Harry Potter e a Desarmonia [HIATUS] escrita por Whis


Capítulo 2
Capítulo Dois - O tempo


Notas iniciais do capítulo

Demorei, mas voltei! Tá aí um novo capítulo. Espero que gostem!



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O que todo e qualquer bruxo deseja ser, um dia, é ser um Mago. A magia transforma as coisas, muda instintos, converge as mais boas coisas nas piores imagináveis. O que é, realmente, imprescindível? Controle, compaixão? Ou o mais benevolente e absoluto poder? Se sua resposta for qualquer uma das três apresentadas, meu caro, erraste. Não é realmente importante nada disso. Nada, realmente, é importante. Existe uma linha, uma soturna e gradual linha de vida chamada de Destino que todos, invariavelmente, devem seguir e respeitar, impossível de fugir desta. Ninguém supera o nada, assim como o nada não supera ninguém. O que nos torna poderoso é a nossa alma ou o nosso poder?

Seis anos se passaram. O mais intenso e horrivelmente difícil treinamento que sequer pode-se imaginar. O Potter ainda carregava as cicatrizes, várias, pelo corpo, mas hoje ocultadas, invisíveis, graças à poções esquecidas e apagadas pelo tempo, preservadas pelas Sagrada Vinte e Oito. Harry Potter treinara com indivíduos realmente poderosos, de famílias antiquíssimas e puras. Mas é irônico, por que um Puro ajudaria um Mestiço com sede de poder e vingança? Hoje é o que mais pergunta-se na mente treinada e calculista de Harry Potter.

Hivanna Abbott, Sinner Avery, Parti Nott e a mais imprevisível, Sailor Peverell, tia de Harry Potter – irmã apagada da história bruxa de James Potter. Todas as quatro figuras eram do mais sublime poder e conhecimento e seus motivos de ajudarem o jovem bruxo ainda são desconhecidos. Não haviam motivos aparentes. Não haviam profecias. Não haviam ordens. Não haviam, sequer, motivos para se juntarem, quanto mais para ajudarem o garoto.

Hivanna ajudou-o no controle das poções, talvez a arte bruxa mais complexa do mundo da magia, se for demasiadamente explorada, levada a fundo, estudada, levada ao extremo de seus princípios mais bons e mais sórdidos.

Sinner o ajudou nos feitiços, todos eles. Do mais caseiro ao mais devastador em um duelo, conhecedor de um arsenal de magias magníficos, já que sua família, os Avery, foram alçados à história da magia por serem os maiores criadores de feitiços em número de todos os tempos. Criaram desde o feitiço arruma-malão - pack -  até a Maldição Explosiva, o Confringo.

Parti Nott o ajudou na coisa mais complicada para Harry e para qualquer bruxo. A alquimia. A arte não-bruxa mais complexa existente. Controlar os elementos, o físico e o metafísico, sem dúvidas, era complicado. Harry Potter, até hoje, possuía latentes dificuldades em usufruir desta arte, a qual há seis anos estudava e há seis anos basicamente não ultrapassava os limites, como queriam seus mestres. Segundo Nott, era comum que bruxos dependentes puramente da magia tivessem dificuldades nesta arte, mas não era comum que um Potter a tivesse.

E por fim, Sailor Peverell, a renegada dos Potter que teve de usar o sobrenome de sua mãe para não influir no bom nome dos Potter por sua escolha: ser uma comensal do Lorde das Trevas. Em todo o exército de você-sabe-quem não havia melhor duelista e que melhor usasse das Maldições, o que era óbvio já que sua família, os Peverell, foram os criadores de ambas as três Maldições Imperdoáveis. Mas não fora isso que ela ensinara ao jovem Harry, a arte do duelo e dos feitiços era trabalho de Sinner. Ela o transformou num gênio. Treinou-o no conhecimento, trouxe-lhe conhecimento de coisas esquecidas que lhe seriam úteis. Segundo ela, ninguém é alguém sem conhecimento. E isso ela tinha de monte. Desde a queda daquele-que-não-deve-ser-nomeado o principal afazer desta mulher era, puramente,  juntar informações e objetos antiquíssimos  e de teor mágico.

Ronald Weasley, o suposto traidor dos Weasley e Hermione Granger, a sangue-ruim melhor amiga do Potter, o seguiram nessa tortuosa jornada, evoluindo junto a ele,  transformando-se junto à ele. Paz através da dor tornou-se muito melodioso ao ouvido do trio. Todos os três tiveram a mesma educação, mas Harry foi o que mais se sobressaiu, em todas, já que era o que tinha maior atenção dos mestres. Mas isso não incomodava os Guardiões.

Uma das descobertas de Harry fora porque conseguia usar magias sem conhecê-las, sem sequer saber fazê-las, por puro impulso. Sailor explicou-lhe que haviam dois motivos: um ela não poderia contar, que ele descobriria sozinho; o outro, é que quando Lillian e Tiago se sacrificaram por ele, não existiu apenas a proteção de Lilian contra a Maldição da Morte pelo amor, mas sim houve um sacrifício conjunto dela e de Tiago e isso fez com que a alma dos três se ligassem e, por conseguinte, dessem a Harry conhecimentos que ele não deveria possuir. Não foi algo premeditado, mas de muito auxílio em vários momentos.

Nesse tempo longínquo de sumiço do menino que sobreviveu, não tiveram paz. Foram obrigados a se mudar de semana em semana, porque o Ministério da Magia não deixou o sumiço passar em branco, primeiro porque ele era suspeito de um homicídio e segundo, porque ele era famoso, um ídolo. Um sumiço desses não deveria ser tolerado. Até mesmo o Diretor de Hogwarts, Alvo Dumbledore, saiu em sua procura, muito embora, se conseguiu, não manifestou-se. Hoje, Harry Potter tinha dezessete anos.

O Lorde das Trevas abriu a Câmara Secreta e diversos alunos foram mortos, mas ele fora detido, Ginevra Weasley num surto de liberdade mental, deixara um aviso avisando onde era a entrada da Câmara; um feitiço de explosão fora o suficiente para que a entrada e todo o banheiro fossem para os ares, o diário de Tom Riddle fora destruído, assim como seu basilisco fora morto.

Sirius Black, padrinho de Harry, fugiu da cadeia e fora encontrado por Parti Nott, e levado consigo para junto do jovem bruxo.

A Copa de Quadribol não aconteceu, todos temerosos com o desaparecimento do ‘maior assassino a serviço do Lorde das Trevas’ da prisão de Askaban, que agora estava ‘a solta’.

O Torneio Tribruxo ocorrera e a vencedora fora Fleur Decalour. Voldemort não ressurgira.

A Profecia não teve tentativa de roubo.

Dumbledore não fora morto.

A história é completamente diferente da conhecida por todos. Essa é a história real do Menino que Sobreviveu, a história de como o mau corrompe até mesmo a mais pura existência e como os fios do destino são desfeitos, cortados como a névoa. A história da rebeldia. A história de como o que era levado como certo, transformou-se na história da reviravolta.

Uma história que sequer Merlim preveria.

Uma história que sequer os irmãos Peverell sonhariam.

Uma história que sequer Gryffindor, Slytherin, Hufflepuff ou Ravenclaw colocaria em seus mais insanos contos.

Uma história que nem mesmo o ‘sábio’ Dumbledore gostaria de ler.

— Avada Kedavra! – A voz estridente de Sinner se fez presente e o feixe de cor verde iluminou o salão, mas incrível mesmo foi quanto este fora detido por um feixe de coloração carmesim rebateu o feitiços, explodindo os vidros e jogando o Avery longe, que logo se recompôs. – Ótimo Vermillious, Harry. Seria exemplar se já rebatesse o avada, mas é excepcional saber que consegue até mesmo reprimir o adversário.

— Que nada, seu avada que veio fraco, tem medo que me mate? Acha mesmo que é possível me matar com um simples Avada? Está ficando velho e tolo, tio. – Harry riu, achando graça da expressão assustadora que o homem à sua frente lhe lançava.

— Ora, seu moleque atrevido...! – Infelizmente, nunca completou essa frase. Fora interrompido por uma luz turquesa que invadiu o cômodo e passou pela lateral de seu rosto, indo em direção ao Potter.

— Protego Horribilis, Salvio Hexia, Protego Maxima... – Os três feitiços foram usados ao mesmo tempo, mas fora ineficiente. O feitiço adversário rompeu a primeira proteção, mas desapareceu, entretanto, Harry não contava que o adversário tivesse usado um segundo feitiço não-verbal, este atravessou as últimas barreiras e atingira o jovem no peito, lançando-o contra uma parede rochosa, que trincou. O garoto caiu com um baque surdo no chão, respirando com dificuldades. Ele soltou um som ininteligível.

— Trypocertate... – Supôs Sinner. – Mas com essa potência, conheço apenas uma pessoa além de nós que pode usá-lo nessa potência. – Revelou, se virando e encarando a figura. – Como vai, Sailor?

— Como sempre, olhos afiados. Fico extremamente insatisfeita que Harry não tenha se defendido dessa feitiço. O que tem ensinado para ele, seu grande babuíno? – Gritou a mulher, desgostosa com o rendimento do sobrinho. Logo em seguida, surge Sirius Black na porta, vendo o afilhado caído no chão, aparentemente desmaiado.

 - Ora, sua louca! Estávamos num momento de descontração quando você chegou atacando-o! Com certeza Harry previu dois feitiços, mas como um foi não-verbal não tinha como ele saber qual era. Usou três proteções excepcionalmente, mas o feitiço que você usou só pode ser combatido com um anti-feitiço específico, por isso ignorou as defesas do garoto. – Suspirou, mas logo arregalou os olhos. – Você sabia disso! Qual seu intuito com o que fez, Peverell?

A mulher sorriu, satisfeita com o que lhe foi dito. – Apenas mostrar para ele que se ele quer se tornar alguém maior do que jamais sonhou, caro amigo, ele tem muito o que evoluir ainda. – Disse se virando e saindo; muito embora, enquanto estava na porta, se virou e apontou a varinha para Harry, murmurando. – Trypofinitate. – Imediatamente Harry recuperou a consicência e Peverell teve que aparatar dali, para não ser atingida pelo feitiço do garoto.

— Fogomaldito! – Murmurou o Potter contra a tia, frustrando-se quando ela sumiu dali. O feitiço desintegrou toda a entrada e teto da caverna, deixando-os ao ar livre. – Maldita... – Sussurrou, caindo em sono profundo. Seu feitiço ainda queimava, a cada segundo se alastrava mais e se não fosse detido, tomaria conta de toda a região. Seu sono, naturalmente, não fora ocasional. Sirius Black o estuporou.

— Vamos sair daqui, logo os Aurores vão nos descobrir, é incomum um feitiço qualquer ter tanta magia. Eu já te disse, Avery, ensine-o a controlar a magia. Ele está colocando magia desnecessária nos feitiços, feitiços que não precisam de tanta magia e que tanta magia não influencia em nada. Ele está apenas se desgastando. Teve seis anos para isso!

— Ora, Sirius Black. Eu ensinei isso e ele é excepcional em controlar, caso não tenha notado. Mas, meu jovem Black... Ele é Harry Potter. Você não faz ideia de quanta magia esse garoto possui, de quão assombroso é o nível mágico do Lorde Potter. Essa magia que presenciou, para ele, é nada e para ti, é tudo.


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Notas finais do capítulo

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