Sentimento Incompleto escrita por Gabi chan02


Capítulo 12
Passado e retorno


Notas iniciais do capítulo

OLÁÁ, SEUS LINDOS ♥
QUE BELO FERIADO TEMOS AQUI, NÃO? *U*
Bora um capítulo para comemorar?

EITA NÓIS DEU 3 MIL E POUCAS PALAVRAS
É o maior até agora, não? *tocompreguiçadeconferir*
Ruim é que agora é tarde demais para dividir ou mudar algo fhqwfeuq

Esqueci de duas coisas no capítulo anterior:
1 - Sobre o Neru: não, The Lost One's Weeping não foi a primeira música nem nada do tipo. Essa história é só um dos meus headcanons e eu quis colocar aqui. É uma fanfic, então não precisa ser 100% verídica/real, né? 'u'
2 - Eu lembro de ter especificado que as estrelinhas no teto dos dois formavam a constelação de gêmeos, mas eu não sei como isso não ficou lá XD
Tem estrelinhas coladas no meu teto também (e no resto do quarto todo awheuwhe), e, sim, elas formam a constelação de gêmeos, tudo por causa de Gemini fdhdygwwb ♥

Enfim, tentei não demorar muito, pois agora vou precisar de mais uma pausa por aqui, provavelmente ._.
MAS ESSA VAI SER A ÚLTIMA
F I N A L M E N T E
FÉRIAS SUA LINDA VEM NI MIM
E também não será muito longa. Lembrem-se que eu *sempre* vou responder os comentários logo mesmo assim, pois vocês são minha prioridade ♥
Outra coisa, é que eu até poderia ter postado antes, mas acabei começando a escrever várias outras partes/cenas que vão aparecer mais pra frente e esqueci de focar aqui, no presente, porque bateu a inspiração e eu não quis desperdiçar fjmedsuhw
Acontece -q

A musiquinhan que vou recomendar hoje é essa aqui *u*
https://www.youtube.com/watch?v=ozRFlucK2HY

Boa leitura ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/691423/chapter/12

Rin POV

— Nada aqui, também – Len disse, espirrando em seguida por mexer numa caixa empoeirada.

Naquele momento, estávamos só nós dois na sala do clube de música, o resto só viria depois, então resolvemos aproveitar o tempo. Uma visível curiosidade nos cercava e deixava cada vez mais a vontade de acharmos pistas, mas não podíamos dizer o mesmo sobre ainda não ter encontrado com Mayu ou Akihiro, seria bom se nunca acontecesse.

— Acabamos de começar – animei –, ainda falta bastante coisa.

— Não muita, eu espero – ele reclamou, não interpretando pelo lado positivo. Espirrou de novo. – Precisamos limpar isso mais vezes.

Concordei. Eu só não espirrava porque estava usando uma máscara, pelo bem do resto da minha gripe.

Tinha um tipo de armário em um canto não muito utilizado da sala onde guardavam caixas e mais caixas de várias coisas do clube, principalmente memórias de membros anteriores. Len estava em cima de uma cadeira, olhando as prateleiras mais altas e eu as de baixo.

— Ei, e aquela porta? – Len virou-se na direção dela, descendo da cadeira e demonstrando estar enjoado de fuçar ali. – Acho que aqui não vai ter nada, fora as coisas recentes.

De fato, a Yahama Project era relativamente nova. Há alguns bons anos atrás era um colégio normal, quando nossos pais, Reiko, Ágata, Asami e Saki estudaram aqui, até a Yamaha comprar o prédio e mudar totalmente as normas com um certo apoio da Crypton. Isso aconteceu quando a instituição anterior faliu.

A curiosidade ficou maior ainda. Durante os seis anos aqui dentro, eu e Len não presenciamos nenhuma das vezes em que esta pequena despensa, ou algo assim, foi aberta.

— Vamos pedir a chave!

Fomos até a sala dos professores, pegamos a chave com a Asami e voltamos apressados. Encontramos Miku e Gumi nos esperando na sala com Miki e Piko, alguns dos membros.

— Os restos foram atrás de umas tretas pra resolver – Miki justificou, sem que alguém realmente entendesse e Piko nem tirou os olhos do celular –, com a carne nova.

Miki e Gumi compartilhavam esquisitices. Miki fazia a proeza de participar também do clube de sobrenatural e ocultismo, do qual fez Gumi participar junto. E Gumi, na verdade, era do clube de canto. As duas também tinham uma comunicação própria, e as últimas frases ela não traduziu.

Miku respirou fundo, lamentando.

— Rin, Len – chamou –, ele está no meu grupo. – Se referiu ao Akihiro.

O lamento foi compartilhado, mas não prolongado. Todos se interessaram mais pela nossa busca.

Nossa escola não era divida em salas de aulas ou séries e sim "grupos de aula", cada um com seus interesses, projetos e pesquisas em comum. Como um grande grupo de estudos de alunos com a idades próximas e os orientadores e professores, poucas vezes em uma sala de aula comum. Praticamente, só usamos a sala porque antes desse projeto da Yamaha, aqui era um colégio normal e poucas paredes foram derrubadas, apenas reformadas.

— E a cara-parecida dele no nosso – Miki respondeu, era do grupo de Gumi.

"Cara-parecida" devia ser algo como um familiar. Ou seja, Mayu. Reconheci esse por já ter sido chamada assim devido ao parentesco e semelhança com Len. Ninguém mais deve ter entendido e o comentário acabou ignorado.

— Vamos abrir a despensa. – Len fugiu completamente do assunto. Nossa curiosidade não tinha morrido e não seria essa notícia que iria matá-la.

— Vamos! – em coro, as três responderam.

Piko largou o celular, sem levantar da cadeira que estava, e olhou para a porta enquanto íamos até ela.

— Não é uma despensa – Gumi "corrigiu" –, é só um lugar de guardar coisas.

— Tanto faz – Miki também corrigiu. – Pra mim é só um armário e moram uns monstros dentro. Ou pode ser uma passagem pra Nárnia.

— Quem me dera – Gumi sonhou junto.

Foi difícil girar a chave assim como a porta estava um pouco pesada para abrir, quase arrastava no chão e fez um barulho digno de um filme de terror. Estava escuro e eu usei a luz do celular para iluminar, dava até para ver as poeirinhas voando e Len tapou o nariz.

— Só mais caixas. – Miku ficou decepcionada.

Mas percebi que os olhos de Len se fixaram exatamente na mesma caixa que os meus. Havia outra prateleira, bem menor e mais simples lá dentro, com mais caixas, contudo, todas tinham os anos escritos e uma delas, o ano em que nascemos.

— É essa – nós dois afirmamos.

— Gente! – ouvimos o agito de Mamoru na porta aberta sem dó, o presidente do clube. Um ano mais velho que eu e Len, no terceiro ano assim como Miku. – Temos uma nova participante pra algum dos clubes das divisórias de música!

Por um momento, nossa atenção se virou para a garota de longos cabelos platinados (tingidos, pois antes eram escuros) e com as pontas coloridas. Mayu realmente estava diferente.

Ela entrou na sala maravilhada e dizendo "olá's" e "oi's" para todo mundo. Nossa panelinha da despensa foi obrigada a fechá-la outra vez e ir cumprimentar a novata. Na porta, além do presidente, o resto dos membros das divisórias vizinhas o acompanhava, os clubes de canto e música clássica. Se entrasse em um desses, automaticamente era incluso ao menos entre os participantes de cada um.

Quando aqueles olhinhos acastanhados alcançaram eu e Len, ela emitiu um "oh" surpresa e veio até nós dois, firme, fazendo com que meu pé quase desse um passo para trás com uma sensação de medo familiar.

— Oh! Que sorte! É um sonho dividir quase o mesmo clube que vocês. – Virou em direção aos outros – É um prazer! Sou Akira Mayu, mas me chamem de Mayu, por favor.

Miku era uma boa atriz, sorriu e retribuiu perfeitamente.

— O prazer é todo nosso, Mayu-chan! Seja bem vinda. É bom finalmente te conhecer pessoalmente.

— Obrigada! – Juntou as mãos, irritante, virou-se para mim e Len de novo – É uma honra estar aqui e encontrar vocês de novo, Rin, Len e Gumi.

— Que isso, imagina – devolvi, não aguentei. Podia ter feito como Miku, mas eu não tinha muito filtro, por mais que tentasse. – Legal que lembra da gente.

 – Faz tempo, né? Nem notei. – Gumi era também uma das únicas que a conhecia de verdade. – E o seu irmão, como tá?

Aquele embuste endiabrado?

— Bem. Ficou lá em baixo resolvendo umas coisas, já está vindo. E vocês? – Era para eu e Len.

Akira era daquelas pessoas que parecem atuar mal o tempo todo, mas na verdade é assim mesmo, e nada demais nisso. Enfim, por mais ensaiado que soasse, e deveria ser, eu não tinha vontade de causar um interrogatório indelicado com tantos presentes.

Len permaneceu sem abrir a boca, apenas sorriu sem vontade real. Senti uma pontada de inveja por não ter conseguido essa façanha. Eu tinha um lado gentil, só que bem lá no fundo, tentando não se afogar. Um dia, talvez eu resgate isso.

— Então, vai entrar no clube? – Len resolveu falar algo para parecer menos insensível.

— Vou, no de canto – Mayu retrucou e aumentou o sorriso que lançou para Len. – Mas quis conhecer todas as salas. Ah, e quero falar com vocês dois depois.

— Akira-chan! – Yuzuki Yukari, presidente do clube citado, exclamou do corredor. – Vem conhecer a sala!

— Obrigada por me receber, pessoal. – Ela virou e inclinou-se um pouco, sorrindo. – Até mais.

E todos saíram da sala outra vez, deixando apenas quem já estava lá, acrescentando Mamoru. Era apenas mera coincidência ele ter o mesmo nome que o protagonista de The Lost One's Weeping. Eu nem mesmo sabia o nome essa criatura quando escrevi a música.

Entretanto, achavam que era suficiente para ser um dos principais suspeitos de ser a "identidade secreta" do Neru. Com isso, ele faz parte dos curiosos que tentam descobrir quem ele é de verdade... O maior deles, provavelmente. A personalidade dele ser completamente oposta também é um detalhe importante que todos deixam passar ao comparar os dois.

— Acho que já estou me acostumando por vocês dois sempre terem problemas com os novatos. – Foi ele quem quebrou o silêncio. Saiu em seguida, dando de ombros.

Não discordamos, era verdade. Ia um certo tempo para nos acostumar com quem chegava de repente.

— Vocês dois não acreditaram nisso – Miku desconfiou –, também, né? Por favor, me diz que não acreditaram ou vou me sentir culpada.

— Não – uníssono.

— Continua com cara de cu. – Gumi também não, Miki riu da atitude da amiga.

— Eu queria ver o que tem na despensa. – Piko deu sinal de vida.

— Vamos! – Miki e Gumi, em coro de novo.

— Melhor não, não agora.

— Muita gente – Len complementou, apenas para mim e Miku.

— O que querem lá? – Mamoru botou a cara para dentro da sala outra vez, Miku levou um sustinho. Por isso havia muita gente. Esse curioso não deixaria escapar uma informação sequer.

— Que tal se fizermos uma demonstração para a novata? – Yukari apareceu subitamente atrás do outro. – Ela sabe tocar violino, então vai ser lá na sala do clássico.

— Vamos! – outro coro da dupla.

— Vem, Piko – Miki chamou. Um tom de voz meigo que até onde eu percebi, só usa com ele.

E para o bem da nossa curiosidade, apenas Miku ficou.

— Até onde eu sei – iniciou –, não tenho problemas em saber o que tem ali.

Levamos a caixa para cima da mesa, feita de mesas menores de antigas salas de aula, que havia perto, dessa vez Miku espirrou também. Algumas folhas estavam sem os cantos e esburacadas, alvo das traças. A primeira partitura que Len pegou já tinha um nome assinado no final, "Reiko".

— Para... A...? – Tentei enxergar o nome que vinha depois e tinha um belo pedaço faltando.

— "A"? – Len indagou.

— Asami? Ágata? – Miku sugeriu, como se fosse óbvio.

Por que não "Allana"? Pensei, mas guardei para mim.

— Reiko era mais velho – observei –, acho que não estava mais aqui nesse ano, essa música deve estar no lugar errado.

— Deve ser só uma lembrança – sugeriu Len –, para os que ficaram.

Deixamos aquela de lado e passamos para algumas outras coisas, havia uma fita cassete, intitulada como "todas até hoje", que provavelmente eram das músicas gravadas. Eu e Len resolvemos procurar pela música "A". E finalmente, fotos. Além do anuário escolar, algumas estavam perdidas dentro de um álbum qualquer que felizmente estava inteiro.

Ao abrirmos, a foto do início mostrou o contrário. Três pessoas. Primeiro, meu pai sorridente e abraçando um corpo feminino que não deu para identificar nada além de um braço junto ao do companheiro e a ponta de uma saia, pois a foto estava rasgada, separando ele de seja lá quem fosse. Minha mãe ao lado dele (com um sorriso sincero que eu desconhecia) e Reiko na ponta, os dois mais velhos bem próximos e com as flores no uniforme, os diplomas e todos nessa mesma sala. Deve ter sido a última foto de ambos antes da faculdade.

Len e Miku inutilmente procuraram a outra parte da foto enquanto eu prestava atenção em cada detalhe da mesma, ainda que alguma coisa me incomodasse ali. Não era novidade, nada envolvendo histórias passadas era um assunto confortável.

— Vamos ver o resto das coisas.

Separei a foto para levar para casa. Não tinha a intenção de ficar com ela, um dia iria devolver, apenas queria completá-la. Se a outra metade não está aqui, onde está?

Fuçamos no anuário, em todas as músicas que encontramos, em todas as fotos, mas nada mais realmente serviu de pista. Percebemos que Ágata era a única que quase nunca aparecia nas fotos, pois sempre estava atrás da lente e conforme o tempo ia passando, minha mãe também aparecia menos. No final, com exceção da foto rasgada da formatura, somente Saki, Asami e Reiko sobraram nas lembranças, e esse último ainda era raro.

— Como vocês reparam nessas coisas? – Miku se surpreendeu – Vocês seriam bons detetives.

Miku não estava errada, não era claro aos outros nem metade do que pensávamos ou sentíamos por dentro. Nada dessas coisas passariam despercebidas por nós dois. Assim como já tínhamos quase toda nossa vida até hoje ao juntar todas as originais que "o Neru escreveu" e ninguém percebia.

Os sons e cantos na sala em frente terminaram. Aos poucos, cada um foi voltando para seus clubes e logo a sala se encheu outra vez. Mamoru, Miki, Piko e nós três: todos os membros do nosso clube. Tratamos de esconder tudo de novo antes que as perguntas começassem.

— Enfim, o que queriam na despensa? – Mamoru não queria nos dar paz. – Conta, vai, juro que não falo pra ninguém! Nem tem tanta gente aqui, somos todos amigos. Vou morrer se souber quem é o Neru? Eu morreria satisfeito.

Por mais curioso que fosse, até que nós três tínhamos uma amizade unida por todos esses momentos, tirando a parte que Len e eu éramos completamente introvertidos, cheios de "não invada meu espaço pessoal", e Mamoru ignorava isso, sendo o oposto.

— Não me surpreenderia se você fosse mesmo o Neru. – Miku resolveu quebrar o clima. Não, nem ela sabia. – É um boa tática de disfarce, toda essa curiosidade.

— Como posso saber que não é você? – retrucou o acusado. – Você convive o bastante com os dois.

— Pode ser qualquer um logo ali – uma voz intrusa e melosa voz invadiu a sala. Mayu, com Akihiro dessa vez. Foi horrível olhar para a cara dele. – Pode ser uma moça, ou mais de uma pessoa.

— Pode ser até uma criatura de outra dimensão – Miki participou. – De um mundo mágico.

— Ou nem existir – lancei, sem pensar muito e logo depois pensando que era quase a verdade. Pensei, corrigi. – Não existir como uma pessoa presente.

Isso causou um pequeno silêncio e um rápido olhar de tensão de Len para mim. Serviu para deixar Mayu confusa, então valeu.

— Tipo um fantasma?! – Miki estava animada.

— Ele pode estar atrás de você agora mesmo – Len não perdeu a chance.

Miku fez uma genuína cara de medo e Miki olhou para trás imediatamente. Na porta, Mayu sorriu e saiu seguida por Akihiro. Os outros foram se entretendo com a nova possibilidade da sala ser assombrada. Ninguém ali devia ter todos os miolos no lugar... nem mesmo Len, muito menos eu.

Len aproveitou a bagunça e saímos da sala, encontrando Mayu ainda no corredor.

— Espero não tomar muito tempo. – Para nossa surpresa, parecia bem séria. Ela suspirou e sorriu, triste. – Mas acho que não vai adiantar, não é? Nada do que eu disser vai. Eu não sei onde colocar a cara pra isso.

— Ela ficou com uma impressão péssima pra todos lá na Academy depois do que fez com vocês e com aquelas meninas – o Akihiro foi quem completou. Diferente dela, ele tinha um ar de desprezo.

— Fiquei não – consertou –, eu tive a capacidade de piorar o que já era ruim. Eu só percebi isso esses últimos tempos, foi insuportável passar por quase tudo o que passaram por minha culpa.

Tinha minha típica "cara de nada" estampada e Len também, no entanto, mais flexível que o usual. Ela estava quase nos convencendo com tanto lamento.

— Briguei com os meus pais no último mês, achamos que era hora de começar a tirar a poeira da vida, e consegui os convencer a me transferir para cá.

— Isso é problema dela, não meu – Akihiro reforçou. – Eu vim obrigado pelo meu pai, como punição.

— Ignorem esse encosto – pediu, olhando feio para o mesmo. – O que importa é que eu sei que vocês são bem teimosos e não vão aceitar meu perdão – ela tirou uma tesoura do bolso –, por isso estou disposta a pagar na mesma moeda.

— Endoidou de vez – Akihiro disse, virando as costas e andando. – Não quero ser cúmplice disso de novo.

Mayu entregou o objeto gelado diretamente em minhas mãos. Eu continuei completamente muda, deixando escapar apenas uma cara chocada e Len um "ahh..." nervoso.

Eu senti um pequeno impulso primitivo no fundo do meu ser, a única maneira de saber se aquilo era real, pois eu não tinha de fato acreditado, era realmente fazendo o que queria com aquela tesoura.

— Pode cortar, o quanto quiser, eu não me importo. – Mayu se virou e deixou a cabeleira visível, confiante e ainda sorrindo. – No final ficou bom em você, talvez eu goste também.

Dei um passo a frente, Len demonstrou uma pequena aflição, mas não impediu. Tomei uma longa mecha daqueles fios platinados entre os dedos e observei atentamente a expressão e o olhar da dona, continuava firme, séria, não mudava de ideia.

Acho que já passou da hora de parar de guardar rancor de uma briga de escola, por pior que tenha sido.

— O que eu tô fazendo... – murmurei, larguei o cabelo e devolvi a tesoura. Len pareceu aliviado. – Eu não sou assim. Não preciso provar nada pra ninguém e você precisa fazer isso de um jeito melhor.

— Foi péssimo da sua parte sim – Len resolveu ajudar –, mas se mostrar que consegue se redimir, não vai precisar disso.

— Sinta-se... – senti uma sensação ruim, um aviso de que ia dar errado – perdoada.

O rosto dela se iluminou entre sorrisos, bochechas vermelhas e olhos brilhantes.

—Obrigada, mesmo. Eu prometo que vou provar o quanto melhorei.

Eu ia responder de novo e o celular de Len apitou, uma mensagem. Era Asami.

"Que fotos são essas espalhadas pelo primeiro corredor?!"

Eu e Len nos apressamos em descer até o corredor logo depois dos armários de sapatos, eu lembrei das fotos que ela tirou no dia...

Chegamos. Asami estava irritada e dava para ver de longe, o que era raro e nada bom. Perto, um montinho de gente observando umas fotos coladas porcamente pelas paredes com pedaços de fita adesiva... eram exatamente as fotos do dia que Mayu tentou nos incriminar.

A sensação ruim apareceu. Minhas mãos e pernas tremeram ao ponto de que ignorei qualquer presença e agarrei o braço de Len, sendo agarrada de volta, publicamente, ou cairia.

Tanto as minhas quanto as dela, para não ser ruim por um único lado. A diferença era que haviam fotos inéditas do quadro escrito as coisas que deixaram Akihiro irritado, assinado com o nome de Len, fato que fizeram o agredir. Por outro, eu sabia exatamente em quem essa culpa chegaria.

"Akihiro = Cachorrinho da Akira", o que estava escrito no quadro. A letra, sem dúvidas, de uma das amigas mais velhas de Akira que eram da sala do irmão, uma das duas que me seguraram. No entanto, em baixo estava assinado o nome de Len.

— Lillian e Allen. – Era como costumavam nos chamar quando a notícia seria péssima, a última vez foi na briga com a minha mãe, há quatro anos. Eu tinha uma pequena agonia com a pronúncia japonesa de um "R" no lugar de cada "L" do meu nome, então preferia Rin mesmo, ou Kagamine. Deixando essa informação sem importância de lado, não era Asami nos chamando, e sim a diretora. – Minha sala. Agora.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eles estão grandinhos para serem chamados para a sala da diretora, não? XD
Mas não se preocupem, o universo aqui gira a favor deles (de vez em quando ohohoh) c:

Mercy com a Mayu parece uma boa ideia agora, não? Uhuhuh
O "cara-parecida" dela? Nem tanto.

AHHH, FINALMENTE ESSE POVO DOIDA DA Y.P ♥
Miki e Piko, que deram as caras lá em Próximos da Morte antes de aparecerem aqui, tsc, não pude resistir awheuawhe
Ah, e o Mamoru é um personagem estranho, porém, importante XD

E ESSE ROLO DA FOTO (tanto a antiga, quanto as da "briga"), ENTÃO? Nem lembro mais há quanto tempo estava esperando pra isso aparecer 'u'

Vou amodorar comentários ♥
Bom feriado o/
Byenii~



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sentimento Incompleto" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.