Sentimento Incompleto escrita por Gabi chan02


Capítulo 29
O último "até logo"


Notas iniciais do capítulo

VOOLTEEEEI *imaginem a Rochelle gritando aqui*
TUDO BAUM COM VOCÊS? YAAY

Eu demorei... Eu sei ._. Mas é que tá foda escrever essa fanfic, viu. As outras tão uma belezinha, mas parece que eu sempre tenho uma maldição que me impede de escrever mais as minhas "fanfics principais/preferidas" dfjfidsiw
Me desculpe, de novo ;o;

Além de bloqueio, eu tive um mês meio pombo.
Meu pai ficou de férias por um tempão, e com ele em casa o dia todo a semana toda 24/7 é praticamente IMPOSSÍVEL encontrar paz de espírito pra escrever (e não conseguia esquecer dele e me concentrar em outra coisa, porque a TV sempre tava alta pra caralhsdjkfdhj).
Eu dependo muito de paz pra existir.
E é por isso que lembrei de postar na véspera desse belo feriado prolongado, em que mãe e pai vão viajar e eu vou ficar AALL BYYY MYSEEEEEEEELF ♥♥♥
(ok, tem minha irmã e meu cunhado, mas ninguém liga. 98% do tempo, sou só eu)
Tô muito feliz com isso, aaaaa escrever sozinha e em paz é sucesso (◡‿◡✿)

Outro motivo do atraso, que tenho de admitir a minha preguiça, é que minha irmã viajou nesse tempo e como meu pai estava aqui, eu passava a tarde toda na casa dela (ela mora na casa literalmente ao lado da minha e a internet dela é melhor então... -q) maratonando Netlix: The Rain, Race to the Edge, Perdidos no Espaço e Caçadores de Trolls.
Recomendo todas ♥
E falando em Race to the Edge: O 3º FILME DE COMO TREINAR SEU DRAGÃO PQP EU AINDA NÃO SAÍ DO CHÃO
Todo mundo ficou sabendo das primeiras imagens do filme/design oficial dos personagens principais/whatever, né *vamos fingir que sim*? E possivelmente um trailer semana que vem!!
Eu só não faleci porque tenho de ver o filme antes ahahahaAAAA
FAZ QUASE 5 ANOS QUE TÔ ESPERANDO ISSO DFJKNFHDSKJ
Não é meu filme/franquia favorito/a a toa ♥

Um dos links links de hoje vai ser relacionado, obviamente u-u
Um post que eu fiz no Tumblr, com um compilado das imagens e muito surto de amor por esse filme que nem lançou e eu já tô amando (also, 1000 notas!! Não tô sabendo lidar com essa fama whoaa):
http://gabi-chan02.tumblr.com/post/174222071993/about-how-to-train-your-dragon-3

E música legal da Rin e do Len, porque sim~
https://www.youtube.com/watch?v=wNvkb9Pl03s&feature=youtu.be

Tá, chega de surtar/falar sozinha fjmfdjkdlks
Boa leitura, laranjinhas ♥



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Rin POV

Foi uma noite limpa e sem sonhos, ou pelo menos não me recordei de nenhum. Não me lembro de quando dormi, mas também sei que não foi logo. Queria ter atravessado o vão entre minha cama e a de Len, pouco menos de 1 metro marcados por uma mesinha de cabeceira que pareceu um abismo mortal. Despertei com o alarme do celular dele e levantei com a notícia de que nossa mãe o buscaria antes do almoço. Leon estaria no aeroporto. Ótimo. Não teria de olhar para a cara dele.

Len disse que precisava terminar de arrumar algumas coisas antes de descer e na nossa língua isso é uma das maneiras de dizer "preciso de um tempo sozinho". Antes que eu saísse, veio atrás de mim e me abraçou em completo silêncio. Afagou meus cabelos quando eu retribuí. Fechei os olhos e por alguns segundos me permiti fingir que tudo tinha sido um sonho ruim.

"Preciso de um tempo sozinho, mas prometo que vou ficar bem".

Constatei que o dia estava lindo pela janela da sala enquanto descia a escada, uma péssima situação para um dia bonito. O solzinho de inverno milagrosamente sem nuvens carregadas derreteria a neve e nenhum voo seria cancelado hoje, uma pena. Outro feito raro é de que eu fui a primeira a levantar e tive a visão melancólica da casa com pouca luz, vazia e quieta.

Manhã solitária do dia 29 de novembro de 2015, sábado. O dia em que veio a conta de que Len e eu havíamos perdido uma guerra de quase 16 anos. Quase, faltava menos de 1 mês.

E, para minha surpresa, Luka já estava na cozinha. A água do chá aquecendo no fogão enquanto mexia no celular.

— Bom dia. – Ela sorriu, pacífica.

— Bom dia. – Sorri de volta.

A conversa morreu aí. Não me importei, não sabia o que mais dizer. Enfim, procurei um pacote de bolacha e com o chá que Luka terminava de preparar, eu teria o café da manhã perfeito para um dia mais ou menos.

Miku apareceu logo depois, descabelada, com cara de sono e de quem não queria acordar tão cedo.

— Eu estou mesmo vendo a Rin aqui às sete e pouco da manhã de um sábado? Não é ilusão?

Luka riu baixinho, eu tentei sorrir. Não que não fosse uma surpresa que ela já estivesse em pé à essa hora também. Sem muito ânimo além disso, fuçou no armário que eu tinha acabado de pegar a bolacha. A situação só estava assim porque ninguém sabia o que fazer e o clima era desconfortável entre todas nós.

— Esse era o último? – Miku me lançou um olhar desafiador. Eu dei de ombros. – A gente pode ir fazer umas compras de suprimentos doces na segunda, Rin? Depois da aula? Estão em falta.

— Não sei se é uma boa ideia sair por aí com toda essa confusão ainda recente – Luka sugeriu.

— E eu não quero ir pra aula segunda – reclamei, baixinho. Len e eu já tínhamos passado a semana toda sem ir. Eu ia passar mais uma.

A sorte é que a Yamaha Project dificilmente reprova por falta quando se trata de alguém com muitos problemas externos.

— Eu não ligo, não vou deixar de fazer uma coisa tão sem graça como ir ao mercado só porque metade da minha vida é pública. Eu ainda sou uma pessoa como as outras – Miku rebateu, irritadiça. Desanimou logo em seguida. – Mas não quero ir sozinha, então deixa pra depois mesmo.

Sentou ao meu lado, de frente para Luka. Dividimos a bolacha. Suspirou.

— Acho que também não quero ir segunda – Miku desabafou. – Se você não for, vai sobrar tudo pra mim.

— E nós ainda não explicamos nada – eu completei. Ninguém ficou sabendo da decisão final, até hoje.

— Não acho que a gente deva alguma explicação ou satisfação... – Miku continuou com calma – mas o pessoal vai ficar chateado se o Len não se despedir.

— Talvez seja melhor assim – Len respondeu, finalmente na cozinha. Brotou ali. Trouxe um pacote sobrevivente de outra bolacha vinda dos esconderijos do nosso quarto, um dos dele. – Eu odiaria o clima disso e só ia envolver mais gente.

Len pegou uma xícara. Houve um minuto de uma discussão infantil e boba entre Miku e Len, porque ela esqueceu de pegar o próprio chá e pediu para ele por pura preguiça de levantar. Por fim, sentou-se na ponta ao meu lado do balcão da cozinha e passamos os dois pacotes para lá e para cá. Miku ganhou o chá.

— É melhor comer alguma coisa melhor do que isso, se vai sair antes do almoço – Luka comentou com ele. Percebi que ela provavelmente estava bisbilhotando os tweets dele para saber do que nós dois ainda não tínhamos contado ou sequer descoberto, como a hora que iria sair.

Len cedeu, levantando para procurar mais alguma coisa.

— O que a gente vai fazer com Mistletoe? E Re:birthed? – Miku perguntou. – Vocês dois estavam tão empolgados...

— Já acabamos Re:birthed, praticamente. E todo mundo já tá acostumado com a demora das nossas séries. – Apesar da minha resposta, não tínhamos ideia do que fazer com os trabalhos que ficaram pela metade... provavelmente nunca seriam completos.

No fundo, eu sabia que essa pergunta de Miku foi um disfarce para a verdadeira questão: "E o que vai ser do Vocaloid agora?"

Todo o trabalho que tivemos para passar os seis ou nenhum nas audições... já era.

Depois que Luka fez todo mundo comer mais do que algumas bolachinhas e chá, cada um voltou para o seu canto. Len recebeu a mensagem de que nossa mãe estava quase chegando e voltamos para o nosso quarto. Nessa hora Luka deu a notícia de que Meiko e Kaito já estavam sabendo de tudo e chegariam em breve, para a despedida. Afinal, seria injusto se não fosse assim, os dois mereciam saber ou estar presentes nos últimos minutos.

Len, por fim, fez a pergunta nem Miku conseguiu.

— Rin, você vai continuar. Não vai? – Se referiu ao Vocaloid – Não quero que tenha sido em vão e muito menos que perca isso por minha culpa.

Soou como um pedido, e não como uma confirmação.

— Você não tem culpa. – Deixei bem claro, e isso é um fato. Entretanto, eu não sabia se iria continuar ou não. Ou pelo menos não voltaria agora. Restaram alguns trabalhos quase prontos para o próximo ano, mas não segurariam o "hiatus" por muito tempo.

Len tinha de ir e eu sabia disso. Queria deixá-lo ali até perder o voo, se não fosse tarde demais para ideias idiotas. Sorriu, um pouco, passou os dedos pelos meus cabelos. Por que deixar isso mais difícil?

Enfim, ele já tinha me abraçado e eu coloquei as mãos em seus ombros, me limitei a isso.

— Tudo bem, nós somos gêmeos. Tenho certeza de que ninguém pode mudar isso.

— Não fale de músicas tristes agora!

Me permiti um sorriso, apesar da infeliz referência a Servant of Evil. E também uma lágrima. Len ia pará-la, mas eu a sequei antes com as costas da mão feito uma criança emburrada.

— Rin, uma última vez – sussurrou. Encostou a testa na minha e foi se aproximando. – Pelo menos isso...

Ele não esperou minha resposta e mesmo a leve pressão de seus lábios aos meus me causaram um arrepio. O que deveria ser rápido, simples, ia ganhando um calor que não esfriaria tão cedo. Parei de soltar o ar apenas para que faltasse e nos separasse. Quando abri os olhos, já estávamos quase na beirada da cama dele, ambos ofegantes, com o rosto vermelho, Len acariciando minhas costas por dentro da blusa, subindo, a outra mão na minha bochecha. Antes eu me recusei a retribuir o abraço e depois colei nossos corpos, as roupas começando a incomodar. Encostei minha cabeça nele, frustrada, cansada, sendo lentamente consumida pela única verdade: a de que tudo isso ia acabar.

Meu coração se apertou e pela primeira vez desde o início, senti que não deveríamos ter feito isso. Eu estava, provavelmente, encontrando razão nos olhares negativos que recebíamos. Até mesmo Mayu havia conseguido provar que estávamos desmoronando.

Meiko gritou por nós lá de baixo, reclamando da nossa demora e anunciando a chegada com Kaito.

— Len, você vai se atrasar. – Enfim, se não o apressasse, a dor duraria para sempre.

— Eu sei. – Ele tinha os olhos marejados.

Juntamos as malas para descer até a sala. Quase no mesmo momento o táxi chegou, Allana quem tinha chamado, e ambos iriam esperar, querendo ou não. Ela iria acompanhar Len, e ficar por lá. Ótimo também. Outra cara que não queria ver.

Foi a despedida mais desnorteada e melancólica que já vi. Miku chorava baixinho e por pouco não esmagou Len com o abraço. Luka mesclava entre desapontada e séria, Len recebeu dela todos os olhares preocupados possíveis depois de um abraço que me lembrou os da Tia Ágata, e tenho certeza que isso bastou.

— Se você se perder ou esquecer da gente, vou fazer você voltar num barquinho de lá até aqui – Meiko aconselhou, o segurando pelos ombros com um olhar firme. Colocou em palavras radicais o que Luka disse com olhares. Len sorriu. – Se tentar alguma merda, tenha certeza de que a gente vai te buscar nem que seja no inferno.

Kaito quase chorou, junto com Miku. Seguiu a mesma ideia de Meiko.

— Tenta sobreviver, nem que não seja pela gente. Que seja por você e pela Rin, porque vocês merecem mais que isso. E sabem disso.

Ninguém acreditava no que estava acontecendo. Aglomeramos na porta, em silêncio, confusos.

— Tchau...? – Nós acabamos acenando juntos, o que me deu um certo conforto por deixar a despedida final escapar. Ainda não sabíamos o que fazer ou dizer. Era difícil processar que só nos reunimos porque isso nunca mais ia acontecer.

— Até logo – ele retrucou, bem claro. Mas era a última vez que eu ouviria isso pessoalmente.

E depois se foi.


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Notas finais do capítulo

ELE DISSE ATÉ LOGO, VIU, GENTE?
//fugindo
Que comece... uhuhuh

Eu até gosto desse capítulo, apesar dele ser meio bad (... só meio?). Tem um clima parecido com o dos dois anteriores, como já comentei neles~
E tem uns alívios cômicos também, pra não ficar pesadão.
E na época que escrevi esses capítulos eu tava muito inspirada pra colocar os títulos neles hawuaehuwh agora não tô mais tanto pfff
Sigamos o baile.

Minha parte favorita desse capítulo em sua versão "rascunho na minha imaginação":
"Ah, Len, pega chá pra mim? Eu esqueci e você é tão legal... " *cara de cachorrinho com fome*
"E daí?" - Lispector, don't give a shit, Len.
*Segue numa série de insultos bobos que terminam com "sua falsiane" enquanto ele (emburrado) leva o chá pra Miku, porque o Lenzin realmente é uma pessoa legal no fundo*


AAHH, e eu finalmente situei uma data certinha pra história, né?
"Manhã solitária do dia 27 de novembro de 2015, sábado."
É realmente um sábado, podem checar~
(Era sábado no Japão, claro. Aqui era sexta).
Mas é uma das únicas (se não a única) data que eu coloquei um "dia real". As outras, nope.
Mistletoe e Re:birthed são dessa época mesmo... Continuo na espera pela continuação de Mistletoe, e isso foi intencional na história ahahaha *rindo pra não chorar*
(Aliás, alguém lembra de uma ~certa ideia~ lá pelo capítulo 8? Então 'u')

Enfim, acho que disse tudo yaaay~
Lembre-se que eu AMO comentários e TODOS serão bem-vindos e respondidos bem rapidinho ♥
Byenii~



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