Make a Wish (Revisando) escrita por allurye


Capítulo 10
Chapter - X I need to know her




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"Até mesmo o melhor falha algumas vezes. Até mesmo as estrelas se recusam brilhar.Fora o passado, você caiu a tempo. De alguma maneira eu acho, você e eu colidimos"   Collide – Howie Day

 

 STEFAN 

 

Eu sabia que aquele acidente iria mudar a minha vida. Algo dentro de mim me avisava que a partir daquele dia nada seria como antes. 

Eu salvei uma desconhecida de morrer afogada na ponte e dei meu sangue a ela, não pensando nas consequências que implicariam se por acaso ela não resistisse e morresse no caminho para o hospital. E de repente a garota acorda e diz meu nome.

Uma garota que não sabia nada sobre, sabia quem eu era. E desde então ela não saia de minha cabeça. O pequeno embate no hospital só me fez ter certeza que ela sabia sobre o que eu era e ter confirmação  que aquela garota loira de voz doce escondia um segredo dele.

Um segredo que o envolvia.

Tentei o  meu melhor para manter o plano inicial e só me revelar no início do ano letivo. Me infiltrar no colégio e me aproximar de Elena e descobrir mais sobre ela, mas aquela garota mudou tudo, ela virou neu mundo do avesso. Caroline Forbes o intrigava e o desafiava muito mais que o desejo de saber sobre a possível reencarnação,  ou descendente de Katherine. Caroline era um enigma que eu precisa desvendar.

Comecei a observá-la de longe vendo-a sair do hospital em uma cadeira de rodas sendo levada pela mãe. Vendo-a irritada por não poder ir andando. Eu a seguiu até em casa e a observei passando pela janela no meio da noite. Escutando-a rir de um filme qualquer durante a noite. Observando Elena e a neta de Sheila indo visitá-la naquela noite.

 Tentei escutar toda a conversa e absorver o máximo que podia sobre ela, mas ela não parecia tão próxima dos amigos como esperei.  Ela mantinha uma conversa vaga, sempre se distraindo e afirmando que não se lembrava de nada sobre o acidente.

Sendo evasiva com eles da mesma maneira que foi comigo  no dia anterior. Ela parecia não confiar em nenhum deles. Permaneci em frente a sua casa por mais algum tempo até ter certeza que ela dormia. E naquele noite, deitado  na cama. Aquele olhar se repetia, olhos azuis brilhantes e sorriso cativante que lhe soavam tão forçado, era apenas uma fachada. Cada sorriso, cada palavra era ensaiada, era como se ela fosse acostumada a fazer isso.

Mentir era tão natural para ela quanto era para mim. 

 Naquela noite adormeci e acordei pensando nela. Tendo sonhos, ou melhor, pesadelos onde o acidente se repetia e eu não conseguia salvá-la pois era um simples humano tentando em vão quebrar o vidro, vendo Caroline se debatendo desesperada, vendo a vida se esvair dela deixando seus olhos azuis opacos e sem brilho.

Acordei suado e com coração disparado e me levantei aturdido indo em busca de álcool ou sangue para sanar a sensação esmagadora de dor e agonia que insistia em persegui-lo mesmo depois de acordar.

 Sai para caçar logo que dia amanheceu e tentei conter a ansiedade dentro de si e seguir o conselho de Zach e ficar longe dela. Mexer com a filha da xerife era como brincar com fogo, mas quem disse que eu conseguia me afastar. A curiosidade em saber mais sobre ela era maior que o meu senso de responsabilidade.

Por isso  voltei a observar a casa dela e naquela manhã a escutei conversando com sua mãe, a única que ela demostrava um real afeto, não algo ensaiado e contido. Esperei até que xerife saísse e pensei que ela permaneceria em repouso como no dia anterior, mas ela saiu logo depois. Com cabelos cacheados soltos na altura do ombro, calça jeans escura e camiseta azul. Ela parou na varanda para admirar o tempo e sorrindo alegremente para o céu acinzentado.  A segui com carro até o mercado e não resisti mais ao impulso de me aproximar. Ela estava na ponta dos pés, quase pulando para alcançar um frasco de shampoo e sem pensar muito bem nas consequências disso, eu peguei o frasco para ela. Ela estava sorrindo quando se virou, mas ele logo se desfez quando me reconheceu.  Notei como seu coração disparou quando  me aproximei. O olhar assustado que ela manteve enquanto olhava para mim. Ela empalideceu e  temi que ela fosse desmaiar. Toquei seu ombro e quando ela se esquivou de meu toque  não pode evitar um sentimento ruim crescendo dentro mim. Ela parecia ter medo ou repulsa e isso me fez encolher um pouco mais com esse pensamento. Mas ela logo mudou sua expressão, novamente interpretando, forçado sorriso e perguntando perguntas cuja a respostas ela já sabia. 

Percebi que podia ver todas essas coisas em seus olhos. Ela podia fingir o quando quisesse, mas seus olhos a denunciava.  Por momento ela esqueceu-se de seu personagem enquanto divagava sobre os cuidados exagerados de seus amigos.  Sua a voz tornou-se aguda e seus olhos azuis se arregalaram enquanto ela reclamava. Naquele momento sua fachada caiu, e tive um belo vislumbre da verdadeira Caroline. Que parecia muito altiva, falante e divertida. Me peguei sorrindo, achando-a genuinamente adorável quando estava irritada e essa não foi a última vez que sua máscara escorregou

 Notei  uma centelha de insegurança nela quando ela deduziu que eu o achava irritante. E mais tarde dentro do seu carro quando  a forcei a aceitar a carona e me surpreendi com dor e a tristeza surgindo em seus olhos quando ela contou sobre sua amiga. Tive que conter o impulso de confortá-la, tocar nela e tirar aquele olhar entristecido do seu rosto.  Fiquei  preso nos olhos dela, que pela primeira vez não o encarava com raiva, medo ou receio.

Mas aquele momento terno e novo foi logo cortado por ela que desceu do carro com pressa e quando voltou a encará-lo o olhar frio e endurecido substituíram os de outra hora. Ela me agradeceu e estava prestes a entrar em casa quando novamente meus impulsos levaram o melhor sobre ele. Eu a chamei  pra sair usando a desculpa de ser novo e desconhecer a cidade. Ela aceitou rápido demais e isso o intrigou mais ainda, porque ela parecia querer manter distância quase todo momento e de repente ela usa aquele dom de confundi-lo e surpreendê-lo fazendo-o ter plena certeza que quanto mais a conhecia mais condenado ele estava.

 Caroline Forbes estava o envolvendo-o e o atraindo como um ímã, o deixando impulsivo e imprudente demais para seu próprio bem. Zach estava mesmo certo sobre ela, ela era perigosa. E eu estava tão obcecado por saber mais sobre ela que ignorei a mudança repentina, a maneira como ela aceitou tão facilmente ser minha guia. Preferi ignorar a voz irritante e persistente da razão que me  avisa para manter distância dela e não brincar com fogo.

 

 


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Notas finais do capítulo

Pronto postei.
Resolvi postar logo, porque minha net e luz voltaram depois de vendaval no meu município e pensei que minha casa e eu íamos rodar com vento e voar até OZ :O

XOXO



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