Harry Potter e a Desarmonia [HIATUS] escrita por Whis


Capítulo 1
Capítulo Um - Morte, Escolhas e Guardiões


Notas iniciais do capítulo

Começa-se uma nova saga! Minha primeira fic do universo de Harry Potter, depois de reler a Câmara Secreta meu ódio pelos Dursley aumentou e uma cena do capítulo dois, fez uma gigante vontade de escrever uma "resposta" do Harry, e foi o que eu fiz. Felizmente, essa ideia é gigante demais para um capítulo apenas!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/691287/chapter/1

A vida na Rua dos Alfineiros número quatro atingira seu limite. Harry já estava cansado da petulância dos Dursley e estava decidido a tomar providências. Não gostava, já estava cansado. Seu sangue Mestiço fervia, a magia de sua mãe, alocada em sua testa na forma de um raio, gritava, ardia, fazia o jovem Potter ter espasmos de ódio pela vida sofrida, não a merecia. Os óculos em sua face de nada serviam, tão forte era a dor em sua testa, que embaçava sua vista e tornava-o basicamente cego. Já estava cansado de ver a dor, de sentir o ódio, estava cansado de ser apenas Harry.

Por surpresa, a varinha que outrora estava presa no armário debaixo da escada, de supetão surgira em sua mão direita, a carta de aviso do Ministério da Magia sobre uso de magia por menores, que recebera há algumas horas, explodira em fogo e desintegrara-se. Seus olhos verdes reverberavam o quarto em procura de qualquer coisa que a si interessasse, encontrou um livro. Imediatamente ele se abriu e começou a virar loucamente as páginas, até parar em um capítulo específico. As Maldições Imperdoáveis. Sem pronunciar quaisquer palavras, simplesmente deixou a magia correr livre por seu corpo, sentindo-a: imensa, imponente. Talvez o que diferenciasse Harry dos demais fosse somente a escolha de Tom Riddle por si, para ser o inimigo do Lord das Trevas, mas talvez o que lhe diferenciasse fosse simplesmente seu magnífico poder nato.

Nunca erraram. Dobby não errara. Harry Potter era um bruxo magnífico, de poder sem iguais. Um poder desconhecido pelo Lord das Trevas.

A varinha liberou uma intensa aura prateada e Harry apontou a varinha contra a porta trancada, dizimando-a junto com metade da parede. O som foi ensurdecedor, mas não incomodou o Potter, mas, notavelmente, acordou quase toda a vizinhança e fez com que os Dursley imediatamente chegassem ao local. Os olhos do jovem mestiço estavam brilhando como jamais houvera de brilhar. Um livro aberto, em cima da cama, o único, de cor negra escrito com os títulos em letras garrafais “Leis da Magia, um guia para nunca se encrencar”, agora fechado, dada a destruição da parede –   pegara a obra para ler, conforme o título dizia, e não se encrencar novamente com o Ministério. Mas a raiva, o ódio e a mágoa o corromperam.

 - Avada Kedavra. – O murmúrio arrastado e rouco foi muito audível pelos trouxas e o feixe de luz verde inundou o hall dos quartos do segundo andar e clareou a noite. Seus olhos raivosos foram visto agora pelos únicos vivos além dele. Duda e Válter. – A partir de hoje, trouxas insignificantes, reconhecerão a mim como O Sentenciador. Sentenciei Petúnia Evans, agora Dursley, à morte e relevei os atos de vocês, que tiveram suas mentes manipuladas pela dela. Viverão. Espalhem sobre mim à todos que vierem sobre mim indagar. Ou senão... – Um sorriso macabro surgiu em seu rosto claro, fazendo seus olhos verdes brilhantes serem notados. – Terei de revisar vossa sentença. – Harry sentiu seu corpo ser fisgado pelo próprio umbigo e desapareceu dali. Era assim que se aparatava, o livro outrora na cama fechara-se magicamente e dali desaparecera, assim como tudo o que pertencia ao Potter naquela casa.

Assim Harry Potter ganhara outro título. Não era apenas O Menino que Sobreviveu, era, também, O Sentenciador. E faria este título ser tão temido quanto o de Voldemort.

Harry não conhecia o lugar aonde desaparatou, era um campo de trigo, sem nada aos arredores, senão um único ponto muito distante. Sem opções, o bruxo deixou todas as suas coisas ali e seguiu andando para aquele ponto, fazendo o trigo a sua frente ser partido com a ajuda da varinha. Era uma casa. Não qualquer casa. Era a Toca. A casa dos Weasley. Mas claro, naquele momento, O Sentenciador não sabia disso.

Harry foi percebido por Molly que veio o receber, sem saber do ‘perigo’ que enfrentava. Curiosamente, Harry sorriu para ela e logo em seguida, Ronald surgiu atrás da mãe, interrompendo o cumprimento da mesma, e pulando sobre o amigo.

— Fred, George e eu estávamos prestes a buscar você! Que bom que apareceu, você não respondeu minhas cartas e estava preocupado que aqueles trouxas tivessem feito algum mal a você, Harry! Como você está? – Indagou o ruivo, atropeladamente.

— Ronald Weasley! Nunca mais me interrompa assim! – Disse a mãe do garoto, bufando de raiva por ter sido interrompida. – Harry, querido, quer entrar?

— Desculpe, senhora Weasley. Estou de saída. Vim apenas conversar com o Rony. Se me der licença, voltamos em alguns segundos. – O Potter tocou o garoto e aparatou para o mesmo lugar de outrora, onde havia deixado suas coisas, Molly soltou um “incrível“, após ser surpreendida com a aparatação. –  Rony. É um assunto sério e você vai ter que confiar em mim, isso vai implicar em muitas coisas... Inclusive em uma escolha difícil.

— Diga logo! – Disse, impaciente.

— Você vai ter que escolher entre a nossa amizade e, portanto, eu ou pela lei. Eu matei Petúnia Dursley num acesso de raiva e com certeza o Ministério vai me mandar para Askaban. Você precisa confiar em mim, estou pensando em juntar aliados... E não, não quero ser como Voldemort, que busca o caos, quero a paz, nem que para isso seja por meio da dor, afinal, o fim justifica os meios.

— Harry, isso é... Assustador! Minha família vai me odiar, todos vão me taxar de traidor, mas... Eu confio em você, Harry. Minha família é muito impotante, mas sei pelo que você passou. Serei seu Guardião, Lord Potter. – Harry gostou do que ouviu, mas quase caiu no chão surpreso. Como fora tão fácil convencer o amigo? Ele esperava que não conseguisse, que, aliás, tivesse que fugir dali, mas fora fácil demais. Entretanto, o Potter simplesmente abriu um gigante sorriso, abraçou o amigo e voltou para a Toca. Molly ainda estava ali, parada, esperando.

— Rápido como disse, Harry. Agora podemos comer alguma coisa? Acabei de fazer deliciosos biscoitos de chocolate e... – Ia continuar, mas algo no semblante de Harry a fez parar.

— Obrigado, mas não agora, senhora Weasley. Rápido, Rony. Pegue suas coisas, precisamos ir ver a Hermione. – Disse Harry; assim que Rony saiu virou-se para a mulher a sua frente e sorriu. – Coisas incríveis vão começar, senhora Weasley. Não julgue o Rony. Não julgue ninguém. Confie em mim... Por favor. – Disse, a mulher ia replicar, mas assim que Rony apareceu, tocou o braço de Harry e começaram a sumir, assim como todos os objetos (a aparatação de Harry não sugava os objetos, mas um simples Accio). – Confie em mim. Confie no julgamento.

Assim Harry e Rony voltaram para onde os objetos de Harry estavam. Harry não tinha muita coisa. Enfeitiçou o malão para que suportasse todos os objetos e não pesasse mais do que já pesava, assim, guardou o malão do próprio Rony ali, além de sua própria vassoura. Era um feitiço simples, mas muito útil. Harry segurou o malão e novamente Rony tocou em si, desaparatando para a casa dos Granger. Harry sabia que ali ia ser mais difícil.

O Potter apontou a varinha para a porta, largando o malão na entrada. Não houve murmúrio, apenas uma descarga de magia extremamente potente, que varreu a porta da existência. Os trouxas da casa logo apareceram li, e atrás deles, Hermione já com a varinha em punhos.

— O que está havendo, Harry? – Indagou a pequena garota, Harry sorriu. Mas não respondeu. Rony assumiu um ar imponente. Querendo ser notado.

— O Lord Potter deseja ter contigo, senhorita Granger. Junte todos os seus bens bruxos imprescindíveis rapidamente. – Disse, tentando segurar o riso.

— Pare de bobagem, Rony. Vamos Mione, junte suas coisas, precisamos conversar bem longe daqui. Pegue todos os seus livros. Todos. Use a sacola sem fundo que professora Minerva lhe deu. Seja rápida, não temos tempo. – Hermione balançou a cabeça e em segundos subiu as escadas para arrumar-se. Passaram-se dez minutos; o Potter avançou contra a garota, tomou-lhe o saco e murmurou inaudível. – Accio mente. – Imediatamente um livro intitulado “A arte do domínio da mente, de Olívio Parswer” surgiu nas mãos do Potter. Ele abriu em qualquer página e viu um feitiço “Obleviate”, tentou executá-lo nos trouxas, mas não conseguiu.

Vendo a tentativa frustrada do amigo, Hermione entendendo o intuito, tomou-lhe o livro e concentrou-se no que estava escrito, principalmente nos procedimentos. A menina apontou a varinha para os pais, que estavam estarrecidos, movimentou a varinha para a direita e para esquerda, voltou para a direita (onde estava o pai) e murmurou o feitiço. A ponta da varinha brilhou em azul anil e o pai da garota caiu no chão, sem lembranças do momento. Repetiu o procedimento com a mãe, que teve a mesma queda.

Uma lágrima solitária escorreu do olho esquerdo da Granger.

Ela percebera a gravidade da situação.

Ajudaria, sem dúvidas, os amigos.

Não tinha como voltar atrás.

Barulhos de aparatação foram ouvidos do lado de fora, provavelmente aurores. Imediatamente Harry pulou nos amigos e sumiram dali num vórtice concentrado em seu próprio umbigo.

Reapareceram numa floresta bem longe dali, com uma mata totalmente fechada e um ar extremamente puro, exalava paz.

— Explique-se, Harry James Potter! – Exaltou-se Hermione.

— Vocês dois são os primeiros. São os Guardiões. – Disse se lembrando da fala do amigo. – E eu sou O Sentenciador. – Seus olhos brilharam em verde vivo. – A partir de hoje, juntos, temos a missão de arranjar seguidores. Nossa missão é ambígua... – Disse, soturno. – Deter Tom Marvolo Riddle, o Lord das Trevas, caso tente ressurgir e trazer a paz, mesmo que por meio da dor. Estão comigo? – Indagou.

Rony e Hermione se olhavam, depois de três minutos, balançaram a cabeça e confirmaram em uníssono. – Sim.

— Mione, pode pesquisar uma coisa em seus livros? – Indagou Rony. Harry arqueou a sobrancelha, curioso.

— Claro, o que precisa?

— Você-sabe-quem usava uma marca nos seus comensais, então...

— Podíamos ter uma marca. Brilhante, Rony! Brilhante! – Exclamou Harry, suas atitudes precipitadas estavam deixando-o ansioso e com medo de tudo o que tinha por vir. – Eu li alguma coisa sobre um feitiço. Um tal de Morsmodre. Os comensais usavam-no para marcar o céu depois de um ataque, não é? Como Voldermort criou esse feitiço? Pode pesquisar, Mione? – Indagou o moreno, a fitando. Ela balançou a cabeça afirmativamente, e começou a esparramar seus livros no chão. Harry entregou todos os seus livros que Hermione não tinham, por serem muito caro, mas eram apenas três livros que a garota não possuía, inclusive o de capa preta.

Harry sacou a varinha e apontou para o chão, após constatar sua pureza.

Vivae Radix! – Manipulou as raízes do chão e criou um tipo de casa. Era grande, gigantesca, não tinha formato e nem separação de cômodos, era apenas um teto e paredes, feito puramente de raízes. Harry e os amigos entraram. Todos estavam surpresos. Inclusive Harry.

O garoto fazia feitiços que não conhecia, com maestria que não deveria ter. Um lampejo passou em sua mente e pôde, enfim, deduzir o motivo: James Potter.

Longe dali, no Ministério da Magia Britânico, o alerta de magia negra apitou extremamente alto no batalhão dos aurores, no Departamento de Execução das Leis de Magia, um nome sumiu dos registros, enquanto alertas apitavam por todas as alas do local.

Os aurores desaparatavam rapidamente para os locais indicados. Primeiro, para a casa dos Dursley. Ao chegarem ao local, os Dursley contaram tudo o que podiam e tiveram sua mente apagada e as memórias modificadas. Eram trouxas, afinal. O corpo de Petúnia foi levado para análise, esta que apenas confirmou o óbvio: avada kedavra.

Logo em seguida, seguiram para a casa dos Granger, tentaram reorganizar a memória dos trouxas, mas não conseguiram. Levariam-nos para o Departamento de Mistérios e depois para os Obliviadores, eles conseguiriam corrigir as memórias.

Mas tinham uma suspeita. Harry Potter, ou melhor, O Sentenciador, era o culpado. Uma gota de suor passou por suas testas. Medo. Medo daquele que venceu o maior bruxo das trevas com apenas um ano de idade.

Ódio também fora visível, mas não contra o Potter, contra os trouxas. Ódio por tanto mal que causaram àquele garoto e que trouxe uma nova ameaça ao mundo dos bruxos.

De volta ao Harry, enquanto Hermione pesquisava, Rony lia diversos feitiços e tentava dominá-los. Não voltariam para casa. Harry estava no fundo daquele lugar, pensando, quando barulho de aparatação foi ouvido. Quatro barulhos. Harry tomou a dianteira do grupo e se mostrou para os visitantes.

Trocara de roupa, aliás, agora vestia um sobretudo totalmente negro e roupa social trouxa negra também.

— Quem são vocês e o que querem aqui, comigo? – Perguntou ameaçador. Tinha apenas doze anos, mas seus poderes eram visíveis de longe.

— Te ajudar, jovem Harry Potter, aquele que venceu o Lord das Trevas. – Soubemos de tudo o que fez e não te condenamos, mas tens muito o que aprender... Se deu bem contra trouxas, mas não é assim que a banda toca... Será treinado por nós, vocês três serão.

— Apresentem-se, é desgostoso você saber o meu nome e eu não conhecer o vosso. – Proferiu Harry, mais calmo.

— Oh, mas é claro... – Disse uma voz diferente da primeira, era mais severa. – Que displicência a nossa.

— Somos... – Disse uma terceira voz.

— Hivanna Abbott – a figura apontou para uma mulher de feiços sérias, cabelos loiros e olhos suaves, exalava um grande conhecimento -, Sinner Avery – agora apontou para um homem alto, de cabelos negros e olhos azuis, tinha feições bondosas, mas olhos que demonstravam profunda bravura e experiência -, Parti Nott – apontou para outro homem, este mais baixo, com cabelos brancos e olhos cor de fogo, suas feições eram misteriorsas, mas seus olhos demonstravam curiosidade e ansiedade – e eu, Sailor Peverell, sua tia, Harry Potter.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? Comentem! Não imaginam o efeito que um comentário faz! ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Harry Potter e a Desarmonia [HIATUS]" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.