesma sensação de que estava caindo de precipício e  a escuridão tomando conta de tudo a minha volta. Parecia que fui tragada para outra dimensão enquanto olhava para ele. Um rosto familiar que tentei lembrar de onde tinha visto. Foi somente quando ele sorriu ostentando dentes brancos e alinhados que lembrou do rosto pálido de Caroline olhando para bar.

Como si aquela lembrança tivesse acionado algo dentro de si. De repente podia ver claramente um garota correndo pela floresta, uma sombra a perseguia. Encurralada por uma árvore a garota estendeu uma besta e atirou uma flecha de madeira o atingindo em cheio.

Mas o que quer que fosse aquela criatura, não caiu como o esperado e partiu para cima dela. Percebeu com horror o corpo da moça caindo. Então pode reconhecer o rosto que antes estava borrado, era Caroline. Um grito escapou da minha garganta, mas soou apenas como gemido esganiçados.

— Você está bem?

Não respondi a pergunta. Era incapaz de dizer qualquer coisa agora. Meu corpo inteiro tremia, a imagem do corpo de Caroline caindo se repetia em looping infinito.

Dei outro passo para trás e corri esbarrando nas pessoas que vinham da direção oposta. Corri o máximo que os saltos daquela bota estupida me permitiam, precisava encontrar meu carro e encontrar Caroline.

 

CAROLINE

 

Dormir aquela noite foi difícil, não conseguia simplesmente fechar os olhos e ignorar que Damon estava Mystic Falls e poderia atacar qualquer um incluindo eu mesma. E era mais difícil ainda ignorar que meu pai tinha voltado e estava dormindo no quarto ao lado como se nunca houvesse indo embora e abandonado sua família sem nunca olhar para trás.

Grui irritada, olhando para relógio e constatando que não conseguiria pregar os olhos aquela noite. Em consequência disso me remexia na cama e já sentia todo corpo dolorido. Os olhos estavam secos e ardiam, cabeça doía e a irritação só fazia aumentar a cada movimento do ponteiro.  Fechei os olhos para descansar e de repente minha imaginação levou a melhor. Comecei a me perguntar o que Stefan estaria fazendo agora. Me perguntei se aquela noite parecia tão infernal quanto a minha e então neus olhos gravitaram para cômoda.

Mordi os lábios e balancei a cabeça tentando espantar aquele desejo estupido, mas quanto mais força eu fazia para pensar em outra coisa, mais pensava nele.

No sorriso sonolento que ele tinha pela manhã, na maneira como seus olhos pareciam mais verdes antes dele unir seus lábios aos meus e entrelaças suas penas envolta das minhas e decretar que não poderia sair da cama. Suspirei abrindo os olhos e jogando a coberta para lado e levantando e indo até a cômoda. Na terceira gaveta, bem escondida no fundo se encontrava a jaqueta que nunca devolvi. Sem ligar para quanto aquilo era patético cheirei a jaqueta apreciando o cheiro dele que me fazia sentir tão segura.

Deitei na cama abraçada com ela e como toda as outras noite depois da festa da fogueira, consegui adormecer em paz, fingindo que estava abraçada com ele em outro universo paralelo onde o mal nunca conseguiu alcança-los. Onde ele ainda era meu e eu era dele.

Acordei não muito depois com som da porta do meu quarto fechando. Esfreguei os olhos sentido areia neles, resultado claro de uma noite mal dormida. Fui para banheiro e lavei o rosto, escovei a boca antes de descer as escadas mecanicamente, louca por uma xicara de café.

Fui feito um zumbi para cozinha, indo direto ate a prateleira e pegando o bule e o enchendo de água logo em seguida. Bocejei enquanto ligava o fogão, sentindo uma dor chata no   pescoço. Quando me virei encontrei meu pai sentado na mesa me olhando como uma águia. Saltei de susto enquanto ele sorria discretamente com jornal ocultando parte de seu rosto.

— Não precisa fazer café. Eu já fiz  - ele avisou apontando para a mesa montada com frutas e waffles.

Fiquei alguns segundos parada, sem conseguir reagir. Tinha esquecido completamente que ele estava em casa. Ou quem sabe pelo estado deplorável do meu cérebro pensei que sua chegada na madrugada não passava de um sonho ruim.

Mas ele estava mesmo ali, sentado na ponta,  no lugar que um dia foi dele como se nunca tivesse partido. Ele ergueu os olhos do jornal e sua sobrancelha esquerda se elevou.

— Não vai sentar? – inquiriu ele olhando para cadeira a sua direita.

Notei que já havia um prato posto ali com uma caneca fumegante de café quente a minha espera. Cerrei os punhos sentindo tanta coisa juntas que fui incapaz de entender se o aperto e  o nó na garganta era saudade ou raiva.

— O café está esfriando – avisou ele. Voltando sua atenção para jornal. Ri impotente sem saber o que dizer ou fazer com estranheza daquela cena.  Ele franziu a testa confuso

— Qual é graça?

— Nada – dei ombros e me virei para desligar o bule.

Mordi a bochecha para me impedir de dar resposta que realmente queria dar. Mas qualquer coisa que desejasse falar si perdeu com chegada da minha mãe que entrou na cozinha e beijou meu rosto suavemente e se sentou ao lado dele naturalmente e começou a tomar seu café  em silêncio. Ele estendeu parte do jornal para ela que aceitou de boa vontade e começou a lê-lo. Balancei a cabeça aturdida e quis sair dai dali o quanto antes.

— Ei, onde vai filha? Não vai tomar seu café?

— Não mãe, eu acho que perdi a fome.

— Caroline, por favor...

— Por favor, o que mãe? Quer que  eu me sente ai e finja que esta tudo bem...

— Não... Eu não.. 

— Ia pedir isso – completei — Isso é ótimo porque não conseguiria fazer isso.

— Por favor, pare com todo esse drama.  Você parece sua mãe agora.

— O que disse?

— Disse para se sentar conosco e tomar seu café civilizadamente sem fazer uma cena.

— Fazendo cena, acha que isso que eu estou fazendo?

— Sim é exatamente isso. Você deveria estar feliz por eu e sua mãe nos darmos bem.

— Ah sim, realmente. Eu sou a errada aqui!  Vocês dois passaram anos brigando e agredindo um ao outro todo santo dia.  E um dia de repente você decidi parar de fingir que sua vida é  perfeita e vai embora sem dar explicação. Ai quando te dá na telha, volta e finge que está tudo bem. Senta na droga dessa mesa e finge que somos como uma família.

— Caroline, ele veio por um bom motivo. Você deveria se sentar e ouvir o que ele tem pra falar – remediou minha mãe que nem tinha percebido que tinha se levantando e agora me encarava com seus grandes olhos azuis implorando que eu me acalmasse.

Balancei a cabeça incrédula e subi para meu quarto. Me inclinei sobre a porta e ignorei minha mãe que batia na porta.

— Por favor, abre a porta filha.

— Não! É melhor eu esfriar a cabeça...

— Caroline.. Me deixa entrar.

Respirei fundo antes de estender a mão e abrir a porta. Minha mãe entrou e por segundo me encarou e percebi que ela não tinha idéia do que dizer. Ela se sentou na minha cama  e deu uma palminha para que me sentasse ao lado dela. Neguei com a cabeça e me dirigi ao guarda-roupa procurando algo pra vestir.

— Eu sei que uma situação estranha.

— Estranha não é a palavra que definiria isso.

— Por que está tão brava? Pensei que sentisse falta dele. 

— O que? Por que pensaria isso? – inquiri confusa.

— Porque você sempre falava dele e ligava pedindo para ir morar com ele.

Engoli seco e desviei os olhos para chão, me sentindo envergonhada ao lembrar da maneira como reagi a separação e tratei minha mãe.

— Eu pensei que ficaria feliz com a volta dele.

— Mãe eu... Me desculpa.

Me sentei ao lado dela e agarrei sua mão. 

— Desculpar o que? – ela inquiriu confusa

— Pela maneira que agi quando se separam. Eu fui muito infantil e egoísta. Eu só pensei em mim e no que estava sentindo e ignorei que você estava sofrendo.

— Ó filha – ela sorriu e passou o braço ao redor dos meus ombros e beijou o topo da minha cabeça. Relaxei sentindo o calor e sensação maravilhosa de si estar segura.

— Você não tem que se desculpar por nada. Eu sei quanto foi difícil pra você e o quanto você era próxima dele. Você sempre foi a princesinha dele. 

— Eu pensei que fossemos próximos. Mas a verdade  e que fui eu que fantasiava em ser a princesa dele e era tudo uma mentira.

— Isso não é  verdade. Eu sei que ele tem muitos defeitos, mas ele te ama...

— Da maneira dele. É eu sei. Mas isso não muda nada, muda? Não vai apagar tudo que ele fez, não vai apagar o que ele sente quando olha pra mim.

— O que quer dizer?

Abri a boca para explicar e não pude. Como poderia explicar a ela o olhar enojado dele enquanto me torturava.

— Eu fui o motivo dele viver essa mentira mãe, aliás  vocês dois só si casaram por isso. Por minha causa e eu sei que quando ele me olha e vê o motivo por ter arruinado a vida dele.

— Não querida – ela agarrou meu queixo – Nunca mais diga isso, okay? Você foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida e na dele também. Você nos tornou pessoas melhores e nos deu todo sentindo do que a vida.

Abracei ela apertado enquanto as lagrimas deslizava pelo meu rosto.

— Eu vou entender si não quiser falar com ele. Mas ele me disse ontem à noite que voltou por você, filha. E talvez vocês dois mereçam uma segunda chance.

Ela beijou minha testa e saiu dando um sorriso encorajador antes de partir. Me joguei na cama, fitando o teto.

Meu celular tocou e me sentei pra pega-lo. Olhei o visor tentando reconhecer o número, mas não lembrei de ninguém.

— Alô

Forbes?!

— Vicky? – inquiri incerta, mas tendo quase certeza que se tratava dela.

Sim, sou eu.

— Aconteceu alguma coisa?

Sim aconteceu, com Matt.

— É sobre a Elena?

Não... O que tem aquela mosca..  O que tem ela?

— Hum nada! O que aconteceu com ele?

Ele sofreu um acidente ontem. 

— Ai meu deus, como...onde ele esta? – indaguei nervosa me levantando e vestindo a calça jeans equilibrei o celular entre o ombro e cabeça

Calma, não precisa surtar. Ele está bem. Não sofreu nenhuma lesão nem nada.

Suspirei de alívio e agarrei o celular.

Eu liguei só pra avisar.

— Sério?! – inquiriu um pouco chocada com o comportamento de Vicky.

Nossa precisa mesmo de tanto espanto?!

— Não, desculpe. Mas e que você não...

Costuma agir feito uma pessoa normal. É eu sei. Mas eu sei que você e eles são uma espécie de amigos agora. E você... Meio que me ajudou e acho que vai ajudar ele também

— Hum, obrigada Vicky. Eu me importo muito com seu irmão e com você também...

Okay, chega de sentimentalismo. O recado esta dado.

Ela desligou depois disso e fiquei alguns segundos assimilando o acidente de Matt e estranheza daquela conversa com a Vicky.

 

(...)

Sai do hospital completamente atordoada. A garota que Matt descreveu só podia ser Lexi é isso só complicaria as coisas. Stefan teria a melhor amiga do lado e não sabia como reagir a isso.

Uma parte minha estava feliz por isso. Stefan sofreu muito a perda dela e o modo como ela falava dela só me fazia ter certeza que ela foi o único ponto de luz quando ele se encontrava tão perdido.

Lexi Branson foi para ele tudo que ele foi pra mim. Um salvador, alguém que enxergou uma centelha de luz e decidiu fazer de tudo para mostrar que o vampirismo não era a pior coisa que poderia acontecer alguém.

Ao mesmo tempo pensava que ela seria outro alvo de Damon e minha lista para salvar estava ficando grande demais e sabia que não conseguiria salvar todos. Entrei na cafeteria e olhei em volta procurando por ele. Bill estava sentando numa mesa conversando com Pastor que ainda parecia miserável. Eles pararam de falar assim que me aproximei e estranhei isso.

— Olá Caroline.

— Olá Pastor – cumprimentei acenando com  a cabeça. Ele sorriu e  isso só atenuou as rugas envolta dos olhos e boca.

— Bem,  eu tenho que ir para um compromisso  – anunciou ele se levantando e apertando a mão de Bill – Espero que fique por algum tempo Bill. Eu realmente senti sua falta, velho amigo

— Eu também Charlie. Prometo que tomaremos outro café e terminaremos essa conversa outra hora

Reverendo apertou mais ainda a mão dele e acenou pra mim antes de sair. Fiquei alguns segundo olhando  para ele se afastando meio cabisbaixo.

— Não vai se sentar? – Bill inquiriu olhando para cadeira ao lado dele. Me sentei resignadamente e cruzei os braços me sentindo muito impaciente com aquele olhar dele. Ele sorriu e acenou para garçonete
 

— O que vão querer?

— Um café expreso pra mim e com chocolate quente pra ela.

— Na verdade eu quero um café também.

A garçonete anuiu com a cabeça enquanto anotava no caderninho. Ele sorriu de novo e isso me irritou absurdamente

— Então me chamou aqui para que? Além de ficar rindo da minha cara.

— Eu queria conversar filha. Faz  meses desde que nos vimos pela ultima vez.

Na verdade faziam anos. Mais de nove na verdade, faziam quase dez anos que ele havia morrido. Essa lembrança me fez estremecer.

— Não vai dizer nada?

— O que eu deveria dizer exatamente?

— Não sei – deu ombros – Qualquer coisa. Você deixou de ligar.

— Ah sim, deixei mesmo. Você nunca atendia mesmo. Por que perder meu tempo – dei ombros.

— Eu estive ocupado, Caroline.

— Claro, você sempre esteve. Não é novidade nenhuma.

Ele suspirou exasperado e podia notar os sinais que sua paciência estava acabando. Ele costumava enrubescer quando estava preste a gritar. A garçonete chegou trazendo as xícaras com café. Agradeci e me concentrei nos sachês com açúcar, abri dois e despejei na xícara  e me pus a mexer aquilo como si fosse a coisa mais interessante do mundo.

— Você está certa – ele disse com voz baixa enquanto fitava a própria xícara. Ergui a cabeça incrédula e ele sorriu de lado – Eu não fui um exemplo de pai presente e entendo que esteja com raiva.

— Eu não estou com raiva. Deixei de sentir isso, ou qualquer coisa em relação a você há muito tempo.

— Isso não é verdade. Sei que se importa é sei o quanto te feri. Mas eu não fazia idéia do que estava fazendo filha. Eu queria ter feito de outra forma, uma que não fizesse você e sua mãe sofrerem... Mas não pude.

Ele estendeu o braço e colocou a mão em cima da minha. Sustentei seu olhar por um segundo e não conseguia decidir se acreditava ou não. Minha cabeça era um amontoado de lembranças do passado se misturando  com as do futuro. As vezes sentia que estava enlouquecendo e não conseguia separar as coisas. Porque eu deveria ser racional agora e escuta-lo sem ressalvas, mas não conseguia.

Meu pai e eu nunca tivemos uma conversa sobre o divórcio ou  sobre a opção sexual dele. Nunca ouve explicações, abraços e promessas de continuar sendo meu pai apesar de tudo.

E agora estávamos tendo isso e não conseguia sentir nada que imaginei que sentiria. As lágrimas não surgiram, muito menos a vontade de abraça-lo. Fiquei olhando para mão dele que quando pequena parecia tão grande, tentando decidir se ele merecia qualquer esforço.

— Por que voltou?

— Porque  eu soube do acidente, sua mãe me ligou contando. Naquela noite eu nem dormi, só conseguia pensar em você pequena rodopiando pela sala vestida de princesa.

— Ai que fofo. Então foi por isso que esperou um mês pra voltar? Se si preocupou tanto, por que não ligou?

 – Não sabia o que dizer. Então voltei pra te ver e para tentar concertar as coisas. Si você ainda quiser?

Ele parecia mesmo estar sendo sincero. Mas não conseguia me convencer e me sentia péssima por isso.

—  Caroline

— Eu preciso pensar – respondi me levantando – Eu realmente preciso pensar agora. Então a gente si vê... Mais tarde, pai.

Fiz um grande esforço pra dizer aquela palavra tão pequena, tão cheias de significados que não valiam nada pra mim.

Peguei meu carro e parti meio sem rumo e brecando em cada  sinal vermelho. Não sabia o que fazer com tanto problema, com tanta raiva e magoa e quanto mais eu pensava sobre tudo mais a vontade de   ver ele crescia. 

 

STEFAN 

 

Ter Lexi em casa era insano. Ela não parava quieta um segundo e sempre preenchia o silêncio falando das viagens e pessoas que conheceu. Sempre a invejei por isso, esse dom de se adaptar ao tempo e viver a vida sem olhar para trás.

Era revigorante, apenas o sopro de ânimo que precisava para me tirar da lama. Depois de horas colocando a conversa em dia e teorizado qual dos fundadores sabia sobre nós, ela pediu uma pizza e desligou o som e guardou o Greatest Hits do Bon Jovi e se sentou no sofá colocando os pés em cima da minha perna e zapeando os canais até parar em uma reprise de Familia Adams. 

Encostei a cabeça no sofá e tentei me desligar do mundo como Lexia fazia com tanta facilidade, mas não conseguia.

O sorriso de Damon enquanto eu o feria se repetia várias vezes. E cada vez mais eu tinha  certeza que havia cometido um grande erro e sabia que viriam consequências disso. Não conseguia saber quem ele escolheria agora. Elena, Lexi ou Caroline? Como eu poderia protege-las dele.

— Bip, bip! – Lexi cantarolou e riu quando franzi a testa – Eu posso ouvir as engrenagens rodando é isso e irritante, sabia?

— Desculpe, não consigo evitar – dei ombros enquanto brincava com um fio solto da meia velha e colorida dela

— Eu sei. Pedir que você parasse de pensar nos problemas, seria o mesmo que pedir pro Damon não beber bourbon. Em falar no diabo... Estava pensando nele

— Sim, estava.

— Nunca ouviu aquele ditado: Não pense no diabo que ele aparece?!

— E no que devo pensar então?

— Não sei – ela deu ombros e se voltou pra tevê – Algo que te faça relaxar... Si é que isso possível

— Ei – belisquei seu pé  ela riu se contorcendo – Eu sei relaxar.

— Ahãm, claro que sabe? Mas e tão raro quanto um eclipse lunar. Você precisa aprender a desligar, Stef!

— Como eu vou me desligar do mundo quando ele está prestes a explodir por minha causa?

— Não exagera! Seu irmão não é nenhum Nero. Não vai atear fogo em Mystic Falls, ele sabe que chamaria atenção demais.

— Lexi!

Ela riu revirando os olhos

— Eu sei que esta nervoso. Mas não vai adiantar nada você surtar agora. Alias esse é o plano dele. Fazer você surtar e ficar paranoico.

— Que ótimo, ele esta fazendo um belo trabalho.

Me levantei e subi as escadas

— A onde vai?

— Tomar um banho. Eu preciso esfriar a cabeça. 

— Okay – concordou ela – Você ta precisando mesmo.

 

LEXI

 

Tédio. Ele sempre surgia de manhã e naquela dia estava batendo recordes. Stefan subiu para quarto tomar um banho e demorou horrores. O que era bom, porque ele parecia uma bomba relógio prestes a explodir.

Sabia que ele estavam certo sobre Damon. Pelo que ele me contou, Damon deveria estar tramando algo agora e quem poderia saber o que si passava na cabeça dele. Muitas vezes  pensei que eles iram si matar e achava que não havia outro caminho.

Mas com tempo percebi que Damon jamais faria isso. Ele gostava de jogos psicológicos, gostava de causar dor e enloquecer o irmão usando tudo que Stefan chegasse a amar. Tentei intervir tantas vezes e dar uma chance e entender Damon, mas era inútil. Nada parecia mudar a mente doentia  dele. Suspirei no sofá e troquei de canal. A primeira versão de a princesinha estava passando do começo.

Apoiei minha  cabeça no braço do sofá e assiti aquele filme pela enésima vez é ainda sim me emocionei. A campainha tocou e fiquei num baita dilema em atender. Pensei em chamar Stefan, mas olhei pela janela e tempo estava fechado e talvez não causasse dano algum.

Abri a porta incerta e encontrei uma loira de olhos azuis e pele de porcelana. Ela arregalou os olhos quando me viu e notei como seus olhos estavam vermelhos. Não precisa de nenhuma foto pra constatar que aquela era Caroline Forbes. Ela parecia exatamente igual a descrição detalhada de Stefan.

Os cabelos eram dourados e estavam enrolados na pontas. O nariz era proeminente e pequeno e os lábios rosados  em arco que se complementava com todo resto. Ela era mesmo tão linda quanto Stefan dizia.

— Olá

— Oi... Eu acho que... Cheguei na hora errada. Ou melhor na casa errada. Por acaso aqui não mora nenhum Jackson, ou mora?

— Não, nenhum Jackson. 

— Casa errada!  Eu acho que me perdi. Então acho melhor ir agora.

— Não tem nenhum Jackson, mas tem um Salvatore, serve?

Ela parou ainda de costas e parecia ter congelado ali.

— Caroline, você está bem? – inquiri preocupada e odiando não ter um anel de luz do dia para cruzar a porta e verificar a garota.

— Como sabe meu nome? – indagou antes de se virar

— Digamos que ouvi tanto ao seu respeito que sinto como se já te conhecesse.

— Lexi, não é? – ela apontou sorrindo

— Em carne e osso, mais osso do que carne infelizmente. Então você quer entrar, ou ainda vai atrás do tal Jackson?

— Eu não sei..  Eu tinha um compromisso.

— Com tal Jackson?

— Quem? – indagou confusa me fazendo rir.

Estendi o braço e graças as nuvens que encobriam o sol não fui frita, mesmo assim senti uma ardência leve na pele. Maldita buraco na camada de ozônio!

— Vem entra.

— Não, não posso.

— Pode sim! Aposto que esse Jackson nem é tão bonito... Pelo menos não como o Stefan, não é?

Ela corou de imediato e desviou os olhos para lado. Ela era mesmo fofa.

— Por que não sobe? Ele está no quarto.

— Eu acho melhor não...

— Qual é? Você veio aqui pra vê-lo,  não é? Ou veio só pra me conhecer? Eu sei que sou famosa por aqui, mas nem tanto.

Ela sorriu balançando a cabeça e entrelaçou as mãos nervosa.

— Não precisa ficar nervosa. Ele também estava louco pra ver você. Sobe lá!

Ela olhou para escada e depois para lareira por segundos longos e então respirou fundo. Podia ouvir o coração dela acelerando a medida que subia as escadas. Ela parou segurando no corrimão em que subia deslizando ao dedos parecendo lembrar de algo.

— Vai garota!

Ela anuiu com a cabeça e sorriu.  Me arrastei até o pequeno estéreo de Stefan e apertei play. Sorri quando Always começou a tocar e imaginei a reação dele em vê-la e ela ao ver ele só de toalha.
 


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Notas finais do capítulo

Então gente, não foi tão longo quanto estão acostumados porque infelizmente estou uma puta dor no ombro que tá me matando é difícil escrever, mas confesso que a lesão no meu ombro não é o único culpado. A essa altura todos vimos o final de TVD e apesar de sacar qual era final no dia q Stef recebeu a cura, ainda foi difícil de engolir aquele final. Stefan se sacrificar no final, blz. Já esperava, acho que Paul sempre deixou claro que era esse o fim que desejava ( pra garantir que o personagem nunca voltasse #ProntoFalei) mas todo o enredo dele ripper, depois culpado quando era humano, sereias do capeta, vilão bosta, peruca torta da Nina, Enzo morrendo ( who cares?! Foi triste, mas precisava tacar a cura nele Bonnie?!) Foi uma grande bosta. O June Wedding foi lindo e votos perfeitos, a dança... Tudo. Uma pena que foi só doce na boca de criança. Um agradozinho, prêmio de consolação apenas. Porque nos momentos finais tem a maldita carta do Klaus deixando a porta mais que aberta para um final KC. Parabéns JP!! Você e KW conseguiram superar minhas expectativas e serem tão ruins feito o final de True Blood. Merecem uma chuva de coco e vossas cabeças. E foi graças a essa grande decepção que foi difícil voltar. E no meio disso comecei a ver Teen Wolf, me apaixonei por Stydia, AHS e chorei 13 reason why e fui deixando Make pra trás. E como quase ninguém comenta, visualiza e nada. Pensei que não faria falta. Desde ja desculpa as gurias maravilhosas que sempre leem essa bagaça. Kylie está como prometido. Vou fazer de tudo pra postar rápido agora. Superei o final horrível e agora sinto que devo fazer um trem melhor do que aquele desgovernado que assisti por oito anos.
Então até a próxima, si puderem comentem tá. Não gosto de mendigar comentários e nem vou falar q só posto com x número de comentarios pq isso e ridículo. Porém e importante pra saber se estão gostando, ou não. Si vale a pena seguir, sabe?!
XOXO
;D
PS: Sorry pelo textão gente ;( exagerei né?!



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