No capítulo anterior:

 

— NÃO VAI PEGAR O MESMO QUE O MEU NÃO! NÃO DE NOVO!

 

— Claro que não! Não sou tão louco assim!

 

— Só espero que nenhuma máquina de bolas entre em meu caminho — gargalhou.

 

Só restava tentar novamente. E rezar pra conseguir algo sem tacos, bolas, máquinas, crianças, cachorros e, de preferência, sem Suada.

 

Bella PDV

 

Minha primeira experiência em trabalhar fora havia sido um verdadeiro desastre. Meus planos de comprar CD’s novos não se realizaria tão cedo.

 

No dia seguinte do incidente no campo de baseball, eu estava bem cansada. Minha mãe sempre me acordava e preparava meu café com o que eu mais gostava. Agora era um cara totalmente estranho quem preparava o café e eu tinha que me levantar sozinha. Saco!

 

Sentei-me à mesa e olhei para o relógio no pulso. Era dez e quinze de uma manhã de sábado.

Edward fazia torradas e preparava uma vitamina de morango.

 

O sol bateu forte pela janela da cozinha, iluminando tudo.

 

— Nem o sol gosta de mim... — Reclamei e coloquei a mão em frente dos olhos.

 

— Por que será, né? — Ironizou.

 

— Cala a boca, babaca!

 

Joguei uma maçã que estava à meu alcance bem no cabeção do Coro. Ele não reclamou, mas fitou-me com cara de quem estava pronto para trucidar alguém.

 

— O.K., desculpa! — Levantei as mãos, rendendo-me. — Mas você mereceu!

 

— Escuta aqui...

 

— EDWARD! A VITAMINA!

 

Edward tirou a mão da tampa do liquidificador, que foi arremessada para longe. A vistosa vitamina de morango voou na cara do Coro e na minha. Como se não bastasse, o prato de torradas que ele segurava, caiu no chão, deixando tudo engordurado e escorregadio. É claro, ele caiu de bunda ao meu lado.

 

A cena mais hilária que já presenciei em toda a minha vida. Coro sujo de vitamina e estirado de bunda no chão encharcado de manteiga. Soltei uma gargalhada tão alta, mais tão alta que nem eu mesmo acreditei.

 

Só que nem sempre todos saem ilesos.

 

Levantei-me da cadeira, rindo muito com a boca aberta, quando senti uma mosca adentrar minha garganta. O ar sumiu.

 

Edward PDV

 

Minha bunda doía juntamente com minha cabeça, mas não pude deixar de rir quandoSuada engoliu, sem querer, uma mosca.

Tossindo feito louca, ela batia no peito tentando desengasgar. Quando foi correr para beber água, escorregou e caiu de costas e bateu a cabeça no chão. Nós dois vimos a mosca sair voando de dentro da boca dela.

 

— QUE NOJO! — Suada gritou, cuspindo.

 

Nos entreolhamos. Bella estava suja de vitamina, caída no chão e ainda com falta de ar. Impossível não rir, mas, não foi só eu que ri, ela também riu. E muito.

 

— Culpa sua! — Apontou o dedo pra mim.

 

— Culpa do sol, que te odeia... Não minha. Mas eu também te odeio. — Sorri.

 

— CALA A BOCA CULLEN BABACA!

 

Bella se arremessou por cima de mim e começou a me dar tapas e socos.

 

— PÁRA! EU NÃO BATO EM MULHER! SAI! — Tentei tirá-la de cima de mim.

 

— EU ODEEEEEIOOOO VOCÊ! IDIOTA! — Estapeou minha cara.

 

— VOCÊ VAI SER UMA EXCEÇÃO!

 

Rolei por cima do corpo dela e segurei seus pulsos no chão. Agora ela estava em meu poder.

 

— Vai ter seu castigo... — Sorri maquiavélico e Bella arregalou os olhos como dois biscoitos de chocolate.

 

Sem deixar de segurá-la, peguei em cima da pia alguns dentes de alho. Mastiguei todos com desgosto, claro; alho cru é horrível.

 

— ME DÁ UM BEIJINHO?! — Soprei o máximo de hálito no rosto dela, que deu ânsia de vomitando várias vezes.

 

— SAI SEU BABACA! NÃO VOU TE BEIJAR NEM QUE CAIA UM PORCO DO CÉU! — Tentou se soltar, mas a apertei mais forte. — AAAAAIII! EDWARD! POR FAVOR! TÁ ME MACHUCANDO!

 

— E aí povo? — Emmett abriu a porta de uma vez, assustando-nos.

 

— Pronto! Um porco caiu do céu! AGORA, ME BEEEEIJAAA! — Fiz biquinho.

 

Emmett se aproximou, sem entender nada.

 

— Você come mulheres sujas de manteiga e vitamina de morango? CREDO! Que ninfomaníaco! Ah, cada louco com sua mania. — Sentou-se no sofá e ligou a TV.

 

— Seu burro de duas pernas! Nem sabe o que é ninfomaníaco! — Suada quase surtou.

 

— Claro que sei! Louco por sexo...

 

Olhei para o rosto dela que estava distraído com a resposta de Emmett.

 

— NÃO FOJE DO ASSUNTO MI AMORE! QUERO MEU BEIJO!

 

— AAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHH, EMMETT SOCORRO!

 

Bella virou o rosto várias vezes, desviando-se dos meus lábios fedorentos. Emmett, todo tranqüilo, estava atento ao programa que passava: Vila Césamo.

 

— Ah! Eu amo o Garibaldo! GARIBALDO! SOU SEU FÃ! — Sorriu feito bobo e bateu palmas.

 

Segurei firme o rosto de Suada com uma das mãos e olhei profundamente em seus olhos. E de uma vez, preguei minha boca na dela.

 

— HHHHUMMM! HUUM! HUMMM! — Se debateu, tentando afastar-se de mim.

 

Enfiei minha língua dentro de sua garganta, por crueldade mesmo, e depois a soltei.

 

Bella PDV

 

O gosto nojento de alho ainda estava na minha boca. Eu estava suja e meus pulsos vermelhos.

O babaca do Coro me castigou da pior forma: beijando-me com um bafão de alho. ARGH! QUE NOJO!

 

— Sei idiota! — Levantei-me do chão correndo e lavei a boca com detergente.

 

Percebi que Emmett estava parado na nossa frente com um sorrisinho besta na cara.

 

— O que foi? — Perguntei secando a boca na manga da blusa.

 

O gigante mostrou a máquina fotográfica em suas mãos e soltou uma gargalhada de filme de terror. Confesso que todos os pêlos do meu corpo se arrepiaram. Emmett havia tirado uma foto minha beijando Coro.

 

— ME DÁ ISSO AQUI! SEU IMPRESTÁVEL! — Sai correndo atrás dele, que se escondeu atrás do sofá.

 

— NÃO BELLINHA! POUPE MINHA VIDA! POR FAVOR!

 

— ME DÁ EMMETT!

 

— Vem pegar Bellinha Furacão! — Correu até o elevador e fechou a porta.

 

— Droga! EU TE MATO EMMETT! — Gritei, socando o ar.

 

Entrei no apartamento, emburrada, e tranquei a porta. Edward estava no chão, rindo.

 

— BELLINHA FURACÃO! — Deitou-se de tanto gargalhar.

 

A raiva subiu de uma vez até minha cabeça que ardeu. Mas, bater nele novamente não ia ajudar em nada. Então, simplesmente corri para o banheiro com fins de um banho refrescante.

 

Edward PDV

 

Suada ficava tão engraçada quando estava nervosa. Seu rosto se avermelhava todinho e seu queixo tremia de tanta força com que apertava os dentes, uns contra os outros.

Mas para a minha surpresa, ela não me bateu, nem me xingou, apenas correu para o banheiro e ligou o chuveiro. Pude ouvir vários palavrões, chutes e socos na parede. Fiquei com muita dó de Esme, Bella a xingava a todo memento, quer dizer, xingava a mim e a minha mãe.

 

A garota era mesmo doidona.

 

Levantei-me com cuidado do chão engordurado e melado. Minha roupa e meu cabelo estavam horríveis, com certeza!

Caminhei até a porta do banheiro onde Suada ainda tomava banho.

 

— Bella, anda logo! Não posso ligar o outro chuveiro! — Dei algumas batidas leves na porta.

 

Não obtive resposta.

 

— BELLA! — Chutei a porta com tanta força que esta se abriu de uma vez, mostrando uma Bella nua e envergonhada.

 

— AAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHH! — Suada tapou suas partes e eu tapei os olhos. Realmente não tinha curiosidade nenhum em vê-la sem roupa. — EDWARD SAI DAQUI!

 

— Ta! Calma! Desculpa! Já to indo! — Corri do banheiro e me tranquei no quarto. Ele podia ter uma arma e querer me matar.

 

Tirei minha roupa suja e as joguei no chão. Olhei-me no espelho. Eu estava um caco e o dia não estava nem na metade.

Uma idéia brilhante surgiu em minha mente. Peguei meu celular que estava em cima da cama e disquei o número de Emmett, com certeza ele podia me ajudar.

 

Bella PDV

 

O babaca do Coro quase me viu pelada. Sorte minha que ele foi descente e rapidamente tapou os olhos.

Desliguei o chuveiro e vesti meu roupão macio. Apoiei-me na pia e olhei o espelho. Eu estava parecendo uma bêbada. Estava com olheiras e cara de quem teve uma péssima noite de sono.

 

Sai desanimada do banheiro e encontrei Edward sentado na cama.

Ele me olhou e deu um sorriso torto. Que idiota!

 

— Tenho uma surpresa pra você Bellinha!

 

— Ah não! Não quero outro beijo e muito menos te ver pelado como desconto! — Dei alguns passos para trás.

 

— Não é isso e... Nunca vou te beijar de novo! NUNCA!

 

— Ai, que alívio! — Suspirei pesadamente e joguei-me na cama.

 

Coro tirou do bolso seis convites pretos brilhantes.

 

— Hmm... O que é isso?

 

— Convites. Iremos à uma festa hoje! Uma super balada! — Abriu os braços.

 

— ÊH ÊH! Ta virando gay agora? É de família? — Arqueei uma sobrancelha.

 

— Vai querer ou não? — Mostrou novamente os convites, que pareceram bem mais chamativos e bonitos.

 

— To aceitando até reunião de condomínio...

 

Peguei um de suas mãos e li devagar.

 

Balada do Sinal.

 

Pulseira Verde: Liberado (a) para qualquer coisa. QUALQUER COISA;

Pulseira Amarela: Cuidado! Peça primeiro;

Pulseira Vermelha: Comprometido (a).

 

E aí? Vai avançar o sinal ou vai ser um bom motorista?

 

Queria rir, mas, como estava meeeesmo precisando de diversão, respirei fundo e contei até dez.

 

— Olha, Edward... Isso não é meio... ridículo?

 

— Claro que não! Essas festas são demais! — Pegou o convite da minha mão. — Mas, se não quiser ir, tudo bem...

 

Peguei de volta rapidamente.

 

— E quem disse que eu não vou? Mas...

 

— Mas?

 

— Que pulseira vou ter que usar? — Senti um calafrio subir meu corpo.

 

— Olha, Bella... Quando peguei os convites com meu amigo já não tinha tantas pulseiras. Eu, você, Alice e Jazz ficamos com pulseiras verdes. Rose e Emmett com amarelas. As vermelhas já haviam acabado!

 

O.K. Bella! Respira. É só uma festa insignificante.

 

— Tudo bem. Onde está minha pulseira? — Estendi a mão e Coro entregou-me uma pulseirinha verde. — Só estou aceitando porque não tenho nada melhor pra fazer!

 

— Ta. Eu não disse nada!

 

Saiu caminhando todo tranqüilo.

A cada dia que passava eu odiava ainda mais aquele Cullen idiota! ARGH! Metido, não tinha nem um pouco de educação, adorava me provocar, imprestável e um completo idiota. AAAAHH, seu eu conseguir sobreviver até o fim dos três meses, prometo nunca mais decepcionar meus pais.

 

Edward PDV

 

Como aquela vadiazinha conseguia ser tão chata e insuportável?! A convidei para uma festa e ela ainda reclama. Pelo amor de Maria!

Bella era, definitivamente, a garota mais maluca de toda a faze da Terra. Se eu conseguir sobreviver até o fim dos três meses, prometo nunca mais colocar nenhum tipo de cigarro na boca.

 

A festa seria às dez, então teria tempo de ligar para todos.

 

— Edward — Bella apareceu ao meu lado, do nada, o que me fez pular de susto. — Faz dois dias que eu não como comida de verdade, a gente não tomou café e eu não sei cozinhar...

 

Meu Deus! Poderia ficar pior?

 

— Hãm... Vamos pedir uma pizza? — Sorri sem graça. Eu também não sabia cozinhar nada.

 

Esperamos uns dez minutos e quatro deliciosas pizzas chegaram para nos alegrar.Suada correu até a porta mais rápido do que o vento, pagou e trouxe as caixas até a mesa.

 

O maravilhoso cheiro invadiu a casa inteira.

 

— Duas pra você e duas pra mim! — Bella agarrou duas pizzas e carregou-as até o sofá.

 

— Caramba! Você come mais do que um homem...

 

— Nõo controlo meu extômago! To com xome! — Que porca! Falando de boca cheia.

 

(...)

 

Eu nunca tinha visto tanta mulher se arrumando junta em um só lugar. Rosalie e Alice disputavam o espelho enquanto Suada, emburrada, estava sentada na cama com creme no rosto. Eram seis e meia da tarde e elas já estavam afobadas. Não sei por que, mas Bella não parecia muito animada em se arrumar, só estava usando o creme de tanto a nanica da Alice insistir.

 

Jasper e Emmett assistiam TV, tranqüilos. Eu observava a bagunça no quarto em que as garotas estavam. Mulheres são tão... estranhas!

 

Bella PDV

 

— Ah! Qualé?! Vou mesmo ter que usar isso? — Apontei para os belos sapatos de salto nas mãos de Alice.

 

— Bella! Você precisa estar elegante!

 

— Hum... Em uma “Balada do Sinal”, com certeza, a roupa mais sexy será de um guardinha de trânsito. — Sorri sarcástica olhando para Edward, que bufou, saindo do quarto.

 

Realmente não sabia se devia ou não ir nessa balada. Levantei-me e limpei o creme que Alice passara em meu rosto.

 

— O.K. com que roupa eu vou? — Cruzei os braços, desanimada, usando a roupa como um pretexto para não ir.

 

— Já pensei em tudo Bellinha! Fique tranqüila.

 

Alice saltitou até uma bolsa gigantesca, aquelas que o exército carrega armamento pesado, e tirou uma saia gigantesca preta e uma blusinha branca.

 

Arregalei os olhos e dei um passo para trás enquanto a nanica vinha em minha direção. Balancei as mãos, reprovando a roupa como um mudo faz quando não quer mais comida.

 

— Nem vem que não tem nanica! Não vou usar esse trapo que você chama de roupa! — Caí sentada na cama, sem saída. — Usa essa loira aí como cobaia, na eu!

 

— Bella, essa saia é de um tecido francês caríssimo! Mas, se não quiser usar... — Alice deu meia volta e guardou a roupa dentro da bolsa.

 

Suspirei de alivio. A roupa podia até ser bonita, cara ou chique, o problema era que minha calça jeans e meu tênis eu não dispensava. Sentia-me solta e confortável.

 

Fui até o closed e me meti entre cabides e roupas.

 

— O que ta fazendo? — Rosalie perguntou, olhando com curiosidade.

 

— Pegando isso! — Saí com várias roupas nas mãos.  — Alice, isso sim é que roupa de sair... — Joguei-as em cima da cama.

 

— Hmm, grande coisa! Já tenho as roupas que vou. — Deu um sorrisinho de triunfo e levantou uma blusa preta linda.

 

— Ah é assim senhorita? Joga as roupas feias e bregas pra mim e as bonitas ficam com você? — Coloquei as mãos na cintura e fiz um biquinho.

 

Rimos juntas.

 

(...)

 

Edward PDV

 

Eram nove e vinte e as garotas ainda não estavam prontas. Emmett estava ansioso para que chegasse logo a hora de ir e Jasper usava uma colônia muito cheirosa. Estávamos sentados no sofá, esperando que a porta do quarto fosse aberta e três “cinderelas” saíssem de lá.

 

Ouvimos risinhos e pés nervosos pisando no chão. A porta se abriu e meus olhos voaram para as roupas das garotas.

 

— Meu Deus... — Emmett colocou a mão na cabeça em sinal de total espanto.

 

A boca de Jasper estava entreaberta e meus olhos quase saltaram para fora das órbitas.

 

Rosalie podia até ser namorada de Emmett, mas ela estava muito gostosa naquele vestidinho preto super sexy. Alice usava um jeans escuro e uma blusa preta, os sapatos de salto brancos a deixara mais alta.

Hmm... Suada como sempre, a mais louca e estranha possível estava com uma coturno preta e uma camiseta cinza. Não prestei muita atenção nela. E nem precisava, eu não ia usar a aliança na balada e com certeza ia ficar com quem eu quisesse.

 

 

http://img69.imageshack.us/img69/9448/10554y.jpg (Roupa de Rosalie)

http://img84.imageshack.us/img84/8168/aliceli.jpg (Roupa de Alice)

http://img199.imageshack.us/img199/7720/evgr.jpg (Roupa de Bella)

 

 

— Alice, Jasper, Bella e eu ficaremos com pulseiras verdes — entreguei uma para cada — Rosalie e Emmett, amarelas para vocês.

 

— Poxa! Tenho namorado, como vou usar a amarela? — A loira reclamou.

 

— Desculpa. O dono da festa não tinha mais as pulseiras vermelhas pra vender. Eram poucas. — Sorri como desculpa.

 

— Até quando a gente vai ficar aqui? — Suada cruzou os braços e bufou.

 

— Já estamos indo, calma Bellinha Furacão! — Zombei.

 

(...)

 

— EDWARD, VOCÊ É MESMO UM TAPADO! — Bella gritou em meu ouvido.

 

— EU NÃO TENHO CULPA SE O DINHEIRO SÓ DÁ PRA UM TÁXI! — Eu me ajeitei ao lado de Suada.

 

Estávamos todos apertados no banco de trás de um táxi. Eu não tinha mais meu carro, nem Bella, o Jipe de Emmett estava na oficina e Jasper tinha carteira, mas não dirigia.

 

— Ah, eu to tranqüilo! — Emmett segurou a cintura da namorada que estava sentada em seu colo.

 

— Eu também! — Alice sorriu se ajeitando entre as pernas de Jasper que, constrangido, corou.

 

Eu e Suada bufamos juntos. Não ia me grudar à ela! Mas não mesmo!

 

— TIRA ESSE COTOVELO DA MINHA CARA! — Bella empurrou-me nervosa.

 

— E VOCÊ TIRA ESSA MÃO BOBA DA MINHA COXA! TARADA! — Dei um tapa em sua mão.

 

— ANDA LOGO COM ESSA BUDEGA AQUI SE NÃO O BARRACO VAI DESCER BONITO! —Suada gritou nervosa e o motorista, assustado, pisou no acelerador.

 

Dentro de alguns minutos paramos em frente à uma conhecida boate. Joguei trinta dólares no colo do motorista e todos descemos afobados.

Acabei levando um pisão no pé. Não, não era Bella, era o gigante do Emmett.

 

Bella PDV

 

Havia muita gente tentando entrar de penetra, muita gente VIP e muita gente só olhando. Passamos por uma parede de cinco seguranças mostrando os convites e as pulseiras com código de barra. Não era uma festinha simples.

 

Quando entramos, me surpreendi ainda mais. O salão era enorme e muitas luzes o deixavam luxuoso. Claro, luzes amarelas, verdes e vermelhas. Não havia percebido, mas todas as pulseiras brilhavam no escuro, assim podíamos ver qual sinal avançar.

 

A música tocava alto, vibrava em meu peito com batidas eletrônicas. A fumaça que cegava uns, excitava outros. Bebidas à vontade, homens sensuais vestidos de guardas de transito dançavam sobre algumas mesas. Muitos jovens da nossa faixa etária se beijavam e em alguns cantos privados, o sexo oral rolava solto.

 

Mesmo vendo que a balada seria ótima, não me animei. Estava cansada, sem grana e além de tudo era feia. Olhei em volta e vi que estava sozinha. Dei mais uma olhava e vi Rosalie e Emmett dançando juntos, Alice também dançava animada e Edward agarrava algumas vadias que usavam pulseiras verdes.

 

Sentei-me no puff vermelho neon e Jasper sentou-se ao meu lado.

 

— Não to gostando disso...

 

— Nem me fale! Eu não devia ter vindo. — Suspirei pesadamente.

 

Um cara se aproximou de onde eu estava sentada e Jasper saiu de fininho. Não conseguia ver seu rosto.

 

— Ei gata, não quer dançar? — Colocou uma mão em meu ombro direito. — Nós dois temos a pulseira verde...

 

— Não... sei dançar — tremi de medo. Não sabia quem era.

 

— Só uma dancinha! Vai mesmo desprezar o dono da festa?

 

O dono daquela festa toda estava mesmo me convidando para dançar? ALGUÉM ME BELIIIISCAAAAA!

 

— Er... tudo bem! — Me levantei e fomos até a pista, onde muitas pessoas dançavam.

 

Avistei Alice ao longe. Ela beijava com urgência um cara alto e forte.

Caramba! Só eu fico sozinha? QUE MERDA!

 

— Me dá isso! — Puxei a garrafa de vodka da mão do rapaz dono da festa e bebi tudo em um só gole.

 

— Ta com sede heim? — Acariciou meu rosto, mas ignorei.

 

Uma coisa muito estranha começou a subir pelo meu corpo. Como se fosse um fogo, mas um fogo que não podia ser apagado por água nenhuma ou por qualquer outro líquido. O fogo começou em minha garganta, depois se espalhou para minha boca, cérebro, barriga, pernas, braços até chegar em meu sexo. Senti-me sensual e desejada.

Tudo em mim pedia algo agitado e selvagem. Comecei a rir sozinha, talvez, de mim mesma e uma incontrolável vontade de dançar tomou conta de todo o meu corpo. Pude sentir em mim a razão se esvair.

 

O DJ acabara de mudar de música e meu corpo já se mexia no ritmo certo. Fazia tanto tempo que eu não dançava.

 

Edward PDV

 

http://www.4shared.com/audio/EakqvR_X/Fatboy_Slim_-_The_Rockafeller_.htm

(Link Seguro) 

 

A balada mal havia começado e eu já havia pegado muitas. Aquilo estava realmente animado e excitante.

Olhei para os lados procurando alguma garota bonita e sexy com pulseirinha verde.

 

Estava escuro e só algumas luzes iluminavam, mas mesmo assim, eu a vi. As pernas perfeitas, o bumbum empinadinho e duro, a camiseta colada ao corpo, seios do tamanho exato, o short curto e sexy... Quase gozei.

Detalhe: Havia muitos gaviões em torno dela.

 

Dei um grande gole na cerveja e caminhei lentamente até perto da garota.

Ela rebolava tão perfeitamente, empinava e retomava os movimentos agitados com aquele bumbum primoroso. Engoli seco quando a garota levantou a camiseta mostrando o abdômen liso e suado, pronto para ser beijado com carinho.

 

— MEU DEUS! — Cocei os olhos para ver se estava enxergando mesmo uma garota maravilhosa bem ali, a alguns passos de mim.

 

Olhei em volta novamente e não vi Suada. AH! QUE SE FODA A SUADA!

Passei entre muitas pessoas, empurrando-as até chegar bem próximo da garota. Ela estava de costas para mim, rebolando deliciosamente bem.

 

A garota desceu até o chão, subiu e virou-se devagar.

 

— Ed! — A garota me agarrou.

 

— HÃM? BELLA? — A empurrei e pude ver ser rosto brilhando à luz vermelha. — Era... era... ERA VOCÊ? — Congelei por alguns segundos e depois comecei a tremer. SOCORRO! SENTI TESÃO PELA SUADA!

 

Bella apenas sorriu maliciosamente e puxou-me para dançar, mas a impedi.

 

— Não! O que ta fazendo? Você... bebeu o quê? — Segurei seus ombros e ela soltou uma gargalhada cínica.

 

— A bebida mágica! — Remexeu as mãos em frente aos olhos, como se fosse um mágico de circo. — Vodka, três latas de Red Bull e dois comprimidos de êxtase. Tudo junto e maravilhosamente misturado!

 

— BELLA... VOCÊ É... DEFINITIVAMENTE LOUCA! — Saí de perto de Suada e encontrei Alice isolada em um canto.

 

Ela estava sentada em um banco, apoiando-se no balcão no bar, bebendo algo. Sentei-me a seu lado.

 

— Onde a Bella aprendeu a dançar daquele... jeito? — Apontei para Suada que estava, novamente, remexendo o esqueleto.

 

— Por que não pergunta pra ela? — Alice colocou alguns compridos em um copo e bebeu tudo. — ARGH! HORA DE AGITAR! UHUUUUUU! — Saiu correndo e se juntou à Bella, dançando loucamente.

 

— Puta merda! Já to vendo que vou carregar gente bêbada pra casa... — Bufei enquanto pegava um copo de bebida que estava sobre o balcão. Entornei de uma vez e uma queimação começou em minha garganta. — CACETE! O QUE É ISSO?

 

— Vodka, Red Bull e êxtase. — O barman respondeu-me, monotonamente.

 

Já era tarde. Todo meu corpo ardia como brasa e eu precisava dançar, me mexer, foder... O que fosse!

Uma energia desconhecida cresceu dentro de mim e quando percebi, estava dançando animadamente ao lado de Bella, Alice, Jasper, Emmett e Rosalie. Todos haviam bebido, sem querer, a mesma mistura que eu...

 

A batida continuava forte, eletrizante e animada. Já não podia responder por mim. A última coisa que ouvi ali, na balada, foi “Vem comigo!”.

 

(...)

 

O sol batia forte em meu rosto. Tateei a cama e encontrei meu relógio, eram três e quarenta da tarde de domingo. Espreguicei-me vagarosamente e esbarrei em algo macio. Eram os cabelos de Suada, que estava deitada ao meu lado, com um dos braços sobre minha barriga, sua respiração batia leve e calma em meu ombro. O que era estranho, ela mal encostava em mim. Sentei-me rapidamente.

 

Olhei em volta e vi várias roupas espalhadas e sapatos jogados nos cantos. NÃO! SERÁ QUE EU ESTAVA TENDO UM PESADELO?

 

— Não Edward! Não! O. Que. Eu. Fiz? — Sussurrei, puxando meus cabelos.

 

Olhei novamente e em cima do criado mudo, e lá estava a embalagem de um preservativo.

 

— Calma Edward... É só a embala... — No chão, não longe da cama, vi o preservativo usado. Quase chorei.

 

Senti a mão de Bella deslizar sobre minha barriga e seus olhos se abriram de uma vez. Ela não demorou a entender e logo se sentou também.

 

— A gente... — Não terminou de perguntar. Sua resposta havia sido respondida pelas evidências no quarto. — Não, não, não, não, por favor, não! — Sussurrou, antes de puxar o lençol que nos cobria.

 

Sim. Eu e Suada estávamos nus.

 

— AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHH! — Gritamos juntos.

 

Continua.