Sentimento Incompleto escrita por Gabi chan02


Capítulo 21
Um dia, talvez


Notas iniciais do capítulo

OLAAAR

TÔ ANIMADA E COM PRESSA
Demorei porque precisei resolver umas várias muitas coisas uma viajem esdjkles
Desculpa a demora, de novo... E eu andei meio meeeh ultimamente, com bloqueio de novo, e a primeira coisa que é afetada quando isso acontece é essa fanfic.
Mas tô postando de sexta hoje, whoaaa é tão nostalgico~ Tempos de CP ♥

O link de hoje é uma música que aaaa ♥
https://www.youtube.com/watch?v=pURUBnAY_So

~Esse capítulo justificou o título e o link do anterior 'u'

Boa leitura ♥



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Rin POV

"É, estávamos certos o tempo todo.

O Neru é realmente aquele garoto do clube  ¯_(ツ)_/¯

É decepcionante."

Esse tweet foi do mesmo dia da nossa "discussão". Yukari deve ter desaparecido para postar suas provas, de maneira bem descuidada.

"Nao_sou_Neru_Infelizmente: Ok, eu sou o... BATMAN!

Mentira, vocês acertaram.

Foi bom enquanto durou.

Agora podem se divertir ligando as peças."

Len e eu confirmamos. Foi incrivelmente rápido e funcional. Mesmo que Mayu e seu grupinho pudessem não acreditar nisso para sempre e cedo ou tarde o resto do mundo também perceberia, a atenção da imprensa seria toda voltada ao novo e maior mistério.

E de repente, não se falava em outra coisa e as fotos e boatos desapareceram. Bastou uma semana e a internet inteira estava ocupada conspirando e discutindo se acreditavam ou não. Os fãs mais antigos normalmente desconfiavam, mas era questão de tempo até serem infectados.

— Eu não acredito que eles caíram nisso. – Mamoru ria. – Foi tão fácil!

— Eles estavam desesperados por alimento – justifiquei. – Alguns zumbis comem qualquer coisa.

— "Zumbis" – Len repetiu, um ar duvidoso. – Tem muitos desses atrás de você agora, Mamoru?

— Ah é... – murmurei – espero que não tenha muita gente te enchendo.

— Naa, eles nem conhecem a minha cara – resmungou, ele deu de ombros. – Tenho poucas fotos online e não são públicas. Na internet eu não dou muita atenção e ao vivo só comentam baixinho. Também parei de tweetar na minha conta por enquanto, já que a que vocês tem pra ele está mais cheia agora.

— Essa nem nós damos mais conta – eu reclamei. – Só não está pior que a minha.

Mamoru foi realmente perfeito para o papel. Por mais que meio mundo quisesse falar com ele, entrevistá-lo e até o pessoal da Crypton e mesmo da Yamaha tenham ficado curiosos, ele contornava tudo com facilidade e deixou bem claro e reforçou o motivo de "se esconder"; "gente, eu vou continuar no meu canto, dentro do meu próprio guarda-roupas. Obrigado."

Asami também ficou sabendo de tudo no primeiro dia, não aprovou, mas também não reprovou quando viu que estava funcionando. Miku e Luka, pelo contrário, não foram enganadas tão facilmente.

— Ele não tem o perfil, apesar das nossas brincadeiras – Miku dizia. – Eu sinto como se tivesse mais intimidade do verdadeiro, ou que o conhecesse melhor.

— Eu desconfiava de literalmente qualquer um – Luka também –, menos do mais óbvio.

A melhor parte era que quase nunca desconfiavam de quem era realmente óbvio ou que se encaixasse perfeitamente. Eu e Len forjamos muito bem essa história, modéstia a parte.

— Por enquanto, é o que temos. – Nós dois nos limitávamos para responder.

Mayu e Yukari nos esqueceram, ocupadas em descobrir tudo secretamente, ficamos um longo tempo sem vê-las pelas salas, já que a maior parte dos alunos passou a desconfiar delas. Len não poupou a inspiração e logo tinha a conclusão perfeita do caso: Dear Anonymous. Não importava quanto tempo levaria para que ela ficasse pronta no meio da correria, desde que terminasse com isso e as coisas voltassem ao normal.

Novembro mal havia começado e o frio chegou mesmo ainda no outono, a previsão já indicava neve nas próximas semanas e logo as temperaturas ficariam negativas em suas máximas. Len e eu gostávamos de neve feito crianças, enquanto eu detestava o frio intenso e as memórias que esses dias traziam ao mesmo tempo. Ironicamente, Len gostava do inverno... deve ser mais fácil quando se é naturalmente quentinho.

Nos primeiros dias gelados, Len ficou doente e naquele voltaríamos para casa mais cedo que o normal do colégio. Não queria deixá-lo sozinho e novembro seria um mês calmo para o Vocaloid, já que um papel continuava faltando no novo roteiro e havíamos acabado os dois últimos. Foi a primeira vez que isso aconteceu desde quando tentamos burlar a data do nosso namoro, fiquei todo esse tempo sem conseguir comprar o que queria.

— Ah, Len – chamei, sorrindo. Segurei sua mão antes de chegarmos onde era a lojinha que Miki e Gumi viviam falando e me indicaram –, tudo bem se você me esperar aqui por um minuto, e depois voltarmos até a colina?

— Tudo bem. – Ele sorriu de volta, apertando minha mão enluvada. Não tinha praticamente ninguém em volta, a lojinha era um tanto perdida e sabíamos por onde andar tranquilos. – Mas é melhor evitarmos a colina um pouco, não é? Vai demorar até esquecerem que é um lugar que íamos pra ficar sozinhos.

— Ah, é mesmo... – Um suspirou deixou uma fumacinha de vapor em volta. Infelizmente, a confusão também tirou mais da pouca privacidade que havíamos conquistado. – Mas sempre da pra fazer chocolate quente e vamos ficar sozinhos até as duas voltarem pro jantar.

Nos soltamos, trocamos nosso último sorriso, talvez com segundas intenções, antes de eu virar a esquina e encontrar a porta rústica e a plaquinha de madeira enfeitada com o nome. Quando abri até escutei um sininho melodioso.

Era óbvio desde a primeira vista o motivo de Gumi e Miki gostarem tanto daqui: tudo tinha uma cara mágica e antiga, como se saída de um filme de bruxas ou magias, com velas decoradas, pedras, colares com amuletos, símbolos, cartas e tudo o que tivesse direito. Tinha até um gato preto dormindo enrolado em cima das prateleiras mais próximas de sua dona e um cheiro de incenso pelo local. Teria de voltar aqui com Len outro dia para aproveitar melhor, ele também gostaria de ver isso.

A mulher com um sotaque estrangeiro (fazia sentido, a lojinha não era algo característico do Japão), que devia ser a dona, se encontrava sozinha e veio me ajudar a encontrar exatamente o que Gumi havia indicado, inclusive, comentou que lembrava dela e de Miki avisando que um dia eu viria comprá-los.

Terminei a compra com direito a um embrulho botininho e combinando, mas tudo meio com pressa e em sigilo, sem deixar Len esperando.

— Foi rápida. – Sorrindo, desviou o olhar do celular e voltou a estender a mão quando me viu.

— Temos que aproveitar o dia – retribuí. Não queria que ele advinhasse tão rápido.

Eu só revelei o que era depois de chegarmos e nos ajeitarmos inteiramente no sofá com o chocolate quente ainda por fazer devido a nossa preguiça, o cobertor e os controles, para as séries ou os consoles. Esse tipo de dia devia ser mundialmente eleito a melhor coisa da vida.

— Rin, eu tô curioso... – Len chantageou, fingindo um drama. Nós rimos. Eu finalmente apareci com o embrulho dele. Já estava com o meu no bolso do moletom, esperando que ele colocasse.

— E eu ansiosa. Estou esperando por isso desde que tocou Fire Flower para mim.

Eu adorava a cara que Len fazia quando ficava feliz por ver ou ganhar algo que gostava, e aquele sorriso bobo e alegre iluminou o dia e também todos os outros que se empilharam até esse momento. A clave de fá perfeitamente moldada numa pedra da estrela* na parte de trás, e na frente, uma versão branca e com o um fio do colar também escuro e fino, que ficaria meio comprido em nós mesmo que fosse ajustável.

Eu tirei a minha clave de sol do bolso, o mesmo esquema, porém, a cor natural e escura da pedra na frente e a branca por trás, o contrário da dele. Nem sei como eram tão finas e leves e nem pareciam ter divisórias entre as duas cores, dava para ficar conosco o tempo todo.

— Faz tempo... – ele murmurou, analisando o pingente entre os dedos – que queríamos um assim. Mas nunca tinha visto um tão perfeito...

Len conseguiu ficar mais feliz e me contagiar em dobro.

— Parece que foram feitos pra gente. – Nossos olhares se focaram, eu sorri, retribuindo. – Fico feliz que tenha gostado.

O fio era comprido o suficiente para que prendessemos sozinhos, Len fez isso bem empolgado e eu fiz o charme de pedir para que ele ajeitasse o meu, deixando a nuca livre.

O beijo gélido que Len deixou ali depois de prender o colar levou o arrepio pelo meu corpo todo enquanto continuava pelo meu pescoço, me abraçando até encontrar minhas mãos e entrelaçar nossos dedos. Não parou até que eu me virei e o contato se tornou quente entre nossas línguas e nossas mãos se perdessem pelo corpo um do outro.

Já tinha aberto o zíper da blusa de Len e a tirado. Passei meu moletom por cima, bagunçando e deixando meus cabelos estáticos, rimos da cena. Eu devia ter pego uma roupa mais fácil de tirar, senti já havíamos nos enrolado demais.

Seguimos com uma sincronia de movimentos até que Len fosse o primeiro a ficar sem camisa e senti seu corpo, que provavelmente encontraria um contraste de temperatura com o meu, mesmo ainda estando com a blusa de baixo. Não deixou que eu ficasse com ela por muito tempo, e o primeiro vento frio que me atingiu não me causou um arrepio bom.

O interrompi antes que encontrasse o fecho do sutiã.

— Tá muito frio aqui – sussurrei. Len tentou me trazer para mais perto ou passar as mãos pelos meus braços, sem sucesso. Encontrei a blusa dele e me enrolei nela. Deixei um beijo rápido em seus lábios e fui saindo de cima, com um sorriso malicioso no canto. – Vou te esperar lá em cima.

Len nem teve tempo de pegar alguma coisa para vestir antes de ir atrás de mim no meio da escada, quando seu celular tocou. Ele simplesmente passou o dedo pela tela e ignorou antes que qualquer ideia negativa surgisse.

Ignoramos também que se não fosse importante, teriam mandado mensagem, pois ligar não funcionava muito com nós dois.

— Era a Gumi – ele disse, finalmente vindo atrás de mim. Saber quem era amenizou a preocupação, já que Gumi quase sempre ligava não por muita coisa.

Foi a melhor ideia ter ido até nosso quarto. O clima deixou as coisas mais intensas e ganhamos mais espaço, não importava se tínhamos de parar para recobrar o ar mais vezes. Len distribuía melhor os beijos, seus lábios desceram roçando até a minha clavícula e eu conseguia retribuir, depois quase alcançando minha cintura, satisfeito com os gemidos que me arrancou com as carícias em meus seios.

No momento em eu que nos trocaria de posição e quem sabe arrumar coragem de encarar o frio quando abrisse o sutiã, o meu celular vibrou no criado mudo... Miku, tentando mandar várias mensagens depois de ligarem. Duas vezes preocupante, duas vezes ignorado. Talvez o universo quisesse nos impedir e fosse uma boa ideia acreditar nele... Continuamos. Len nem precisava se esforçar e logo estávamos perdidos de novo.

O telefone fixo tocou da sala. Nos queriam a todo custo. E mesmo assim...

— Deixa tocar – eu sussurrei. Alcancei sua orelha, mordisquei. – Len, a gente merece um pouco de paz.

O som irritante acabou e começou de novo em seguida. Segunda chamada e nesse caso é estado de calamidade. Ele parou, encostando a cabeça entre o meu ombro e pescoço.

— Não da pra ter paz se não nos deixarem ter. – Len se deu por vencido. E eu também. De novo.

Suspiramos, visivelmente chateados. Levantamos e pegamos as roupas enquanto o telefone continuava tocando, em sua terceira chamada.

— Até que enfim! – Miku não se precipitou quando eu atendi. – Por que desligaram o celular? Ah, não importa... A Lily! A Lily aprontou!

— Miku, calma – eu pedi, frustrada. – A Lily? Ela nunca tirou uma poeira do lugar.

— É, de novo os santos estão mostrando os demônios. – Miku estava bem eufórica, de um modo ruim. – Ela só se aproximou do Gakupo pra se aproximar da gente e vazar informações pra fofoqueira da Mizuki! Rin, elas são cúmplices! Aquela cobra de internet não consegue guardar a língua e já espalhou todas as suas brigas com a Mayu, os problemas com o Akihiro e todos os outros barracos de todo mundo, nem diz nada do irmão para não prejudicar os dois, mas contou que a Mayu tá desesperada pra entrar no Vocaloid e não consegue, que a Crypton sequer da chances pra ela...

— Miku, respira, por favor – eu implorei. Se ela não se acalmasse, logo eu estaria em pânico também.

Miku fez exatamente o que eu sugeri, respirou bem fundo. Eu estava em parte com muita raiva e em outra arrependida de ter deixado o dia com Len de lado. A gravidade da questão era que agora sim as coisas iam pesar para o nosso lado e seria bem mais difícil de distrair ou controlar o público. A tal "cobra de internet" já havia noticiado sobre o Neru e, de fato, não pareceu muito interesseda com a informação "forçada". No entando, a familiar tinha uma nova carta na manga.

— Rin, o quão grave é isso pra vocês? – Miku, mais calma, me tirou do vácuo de silêncio.

— Nada fora do normal, mas dessa vez meus pais vão vir atrás da gente, eu acho – eu tentei mentir.

— Rin – ela chamou de novo, com dificuldade para continuar. – Ela deixou bem claro que não aprova a relação suspeita... vocês se descuidaram? Em público?

Nossa tentativa de comemorar... a colina, o beijo após Fire flower. Todo esse dia de volta para me assombrar, mesmo que metade dele tenha sido uma ótima memória.

— Conta que a Cara de Cu conseguiu entrar na Interpoid – ouvi a voz abafada de Gumi ao fundo.

Enfim, senti o tamanho do desespero para conversar conosco. Caminhei lentamente para trás e sentei no sofá. Um dia. Um único dia sem nada nem ninguém nos incomodar ou afetar é pedir demais?

Podem continuar acreditando que Mamoru é o Neru até desmentirmos, contudo, não foi bombástico o suficiente para satisfazer as três pragas da nossa vida.

— Meus pais com certeza vão vir atrás da gente – eu confirmei, as angústias de volta rapidamente. Len já tinha ouvido tudo ao meu lado.

— Aquela criatura conseguiu – Gumi falou, deve ter pego o celular de Miku. – Ela estava tentando passar em alguma audição desde que me lembro dela. Deve ser por isso que sempre odiou vocês dois, que ganharam o passe direto pra Crypton.

— Bom, na Crypton ela nunca vai conseguir. – Miku se contentou para não vangloriar-se com a voz baixa atrás de Gumi. Na verdade, nós seis somos por contrato os únicos que a Crypton quer enquanto vivermos e não tinha como negar que isso funciona para todo mundo. – Já sabem o que ela aprontou aqui dentro.

— Mas na Interpoid não. Conseguiu até o papel que faltava – Gumi lamentou. – E agora a Lily também está contra a gente.


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Notas finais do capítulo

ME PERDOEM POR ESSE QUASE AUWEHUAWJHFDSKHDESJ
Tenho planos melhores -qq
Mas... *caham*, isso precisava acontecer pelo menos uma vez... mesmo que quase /corre/

*Ahh, sobre a pedra da estrela *u*
http://consultoriodeastrologia.blogs.sapo.pt/cristal-pedra-da-estrela-1208703 = "este Cristal é o protetor do mês de Dezembro. Propriedades: Considerada a pedra da fama. Nos confere uma aura de popularidade e reconhecimento pelos outros."
Ou seja, FAZ TODO SENTIDO AQUI ♥
Eu tenho dois colares e um brinco com essa pedra, é minha favorita (eu sendo bem de humanas, sempre) ♥
Eu não sei se a parte branca que eu citei é uma pedra da estrela meio diferente também (não deve ser -q), não achei nada parecido na internet, mas eu já vi e sei que existe, tem um efeito bem parecido com a azul escura/preta, só que branca (mesmo não sendo bem a mesma pedra wheuawhe) -q

Eu to realmente ansiosa/agitada pra arrumar minha mala socorr edsjkfjklds
Nem sei se eu lembrei de falar tudo aqui, mas qualquer coisa eu edito depois XD
Revisei meio correndinho, então avisem qualquer coisa ehee -q

AHHH
E a lojinha que eu coloquei, é uma que existe mesmo, mas não no Japão... Eu vi um vídeo sobre ela em algum lugar, mas não lembro onde/o nome/o lugar ;u;
Vou procurar, e quando achar eu coloco aqui~
(Aceito nos comentários se alguém souber também)

É isso 'u'
Espero que tenham gostado e vou amar seu comentário ♥
Byenii~



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