Sentimento Incompleto escrita por Gabi chan02


Capítulo 23
Erros e questões de confiança


Notas iniciais do capítulo

HEEEEY ♥

Estou viva (ÒuÓ)/
Me desculpe pela demora e obrigada a quem continua aqui aaaaaa ;u;

Não tenho muitas novidades, além de que quero dezembro logo PELAMOR DE TUDO EU QUERO MUITO DEZEMBRO. SÓ VEM (ÒuÓ)/

MAS O LINK É COISA BOA, É COISA ÓTIMA ♥
MV novo Yamashizuku/Team OS, finalmente ♥
VAMOS DAR MUITOS VIEWS PRA ESSA COISA LINDA *U* ♥
Sekibetsu no Himawari ✿
https://www.youtube.com/watch?v=c5lYY174LUM
Eu amo o quanto tudo fica mais amarelo a partir de 1 de setembro~

Leiam as notas finais~ 'u'
Enfim, boa leitura ♥



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Len POV

Ignorei o quanto a minha observação sobre o movimento foi ignorada, exceto por Miku. Vaguei o olhar entre Yukari também nos observando da porta e Gumi a fitando, claramente entregando um "sabemos que você não é confiável" mesmo sem dizer uma palavra. Rin até então continuava com sua atenção nas mensagens, levantou. 

— Sabendo de que, Yukari? – Gumi questinou com cuidado. Não para que nos contasse, mas para saber o que ela sabia.

— Precisamos sair daqui – Rin anunciou por cima da outra e me fitou com um pesar nos olhos que me atordoou.

— A Saki me mandou uma mensagem... – Miku também.

— Gente, calma, por favor – me intrometi, confuso, quase com a cabeça girando. Três me olharam como se fosse melhor eu ter ficado quieto, a Rin não. Isso deixou a sala quieta novamente.

De alguma forma, Rin e eu já tínhamos compreendido a parte rasa da situação. Precisávamos sair dali, nós quatro, sem chamar atenção. Esse era o primeiro passo, do segundo em diante faltava um plano.

— A Saki me mandou uma mensagem. Acho que é sobre isso. – Miku rompeu a quietude delicada e pegou o celular com a mensagem de Saki. – "Quero falar com você. Estou na secretaria. Acho que já sabe o que é, tome cuidado."

— Tem uma saída na secretaria, mais discreta que a da biblioteca. – Rin agia como se a nossa vida dependesse disso... E de certa forma dependia mesmo. – Deve ser isso que ela quis dizer.

— Também tem como sair pelo estacionamento dos professores, com a Asami – eu acrescentei.

— A Asami... – Rin murmurou como se tivesse acabado de recordar algo.

— Sim, sim, eu sei. – Yukari teve a atenção de volta. – A Saki me encontrou e pediu para eu avisar você, Miku, que é para encontrá-la na secretaria.

— E no que isso te envolve? – Gumi tornou a questionar, desconfiada.

— Fomos todos traídos e somos todos culpados. – Justificou vagamente, meneando a cabeça para Rin e depois para mim. Havia voltado ao seu calmo estado habitual, apesar das mãos tremendo um pouco. Olhou especificamente para Gumi. – De novo.

Fofocas numa escola são coisas incríveis e delicadas, de uma forma absurda. Não foi preciso nenhuma afirmação óbvia para entender que Yukari já sabia que sua identidade fora danificada. Sequer importou, sendo que o foco era outro.

— Hmm – Gumi murmurou, insatisfeita. A Atenção voltou para Miku.

— Eu demorei para ver a mensagem da Saki – ela confessou. – Ela deve estar atrás da gente.

— Podemos sair aos poucos, então – sugeri. – Você vai indo na frente. Precisamos da Asami.

Ninguém devia estar rezando nesse momento, mas mesmo assim mais assombrações apareceram contra a nossa vontade. A própria Mayu brotou na porta depois que Miku saiu.

— Yukari, cai fora – Mayu ordenou, totalmente como sua "eu anterior". Yukari murmurou um pedido de desculpas, com medo, e saiu de cabeça baixa. – Foda-se suas desculpas.

Isso fez Yukari virar para trás, raivosa outra vez.

— Eu não concordei com nada disso! – Para os padrões Yukari, estava gritando. – Você devia lidar com isso sozinha, e não jogar para cima da gente! Acha que eu gostei de ser assediada pelo seu irmão enquanto você fingia que nos apoiava?! – Fez uma pausa para fungar. – A diretora ficará sabendo disso e o seu inferno está só começando.

Desandou a chorar no mesmo momento sob um olhar frio e vazio da "amiga". E com isso voltamos ao início, quando não sabíamos exatamente quem culpar pelo quê.

— Você é fácil de enganar – Mayu rebateu. Yukari quase virou-se enquanto chorava, indo embora, desistiu. – E eu nunca disse que concordei com aquele Encosto descontrolado nessa parte. Nem mesmo quando sobrou pra Rin. Nisso eu não fingi...

— Eu vou garantir que ela vai procurar a diretora, e vou buscar a Asami também. E Rin... – Gumi interrompeu e ignorou o show das duas. Bufou, deixando claro que estava cansada de aturar e foi atrás de Yukari antes de completar a frase. Parou-a no corredor colocando a mão no ombro dela de uma forma mais rancorosa do que consoladora. Falou mais alto para completar. – Esfrega a cara dessa menina no asfalto por mim também, ok?

Rin POV

Para resumir a série de acontecimentos, Akihiro obviamente descobriu que o Len sabia de tudo sobre as mensagens e sobre o nosso pequeno plano de levá-las para polícia e abrir outra denúncia contra ele, com provas claras dessa vez. No momento em que recebi a primeira ameaça dele, descontando em mim seu ódio por ter sido descoberto outra vez, respondeu automaticamente uma das nossas dúvida: a de que Yukari ou Mayu estavam envolvidas. Por estarem infiltradas na nossa vida, e pelo tempo que Mayu passava com Lily durante as gravações, deixou claro as culpadas.

Essa primeira ameaça de Akihiro veio no dia anterior, mas foi tarde, Len não estava por perto e eu deixei passar sem querer quando dormi pouco depois, não quis perder uma noite de sono devido ao assunto. A notícia da foto veio durante a conversa com o Mamoru. Foi aí que a chama do ódio se acendeu em mim, virando a minha precária defesa, ou acabaria pior e os dias que vinham se empilhando não foram nada favoráveis.

Olhei primeiro para Len, depois para Mayu. Ela entrou na sala e fechou a porta casualmente, quase como se não quisesse vender nossa alma, quase como se eu não estivesse prestes a aceitar a sugestão de Gumi e ralar aquela carinha no asfalto.

Recordei de quando quase voei nela com o estilete anos antes. Ninguém ganharia nada com isso. Eu não precisava tomar decisões estúpidas, independente das dela. Respirei fundo.

— Eu posso ajudar a melhorar isso. – Mayu continuou tentando ser "inocente". – Tenho meus contatos e posso livrar vocês dois disso, sabe?

Me ignorou ali e foi até Len, mais no fundo da sala. A cada passo que ela dava após passar de onde eu estava, Len desviava dois. Antes que ela se afastasse demais de mim, a segurei pelo ombro assim como Gumi fizera com Yukari.

— Abre logo essa boca antes que eu aceite a sugestão da Gumi – ameacei, mas não consegui ser séria. Ela emitiu um risinho surpreso.

— Sua língua realmente ficou mais afiada, não? Claro, precisa discutir alguma polêmica toda semana. – Mayu tirou minha mão do ombro dela com um quase tapa das costas da mão, incomodada. Virou-se para mim. – Prefiro começar dizendo por que eu vim parar aqui.

— Akira, ninguém quer saber a sua biografia entediante – Len reclamou, voltando a ficar perto de nós duas e eu contive um sorrisinho.

Mayu devia ficar momentaneamente surda toda vez que ele usufruia de seu humor temperamental contra ela, porque continuava a dar em cima dele apesar dos foras. Defeito de família. Ou talvez ela tenha sido mimada demais e nunca ouviu um não, assim como seu irmão não sabia interpretar quando alguém não queria algo.

Esse lado do Len era uma sombra dos nossos piores anos de infância e tinha pouco uso agora, levando em conta que ele mudou completamente. Apenas guardou as doses ácidas de sarcasmo para quando lhe fosse útil. Ao contrário, eu preferia andar sempre armada de uns anos para cá.

Mayu suspirou, irritada.

— Conhecem a Mizuki. Sabem que ela está do lado do Akihiro e em busca de fama, certo? – Nos fez uma pergunta retórica. – E sabem que meus pais acham que são donos da minha vida e podem me casar com um infeliz qualquer.

— Eu arriscaria dizer que ela está do lado da Lily – Len comentou –, e que a Lily quer alguma coisa com o seu cachorro de estimação.

— Ah, ótima observação. – Ela sorriu para ele. – É, é isso mesmo. Não sei o que a Lily viu nele, mas é útil mesmo assim... Não foi você que escreveu isso no quadro aquele dia, não foi...

Pareceu uma pergunta, mas foi uma afirmação. Depois percebi que até a Luka estava indiretamente prejudicada, pelo fato de ter sido obrigada a aguentar Lily e conviver com Gakupo.

— Não. Sei que foram suas cúmplices, mas eu gostei – Len voltou a implicar.

— Rin, você vai deixar ele fazer isso? – A Akira tentou procurar defesa comigo. – E aquela imagem de moço gentil que todas amam?

— Sim, eu vou. – Exibi um sorriso confiante. – É só com você e o seu monstrinho de estimação que ele é assim. Não precisa se preocupar comigo ou com o resto.

Depois de eu ter dito isso, foi como se o jogo tivesse enfim virado para o nosso lado. Estávamos à altura de discutir com ela tranquilamente e sem sentir o medo de anos anteriores, por mais baixo que fosse o nível.

Akira incorporou sua pose mais brilhante e orgulhosa. Ignorou nossos comentários e a risadinha nervosa que Len não conseguiu segurar.

— Minha prima não vai se importar de deixar de cuidar da vida alheia para casar com um cara rico e herdar uma escola privada e cara no meu lugar – anunciou. Passou pela minha cabeça que herdar uma escola daquelas devia ser uma praga das fortes. – Ela faria isso em troca de apagar e desmentir todos os vestígios sobre vocês dois e todo o Vocaloid na imprensa. Até os que são verdade. Até dizer que essa foto de hoje foi uma montagem dela. Ela encerra sua carreira com um pedido de desculpas e ninguém nunca mais fala nisso. Vocês estarão livres.

Akira precisava de muito para nos impressionar depois de tantos anos, porém, nesse momento, conseguiu arrancar de Len e eu um olhar duvidoso e um riso de descaso.

— E com isso você acha que vamos dever alguma coisa pra você? – encrenquei. – Não, obrigada.

— Na verdade, não. Só disse que não ia deixar você sair com todos os prêmios sozinha, lembra? – ela olhou para o Len. – Faço tudo isso por um beijo seu e uma foto para me lembrar do momento.

Nós dois nos olhamos, depois desviamos para Akira e ela realmente estava falando sério. Eu comecei a rir e Len não aguentou também.

— Depois eu que era a ingênua – reforcei, me recompondo.

— Akira, isso aqui não é novela mexicana – Len também.

— Muito menos uma competição – eu completei. – Você precisa lidar com o fato de que todas nós já perdemos.

— "Akira" – ela repetiu, quase romântica. Me ignorou completamente. Fez questão de pegar Len desprevinido e avançar antes que ele fugisse dela de novo. Quase o cercou entre o armário e a parede. – Gosto quando você pronuncia meu nome. E querem saber...?

— Não. – Len se afastou com cuidado, nervoso, meio vermelho, quase tremendo. – Não queremos 

— Eu juro que não estou mentindo – ela esqueceu do tom de voz irritante por um momento. – Mas, caso não aceitem minha proposta, eu vou piorar muito mais essa situação. Saibam disso.

— Akira – Len tentou –, acorda...

— Eu juro – ela reforçou, séria, sem hesitar. – É uma troca pequena por algo grande, se vocês pararem para pensar. Não quero te tirar das garras dela, disso até eu já desisti. Só quero um pedacinho seu, e um gostinho da cara que ela vai fazer.

Stalker. Maníaca. Doente. Psicótica. E coisas piores que por pouco não mencionei uma por uma em voz alta.

Mas se houvesse uma maneira de confiar nela... tinha razão. Era por algo grande. Era uma grande parte de problemas resolvidos.

Quando olhei para Len após minha rápida reflexão, ele pareceu ter notado que cogitei a ideia e passou para um estado quase tão inseguro quanto o meu. Chegou a negar com a cabeça, discretamente.

 – Que silêncio interessante... – a vozinha de Mayu ecoou, um sorrisinho brotou nela. – Será que eu...

— Mayu, fecha a boca um pouco, eu não aguento mais isso – falei, áspera. – Você acha que eu tenho cara de quê, pra nos vender assim?!

Len relaxou por uns segundos. Mas não o suficiente para esconder de mim que pensou exatamente na mesma coisa que eu.

Eu confiava nele. Ele confiava em mim. Mas nós dois não confiávamos na Akira.

— Tem cara de alguém desesperado por quaquer solução nessa sua vida bagunçada – a infeliz soube me responder. – É minha última palavra sobre isso. Se um dia eu vier a descumprir, juro pela minha carreira finalmente ganha no Vocaloid, vocês vão me entregar e eu vou assumir tudo. Garanto que se aceitarem eu nunca mais passo no caminho de vocês. Caso não aceitem, eu vou sempre piorar tudo... Aliás, retiro a parte da foto, se for ajudar. Serei capaz de lembrar com clareza sozinha, com certeza.

A partir disso, ela agarrou Len pelo ombro e o obrigou a passar o braço dele pela cintura dela, de lado, me olhando e sorrindo como se eu não pudesse fazer nada. Len tentou se afastar, perturbado, mas além de não ter sucesso não ousou nada que causasse o menor abalo físico nela. Nessa parte ele nunca ousaria nem que fosse pela própria vida, não havia como livrar-se dos apertos dela sem ser ríspido além da conta. Parou de me ajudar na implicância e contentou-se com desviar o olhar para a janela, vermelho... de ódio.

Nunca o vi tão incomodado antes. Contudo, também nunca o vi tão em dúvida antes, assim como eu. Não tinha como negar. Ele me fitou de novo e dessa vez realmente mostrou que pensava sobre, praticamente pedindo desculpas.

A infeliz conseguiu. Conseguiu a chantagem que nos perturbaria perfeitamente.

Talvez Len ficasse mais a vontade se eu... 

E então, pensei em uma das maiores idiotices da minha vida.

Eu saí da sala e ainda fechei a porta. Saí até do corredor.

Fui até o andar de cima, sempre mais vazio. Parei nas escadas de repente e sentei ali mesmo, incrédula. Achei que ia chorar, mas apenas liberei um riso curto e irônico quando me dei conta do tamanho colossal do meu erro.


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Notas finais do capítulo

DESCULPA, HELP SDJKNFDJKDKJDSKS
Eu não sei o que deu em mim pra ter essa ideia /run
Mas eu sei que vocês também confiam no Len~♥
MAS A RIN PODIA TER PENSADO MELHOR, ANYWAYS

Imagino que nesse momento todo mundo já erqueu as bandeiras de "FORA FAMÍLIA AKIRA" e saibam que eu tô no meio -q
Apesar de tudo, eu gosto desse capítulo e dos próximos, que estão por vir /corre/
A Mayu é culpada pelas merdas do Akihiro só até um certo ponto, isso é verdade... mas ela também não é inocente.

Enfim, o motivo de eu ter pedido pra vocês lerem essas notas ;u;
Eu praticamente só tenho uma leitora... mesmo nessa altura do campeonato.
Na verdade, isso me deixa mais chateada pelo fandom do que pela fanfic, sabe? Antes, no começo, há uns nos atrás, isso aqui tava cheio de gente e agora... meeeh ._.
Eu não queria mendigar, mas eu gostaria muito de um comentário, nem que fosse só um curtinho, um olázinho nesse capítulo, pra eu saber se tem gente viva aqui ;u;

E, não se se posso fazer isso, mas queria pedir um favor, pelo bem do fandom: se puder me ajudar a divulgar essa fanfic (ou outras também, por que não? *u*), mandando ela em grupos ou mesmo para algum amigo/a que curte Vocaloid/RinxLen, ou que tenha uma mente aberta para os assuntos e/ou disposto pra um novo fandom... eu serei eternamente grata ♥

Eu realmente sinto falta de como as coisas eram uns anos atrás, mesmo sendo cheia dos barracos xD

Enfim, obrigada pela atenção ♥
Até o próximo, byenii~♥~




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