Sentimento Incompleto escrita por Gabi chan02


Capítulo 26
Hipocrisia e conformismo


Notas iniciais do capítulo

OLÁÁÁ MEU POVO LINDO DESSE NYAH QUE EU TANTO AMO ♥

Acharam que não me veriam logo hoje, no dia mais especial do ano pro fandom? Pfff, até parece 'u'
Eu nem sei por onde começar com o quanto eu amei esse 10º aniversário da Rin e do Len, restaurou todas as minhas alegrias, esperanças e amor por esse fandom ♥
Eu tô postando tarde porque eu passei o dia todo aproveitando essa data delicinha, ehee~

Fiz bolo de caneca e brigadeiro, depois vagabundeei na frente do Netflix enquanto comia: uma comemoração bem digna da Rin e do Len dessa fanfic, não? ahwuehawueh
Mas claro que eu fui produtiva pro fandom também, né? Eu não aguento ficar sem fazer nada 'u'
Eu fiz uma playlist estilo retrospectiva / linha do tempo com mais de 300 músicas dos nossos Kagamine desde 2008!
https://www.youtube.com/playlist?list=PLsV-VNscYfUZ3qk_INfZo68snFgKok8FA&disable_polymer=true

Também floodei e comemorei como nunca antes no meu Twitter e Tumblr, gente, eu tô tão feliz aaaaaa
E não podia faltar, o post do meu blog ♥
http://miku-chanerin-chan.blogspot.com.br/2017/12/e-o-fucking-10-kagamine-aniversario.html

E nem preciso dizer que teve dois MVs novos Yamashizuku / Team OS e meu coração tá à mil até agora, ao todo foram 3 o ano todo (e mais 2 do Neru!) socorrrr ♥
https://www.youtube.com/watch?v=dpq5LZXaiW4

https://www.youtube.com/watch?v=6rlqEcgbbEI


Enfim, por uma última vez nesse ano, um ótimo feliz 10º aniversário para os nossos bebês ♥
Tô triste pq tá acabando ;o;

Enfim, nao teve fanfic nova/inédita esse ano, mas esse capítulo tá bem digno. Eu adoro esse capítulo uhuh~

Boa leitura ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/691423/chapter/26

Rin POV

Akihiro mesmo não sendo maior de idade pegou um ótimo tempo num reformatório fechado com acompanhamento psiquiátrico isolado, e Mayu ficaria menos tempo, mas no mesmo nível. Aproveitamos o pacote e incluímos um processo para a Mizuki, não só no nosso nome, mas de todos os Vocaloids afetados e fomos apoiado pela Yamaha. O site dela seria encerrado, no mínimo.

Os pais de ambos não demonstraram nada além de decepção. Nenhum apoio, nenhuma culpa (que com certeza tinham)... coisa que até a minha mãe já tinha conseguido hoje, quando eu e Len fomos postos em salas diferentes, pequenas e isoladas para uma "conversinha".

Se já não fosse suficiente o dia extremamente frustrante e cansativo, a policial que gostava de um bom "debate" não me deixou em paz, não economizou argumentos... contra Len e eu.

Não chegou a ser muito grossa, mas não tinha medo de ser invasiva durante o "interrogatório". Duvidava que era um relacionamento justo, mútuo ou que Len não tivesse me forçado a nada e que eu era boba por não perceber. Perguntou questões pessoais que me causaram um certo desconforto, que não eram da conta dela. Ou seríamos obrigados a manter distância um do outro, ou teríamos de conviver com Mayu e Akihiro por mais um tempo na desgraça do reformatório, ou algo assim.

— Eu já disse, respeitamos e confiamos um no outro – repeti. Sentia como se não me escutasse de fato. Adultos são assim, autoproclamados superiores, mas não aceitam argumentos contra, mesmo dos com razão. Eles já se conformaram com os erros do mundo. – O único abusivo aqui foi o Akihiro, e ele ainda conseguiu escapar duas vezes! Não é justo! Não fizemos nada de errado e vocês com certeza tem preocupações e casos piores que esse pra lidar. Mulheres violentadas e sem voz todos os dias, preconceito, homofobia por toda parte e vocês cuidando da vida alheia.

— Isso não desmerece casos menores. E mesmo que na cabeça jovem e rebelde de vocês isso não seja um erro, futuramente a vida de vocês vai ser uma bagunça, é praticamente impossível. Vocês nem podem se casar legalmente, muito menos ter filhos.

— Não queremos filhos, de jeito nenhum, em qualquer relação que fosse. Eu também nem posso, na verdade, nós dois não – cortei, começando a ficar sem paciência, mesmo que tenha aguentando muito bem o dia. Não queria falar disso. – Filhos e casamento não são obrigatórios pra um relacionamento. E casamento nesse seu caso é só para provar algo para os outros, apenas uma união social e política ou religiosa que não nos interessa. Não precisamos assinar um contrato para provar nossa vida para os outros.

— Vocês dois ainda são muitos novos e vão mudar de ideia. – Ela tinha um tom mais grosso. Assim como a maioria, não sabia debater e insistia nas mesmas frases prontas usadas por todo mundo. – Ainda é cedo para saber ou ter certeza de qualquer coisa.

— Que estranho... É cedo para termos nossa opinião, críticas e jeito de viver a nossa vida, mas não é cedo se aceitarmos tudo isso ditado por outra pessoa ou por um grupo, sem questionar ou para seguir o mesmo caminho que todo mundo segue. Não é cedo desde que siga as regras tradicionais ou normais da sociedade – respondi, seca. Suspirei e segurei um sorrisinho orgulhoso. – Quanta hipocrisia, não?

Ela não respondeu nada, mas seus lábios tremeram e entortaram numa cara feia enquanto também respirava fundo. Bem fundo. Senti meu gostinho de vitória em silêncio.

— Sua lábia pode ser boa, mas não muda que vocês ainda não tem 20 anos. Faltam uns quatro, cinco anos, sei lá. Não podemos fazer nada sobre isso. A lei não opina como você sobre casos de incesto.

— Okay, vamos de novo. – Respirei fundo, mais por costume do que por necessidade. – A lei vai tratar incesto como casos de abusos, sem consentimento, pedofilia e derivados. O nosso caso é totalmente o contrário disso.

— Chega. – Ela bufou, massageando as têmporas. – Eu não ganho pra isso... Sua mãe gritou alguma coisa. Vai lá se resolver com ela, vai.

Ela apontou para a portinha atrás de nós com sua aura carrancuda. Fui expulsa com a minha vitória, quase como os professores da Academy K. faziam uns anos atrás, só faltou o "saia da sala!".

— E depois me diz se ela vai te defender nessa! – comentou por último e riu, breve e maligna.

Cheguei e encontrei minha mãe aparentemente mais calma (depois que ouvi ela discutindo algumas vezes), sozinha, enquanto Len e meu pai conversavam dentro da sala do outro policial, com este resolvendo uma papelada ao nosso lado.

— Ele ficou doente recentemente? – ela me perguntou, meio sem emoção ou interesse. – Até debruçou na mesa, parecia meio pálido.

— Ele está doente, mas isso não é o foco agora. O que é a conversa deles?

— Eu não tenho certeza, mas ele vai te contar depois, claro. – O tom de sua voz era óbvio. – Dei 10 minutos para isso.

A nossa curta conversa cessou. Ela não direcionou o olhar para mim nenhuma vez. Suspirou, tocou meu ombro e deixou a mão ali tentando inutilmente me confortar e me fitou com firmeza.

— Eu acredito que vocês tem total consentimento e confiança um no outro. Mas não posso aceitar isso de forma alguma. Muito menos defendê-los. Lillian, você sabe que não temos quase nada de controle sobre vocês dois.

Terceira ou quarta vez que me chamam assim hoje, e a primeira ainda foi logo o Len. Eu não gostava, num dia como esse era especialmente ruim... Eu a fitei de volta. Ela sabia minha resposta, sabia que estávamos contra ela. Eu não responderia até ouvir tudo o que tinha a dizer.

Não respondeu. Apenas me largou de volta no meu canto e voltou para o dela.

— A verdade – eu disse baixo, porém firme. – Eu quero toda a verdade, completa, agora.

— Não vai mais ser problema meu. Desculpe.

Minha cabeça começou a latejar sem piedade e eu evitei demonstrar a raiva que senti, apertando a barra da saia com os dedos trêmulos. Apenas escutei enquanto ela anunciava que faltava 5 minutos para acabar a conversa e Len e eu nos avistamos. A bochecha dele continuava meio inchada e o corte avermelhado, apesar de ter parado de sangrar. Queria perguntar por que ninguém se preocupou com isso.

Meu pai saiu da sala e Len continuou sentado lá dentro, ainda nos encarávamos como quando foi atrás de mim antes de virmos para cá.

Talvez... talvez alguma razão eles tivessem com essa história. Se eu interpretasse de algum outro jeito...

No entanto, toda vez que diziam que era impossível, eu me sentia mais motivada a continuar e provar que era possível... Ainda que...

— Rin? – Len me chamou, aparecendo na minha frente sem eu perceber. Fiquei parada e distraída feito um poste enquanto refletia.

— Eu devo ter algum curativo na mochila – murmurei. – Vem, eu te ajudo.

Ignoramos as outras presenças e fomos até Asami, sentada num cantinho com um dos seguranças e com as nossas mochilas do lado. Peguei o lenço que Mayu havia me dado e que seria útil agora, mas o curativo não estava mais lá, lembrei de ter entregado para alguém do clube. E de qualquer forma, o band–aid nem caberia no corte. O outro segurança voltou com água para nós três. Agradecemos ainda nervosos.

Minhas mãos causaram um maremoto na água do frágil copinho de plástico e só então percebi que minha calma era superficial.

— O que disseram? – Asami nos perguntou, triste. – Seus pais e os policiais.

— Que não é problema dela – repeti, com um certo rancor. – Acredita na gente, mas não vai ajudar.

— Errado, impossível, fora da lei, problemático, abusivo, somos muito novos... – Len resumiu. – Ou nos separam ou vamos ter mais uns dias com os Akira.

— Complicado, no mínimo – Asami lamentou, sem saber o que dizer. – Alguém deve ter gelo na cozinha, melhor irem logo.

Len aproveitou e pegou o celular para olhar como estava pela câmera frontal. Deu uma rápida espiada, fez uma careta e guardou novamente. Dois hematomas roxos, um de cada lado, um do meio da bochecha até perto do olho e o outro do corte até a boca, também ferida.

— Vamos – ele disse.

Antes que saíssemos, fomos interrompidos pelo começo da discussão entre meus pais e os dois oficiais.

— Não adianta querer livrá-los disso agora – o policial alto reclamou. – Vocês terão de tomar providências melhores que essas, ou ambos não vão para muito longe dos outros dois do reformatório.

— Eles são novos, mas são espertinhos e tem noção do que estão fazendo – meu pai nos defendeu. – Já íamos fazer isso antes. O cartório tá aqui do lado, em alguns minutos a gente resolve tudo. E eu não vou deixar os dois num lugar desses, não de novo.

Meu pai se referiu à Academy K. Com certeza. Nos controlamos para não sorrir.

— Não! Eu não concordei com isso. – Minha mãe brigou de volta. – É por isso que você ainda não assinou o divórcio?

— Concordou com o quê? – perguntei baixinho para Len, eu tinha perdido um bom pedaço da história. – Como assim?!

— A nossa emancipação, pra resumir a conversa – Len respondeu, Asami fez uma cara meio confusa. – Ah, e eles se separaram. No dia que ele foi te visitar no hospital. Deve ter sido por isso que não nos ligaram nem atenderam mais.

— Finalmente – eu respondi, para as duas coisas por dentro, somente para a emancipação por fora. – Já imaginava isso também... Então eles não queriam dar satisfação. Estamos quites por não ligar.

— Eu concordo com ela – a policial chata se manisfestou. – Já que são tão "espertinhos", podem muito bem arcar com as consequências disso sozinhos.

— Acho que nada impede de assinarem as duas coisas hoje, facilmente – o Alto falou. – Estou me cansando dessa história.

— Isso pode gerar processos, gente revoltada, confusa e pilhas de pessoas ofendidas – a Chata continuou contra. – Eles não tem uma vida favorável para essa situação!

— O problema é apenas com essas pessoas, e não com eles – meu pai continuou. – E penso o contrário, os dois são bons influenciadores, tem um bando enorme de fãs iguaizinhos aos ídolos e que saberão contornar a situação, mas o que é relacionado a vida pessoal deles, é problema só deles.

Minha mãe começou a contar até 10 entre os dentes.

— Não, Yuuto. Não... – sibilou, chateada. Ajeitou os fios soltos da franja e do coque irregular e desfiado com os dedos trêmulos. – No que isso vai ajudar se meu pai voltar? E não é justamente essa fama que eu sempre fui contra?

Então eu senti um arrepio, um fio de medo pela espinha. Len pegou minha mão e nos tirou dali no mesmo instante. Procuramos a cozinha. 

A senhorinha da cozinha nos entregou os cubinhos de gelo num pacotinho aleatório com uma cara feia, reprovando e dizendo algo clichê como "esses jovens de hoje em dia...". No final, o gelo não foi tão útil e até meio incômodo já que o frio deu conta de tudo. Len voltou depois de lavar o sangue seco do rosto, eu o esperava quase no final do corredor, atrás de um banner de algum aviso velho esquecido ali. Ele demorou.

— Não quero voltar – sussurrei, entreguei o lenço.

— Nem eu.

Depois de secar-se, ele tirou o celular do bolso.

— Vai ligar pra tia Ágata? – Deduzi, um sorrisinho de canto brotou em nossos rostos.

— Já liguei, lá dentro. Expliquei tudo e ela vai vir o mais rápido possível.

Não durou muito, a pequena esperança. Ainda estávamos tensos demais. Len olhou para trás, depois uma rápida geral sem sair do lugar.

Nos abraçamos.

— Eu tenho uma sensação orgulhosa de que as coisas sempre vão passar sozinhas. – Lembrei disso. Continuamos os sussurros e segredos. – Sabe, não é? Acho que estamos mal acostumados e não é muito bom, mas as coisas geralmente dão certo e os problemas passam.

Ficamos um tempo daquele jeito, Len não disse nada e até então não sabia com detalhes de tudo o que Mayu me falou. Até que uma lágrima pingou no meu ombro, e eu confortei mais nosso abraço tenso e vazio, que nada resolvia.

A lágrima era de Len.

— Mas nunca saímos do lugar, nunca conseguimos nos livrar dos problemas – ele desabafou. – As coisas passam e pioram em seguida, não temos controle. Todas as mentiras se empilham e ninguém parece ser confiável. Não da pra aguentar pra sempre, Lillian! Isso não vai passar, o Leon vai vir pra cá e vamos viver aquele inferno de novo!

Fiquei sem chão. E também sem ar, sem o que pensar, sem fala, sem tudo o que acreditei até hoje, sem meu irmão e meu amor. Nada mais fazia nenhum sentido e não foi porque minha cabeça e visão estavam girando enquanto eu permanecia imóvel e me contraia até virar um nó em cada músculo. Nada nunca chegou nem perto de estar completo. Cada dia passado era mais uma peça do quebra-cabeças levada para longe.

Me afastei dele pela primeira vez em anos, me esforçando para não mostrar meu choque, desespero, tremedeira e tudo o mais. Mas Len sabia muito bem o que estava acontecendo e eu nunca conseguiria o enganar.

Ele sabia. Ele sabia o tempo todo de tudo o que Mayu usou contra mim mais cedo. Me afetar afetaria o Len. E afetar o Len me afastaria dele. É claro. Ela não ia sair sem conseguir nada do que queria.

Eu não podia mentir que nunca tinha notado isso. Eu não era ingênua, tinha certeza. Porém, tinha outras preocupações, tinha de me manter sã, a vida e as pessoas a minha volta em ordem.

Tinha de por tudo no lugar o tempo todo.

Como se o peso do mundo todo estivesse só nas minhas costas.

Len e eu queríamos mudanças, o Neru fazia parte disso. Fizemos nosso melhor dia após dia para fazer nossa parte no mundo. Queria algo melhor, justo e livre para qualquer um amar quem fosse, sem mais grades que destruíssem a sanidade das pessoas e pregassem todos os pensamentos arcaicos da sociedade... e mesmo assim eu me cansava rápido de tudo e as coisas passavam. Esquecia de me colocar no lugar, por mais que tentasse, nem tinha tempo para isso. Lembrei de novo do que Gumi me disse quando descobriu nosso relacionamento.

Eu nunca me livrei de fato das cicatrizes do passado. As metafóricas tanto quanto as físicas. Me impedindo de seguir em frente, de superar o passado, de tratar as cicatrizes e não apenas as feridas novas. De focar no agora e não só conseguir o que me faria melhorar em alguns instantes. Era como um droga. Nós ganhávamos, continuávamos nos amando secretamente, sorríamos... e tudo isso passa e piora.

Len não moveu um milímetro desde o meu ataque disfarçado (até para mim) de "surto de realidade". Ainda tinha lágrimas escorrendo pelo rosto desiludido dele. Eu sentia como se algo fosse arrancado de mim e deixasse apenas meu corpo frio para trás... minha pressão abaixava enquanto eu ofegava e tentava voltar a respirar direito com as mãos nos rosto, meio encolhida. Eu nunca conseguia descrever essas sensações.

— Rin – ele chamou-me tentando não perder a calma, em uma voz trêmula e fraca. – Eu não quis... me desculpe.

Como eu diria? Como eu diria que a culpa de tudo era minha? Len, que nunca teve culpa de nada, carregava com ele pesos demais.

Len tentou me abraçar de novo, eu não deixei e ele não forçou. Nunca forçaria. Mas segurou minhas mãos assim que teve a chance para que eu olhasse para ele, foi instantâneo. Meus olhos continuavam secos por algum motivo desconhecido, bem diferentes dos dele. Uma injustiça. Senti mais culpa.

— Não vou mentir, não sei o que fazer também. Mas seja lá o que for, precisamos, pelo menos dessa vez, não deixar que volte a ser como era antes. Eu sei que podemos conseguir...  – E cada palavra de conforto me deixava pior sobre tudo o que eu não dizia. Era mentira, para nós dois. Era só o que precivasa ser dito naquele momento para nos acalmar. – Desculpa, não escolhi com calma o que disse agora. Me perdoa, mesmo... mesmo que não sirva, eu vou entender.

"Eu vou estar aqui sempre", "nunca vou te deixar", "eu estou aqui, tudo bem, vai passar", era o que sempre dizíamos e ouvíamos um do outro nessas situações. Por que não saiu nada assim agora?

Pareceu que a falta de ar não foi tão grave como senti no calor do momento, melhorando gradualmente, não soube nem dizer se foi culpa da asma mesmo que eu ofegasse, meus pulmões estivessem ardendo o bastante para isso e meu coração acelerado. A tremedeira eu sequer consegui esconder. Sem soltar as mãos, encostamos nossas testas e foi o segundo maior contato que tivemos o dia todo, depois do abraço seco. Len continuou comigo daquele jeito até que eu me considerasse calma por fora, o que demorou tempo demais, já que ataques não passam como mágica, por mais que eu gostasse da ideia.

Eu ainda não sabia o que dizer e sentia cada vez mais que não sentia nada ou que sentia tudo. Só queria acabar logo com aquilo, me enfiar debaixo do chuveiro quentinho e das cobertas, faltar em tudo no dia seguinte, nos próximos e jogar mais alguns dias fora. Até os shows do final de semana... nunca tinha feito isso com um show. Pela primeira vez a imagem de uma plateia lotada e eufórica me deixou em pânico.

Voltei a compreender parte do resto do mundo quando ouvi a voz de minha tia procurando por nós, o lugar não era tão grande. Ela nos achou bem rápido, no momento errado. A descida da montanha russa recomeçaria em breve.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E o prêmio de personagem badass do capítulo vai para: RIN!!! Com muita honra!
E de novo, Allana nos fazendo passar raiva fdkjfdjkrfd
E ÁGATA ESTARÁ DE VOLTA! AEEEE ♥
Ahh, e só pra esclarecer: no Japão a maioridade é 20 anos. É, pois é.

"Que estranho... É cedo para termos nossa opinião, críticas e jeito de viver a nossa vida, mas não é cedo se aceitarmos tudo isso ditado por outra pessoa ou por um grupo, sem questionar ou para seguir o mesmo caminho que todo mundo segue. Não é cedo desde que siga as regras tradicionais ou normais da sociedade – respondi, seca. Suspirei e segurei um sorrisinho orgulhoso. – Quanta hipocrisia, não?", Sim, o parágrafo todo destacado. Eu quero colar essa parte na testa.

Also, eu já tinha esse capítulo escrito, mas dei uma de Mãe Dináh de novo e no começo desse ano eu passei por uma situação parecida na escola, de ser expulsa com a vitória e tals -q
É uma longa história, mas não é nem de longe tão badass quanto a da Rin xD
Foi um engano, na verdade, eu só meti o loko pq eu não queria sair com culpa que eu não tinha vfkfgjkklfdd
Mas eu venci, azar o do professor de história e da pedagoga u-u

E de novo tratando sobre incesto e tals. Polêmica? Adoro. Mas vamos com calma, né, a Rin tá revoltadona nesse capítulo. Não quero ir contra (todas) as leis aqui djfddksdif -q
Enfim, mesmo que esse capítulo seja bem fuck the rules, ele também é bem... bad pros nossos gêmeos ._.
Desculpa terminar assim, mas foi necessário~

Ah, e por incrível que pareça: vai ter um lado bom nessa cadeia de mentiras que eles vivem /corre/

Enfim, obrigada por estarem no fandom, gente, affu, eu tô toda amorzinho por causa desse aniversário sjdufdjhd ♥
Sua contribuição é maravilhosa ♥
Seu comentário também 'u' /ok parei

Até mais, gentem~
Byenii~



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sentimento Incompleto" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.