Sentimento Incompleto escrita por Gabi chan02


Capítulo 18
Nem tudo é o que parece


Notas iniciais do capítulo

AHHHHHH EU TAVA TÃO ANSIOSA POR ESSE CAPÍTULO UHUHUHUH
Só lembrem-se: nada é mera coincidência e tudo é importante. Conclusões precipitadas...? Hmmm...

Ah, é: Oi, gente. Tudo bom? xD
Aqui tá melhorzinho. Mas só vai ser bom mesmo quando certas escolas (a grande maioria, infelizmente) do mundo arderem em chamas ♥

CONSEGUI MEIO QUE SAIR DO BLOQUEIO, DÁ ATÉ PRA ESCUTAR UM CORO DE ANJOS POR AQUI ♥
ESSE CIRCO VAI PEGAR FOGO JÁ, JÁ
Tenho mais várias ideias não escritas/ou só rascunhadas, duas começadas (que só vou postar quando acabar essa, no mínimo) e duas postadas e paradas? Tenho. Sabe como é-q
Mas, se você não é ficwriter ~gente como a gente~: esse é só um pedacinho da nossa vida. Prefiro pensar que é emocionante 'u'

Sinto que esse capítulo ficou curtinho/rapidinho, mas ele vai jogar informações na cara de vocês, então é melhor ir aos poucos.
E sim, o título é propositalmente parecido com o do anterior, e o do próximo também será -q

O link de sempre eu vou colocar lá nas notas finais, pra não ficar muuuito confuso pra vocês, se fossem ver antes.

Boa leitura ♥



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Rin POV

"Nada. A mãe da Luka só disse que sente muito, porque ela não sabe de nada envolvendo as tretas com seus pais e seu avô."

Foi o que Miku nos disse. Nos encaramos com faces chateadas, beirando o vazio, até nos despedir com um "boa noite" qualquer e decidir que era hora de dormir.

Dormir. Esperar com nervosismo o dia chegar. Acordar e querer que a terça acabe logo com a agonia assim como na quarta, na quinta e para sempre.

Enfim, Mayu e Akihiro, nenhum dos dois apareceu no colégio. O intervalo enfurnado nos clubes foi uma verdadeira cassação de respostas e pistas completamente movimentada e exaustiva.

— Mayu falou com vocês? – Yukari pareceu até assustada por eu perguntar diretamente a ela, sendo que nossa relação era apenas entre os clubes.

— Ah, o pai dela deve ter a proibido de usar o celular ou qualquer meio de comunicação. Ela me disse que isso podia acontecer.

Disse, é? Quando se ela está incomunicável de ontem para hoje?

— Disse quando? – Mamoru, sendo do tipo curioso, perguntou.

Comecei a notar que Mamoru constantemente participava dos assuntos comigo, tentava ser gentil ou cuidadoso... na verdade, acontece há mais tempo e eu negligenciei até poucos dias atrás. A ideia me fez voltar a pensar numa solução que eu julgava impossível na minha vida: a de tentar consertar algo sem causar mais confusão.

— Outro dia. – sentiu-se ofendida. O rosto geralmente calmo se contorceu por poucos segundos. – Não me lembro. É obvio que isso podia acontecer, são muitos problemas para se preocupar e ainda ter de encarar os colegas.

Essa parte eu entendia. Mas a curiosidade estava me corrompendo.

— Ela tem um número de telefone fixo? Podemos tentar falar com ela, então não vamos precisar nos preocupar.

— Ela tem, mas não nos passou por ser arriscado – a resposta de Yukari veio rápida como um prato preparado.

— Podemos pedir para a escola, então – Mamoru sugeriu. – O pai dela dificilmente deixaria que matasse aula, eu imagino.

Yukari suspirou, parecia não querer incomodar a amiga. Ou ser incomodada, já que demonstrava um pequeno desconforto com a curiosidade de nós dois.

— Não, melhor não – afirmou. – Realmente não quero me meter nisso, não desse jeito. Se for o caso, eu e mais uma amiga passamos na casa dela depois da aula.

Ela nos largou ali delicadamente, mas com certa fúria, e voltou aos seus afazeres na outra sala, sendo essa uma indireta para que fizéssemos o mesmo. O barulho dos "detetives" se acalmou e até o último horário, mais nada foi dito.

Len e eu só achamos um jeito de vencer a curiosidade: com outra. Finalmente lembramos de ir atrás do toca-fitas, de levar a fita cassete de volta ao colégio e passar na loja de instrumentos dos tios de Miku na volta. Obviamente, ela foi junto para apoiar ou dar palpite, o que seria necessário e útil no caso de encontrarmos algo desagradável.

Miku foi criada pelos tios desde muito nova, perdeu os pais cedo. Me lembro de não termos nos sentido deslocadas quando nos conhecemos. A convivência com uma família diferente do que julgavam certo ou normal não foi nova para nós duas.

A diferença é que mesmo nem tendo conhecido os pais, Miku tinha um certo apoio dos tios, enquanto eu não falava com os meus pais há 4 anos. Esse era o assunto que Miku nunca tocava comigo, não sabia como me ajudar ou como explicar que sentia saudades enquanto eu não entendia. E eu também não podia ajudá-la por nunca ter de fato sentido tal coisa.

Nem Luka podia.

Nem Meiko podia.

E Kaito não se metia. O único com uma vida estável e que sabia de tudo, mas guardava somente para si, acumulava nossos dramas com um sorriso bobo e feliz na cara. Eu sabia que no fundo ele só não sabia o que fazer e toda nossa dor o atingia secretamente. Dessa forma, Kaito e Meiko se compreendiam quase tanto quanto eu e Len.

Era uma grande omissão de informações que não fazia sentido dentro de um grupo tão próximo de amigos. Assim como não fazia sentido a reação misteriosa da tia Ágata ontem e a mãe de Luka não saber de nada... se tratava de um caso como o nosso, onde alguém sofreria se a verdade fosse dita.

No entanto, se não há alguém que não sofra, qual o problema em nos contar de uma vez o que está acontecendo?

"Eu... É... Desculpe. Uh... Eu estou escrevendo... Não, não. Escrevi isso em junho, e estou ensaiando desde julho, quando você e Yuuto foram arrastados para São Francisco e então eu mudei o final da música. Não consegui pensar em um nome melhor que o seu, então vai ficar apenas 'A', por enquanto. Não sirvo para nomes, nem um pouco... É isso. "

A voz desconhecida que saía da fita só podia ser a de Reiko, parecia uma versão mais tímida da voz do meu pai. Segundo uma folha junto da fita, essa deveria ser a gravação da música intitulada apenas como "A".

"É óbvio que eu não presto para falar também, por isso eu escrevo. Por isso escrevi isso para você tarde demais, Allana. Eu sei que não vamos mais nos encontrar, já que não vamos pra mesma faculdade e... você tem seus problemas, seus planos, sua carreira pela frente, a vida aí deve estar melhor... Eu sou só o perdido que toca guitarra em qualquer bar que pagar bem pra banda, mesmo que em bebida ou comida, nos melhores dias. Deve ser isso que eu mais amo em você, não demonstra insegurança com seu futuro ou com sua vida e que ainda sim me apoiava com minhas diferenças. Enfim, espero que escute, por favor."

A vida sempre tem suas próprias indiretas e essa foi uma delas. Só que simplesmente não importava mais, já que não era o nosso caso por completo. O Vocaloid tinha dado certo, só a vida que andava pelas beiradas. Até hoje minha mãe deve acreditar que um futuro desse tipo nos espera.

Minha mãe...

A profunda música romântica começou e minha atenção mudou para a repentina ideia de imaginar Reiko largado sobre o balcão de um bar, afogando suas mágoas, não me parecer estranha, apenas se juntou com a história de sua morte.

Me lembrei que não conheci meus avós paternos e que minha mãe, a filha mais velha, sempre teve todos os privilégios bancados pelos pais facilmente... Não fazia ideia de como meu pai e Reiko sobreviviam. Não fazia ideia de como eu e Len, de como uma gravidez, se encaixava nisso.

Minha mãe. Nessa história.

Não consegui afastar a ideia de que Reiko fosse uma criatura estupidamente parecida com nós dois nesse ponto e suas poucas palavras foram suficientes para que eu sentisse o pedido de socorro... Se minha mãe tentou evitar isso em Len e eu, ela acabou sendo uma das causas.

Minha. Mãe. Eu ouvi o nome dela.

Eu não estou raciocinando no que deveria ter importado aqui. Não prestei atenção? O nome que Reiko disse...

— Allana – anunciei, essa ideia finalmente interrompeu as outras e invadiu meus pensamentos. – Ele disse Allana!

Quando olhei para o lado, Len chocado, Miku assustada e até o tio Hatsune e o irmão mais velho esquisito de Miku me olhavam estranho, denunciaram que eu fui a última a notar.

Se Reiko não disse propriamente com suas poucas palavras, a música confirmou que aqueles dois tinham alguma coisa além de uma amizade. E que minha mãe correspondia, "e que ainda sim me apoiava". Faltavam algumas peças para encaixar, mas a ideia não se afastava, não tinha explicações suficientes e não ia embora.

No fim das contas, minha mãe se casou com o Yuuto, por algum motivo. Nunca achei que meus pais tinham algum amor ou afeto reais, e agora eu tinha uma possível certeza disso. Por quê? O que os levou a terminarem assim?

— Quando Reiko morreu? – Len disparou.

Forcei a memória. A conversa com Saki e Asami no hotel.

— No ano em que nascemos – neguei. – Len, não.

Neguei, mesmo confirmando por dentro.

— Rin...

— Foi perto, mas não... não sei.

Não sei como, mas tinha entendido o que Len quis dizer. Senti que o problema era grande, não se tratava somente da possibilidade de Reiko ser, na verdade, nosso pai. Simplesmente sabia que a história por trás disso seria bem pior.

Podia ser verdade, não era impossível. As poucas informações que possuía indicavam que Reiko morreu bem próximo do nosso nascimento e sei que nunca houve nada além do casamento civil entre Allana e Yuuto. O ponto vazio era que meus pais já haviam ido para São Francisco quando isso aconteceu, já que foram logo no começo da gravidez e Reiko morreu no inverno.

O papel com a letra da música tinha uma data, a mesma da fita, na mesma letra e caneta vermelha. 21 de dezembro, do ano em que minha mãe e Reiko se separaram (e o ano em que nascemos). Minha mãe nunca ouviu essa música. Ignorando a dificuldade e sem chegar ao final, rebobinamos a fita e escutamos tudo de novo, uma parte da música que não prestamos atenção antes dizia esperar que "alguém" retornasse, mas sabia que era impossível; vidas estavam em jogo e era mais seguro assim. Depois desse detalhe, deixamos ir até o final.

"Eu sei que você não vai ouvir isso, sou um trouxa por gravar mesmo assim. Se um dia voltar, não vai mais passar por aquela sala idiota e mesmo assim, eu dei isso pra Asami deixar lá. Só sobrou ela e a Saki, o clube acabou antes mesmo da minha graduação, porque nós três ficamos sem rumo sem você, a Ágata e o Yuuto pra animar a gente. Sinto muita falta dele, era o mais novo e o mais responsável, sem ele... eu não tenho muita gente pra me colocar nos eixos sem vocês três aqui. Enfim, a Rin-chan e o Allen vão nascer em fevereiro, certo? Vou sentir falta deles também, e espero que me perdoem se um dia descobrirem isso... Mas eu tenho medo do que vai acontecer se eu continuar aqui. Eu mesmo não aguento mais ficar. O Yuuto e vocês duas nunca vão me perdoar, eu sei... Eu não preciso de perdão desde que as coisas melhorem."

E a fita simplesmente acabou assim.

Len estava meio pálido, esforçando-se para não transparecer o choque e eu não devia estar diferente. Miku tinha o rosto levemente choroso.

— Não foi num acidente, ele se matou – alarmei, sem aguentar segurar as palavras presas na garganta. Tapei a boca com as mãos esperando que a informação fosse repreendida ou que causasse mais choque, mas nada disso aconteceu.


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Notas finais do capítulo

BUUUUUM
ONDA DE CONCLUSÕES E TEORIAS MIRABOLANTES EM 3, 2, 1...
ADORO ISSO MUAHAHAHAHA

Se alguém achou a falação do Reiko parecida com a do Len no capítulo 16 (antes dele cantar Fire Flower pra Rin e tals), hmmm... é parecida sim ~
Acho que já da pra perceber umas ideias deixadas implícitas, né? Espero não ter de contar nenhuma delas, ou vai estragar um pouco do clima e dos meus planos ;u;

AH, E NÃO FOI BASEADO EM 13 REASONS WHY! Nem um pouco fdnmfklewodceop
Eu tenho esse capítulo escrito desde antes de saber da existência desse livro/da série (que aliás, eu nem gosto/não recomendo pra ninguém).

~ O famigerado link:
É um cover com o Lenzin. Assim que eu bati o olho eu pensei: Asami, Ágata, Saki e Allana (respectivamente, da esquerda para a direita). Não é algo 100% como eu imagino, mas dá pra ter uma ideiazinha ou pra colocar teorias nas cabecinhas de vocês *u*
https://www.youtube.com/watch?v=_JMK-P0xK2g&index=119&list=WL
A original: https://www.youtube.com/watch?v=Zn7VHFvhBK0&list=WL&index=120 (se alguém acertar a qual delas eu comparei essa voz, ganha um pacote de Oreo. É só prestar atenção na imagem~)
E a música da pra dizer que combinava com as meninas na época delas no clube.
Só falta o Yuuto e o Reiko, mas eles realmente são mais complicados. Vão ficar pra depois ahweuawhe

Enfim, eu ia postar mais cedo, mas esqueci e procrastinei boa parte do meu tempo "livre". E agora a porcaria do meu teclado travou e tô terminando isso pelo teclado virtual Ò^Ó

Vejo vocês nos comentários ♥
Byenii~



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