O Maior Amor escrita por Sâmara Blanchett


Capítulo 45
Capítulo 45




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Por Henutmire

 

Alguns dias se passaram desde o fim da última praga. Aparentemente, tudo voltou ao normal. As provisões mandadas pelo príncipe Jahi finalmente chegaram ao Egito e agora não padecemos mais de fome. No entanto, eu estava certa em temer o que está por vir. Ramsés, além de não deixar os hebreus partirem após passarmos três dias em completa escuridão, expulsou Moisés do palácio e o ameaçou de morte se tornar a ver o rosto do soberano.

 

—Em que está pensando? — Leila pergunta ao me ver tão calada.

 

—Em tudo, e ao mesmo tempo em nada. — Respondo ao acariciar meu ventre, enquanto observo Hadany, Tany e Mayra nadarem nas águas do Nillo. — Mais uma lua se completou e eu ainda não sei que tipo de vida darei ao meu filho quando ele nascer.

 

—Por que diz isso?

 

—Olhe em volta, Leila. Há mais oficiais me vigiando do que fazendo a guarda do próprio rei. Estou longe de meu marido por imposição de Ramsés, que me trata como uma prisioneira dentro do palácio e só me permite sair para vir aqui. — Suspiro. — Não quero criar meu filho nessas condições, mas ao mesmo tempo não tenho escolha.

 

—Sempre há uma saída, princesa. — Ela fala, convicta. — Mesmo que tudo pareça perdido, Deus sempre nos mostra uma luz em meio a escuridão.

 

—Eu gostaria muito de ter a mesma certeza que você tem de que tudo acabará bem.

 

—A senhora tem, só precisa desenvolvê-la melhor. — Leila sorri. — Isso se chama fé, a certeza de que os planos do Senhor são maiores que os nossos e que, cedo ou tarde, Ele nos dará o que nosso coração tanto deseja.

 

—Mesmo sem nenhum indício de que vá acontecer. — Acrescento ao repetir as palavras que um dia Hur disse para mim.

 

Sorrio ao sentir meu coração se inundar de uma firme certeza de que Deus está no controle de tudo. Antes de ser presa, eu entreguei a minha vida nas mãos do Senhor. Já é hora de descansar e confiar que Ele está de fato cuidando de mim e de minha família.

 

—Mayra! — Hadany exclama rindo quando a menina lhe joga água.

 

—Você ainda tem medo de água fria. — Mayra ri com vontade.

 

—Então, é assim? — Hadany sorri furtivamente, antes de acertar água em sua prima. — Quem tem medo de água fria agora?

 

—Só acredito se você mergulhar. — Minha sobrinha desafia.

 

—Só mergulho se você for comigo. — Hadany diz e logo as duas mergulham nas águas do Nilo. Não demora muito para que reapareçam ao meu campo de visão, com risadas que ouço nitídamente e cabelos completamente molhados. Mayra, por ser criança, ainda possui seus cabelos naturais, cujo comprimento já chega ao meio de suas costas, mas na maior parte do tempo ficam escondidos sob a peruca.

 

—Vamos de novo. — A menina pede.

 

—Porque não mergulha conosco, Tany? — Hadany pergunta a irmã.

 

—Melhor não. — Ela diz, mas parece estar tentando se convencer de sua resposta.

 

—Você nada muito bem, não precisa ter medo. — Hadany diz. — A não ser que tenha medo de crocodilos.

 

—Filhos de leoa não temem crocodilos. — Tany fala e eu sorrio pelo fato de ela me comparar a uma leoa.

 

—Então, tire essa peruca e entre debaixo d'água. — Hadany então retira a peruca de Tany de sobre sua cabeça.

 

Tany sempre manteve os cabelos bem curtos, nunca raspados como manda a tradição egípcia. Todavia, o que vejo a minha frente ao olhar para minha filha mais nova são fios de tom castanho mais claro que se estendem a mais ou menos um palmo abaixo se seus ombros.

 

—Você também tem cabelo grande, Tany? — Mayra indaga, surpresa.

 

—Hadany não é a única a querer manter uma única caraterística que seja do povo de nosso pai. — Ela responde. — Desde que completei dezesseis anos tenho deixado o cabelo crescer, mas não contei a ninguém por medo de isso chegar aos ouvidos de quem não deve.

 

—São um pouco mais claros que os meus. — Hadany diz, admirada, ao tocar os cabelos da irmã. — Até parecemos jovens hebreias de verdade.

 

—Isso é... surpreendente. — Leila fala, sem tirar seus olhos de Tany. — A princesa Tany sempre foi mais fiel a cultura egípcia do que a irmã. Me lembro de quando eram crianças e ela insistia em manter os cabelos curtos, enquanto a princesa Hadany já não permitia que os seus fossem cortados.

 

—Minhas filhas valorizam suas origens hebreias, Leila. Valorizam o sangue de seu pai. — Falo, com um sorriso de orgulho. — A forma que encontraram de demonstrar isso foi deixando seus cabelos crescerem, e não são apenas elas.

 

—O que disse, princesa? — Ela pergunta.

 

—Alteza, é melhor voltarmos ao palácio. — Alon fala antes que eu responda Leila.

 

—Algum problema? — Pergunto ao notar seu olhar sério.

 

—Não sei ao certo, mas é possível que tenha alguém nas proximidades vigiando a senhora. — Ele responde, me assustando. — Os guardas notaram movimentação entre o mato alto das margens do rio.

 

—Leila, tire as meninas de água. — Peço e no mesmo instante ela se aproxima da margem e chama por minhas filhas e minha sobrinha. — Tem ideia de quem possa ser? Algum inimigo?

 

—Pode ser e pode não ser, alteza. — O rapaz diz. — A escolta real irá levá-las de volta ao palácio e eu ficarei com mais dois oficiais para fazer uma busca nos arredores.

 

—Tenha cuidado, pode ser perigoso. — Falo ao segurar sua mão.

 

—Vossa alteza não precisa se preocupar comigo, sou um bom guerreiro. — Alon afirma e sorri. — Além disso, eu não me importaria em dar a minha vida se isso significasse protegê-la.

 

(...)

 

Ando de um lado para o outro, deixando claro a minha inquietação. Já faz algum tempo que retornamos ao palácio e que eu espero Alon chegar trazendo notícias. A possibilidade de que havia alguém me vigiando no Nilo me deixa apavorada, embora eu saiba que ninguém em sã consciência ousaria se aproximar de mim com o intuito de me fazer mal sendo que eu estava cercada por oficiais egípcios bem armados.

 

—Lembre-se que o sumo sacerdote disse que seu nervosismo pode ser um perigo para a gravidez. — Leila adverte.

 

—Não estou nervosa e sim impaciente. — Falo. — Alon já deveria ter retornado.

 

—Ele deve estar a caminho, senhora.

 

—E se não estiver? E se a pessoa que estava nos vigiando fizer algum mal a ele? — Indago. — Alon é no mínimo meu enteado, me sinto responsável por sua vida já que seus pais não estão mais vivos.

 

—Eu entendo seu modo de pensar, mas procure manter a calma. — Ela pede.

 

—Com licença, princesa. — Alon fala ao entrar em meus aposentos.

 

—Graças a Deus você voltou, eu já estava preocupada. — Falo com um sorriso. — E então?

 

—Vossa alteza pode ficar tranquila. — Ele diz. — A pessoa que a estava observando não oferecia risco algum a senhora, suas filhas ou a filha do rei.

 

—E quem era essa pessoa? — Leila pergunta.

 

—O marido da senhora Henutmire. — Alon responde e eu fico incrédula. — Ele caminhava sozinho pelas margens do rio quando nos avistou. Disse que pensou em ir até a princesa, mas haviam muitos oficiais fazendo a sua guarda e certamente não deixariam que ele se aproximasse.

 

—Hur agiu bem, poderia ter sido morto se tentasse se aproximar de mim naquele momento. — Respiro profundamente e sinto meus olhos serem tomados por lágrimas. — Tão perto e ao mesmo tempo tão longe do homem que amo. Eu não sei por quanto tempo vou suportar viver desta maneira.

 

—Eu trouxe um recado dele para a princesa. — O rapaz fala, fazendo com que meu olhar seja inteiramente para si. — Ele disse que a senhora deve continuar a ser forte, pois o amor que os une é agora ainda maior porque vem da fé.

 

—Amor que vem da fé. — Falo e um pequeno sorriso nasce em meus lábios. — É algo bonito de se dizer e talvez melhor ainda de se sentir.

 

(...)

 

—Como foi o passeio no Nilo? — Ramsés pergunta, enquanto se serve de vinho. — Se divertiram?

 

—Por que quer saber? — Falo, sem muita paciência.

 

—Alguém está de mal humor hoje.

 

—Você ameaçou meu filho de morte, me mantém aprisionada neste palácio, me obrigou a ficar longe de meu marido e espera que eu te trate com todo o carinho do mundo? — Pergunto, olhando-o firmemente. — Sinto muito, Ramsés, mas seria pedir demais de mim.

 

—Moisés é agora o meu maior inimigo, e aos inimigos o único que dou é a morte. — Ele diz com o olhar bravio, mas logo parece se acalmar ao olhar para meu ventre. — É melhor não discutirmos, não faz bem a você e a seu filho, ou filha.

 

—É um menino. — Afirmo com segurança.

 

—Como pode ter tanta certeza? — Meu irmão indaga.

 

—Eu sou mãe, isso basta. — Digo em curtas palavras, incomodada por permanecer de pé ao lado do trono. — Afinal, porque me chamou aqui?

 

—Um dos oficiais que fazia a sua guarda no Nilo me contou que havia alguém vigiando você. — Ramsés fala após beber um gole de vinho. — Alon foi quem esclareceu o ocorrido ao dizer que encontrou a tal pessoa, mas que não se tratava de alguém que ameaçasse a sua segurança ou das meninas.

 

—Ele disse a verdade. — Falo.

 

—Com licença, majestade. — Ikeni pede ao entrar na sala do trono.

 

—Moisés. — Sorrio ao ver meu filho acompanhar os passos do oficial.

 

—O que significa isso? — Ramsés esbraveja. — Como ousa trazer Moisés aqui sem minha permissão?

 

—Perdão, soberano, mas ele diz ter algo importante a dizer. — Ikeni responde com seu olhar no chão.

 

—Vá embora! — A voz de meu irmão ecoa pelo salão. — Nada do que você tenha a dizer me interessa.

 

—Eu não fazia nenhuma questão em vê-lo novamente, Ramsés. — Meu filho diz. — Mas, lhe garanto, não haverá outra vez. Esta será a última praga que anuncio.

 

—Eu posso matá-lo agora mesmo, basta o soberano ordenar. — Bakenmut diz após sacar sua espada e colocá-la no pescoço de Moisés.

 

—Ramsés, por favor, não faça isso! — Suplico ao ver que a vida de meu filho corre perigo.

 

—Guarde sua espada, Bakenmut. — O rei ordena e eu suspiro aliviada ao ver a lâmina afiada longe de Moisés. — Diga de uma vez o que tem a dizer e saia daqui.

 

—Assim diz o Senhor: Por volta da meia-noite, passarei pelo Egito e todo o primogênito morrerá, inclusive o herdeiro do trono. — As palavras de Moisés me assustam de tal forma que sinto meu coração parar de bater por um breve instante. Todavia, a reação de Ramsés é totalmente contrária a minha, ele não parece temer ou se assustar. Meu irmão se levanta do trono e olha furioso para Moisés. — Até mesmo o filho mais velho da serva e todas as primeiras crias do gado.

 

—Acha que pode vir a minha presença anunciar a morte de meu filho? — Ramsés indaga, pleno de raiva. — Ninguém pode ameaçar a vida do futuro rei!

 

—Eu não vim ameaçá-lo, vim apenas repetir as palavras do meu Deus. — Meu filho olha seriamente para o rei. — Entenda de uma vez por todas a importância do que digo. Tudo isso pode ser evitado a um único comando seu.

 

—Seu deus se engana se pensa que vai me intimidar. — Meu irmão diz, me deixando incrédula. Como ele pode insistir em levar essa teimosia a diante? — Resisti até agora, nada vai me fazer mudar de ideia!

 

—Nem a morte do herdeiro do trono, o seu primogênito? — Moisés o encara.

 

—Deveria matá-lo com prometi! — Ramsés exclama por entre os dentes.

 

—Reconsidere, ou haverá grande luto em toda a terra do Egito como nunca houve antes e nem jamais haverá. — Moisés afirma. — Porém, quanto aos hebreus, desde homens até animais, nem sequer um cão rosnará para que saiba que o Senhor fará distinção entre os filhos de Israel e os egípcios.

 

—FORA DAQUI! — O rei ordena. — Volte para o seu povo imundo e avise a todos que jamais deixarão de me servir! E que é ao Hórus vivo, ao amado de Ptáh, que eles devem temer.

 

—Está cometendo o maior erro de sua vida, Ramsés. — Meu filho diz. — O maior erro de sua vida.

 

Então, o rei senta-se novamente em seu trono, deixando claro que não dá importância a nada do que foi dito, enquanto Moisés lhe dá as costas e se retira da sala do trono.

 

—Você não vai atrás dele. — Ramsés segura meu braço direito ao ver que faço menção de ir atrás de Moisés.

 

—E quem vai me impedir? — Me liberto de sua mão e logo desço os degraus do trono, caminhando para fora do salão.

 

Meus passos apressados logo me fazem alcançar Moisés em um dos corredores. Meu filho e eu nos abraçamos fortemente, permanecendo unidos e em silêncio por alguns instantes.

 

—A senhora está bem? — Ele pergunta ao olhar em meus olhos.

 

—Na medida do que a situação permite. — Respondo. — Meu filho, o que você disse a Ramsés é muito sério.

 

—E infelizmente irá acontecer, minha mãe. — Moisés fala com pesar. — Todo o primeiro filho homem será morto, independente de idade ou posição social.

 

—Será terrível, a pior de todas as pragas. — Falo. — E quando será?

 

—Deus ainda não me disse, mas Ele garantiu que depois dessa praga Ramsés chegará a nos expulsar do Egito. — Ele responde e em seguida segura minhas mãos. — A senhora ainda deseja deixar o palácio para viver com meu povo?

 

—É tudo o que eu mais quero, meu filho. — Falo com um sorriso. — Mas, Ramsés jamais irá permitir.

 

—Deus tem planos maiores para a senhora, a maior prova disso é que Ele a escolheu para ser minha mãe, a colocou em meu caminho para me salvar e me criar com todo o amor que tinha dentro de si. — As palavras de Moisés me emocionam. — Eu ainda não sei como, mas quando partirmos do Egito eu levarei a senhora e minhas irmãs comigo.

 

—Está sugerindo uma fuga? — Pergunto. — Eu já tentei uma vez e fui parar em uma cela.

 

—Deus converteu água em sangue, fez chover fogo do céu e transformou o dia em intensa e negra noite. — Ele sorri. — É este mesmo Deus que fará com que minha mãe e minhas irmãs possam ir comigo para Canaã sem que precisem fugir. Tenha fé, minha mãe.

 

—Tenho ouvido muito esta frase ultimamente. — É a minha vez de sorrir. — Ter fé de que o Senhor é capaz de derrubar impossíveis e operar grandes milagres.

 

—E um desses grandes milagres a senhora carrega consigo. — Meu filho pousa sua mão delicadamente sobre meu ventre. — Esta criança é mais uma estrela no céu de Abraão.

 

—O quê? — Indago, sem entender do que ele fala.

 

—Deus prometeu a Abraão que sua descendência seria tão numerosa quanto as estrelas do céu e a areia do mar. — Moisés responde. — E de Abraão descende todo o nosso povo. Cada um dos filhos de Israel, seja homem, mulher ou criança, é parte da promessa do Senhor.

 

Por Hadany

 

—Alon! — Chamo ao avistá-lo no jardim.

 

—Alteza. — Ele faz uma reverência.

 

—Minha mãe contou sobre o que houve no Nilo. — Falo. — Era mesmo o meu pai?

 

—Sim, princesa. Por sorte fui eu a encontrá-lo e não os outros oficiais. — Alon fala. — Eles não pensariam duas vezes em entregar seu pai ao soberano.

 

—Não gosto nem de pensar nesse tipo de coisa. — Eu o olho. — Eu agradeço por sua lealdade com minha família, principalmente com minha mãe. Ela desenvolveu um grande afeto por você.

 

—E eu por ela, alteza. Vossa mãe é uma mulher admirável, capaz de atitudes nobres e surpreendentes. — Ele sorri. — A senhora Henutmire poderia me odiar e com toda a razão, pois eu tenho o sangue de pessoas que tanto lhe fizeram mal. Mas, ela escolheu o oposto disso. Escolheu ser gentil comigo e até mesmo se preocupar com o meu bem estar. Vossa mãe é grandiosa em todos os sentidos, princesa.

 

—Eu nem sei o que dizer. — Falo com um sorriso. — Dezessete anos de convivência não são suficientes para descrever tudo o que minha mãe é.

 

—Imagine eu, que a conheço há pouco tempo. — Alon fala, me fazendo rir. — Se a alteza me permite, preciso me retirar para o treinamento.

 

—Claro, fique a vontade. — Digo e ele faz uma reverência simples, antes de começar a dirigir seus passos para fora do jardim. — Alon, espere!

 

—A princesa precisa de alguma coisa? — Ele pergunta ao voltar seu olhar para mim.

 

—Sim, na verdade eu quero perguntar uma coisa. — Respondo, mas fico sem jeito de falar e me calo.

 

—Pode falar, alteza.

 

—Você ainda me ama? — Fujo de rodeios e pergunto diretamente.

 

—O amor não é um sentimento que deixa de existir da noite para o dia. — Ele responde. — Mas, estou fazendo o possível para tirá-la de meu coração, se é o que quer saber.

 

—Não sei se é certo o que vou dizer, mas fico feliz com isso. Me entristece saber que você sofre porque não posso corresponder ao seu amor. — Olho em seus olhos. — Eu gosto muito de você, mas como o bom amigo que tem sido para mim. Meu amor pertence a outro, e além disso existe o noivado com Amenhotep. Se Deus não intervir a meu favor, serei obrigada a me casar com meu primo e ser infeliz para o resto de minha vida.

 

—Vossa alteza não será infeliz e tampouco será forçada a um casamento por conveniência. Eu vejo diante de mim a princesa indomável, que não mede esforços para defender as pessoas que ama e para lutar pelo que acredita. — Sua mão repousa delicadamente sobre meu rosto. — Eu tenho muitos motivos para amá-la, mas tenho também outros para querer esquecer esse amor e viver apenas com o que vossa alteza pode me oferecer, que é a sua amizade. — Ele sorri. — Tudo o que eu desejo é que seja feliz, que viva um amor verdadeiro que te complete e que te faça perceber que a vida sempre pode ser mais bela.

 

—Eu agradeço por suas palavras, elas deixam meu coração muito mais leve. — Sorrio para ele.

 

—Fico feliz em saber disso.

 

—Eu posso fazer um pedido?

 

—Tudo o que quiser.

 

—Volte seu olhar para Tany e tente vê-la de uma outra forma. — Peço. — Minha irmã o ama, mas resiste a esse amor e o esconde no mais profundo dentro de si por achar que se trata de um sentimento que jamais será correspondido.

 

—Seu pedido é no mínimo estranho para mim. — Alon ri. — Com todo respeito, a princesa Tany é uma moça de beleza encantadora, além de muitas outras qualidades que possui. É certo que nenhum homem encontraria dificuldades em se apaixonar por vossa irmã.

 

—Também fala por você? — Indago.

 

—Talvez. — Ele responde. — Somente o tempo revela todas coisas e responde todas as perguntas.


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Notas finais do capítulo

Hadany dando uma de cupido, hein? hehehehehe Preparem-se pois a décima e última praga está chegando.



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