Sentimento Incompleto escrita por Gabi chan02


Capítulo 6
Um uníssono perfeito


Notas iniciais do capítulo

Oi gente ;u;

Atrasei quase 3 dias do prazo de 15, com um capítulo pronto, depois que disse que postaria mais rápido ;-;
Desculpe ._.

Vamos a uma coisa rara para mim: o motivo desse atraso tem relação com a minha escola. Raro porque eu não me importo, mas às vezes, olha ela sugando minha alma aí.
Enfim, uma professora desesperada resolveu passar um trabalho MUITO trabalhoso e longo/complicado em uma (1) mísera semana, do qual nenhum dia era possível para o meu grupo de 6 pessoas se encontrar para fazer um coiso decente.
Então, desde a terça-feira passada (o dia que a prof passou o trampo) até essa terça (ontem, a entrega) eu não parei quieta e minha semana foi uma verdadeira correria estressante para lá e para cá. Odeio, O D E I O, com todas as minhas forças, quando isso acontece. Faço o meu melhor para não ser sugada e não deixar de lado as coisas que eu gosto u-u
E, ta-daam, tinha outro trabalho para hoje que eu tive de ir fazer ontem, mais um dia de atraso ¬¬

E eu acabei postando tarde hoje pois resolvi tirar a tarde para respirar xD

Eudissequeessafictemareallifenunspontosaí

Enfim, eu to devendo amor pra vocês, né? Sem o que falar nas notas... me sinto culpada, parece que tá faltando consideração da minha parte com vocês, que merecem tanto, mesmo sendo fantasminhas ;u;
Podem achegar~ eu gosto tanto de vocês e mal conheço, vou adorar mais ainda ver seus "olá's" ♥

BORA PUXAR ASSUNTO: ALGUÉM AÍ JÁ LEU O ORFANATO DA SRTA. PEREGRINE PARA CRIANÇAS PECULIARES OU CURTE JOGOS VORAZES?? Não quero spoilers, é só uma perguntinha pra gente socializar. NO SPOILERS. Só de Jogos Vorazes pode, já li/assisti tudo 'u'

AHHH E NESSES DIAS EU POSTEI DESTINO PERDIDO, GENT, ESTAMOS VIVAS (eu e Nana, hue) (ÒuÓ)/

Enfim, chegamos a 300 visualizações e, gent, não me dei conta ainda, mas a fic tem pouco tempo e isso é realmente um bom número de views. Ou melhor, de serumaninhos que por aqui passaram (e espero que resolva ficar para o chá, vai ter bolo). Obrigada, seus lindos ;u; ♥

Por fim: esse capítulo contém amorzinho ♥

Boa leitura~



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Durante à tarde, antes de ensaiarmos de novo, eu e Rin voltamos ao inferno para buscar algumas coisas nossas que ficaram lá, livros, materiais... Dessa vez, sem atuação no caminho. Não era como antes e nem como foi duas noites atrás, quando eu estraguei tudo, mesmo assim era alguma coisa, suficiente para não ter um vácuo muito longo entre nós.

Notava o tempo todo o quanto Rin estava cansada de tudo isso, com respostas curtas e um desinteresse visível quando eu parecia empolgado ou tentava mudar a situação, às vezes distante. Eu apenas guardava para mim, com medo de que se comentasse, ela tentasse se forçar a não demonstrar o que realmente sentia. O esforço que eu fazia para não mostrar o quanto estava no mesmo caso era grande o bastante para não querer mais ninguém contagiado.

Eu ainda me sentia com parte da culpa e acredito que esse sentimento vai continuar para sempre, mesmo sabendo que não tinha tanta autoria quanto pensava. Apenas queria mudar isso, sem nem saber por onde começar. Só tenho que mudar, antes que não tenha mais volta.

Era em tudo isso e mais um pouco que pensava durante a última vez que fazia o percurso de trem até a Academy K. Minha mãe não gostava da ideia de irmos sozinhos até tão longe, mas não era sempre que estavam presentes para nos levar. Não conseguia não enjoar daquele cenário que nada me fez e ficou tão chato sem nenhuma dificuldade. Não voltaria a vê-lo e sentia um grande alivio por isso.

— Desculpa – disse, ao chegarmos na entrada, antes que a angústia que nos esperava lá dentro começasse.

— Por...? 

— Você sabe – sussurrei, meu rosto esquentou. – Duas noites atrás.

— Não precisa. — Rin falava sem muita vontade e eu emiti apenas um "hm?", sem entender. Se desculpar. Tá tudo bem.

Tentei ver seu rosto, mas ela olhou para o lado oposto e saiu em frente, entrando de uma vez onde ficavam os armários com os sapatos.

Não precisamos aumentar a distância antes de adentrar o local de perigo, já estávamos afastados o suficiente. Apenas ter lembrado do último desastre bastou para deixar o clima pesado, ainda que o pedido de desculpas tenha sido feito.

Fomos até o corredor de nossas salas, os armários com alguns dos nossos cadernos e outros materiais e coisas que ficavam no fundo de cada sala. Segundo o horário, agora todas as turmas estavam no ginásio de esportes na educação física, então tínhamos o espaço "vazio", por sorte.

— Ah, matar a educação física foi uma ótima ideia hoje.

A pessoa que eu menos queria ver estava ali, praticamente nos esperando.

Reparamos que a "amiga" que confessou todo o crime não estava, provavelmente foi removida do grupo.

— Achei que seriam suspensas, no mínimo – Rin rebateu, a paciência lá em baixo. Minha culpa. No fundo agradeci, não queria somente aguentar. – Ah é, aqui ir pra casa é lucro. Agora devem estar morando nas salas de aula.

Também não precisa armar barraco.

— A gente só volta pra casa pra dormir – dedurou uma das seguidoras presentes. As outras a olharam feio. 

— Ei, seu cabelo ficou... – Akita começou.

— Bonito, eu gostei – minha irmã a cortou, com um sorriso orgulhoso enquanto pegava suas coisas no armário.

— Mas continua recortado – falou qualquer coisa e cruzou os braços, só para responder e não perder a vez –, pelo jeito não arrumou tudo. Tá uma bagunça aí atrás.

E Rin ignorou como se sequer tivesse ouvido.

A cara da Akira. Eu daria tudo para fotografá-la e me lembrar desse momento vitorioso para sempre. Era verdade, o cabelo ficou bom em Rin, ainda que tenha ficado um pouco mais curto e repicado que o meu, até que tivesse comprimento suficiente para consertar tudo. 

— Mayu-sama – uma amiga interferiu, foi só nesse momento que descobrimos o primeiro nome dela, até então não tinha importado –, não tem coisa pra fazer lá com o resto, não?

— É, temos – Mayu concordou com desgosto. – Temos mesmo.

As três levantaram, passaram reto por nós e se foram. O ar até pareceu mais leve e menos demoníaco.

— O que tem ai? – Apontei com os olhos para a pasta amarela que Rin tinha pego no armário. Sabia que havíamos vindo para buscar coisas simples.

— Escrevi algumas de novo... Tinha esquecido aqui.

A resposta vaga deixou claro que não queria dizer além daquilo. Coisas simples, porém, importantes. Provavelmente era o que Akita não teve acesso para destruir ou o que Rin conseguiu recuperar.

Fomos até a minha sala depois disso, peguei uns livros que se não devolvesse teria de pagar uma multa. Depois descemos outra vez e passamos pela porta, pelo portão e fomos embora sem nem olhar para trás.

Tinha acabado. Era o fim. Nunca mais pisaria aqui de novo... Por que era tão difícil falar com Rin?

...

Tínhamos exatamente um mês antes de voltarmos para a YP. Estávamos nas férias de verão, não tinha sobrado tempo para me lembrar disso. Bom, os alunos das escolas normais estavam, só a gente não. Era algum momento de alguma quinta-feira, tinha ainda uma semana antes dos meus pais voltarem para me preocupar em como resolveria as coisas com Rin e nada mais, além do ensaio.

No ensaio nós disfarçávamos, em casa nada acontecia. Não importava o assunto, sempre terminava em nada.

Já era outra quinta-feira, oficializava que, se ela sentia o mesmo por mim, convencia a si mesma a desistir, da mesma maneira que eu fazia cada vez que pensava sobre. Rin jamais suportaria tanta enrolação. O que queria que nos aproximasse, fazia exatamente o contrário. A vontade de libertar todas as verdades e perguntar o por quê daquilo aumentava e a coragem que isso necessitava diminuía.

Enfim, se tínhamos desistido, podia ainda tentar fazer as coisas melhorarem.

Não sei o que minha tia tinha arrumado para fazer, naquele dia ela tinha saído. Convenci Rin a "comemorar" a saída da tal escola antes do ensaio. Compramos doces e planejávamos simplesmente não fazer nada a tarde toda, uma chance de recomeçar tudo do mesmo jeito que começou, quase como na noite do nosso aniversário. Ela ficou tão feliz com a proposta, topou tão rápido que finalmente tive esperanças.

O nosso "fazer nada" consistiu em ficarmos os dois fazendo qualquer coisa pela casa, como no quarto dela, no momento.

— Ei, Len – sua voz doce me chamou, enquanto deixava o livro que lia de lado e mordia o penúltimo pedaço do chocolate, o último ela me entregou, o peguei e parei o jogo também, recordei do chocolate quente –, eu é que deveria me desculpar.

Ela me olhava com calma, um sorriso fraco, as olheiras de sono inchadas e avermelhadas... ela tinha chorado e meu coração se apertou em mais culpa.

— Só fiquei um pouco preocupada – continuou, voltando a olhar para frente. – Não queria ter te assustado.

— Rin, você é a que parecia assustada.

— Meu medo não é esse, Allen. – Seu tom sério ao dizer meu nome me causou arrepios, a paciência dela parecia nos limites mesmo que a voz continuasse manhosa, tive medo do que diria a seguir. – E depois? O que vão fazer? O que nós vamos fazer?

Tive um pequeno choque de realidade, o qual deixei passar para não perder a calma. Não tinha parado para pensar nas consequências, não queria ser pessimista. Ou realista? Respirei fundo, pensei na resposta com cuidado. Não queria que fosse assim... o que eu queria que fosse?! Então, até ali eu não tinha pensando em quase nada.

— Nós podemos tentar – comecei, finalmente, ainda sem certeza. – Eu não ligo se vamos ter problemas, nem de passar por eles. – Ela voltou a me fitar, implorando com o olhar para que eu parasse de complicar.

Foi a vez dela de respirar fundo, quase pude ver um sorriso aliviado.

— Len, e se tentarem fazer alguma coisa? Não vale a pena te perder!

— E vão. – Vi o sorriso de segundos antes se desfazer em uma quase cara de choro. Doeu, em nós dois, e mesmo assim assim eu sorri de volta e terminei. – Mas nós não precisamos obedecer.

Queria muito abraçá-la, fazer o clichê de dizer que ia ficar tudo bem enquanto acariciava seu cabelo, porém, isso não seria suficiente e Rin me afastaria se não quisesse contato. Observei ela deixar o travesseiro que abraçava no canto da cama e se virar completamente em minha direção.

— E se não funcionar?

— Como vamos saber? – retruquei, Rin começou a ficar com as bochechas avermelhadas, não soube distinguir se era timidez ou nervosismo, ou os dois.

— Se passarmos nas audições?

Por um momento não houve resposta. Precisei me esforçar para que a voz saísse.

— Não precisamos contar – comecei, virando um pouco para o lado, na defensiva, quando percebi que ela agarrava de novo o travesseiro. – Não significa que vamos ser obrigados a dar satisfação da nossa vida pro mundo.

Rin soltou um riso seco, não era a melhor ideia, eu sabia. A questão não era exatamente esconder do "mundo" (se é que chegaríamos nesse nível), era que se espalhasse cedo ou tarde chegaria até meus pais... Até nosso avô.

Ainda incrédula com a proposta, ela continuou em silêncio e foi se acalmando. Mesmo assim fui acertado, propositalmente tão fraco que nem me movi. Ainda íamos fazer 13 anos, ninguém nos apoiaria. Que escolha nós tínhamos?

Pegou o travesseiro de volta e tornou para o lugar anterior, eu comecei a rir depois de parar para pensar na cena, enquanto ela cruzava os braços e me olhava firme.

— Te convenci? – perguntei, um tanto vitorioso.

— Acabaram os argumentos, só isso.

Ela suspirou, meio irritada, mas escondendo um quase sorriso completo, se esforçava para não rir também. Era só mau humor de sono, isso eu sabia identificar muito bem, coisa que temos em comum. 

— Convenci – declarei minha vitória.

— Quer parar?!

Comecei a rir de novo, nem foi minha intenção provocar, mas Rin se colocou de joelhos, agarrando o pobre travesseiro de novo e com força.

— Li-Lillian! – chamei, quase em desespero.

Tentei fazê-la parar e me acertou mesmo assim. Reclamei com a pior atuação possível, me jogando pelo tapete ao lado da cama, ainda que essa tivesse sido com mais vontade, o material macio só me criou um ventinho abafado.

— Não me chame assim! – reclamou de volta, rindo, finalmente. – Parece a mãe brigando.

Rin...— sussurrei com cuidado e parei de rir, a vi voltar a seriedade com minha reação.

— Que foi...?

— Vem aqui.

Rin se aproximou sem sair de cima da cama, relutante. Aproveitei o momento de distração e peguei o travesseiro que eu estava usando. Levantei do chão, sentei na cama ao seu lado e deu tempo ainda que ela se jogasse para trás e pegasse de novo o próprio para usar como escudo e rebater o meu ataque. Fui acertado de novo.

Parecia que eu não via aquele rosto feliz há décadas.

— Venci! – comemorou, sorrindo com as bochechas vermelhas, ofegante. Dessa vez fui contagiado.

Não percebi exatamente em qual instante, mas ela segurava meu ombro com uma das mãos, provavelmente do momento de defesa, me impedindo de avançar. Acabamos os dois na ponta da cama, comigo quase indo para o chão de novo.

— Então, qual será o prêmio do primeiro lugar? – questionei. Ao mesmo tempo, segurei sua mão, me ajeitando para não cair.

— Quero a prova – respondeu, sorrindo. Ela se endireitou, entrelaçou nossos dedos e houve uma profunda troca de olhares, já tinha um coração querendo pular para fora somente com esse momento. – Pra me convencer.

Meu rosto esquentou. Acariciei sua bochecha com a mão livre e a trouxe para mais perto enquanto ela colocava a outra mão no meu ombro. Esperei Rin fechar os olhos, despertando algumas memórias daquele dia. Ela fez questão de terminar o percurso e pude sentir o momento que tanto desejei como até então não havia conseguido aproveitar, o quanto nos retribuíamos igualmente e o quanto Rin me fazia amá-la sem esforço algum.

— Esperei tanto por isso – falamos, ao mesmo tempo.

Nossos lábios se separaram por alguns segundos com essa afirmação, apenas para se aproximar tanto quanto antes em seguida.

Um uníssono perfeito.

No final, o que estava esperando apenas colocar as coisas no lugar realmente nos mudou, sem ter como voltar. A diferença é que não queríamos voltar. Finalmente iríamos compartilhar os mesmos sentimentos.

Só faltava esperar o dia em que estaria completo. Apenas uma parte da constante aflição que nos cercava tinha sido resolvida.


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Notas finais do capítulo

FINALMENTE, o momento pelo qual o Len, a Rin, eu e todos vocês estavam esperando ♥
O próximo é o último desse arco, depois voltamos ao presente (mais ou menos).

Siiim, os nomes "inteiros" são Lillian (eu não quis colocar Riliane, meio aleatório demais :p) e Allen. Rin e Len seriam os diminutivos (vou explicar isso depois~), daqueles casos que consideram mais seu nome do que o de verdade/inteiro, sabe? Tipo comigo, que assusto de leve quando me chamam de Gabriela e não de Gabi hauwehuawhe
Siiim², a Akira/Akita/Neru de camelô (valeu por essa, Nana~) era a Mayu o tempo todo, muahahaha~

Eu também lembrei a coisa importante que queria falar, mas decidi que vou contar só mais pra frente 'u'

Esse também não teve música. As coisas "melhoraram" e a bad tirou uns dias de férias.
Só pra não ficar no silêncio, teve música nova do Neru nesse domingo! Law-evading Rock, com o Len:
https://www.youtube.com/watch?v=u5mHVUwDf_0
Não me pergunte o que houve nesse MV. Também não sei (não ao certo, tenho teorias... talvez) XD
Aliás, admito que talvez eu demore um pouco para postar de novo (claro que não muito), porque apesar de já ter escrito até o 15º, eu preciso decidir/pensar e ajeitar umas coisas.

Enfim², hoje disse tudo o que precisa auwehwueh
Não se esqueçam que sou curiosa e estou doida pra saber como está o ponto de vista de vocês sobre a história 'u'
Byenii~♥~



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