Recém Casados escrita por Bianca Maia


Capítulo 8
Capítulo 7 - ATRÁS DO VIDRO ESCURO parte I


Notas iniciais do capítulo

Bom, tenho motivos de sobra pela demora da postagem do cap. Leiam no fim, ok?
Espero que gostem e, boa leitura!



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No capítulo anterior:

 

Eu a observei por um longo momento, tentando imaginar as possíveis coisas que estariam guardadas ali dentro. O que uma mente como a de Bella guardaria em uma caixa tão grande?

Seth não parecia brincar quando disse que Suada não ia gostar que eu olhasse o “material” da caixa. Mas, só porque ele havia dito aquilo que minha curiosidade aguçada me atormentava para abri-la. Eu queria saber o que tinha ali. Devia ser importante. Um amigo de confiança trás a caixa, diz que a mãe de Bella quem pediu para entregar, me alerta para não abrir... ÊH, ÊH! Sei não, mas isso não parece ser coisa boa.

 

Peguei uma faca na cozinha e rasguei a fita adesiva que prendia os lados da tampa.

Abri com cuidado e...

 

— Meu Deus... — Arregalei os olhos.

 

Edward PDV

 

Eu estava vendo, mas ainda não conseguia acreditar.

Ok, aquilo com certeza não era de Bella! Não podia ser, não havia possibilidades de aquilo tudo ser dela!

 

Sentei-me ao lado da caixa e fui retirando aos poucos as coisas que haviam dentro. Os grandes troféus, fotos, cartas, medalhas e certificados.

O maior troféu de todos estava gravado: “1º Lugar na categoria infantil de Baseball” e outro que dizia: “Campeã do concurso anual de dança”.

 

Como aquilo podia ser de Suada? Ela era desajeitada, feia e desbocada. No mínimo ia mandar o juiz do concurso para um lugar beeeem bonito. 

 

Algumas fotos estavam espalhas ao fundo da caixa. Uma era de Bella com o taco de baseball na mão, ao lado de seu time. Por incrível que pareça, ela era a única garota e também era a menor. Em outra foto, Suada estava ao lado de Alice. Pareciam estar em um estúdio de dança. Alice usava uma roupa de bailarina e Bella uma calça preta colada e sapatilhas; ambas sorriam lindamente ao lado das professoras.

 

Eu ainda procurava entender como aquilo tudo podia ser dela. Incrível!

 

Retirei mais algumas coisas da caixa e junto, um saco plástico transparente trazia um soco inglês enferrujado. Com a letra redonda de Bella, estava escrito: “Primeira briga de rua ganha – 15/10/05”. Eu mal havia percebido, mas a arma estava suja de sangue o que me fez sentir calafrios terríveis.

 

Muitas medalhas de ouro, muitas mesmo. As mesmas sapatilhas que Suada usava na foto com Alice estavam ali dentro. Uma palheta de violão, uma boneca Barbie em perfeito estado, um taco de baseball, um boné branco com a letra B, um kimono vermelho com flores brancas, uma camiseta cheia de assinaturas, e mais três álbuns de fotos. Abri o que era nomeado de “Férias no Havaí”.

 

A primeira foto era de Bella ao lado de Alice. As duas estavam na praia e Bella segurava uma prancha de surf. Em outras fotos, Suada estava ao lado de vários adolescentes. A maioria eram garotos.

Haviam muitas em que ela aparecia fazendo caretas engraçadas e poses diferentes, mas seu sorriso era sempre o mesmo: feliz, verdadeiro e lindo.

 

Abri outro álbum, etiquetado de “Parte de Mim”, que estava recheado de fotos dos esportes radicais que Bella já praticara. Escalada, trilha, bung-jump, mergulho, vôo de asa delta... Sem falar nas fotos em que ela aparecia treinando box tailandês. Nesse mesmo álbum havia muitas fotos de skatistas amigos de Suada, mas somente uma chamou minha atenção. Estava cortado o rosto de um rapaz alto e forte abraçado à Bella, parecia ser mais que um amigo. O garoto Seth também estava em muitas fotos.

 

Abaixei a cabeça e o torpor me atingiu. Bella tinha uma história linda, cheia de aventura, amigos, esportes radicais, sorrisos... Como ela podia querer jogar todas as lembranças de um passado recheado de coisas boas pela janela? COMO?

 

Enrosquei os dedos no cabelo, tentando me imaginar em algum dos momentos retratados nas milhares de fotografias perfeitas de Isabella. Com toda certeza, eu gostaria de ter tido um passado como o dela. Bom, pelo menos ter aproveitado melhor o meu.

 

Uma pilha de cartas se encontrava no canto da caixa. Eram de amigos, familiares, pessoas queridas por Suada. Não me atrevi a ler nenhuma. Já estava chocado o bastante.

 

Dentro de um saco de pano cor-de-rosa estavam DVD’s. Nomeados como “Última Apresentação de Tango”, “Amostra de Jazz – Dança&Ritmo”, “Only Hope por Isabella Swan”, “Aula 452”, “Aprendendo Moon Walk” e por último “Sorrir Chorando”.

 

Abri uma caixinha de cristal que tocava O Quebra-Nozes. E lá dentro, emoldurada impecavelmente à mão com pétalas de rosas secas e conchas marinhas, uma foto de Renée, Charlie e Bella; nesta caixinha também havia um colar de miçangas coloridas feito à mão.

Esquecida e dobrada, no fundo da caixa, outra foto me chamara atenção. Suada abraçada à um rapaz moreno. Atrás da foto “Vancouver com Jacob”. Então pude entender a neve e os casacos gigantes.

 

Coloquei todas as coisas dentro da caixa novamente. Cuidadosamente, pois muitas eram frágeis. E quando ia a fechando novamente, percebi que iam ficando do lado de fora: um par de luvas de box e o diário de Bella.

Guardei as luvas na caixa, mas não consegui guardar o diário. Era curiosidade demais. Eu precisava ler.

 

— Acho que ela nem vai notar — dei um meio sorriso.

 

(...)

 

Depois de lacrar a caixa novamente, tentei pregar os olhos. Mas era impossível.

Eu olhava Suada dormindo e imaginava como aquilo tudo fazia parte de seu passado. Tentava achar respostas cabíveis para o que não conseguia decifrar: o coração e a mente de Bella.

 

Isabella Marie Swan. Eu realmente não a conhecia nem um pouco. Absolutamente nada.

Dormia e convivia ao lado de uma estranha completa, da qual, eu pensava saber driblar, enganar e magoar. Estava errado. Eu ainda não conhecia o lado mulher de Bella. O lado que eu fiz questão de afirmar com confiança não existir. O lado que ignorei com insensibilidade e estupidez.

 

Eu não a odiava. Não! De forma alguma! Nós apenas não tivemos a sorte de nos conhecer em um bom momento. O que aconteceu muito estranho e por acaso. Um atropelamento e logo em seguida um casamento.

 

Fitei Bella dormindo, isso me trouxe paz e a calmaria do sono já tentava me arrastar. Antes de fechar os olhos, acariciei o rosto macio e sereno da pequena mulher que dormia a meu lado.

 

(...)

 

Quando acordamos, apenas avisei Bella sobre a caixa. Nada mais.

Não perguntei, não elogiei e nem critiquei absolutamente nada. Já era estranho olhá-la depois de descobrir parte de seu passado.

 

— Hum... o que está achando do trabalho? — perguntou enquanto mordicava o pão.

 

— É bom. Cansativo, mas vale à pena. — Bebi um grande gole de leite.

 

— Eu também arrumei um emprego — olhou-me feliz — vou trabalhar com cachorros.

 

Parei.

 

— Achei que tinha medo de cachorros — zombei de sua felicidade, mas isso não atingiu seu humor.

 

— Não tratamos de Pit Bulls no Pet Shop!

 

Suada levantou-se e pegou sua mochila e o skate. Antes de sair, passou pela caixa e a observou por um longo tempo.

Parecia presa à alguma coisa ali.

 

— Você não abriu né? — Ainda olhando fixamente para a caixa, Bella me perguntou.

 

— Não — engoli seco.

 

— Quando for colocar o lixo pra fora, coloque isso também — bateu a porta.

 

Não. Eu não jogaria aquilo tudo fora. Não antes de descobrir o por que.

 

Bella PDV

 

Sentia o vento batendo frio e calmo em meu rosto. Em cima do skate, eu era, praticamente, livre novamente. Porém, ver a caixa e lembrar de tudo e todos me trouxe dores terríveis.

 

Como Renée teve coragem de me devolver tudo? Aquilo era lixo!

 

Estava tão distraída, que quase atropelei uma mulher.

 

— Ei! Tão ta me vendo? — Reclamou, segurando um cachorro marrom.

 

— Com essa roupa é impossível não te ver! — Retruquei. A mulher vestia uma calça de couro rosa pink, sandálias plataforma douradas, blusa de oncinha e muitas pulseiras. Talvez a Madonna do século XXI.

 

— O QUÊ?!

 

— Hum... Desculpa! Desculpa! To atrasada pro trabalho! — Desci do skate e entrei correndo no Pet Shop.

 

Odete estava no balcão anotando alguma coisa.

 

— Bom dia — olhou-me de relance e voltou os olhos para os papeis à sua frente.

 

— Bom dia, er, quais são os cachorros que vou levar para passear hoje? — Coloquei o skate e a mochila no chão.

 

— Você quase atropelou uma cliente minha — sorriu.

 

— C-como? C-como viu? Você estava aqui dentro e, eu... Desculpa! — Parei e abaixei a cabeça. — Só estou meio preocupada.

 

— Quer falar sobre isso?

 

— Não.

 

Odete se aproximou e me fez sentar a seu lado em um sofá.

Olhou-me séria, mas logo um sorriso brotou em seus lábios.

 

— Acho que você não deveria querer apagar todo o seu passado. Grande parte dele foi construído de coisas boas e momentos felizes. Jogue fora só o que te faz realmente mal.

 

Mal conseguia respirar. Ela era adivinha. Só podia ser isso. Ela falava algumas coisas estranhas, mas que se encaixavam perfeitamente em o que eu estava passando.

Não consegui dizer mais nada.

 

Levei quatro dos cachorros para passear. Foi até calmo, relaxante, prazeroso, mas não diminuiu a quantidade de pensamentos que borbulhavam na minha cabeça. Chegava até a doer, latejar. Remoia-me para não pensar, mas era automático. Vinha de repente.

 

(...)

 

— Odete, posso te perguntar uma coisa? — Enquanto eu colocava ração nas tigelas, Odete tirava os cães das coleiras.

 

Si.

 

— Por que você não tem filhos? — Percebi que a pergunta lhe deixou desconfortável. — Se não quiser responder...

 

— Tudo bem, querida. — Levantou a cabeça para o alto e soltou o ar pela boca. — Eu não posso ter filhos. Sou estéril.

 

Me senti mal por ter perguntado. Eu devia ter tocado em feridas profundas, pois Odete se fechou de uma forma estranha e também não se pronunciou novamente.

 

— Desculpa. — Limpei as mãos na calça e peguei minha mochila. Pigarreei. — Bom, já ta na minha hora. Não vai mais precisar de nada?

 

— Bella, posso te pedir uma coisa? — Olhou no fundo dos meus olhos.

 

Foi impossível não acenar que sim com a cabeça.

Odete se aproximou e me abraçou carinhosamente.

 

— Não desperdice o hoje e o agora. Você é nova demais para guardar mágoas. — Soltou-me e pude notar que seus olhos estavam marejados.

 

(...)

 

Você é nova demais para guardar mágoas”, a frase que não parava de martelar em minha cabeça. Fazia eco dentro de mim, me cortava os sentidos e doía.

 

Cheguei ao apartamento mais cansada do que eu esperava. Talvez, os pensamentos estivessem me cansando.

Edward também já havia chegado e estava no banho.

 

Coloquei a louça do café dentro da pia, liguei a torneira e deixei que a espuma se formasse. Lavei tudo devagar, ainda pensando em minha vida.

 

Você é nova demais para guardar mágoas” a frase ecoou alto em minha mente e, sem pensar, apertei copo que estava em minha mão com tanta força, que o mesmo estilhaçou-se, me cortando.

 

Coro saiu do banheiro correndo. Deslizando com os pés molhados.

 

— O que aconteceu? — Perguntou, olhando-me assustado.

 

— Nada. — Fitei ferozmente os cortes em minha mão esquerda.

 

Edward PDV

 

http://www.4shared.com/audio/FJW-S_T3/Iris_-_Goo_Goo_Dolls.htm

(Link Seguro)

 

O sangue escorria pelo braço de Bella. O vermelho carmim tingia sua blusa branca aos poucos.

 

— Bella, como se cortou? — Segurei seu pulso, tentando examinar.

 

— Já disse que não aconteceu nada! — Puxou o braço de volta.

 

— Três cortes fundos na mão não é nada. Sei! Me deixa ver...

 

Bella sentou-se no sofá e eu trouxe gazes e água morna.

Limpei com cuidado, mas não conseguia estancar o sangue.

 

— Vem, vou te levar para o hospital. Vai precisar levar pontos.

 

— Me deixa Edward! Desde quando se preocupa comigo? Você não me odeia? Sou a pedra no seu sapato! — Empurrou-me com força e acabei desabando no sofá.

 

— Bella! Só quero te ajudar!

 

Me ajudar? Ninguém pode me ajudar, se é que entende. — Nervosa, rasgou um pedaço da blusa e enrolou na mão. — Você não me conhece nem um pouco. Não me ofereça ajuda! — Saiu e bateu a porta.

 

Bella PDV

 

Íris

 

And I'd give up forever to touch you  (E eu desistiria da eternidade para te tocar) 

'Cause I know that you feel me somehow  (Pois eu sei que você me sente de alguma maneira) 

You're the closest to heaven that I'll ever be  (Você é o mais próximo do paraíso que jamais estarei) 

And I don't want to go home right now  (E eu não quero ir para casa agora) 

And all I can taste is this moment  (E tudo que posso sentir é este momento) 

And all I can breathe is your life  (E tudo que posso respirar é a sua vida) 

And sooner or later it's over  (E mais cedo ou mais tarde se acaba) 

I just don't want to miss you tonight  (Eu só não quero ficar sem você essa noite) 

 

Já estava escuro e eu ainda caminhava sem rumo.

Queria voltar para o A.P, mas como encarar Coro depois de tudo o que eu disse? Só queria esfriar a cabeça. O que parecia ser impossível.

 

Sentei-me em um ponto de ônibus e não impedi que as lágrimas escorressem à vontade.

Suja de sangue, machucada por dentro e por fora... O que mais podia acontecer?

 

Um forte trovão veio do norte e percebi que a escuridão era por conta da chuva forte que dentro de poucos minutos, começaria a cair.

 

— Droga — cobri o rosto com as mãos, sentindo leves gotículas frias tocarem minha testa.

 

Minha mão doía muito, mas o sangue já havia parado de jorrar.

Meus pensamentos vagavam pesados. Como eu era idiota! Edward só queria me ajudar e o tratei mal, descontando minha raiva nele, que não tinha culpa.

 

O ar quente de Los Angeles já não estava mais presente. O vento gelado batia forte contra meu corpo e as gotinhas de chuva se transformaram em grandes e gordas gotas, que caiam com intensidade e velocidade no asfalto negro. O tráfego diminuíra bastante, mas ainda era possível sentir o cheiro da poluição.

 

And I don't want the world to see me  (E eu não quero que o mundo me veja) 

'Cause I don't think they'd understand  (Porque eu não acho que eles entenderiam) 

When everything's made to be broken  (Quando tudo é feito para não durar) 

I just want you to know who I am  (Eu só quero que você saiba quem sou eu)  

 

Levantei-me. Eu não podia sempre descontar nos outros minhas dores. Não podia mesmo! Estava completamente errada em fazer isso.

No mesmo instante sai correndo na chuva. Queria um banho quente, curativos e, talvez, um ombro amigo.

 

(...)

 

A porta estava trancada. Tive que bater algumas vezes até que Edward a abriu.

 

— Onde você estava? — Preocupado, Coro segurou meus ombros e me olhou da cabeça aos pés.

 

— Olha, eu não sou boa nisso. Aliás, sou péssima... — falei rápido, com vergonha.

 

Coro somente fixou seu olhar em mim, diretamente em meus olhos.

 

— Me desculpa — sussurrei. — Você... você... quer dizer, eu não devia descontar minha raiva em você — baixei a cabeça, sentindo a pele do meu rosto arder.

 

Eu esperava tudo. Risos, gritos, sermões... Mas, inesperadamente, Edward abraçou-me, colocando minha cabeça encostada em seu peito. Nunca havia tido uma intimidade tão grande com ele.

Foi estranho.

 

And you can't fight the tears that ain't coming  (E você não pode lutar contra as lágrimas que não virão) 

Or the moment of truth in your lies  (Ou o momento de verdade em suas mentiras) 

When everything feels like the movies  (Quando tudo se parece como nos filmes) 

Yeah you bleed just to know you're alive  (É, você sangra apenas para saber que está viva)  

 

— Tudo bem, eu sei que você tem medo, apesar de aparentar ser durona — eu não pude ver, mas parecia que ele sorria enquanto falava.

 

Meus olhos se embaçaram e as lágrimas voltaram a escorrer. Meu corpo amoleceu e acabei escorregando dos braços de Edward, caindo sentada próximo ao sofá.

Cobri o rosto com as mãos. Ele se abaixou e me abraçou novamente.

 

— Eu só queria que você me entendesse — solucei alto, secando os olhos — só queria que você soubesse quem eu sou.

 

And I don't want the world to see me  (E eu não quero que o mundo me veja) 

'Cause I don't think they'd understand  (Porque eu não acho que eles entenderiam) 

When everything's made to be broken  (Quando tudo é feito para não durar) 

I just want you to know who I am  (Eu só quero que você saiba quem sou eu)  

 

 

Para meu alívio, Edward não falou nada. Simplesmente acariciava meus cabelos emaranhados.

Em momento algum as lágrimas deixaram de cair. Mas, ao menos, eu tinha alguém comigo. Ele podia ser estranho, chato, idiota, irritante... e era esse mesmo chato e idiota que estava me segurando em seus braços, esperando que eu parasse de chorar e voltasse a ser “durona”.

 

Um forte trovão ecoou pela casa e os relâmpagos iluminavam parte da coxinha. Agarrei a sua camiseta e fechei os olhos.

 

And I don't want the world to see me  (E eu não quero que o mundo me veja) 

'Cause I don't think they'd understand  (Porque eu não acho que eles entenderiam) 

When everything's made to be broken  (Quando tudo é feito para não durar) 

I just want you to know who I am  (Eu só quero que você saiba quem sou eu) 

I just want you to know who I am  (Eu só quero que você saiba quem sou eu)  

I just want you to know who I am  (Eu só quero que você saiba quem sou eu)  

I just want you to know who I am  (Eu só quero que você saiba quem sou eu)  

 

Edward PDV

 

Ter Bella em meus braços, tão frágil e vulnerável me fez sentir forte o suficiente para protegê-la. Era totalmente estranho, mas, pelo menos uma única vez em minha vida, eu me senti útil. Senti que alguém precisava de mim de verdade.

 

Os soluços de Suada eram altos e cheios de dor. Eu queria saber mais, queria perguntar, mas não era um bom momento.

 

E então, naquela noite fria de tempestade, eu, Edward Cullen, conheci o lado de Bella que era feito de porcelana, frágil e delicado, que sentia dores e chorava.

 

Alguns dias depois...

 

Não tocamos no assunto da noite de tempestade. Suada levou algum pontos na mão e não precisou faltar no trabalho. Preferi me afastar um pouco de Bella. Ia ser melhor para ela, que estava sofrendo por alguma coisa que eu ainda não sabia.

 

Já estávamos no último dia do mês de Maio. Suada estava toda sorridente e, é claro, eu também. Dois motivos: nosso pagamento seria depositado em nossas contas e faltavam dois meses para essa loucura de casamento acabar! Aleluia!

 

Era quinta-feira e Bella já havia voltado do trabalho. Eu estava de banho tomado assistindo Phineas e Pherbs.

 

— A gente vai ao banco e depois direto para o super mercado, certo? — Perguntou, jogando a mochila no sofá.

 

— Isso! Enquanto você toma banho eu faço a lista de compras — levantei-me.

 

(...)

 

Bella PDV

 

Conversar com Coro depois da noite de tempestade foi difícil. Tive vergonha, muita vergonha porque eu, simplesmente, nunca chorava perto de ninguém, ainda mais perto daquele tapado! Mas eu estava feliz. Teria dinheiro para comprar o que quisesse! Quer dizer, teria dinheiro depois de pagar água, luz, gás, telefone e comida.

 

Tomei um banho rápido e sequei meu cabelo com o secador, o que o deixou brilhante e bonito. Vesti uma calça jeans, uma camisa e um tênis. Mal me importava a roupa, eu queria dinheiro, dinheiro...

 

— Pronto! — Peguei minha mochila em cima do sofá.

 

— Seu cabelo ta bonito. — Coro elogiou.

 

(...)

 

— SOLTA! SOLTA! EU VOU LEVAR!

 

— SOLTA VOCÊ! — Tentei puxar o carrinho de compras das mãos de Edward. — LAAAARGA! — Gritei.

 

— Pára de gritar sua louca! Esqueceu que a gente ta em um super mercados?

 

— Falou certo. Super mercados e não hospital! Me dá isso! — Puxei com força e Coro soltou, cambaleei para trás e acabei esbarrando em uma pilha de latas de atum. Resultado óbvio: todas as latas caíram no chão.

 

Coro só não riu mais porque o arrastei para longe do estrago, disfarçando descaradamente.

 

— Cereal, leite, carne, ovos... Papel higiênico!

 

— Ai, pára de gritar! — Imitei seu tom de voz e jeito de falar quando chamou minha atenção.

 

As prateleiras cheias de comidas deliciosas, doces, salgados, massas... Hum, me dava água na boca. Edward estava com uma lista na mão e, enquanto eu empurrava o carrinho, ele pegava os produtos.

 

Enchemos um carrinho e ainda levei algumas coisas na mão. Passamos pelo caixa e pagamos tudo. Havia sobrado muuuuito dinheiro.

Pagamos as contas que iam vencer e alugamos dois filmes: Premonição 4 e Garota Infernal.

 

— Você não tem medo desses filmes, não né? — Coro perguntou, rindo da minha cara.

 

— É claro que não! — Mostrei a língua.

 

Pegamos um táxi e fomos direto para... er... nosso apartamento. O porteiro velhote nos ajudou a colocar as sacolas com as compras dentro do elevador.

A porta se fechou e eu caí sentada.

 

— Isso aqui ta pesado! — Coloquei as mãos nas costas. — OU eu estou ficando velha...

 

— Os dois — Coro deu um sorrisinho besta.

 

— HÁ HÁ HÁ, muita engraçado — estourei a bola de chiclete com força, mostrando que eu não estava de brincadeira.

 

Estávamos no terceiro andar quando o elevador fez um barulho estranho e, de uma fez, parou e as luzes ali dentro pisaram várias vezes.

Agarrei a perna de Edward e fechei os olhos.

 

— AH! QUE PORRA! — Coro socou o ar.

 

— O que foi isso? — Perguntei apavorada.

 

— Acabou a luz no prédio e estamos presos aqui ou o elevador quebrou e estamos presos aqui — fechou os olhos e bufou ferozmente.

 

Arregalei os olhos e fitei Edward.

 

— Droga!

 

Continua.


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Notas finais do capítulo

N/A: Galera, preciso dizer o quanto estou feliz com os mais de 450 reviews? Obrigada mesmo gente! De verdade. Quando postei a fic, não esperava uma boa aceitação.

Sobre o cap.: O humor e a comédia irão voltar nos próximos, mas, agora, com romance, claro! (AAAEEE) UHASUHASAUSH'
Vocês perceberam que Bella não era nada do que o Ed pensava, pelo contrário, ela era muita coisa além do que ele esperava. No próximo cap. irei contar detalhadamente a história de Bella e do Edward. E vocês viram também que ambos ficaram presos dentro do elevador, certo?

Hum, o que será que vai acontecer? *olhar malígno* UASUHSHUSAH' Só irão saber se continuarem lendo!

Sobre a demora: Quem me acompanha pelo Twitter sabe o por quê.O Nyah! simplesmente não tá abrindo no meu computador. Parou de vez... E sexta-feira (ontem) tive de viajar para Campo do Meio - MG, cidade da minha querida avozinha. Só que, a cidade é super pequena e, praticamente não tem Lan House's. Achei umazinha aqui, e agora, estou usando um PC de segunda-mão só pra postar pra vocês. Então, um reviewzinho não custa nada né?!

Beijocas e aproveitem as férias.

Bianca Maia.