Recém Casados escrita por Bianca Maia


Capítulo 21
Capítulo 20 - QUEM CRIA FAMA... MATA A ALICE


Notas iniciais do capítulo

Eu mereço ser morta, eu sei. Mas, por favor, leiam a nota no fim. Cap. ficou menor que o esperado, mais eu até que gostei. Espero que gostem também. Boa leitura!



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Capítulo 20 – QUEM CRIA FAMA... MATA A ALICE

No capítulo anterior:

Abaixei a cabeça, respirando rapidamente. Engoli seco antes de olhar para Alice, que permanecia sentada na cama, nos olhando como se fóssemos ETs. Mordi o lábio inferior e desviei o olhar.

── Ah Bella, ── Alice se levantou, saltitando até mim - talvez seja bom vocês se acertarem! Edward ia odiar vê-las brigando. - Sorriu largamente, saindo do quarto, já sabendo que eu a estrangularia depois.

Dei um sorriso muito mais que amarelo, quase chorando.

── Vamos? ── Perguntou animada enquanto segurava minha mão, puxando-me para fora do quarto.

Desisti de lutar e deixei que ela me guiasse. Afinal, o que poderia dar errado?

Bella PDV

Abri os olhos lentamente e, quando a claridade os atingiu, eu os fechei rapidamente, encostando a testa no travesseiro macio. Tentei me mexer e todo o meu corpo doía, lateja e queimava, como se eu tivesse participado de uma briga, ou tivesse ficado horas e horas malhando.

Suspirei pesadamente, levando a mão na testa, sentindo uma dorzinha em minha cabeça. Gemi baixinho, tentando entender o que estava acontecendo. Tentando entender o motivo das minhas dores musculares.

Fui virando meu corpo até que me deitei de barriga para cima. O lençol, enrolado em meu corpo, pinicava em minhas pernas, o que me fez chutá-lo para longe de mim. Eu estava completamente nua.

Minha primeira reação foi olhar para os lados, procurando por alguém que tivesse presenciado a noite passada, mas só encontrei Edward, dormindo tranquilo ao meu lado. Parecia extremamente exausto.

Arrastei meu corpo para perto do seu, sorrindo, enquanto acariciava levemente seus cabelos com a ponta dos dedos. Edward abriu os olhos e sorriu de leve para mim, bocejando em seguida.

── Bom dia ── sussurrou, aninhando-me em seu peitoral firme e quente. Encolhi-me manhosa, beijando seu pescoço de leve.

── O que houve? ── Falei baixo e só então percebi o quão fraca e rouca minha voz estava.

── Aconteceu... muitas coisas. Não se lembra? ── Edward olhou para mim um pouco assustado, porém ainda me mantinha em seus braços num abraço de aço. Ele não me soltaria fácil, podia sentir.

Pisquei várias vezes, tentando me recordar do que havia acontecido noite passada, mas eu só me lembrava de ter saído com Mia e mais nada.

Edward notou minha dificuldade para lembrar e suspirou, depositando um beijo em minha testa.

Edward PDV

A noite passada não havia sido muito boa. Aliás, havia sido péssima, até certa parte. Bella saiu com Mia e Paul, levando-me ao um bar novo que havia aberto na cidade.

Era um local bacana, bebidas diversificadas, música boa... somente uma coisa estava estragando aquilo tudo: as garçonetes eram mulheres lindas que trajavam apenas um minúsculo short jeans. Mas nos seios, nada. Isso mesmo, elas desfilavam pelo bar com os seios à mostra. Cenas que deixariam qualquer homem nervoso e pulsante.

Flash Back On

Eu ainda estava completamente abismado com os seios que transitavam pelo bar. Paul parecia bem tranquilo apesar de todas aquelas mulheres. Sentamo-nos em uma mesa bem ao fundo, onde teríamos certa privacidade.

── O que quer beber, Edward? ── Ele perguntou, contemplando uma loira que passava por nós com uma bandeja das mãos.

── Hãm, uma água ── respondi um pouco trêmulo, desviando o rosto.

A batida da música não era alta, mas estava me deixando com dor de cabeça.

── Ah, qualé cara! ── Ele gargalhou, puxando o braço de uma garçonete. ── Ei mocinha, queremos duas doses de tequila! ── Falou sensual, piscando para a garota, que retribuiu.

── Não sabia que ainda existiam bares assim aqui em Los Angeles. ── Estreitei um pouco os olhos, observando-o minuciosamente.

Paul ria tranquilo, batucando os dedos sobre a mesa conforme a música.

── É um dos meus lugares preferidos quando quero esquecer uma garota. ── Seu tom de voz se tornou um pouco mais firme. Mas foi rapidamente alterado quando a bela garçonete serviu as duas doses de tequila. Paul agradeceu e se voltou para mim, erguendo o copo.

Fiz o mesmo e o virei de uma vez na boca.

Infelizmente, tequila não era uma bebida boa quando eu queria me manter sóbrio. Depois de alguns copos, minhas pálpebras pesavam e meu corpo estava mais solto.

Meus olhos voaram para a porta de madeira do bar quando Bella entrou com Mia. As duas pareciam discutir, mas não conseguia ver muito bem. Abri um sorriso fraco e Paul se virou para ver o que estava acontecendo. Sua expressão mudou um pouco, parecia preocupado.

Após olhar em volta e notar os seios das mulheres à mostra, Bella arregalou os olhos e voltou a fitar Mia, tagarelando nervosa. Bella gesticulou para Mia, como se dissesse "basta!" e seguiu em passos largos até nossa mesa. Olhou-me rapidamente e sorriu, mas logo seu sorriso se transformou em uma linha resta e um pouco comprimida.

── Está bêbado? ── Perguntou, arqueando uma sobrancelha.

── Não! ── Ri feito um idiota. ── É claro que não! ── Tentei me levantar, mas o bar rodou e eu dei preferência em continuar sentado.

Bella suspirou, puxando uma cadeira e se sentou ao meu lado. Mia chegou logo em seguida, sentando-se ao lado de Bella, tentando puxar conversa.

── Bella... me desculpa. ── A voz de Mia saiu fraquinha e me pareceu triste.

── O que houve? ── Me intrometi, olhando fixamente para Mia, que me devolveu o olhar com desgosto.

── Nada Edward... Mia me contou os "detalhes" do relacionamento de vocês. ── Quase pude ouvir o barulho da saliva de Bella descer por sua garganta quando disse aquelas palavras. Suspirei pesadamente e empurrei um copo de vodka para perto dela. Bella o olhou por alguns segundos, mas recusou com o olhar. Levantou-se e seguiu até o toalete.

Eu me senti um pouco culpado, o que me fez virar outra dose de tequila de uma vez na boca. Eu estava bêbado, mas podia ouvir e ver o que acontecia ao meu redor. Notei em como Paul e Mia trocavam olhares... não olhares apaixonados, mas olhares maldosos, olhares ruins.

Engoli em seco, desviando o olhar.

Algumas horas se passaram e a noite caíra de forma rápida e traiçoeira. Bella ainda estava no toalete e Mia se acabava na pista de dança, bêbada, é claro. Paul não havia bebido muito, parecia preocupado demais para tal feito.

── Algo te aflige? ── Minha voz arrastada o fez olhar para mim, fazendo uma careta engraçada.

── Nada. Só... insetos que estão arruinando a minha noite. ── Riu forçadamente, se levantando da mesa com seu copo, indo se sentar ao balcão.

Levantei-me apoiando as mãos na mesa e caminhei cambaleante até o toalete feminino. As garotas que lá estavam me olharam assustadas, tentando impedir minha passagem.

── Preciso falar com ela. ── Apontei para Bella que estava de costas para mim, no canto do banheiro. As garotas me deram espaço e saíram do banheiro, deixando-me sozinho com Bella.

Aproximei-me cauteloso, colocando o copo com vodka sobre a pia do toalete. Bella continuou de costas para mim, a cabeça abaixada, os cabelos escorrendo por seus ombros encolhidos.

── Me perdoe pelo o que vou lhe falar agora... ── Sussurrou, virando-se lentamente pra mim. Seus olhos estavam molhados... Sim, ela estava chorando. ── Não podemos nos casar Edward, não está certo.

Aquilo me atingiu como um soco na cara e não era mais o álcool que me deixava tonto e desorientado, eram as palavras de Isabella.

Eu entendia o que ela dizia, eu só não conseguia acreditar e aceitar, mas deixei que ela continuasse.

── Você vive num mundo diferente do meu, tem uma história diferente da minha e... Mia poderia lhe fazer muito mais feliz do que eu. ── Passou as costas das mãos sobre o rosto, tentando evitar me olhar nos olhos.

Dei largos passos em sua direção, puxando-a para meus braços, encostando sua cabeça em meu peito.

── Tudo bem. Não fale essas coisas Bella. Mia nunca me fez sentir algo tão forte, nunca me fez tão feliz quanto você me faz. ── Sussurrei, sentindo as lágrimas tentando escapar dos meus olhos. ── Eu quero só você. Independente se vamos ou não nos casar. ── Segurei seu rosto entre minhas mãos, fazendo-a olhar dentro dos meus olhos. ── Eu te amo e vou te dar o tempo que precisar para se decidir sobre nós. ── Bella assentiu com a cabeça, deixando mais lágrimas escorrerem, agarrando-se à mim, molhando assim a minha camisa.

Seu choro foi cessando depois de algum tempo e ela se afastou, pedindo perdão novamente. Foi até a pia e abriu a torneira, enchendo as mãos de água, jogando no rosto. A ajudei a secar sua pele, enquanto a mesma passava as mãos pelo cabelo. Seu olhar parou no copo de vodka sobre a pia.

── Preciso disso. ── Falou, enquanto pegava o copo e entornava a bebida na boca. Fez uma careta, mas abriu um sorriso em seguida. ── Vamos embora.

Segurou minha mão e saímos caminhando. Notei quando Bella se retraiu várias vezes, encolhendo o corpo como se algo estivesse à ferindo. Segurei seus ombros, tentando examinar seu rosto. Foi bem rápido; ela amoleceu e desabou em meus braços, totalmente inconsciente.

Foi um pouco complicado retirá-la de dentro daquele bar lotado, mas consegui. Tomei um táxi com Bella nos braços e não acreditei quando chegamos no apartamento. Estava vazio e escuro, pois todos já haviam ido embora. Coloquei Bella deitada sobre a cama, enquanto retirava seus sapatos.

── Edward? ── Bella me procurou à cego, e quando encontrou minha mão, puxou-me para perto de si, beijando-me. ── Eu preciso de você! ── Sussurrou firmemente, me olhando nos olhos. Voltou a me beijar com intensidade, enquanto desabotoava minha camisa.

Não demorou muito para nossas roupas estarem no chão e nos tocarmos intimamente. Transamos de uma maneira diferente, mas eu sentia que era como se não fosse Bella naquela cama junto comigo. Ela parecia até... outra pessoa.

Flash Back Off

Bella PDV

Fiquei estática enquanto ouvia o que Edward dizia. Eu não me lembrava de absolutamente nada e tinha certeza que tinha dedo de Mia naquela história toda. Vinquei as sobrancelhas de preocupação, enquanto me levantava da cama lentamente.

── Preciso de um banho ── sussurrei, caminhando apressada para o banheiro em nosso quarto.

Não contei quanto tempo fiquei ali sob a água morna de olhos fechados, esperando que os músculos do meu corpo relaxassem. Estava tensa e precisava de repouso da vida agitada e bagunçada que estava levando.

Desliguei o chuveiro e me enrolei na toalha. Olhei-me no espelho do banheiro e estava parecendo uma doente ou uma drogada. Suspirei, soltando uma risada baixa, enquanto escovava meus cabelos molhados.

Como exercício de relaxamento, sequei meu cabelo com o secador, passei um hidratante pelo corpo e coloquei um lingerie preto, que deixava meu corpo bonito. Em seguida, me dirigi ao quarto e Edward se trocava lentamente. Ele olhou-me brevemente, os olhos passearam pelo meu corpo e ele sorriu, virando-se para vestir a camiseta azul escura.

Sorri enquanto pegava minhas roupas no closed.

── Vai sair? ── A voz dele saiu cheia de ciúmes, eu consegui notar.

── Vou avisar Odete que não irei trabalhar essa semana ainda. ── Suspirei, sentando-me na cama para calçar os sapatos. ── Ela deve estar precisando de mim.

Ouvi o suspiro de Edward e o olhei de soslaio, abrindo um sorriso em seguida. Eu o deixei se trocando no quarto e me direcionei à cozinha, com o intuito de colocar algo no estômago que roncava alto.

Mais uma vez eu fui surpreendida pela mesa de café da manhã impecavelmente linda que Edward havia preparado. Bolo, frutas, suco, leite e mel.

── Edward, você deveria ser cozinheiro. ── Falei brincando, percebendo que ele se aproximava de mim. ── Sabe fazer pratos deliciosos e é dedicado. Devia montar um restaurante. ── Sorri, depositando um leve beijo em seus lábios, sentando-me à mesa.

Ele riu, sentando-se também. Tomamos café rapidamente. Edward saiu para correr com Pepper na praia e eu fiquei sozinha no apartamento. Tranquei tudo e desci pelo elevador. Preferi ir caminhando para o Pet Shop, ao invés de pegar um táxi.

Enquanto caminhava, senti meu celular vibrar dentro do bolso da calça jeans. Era uma mensagem de Alice.

“Jura que não vai me matar?”

No mesmo instante eu parei de caminhar, tentando entender o que ela tinha feito. De repente, uma garotinha de mais ou menos oito anos de idade se aproximou de mim, sorrindo e pulando. Acenava, tentando chamar minha atenção.

── Mamãe! É ela! ── A garotinha repetia incansavelmente.

── Sim filha, é ela. ── A mãe respondeu, sorrindo para mim. ── Poderia tirar uma foto conosco? ── Educadamente a senhora se aproximou com uma câmera em mãos.

Assenti positivamente com a cabeça, sem entender absolutamente nada. Estava me sentindo uma atração de circo. Enquanto a mulher tirava várias fotos, mais pessoas se aglomeraram em volta de nós, sorrindo, tirando fotos e acenando.

── Mas... o que é que ta acontecendo? ── Perguntei, já nervosa com a bagunça.

── Você é famosa! ── A garotinha respondeu, apontando para um gigantesco outdoor.

Minha boca foi se abrindo lentamente e comecei a tremer. Eu não estava acreditando no que via. NÃO ERA POSSÍVEL! O QUE AS MINHAS FOTOS ESTAVAM FAZENDO ALI?

Minha reação foi previsível: gritei e sai correndo daquele aglomerado de pessoas e muitas delas vieram atrás de mim.

O problema era que aquele não era um simples outdoor. Aquele era um outdoor de propaganda dos tênis Converse All Star. Eu não estava acreditando que Alice havia vendido as minhas fotos para Converse!

── Isabella, espera! ── Alguém gritou. MEUS DEUSES! ELES JÁ SABEM MEU NOME!

Aumentei o ritmo da corrida, entrando novamente no prédio. O velho porteiro correu, ajudando-me a fechar a porta de vidro. Suspirei aliviada quando as pessoas não conseguiram entrar e se afastaram um pouco.

── Não entendo... como isso aconteceu? Eles nem compram tanto tênis assim! ── Sussurrei, ofegante. O porteiro riu, apontando para alguns prédios que ficavam de frente para o apartamento.

Arregalei os olhos, caindo de bunda no chão. Além de virar modelo da Converse, virei modelo também da turnê do Aerosmith? MEUS DEUSES, ME AJUDEM! É UM SONHO, SÓ PODE SER UM SONHO!

Fechei os olhos com força, com esperança de que quando os abrisse tudo fosse apenas fruto da minha imaginação. Mas não era.

Levantei-me com cuidado, apoiando-me no porteiro.

── EU VOU MATAR A ALICE! ── Gritei entredentes.

Eu não precisei fazer nada. A porta de vidro se abriu e Alice entrou desajeitada por ter passado entre pessoas que batiam freneticamente no vidro.

Ela deu um sorriso amarelo, ficando vermelha.

── Explique-se. ── Cruzei os braços, esperando uma boa explicação.

── Bella, me desculpa! De verdade! Não imaginava que isso fosse acontecer. ── Suspirou. ── Há duas semanas atrás, quando você e Edward estavam no Texas, Gary Simon, um fotógrafo amigo meu, estava precisando de uma modelo para o outdoor da Converse. Ele me perguntou se eu não conhecia alguma garota jovem e bonita para fazer as fotos. Só você me veio à mente quando ele disse que seria para Converse All Star. ── Alice encolheu os ombros, segurando o choro que queria vir. ── Entreguei aquela foto que tirei de você antes do casamento, aquela foto que você sorriu naturalmente e por incrível que pareça, estava usando um Converse! Ele amou! Gary também estava produzindo as fotos da turnê do Aerosmith e pediu a minha autorização pra te usar como modelo. Selecionei mais algumas fotos suas e... ── Suspirou, correndo para me abraçar. ── Me desculpa! Nunca imaginei que isso fosse te prejudicar! ── Meu coração se apertou e abracei Alice forte, afagando suas costas.

── Tudo bem Lice, tudo bem! ── Disse baixinho, tranquilizando-a.

Alice foi me soltando, secando os olhos com as pontas dos dedos. Abriu a bolsa e de lá tirou um envelope marrom.

── Isso é seu. Por direito. ── Sorriu de leve.

Peguei o envelope relutante e o observei, ora desviando o olhar para Alice e para o porteiro que tentava não prestar atenção em nossa conversa.

── Esses são os 5.000,00 dólares pelas fotos.

── O QUÊ? ── Perguntei abismada.

── É. Ou você achou mesmo que não seria paga? ── Alice deu uma risadinha, abraçando-me novamente.

── Eu te odeio Alice Brandon! ── Ri, apertando-a.

── Eu sei disso, Bella Swan. ── Ela me soltou, mas em seguida apertou minhas bochechas, como estava acostumada fazer.

── Ai! Alixe! Alixe! ── Eu me afastei, massageando o rosto. ── Isso dói.

Edward abriu a porta todo suado, soltando Pepper assim que adentrou a portaria. Ele ofegava e até parou de respirar quando Alice ficou em seu campo de visão. Ele parecia um touro com raiva e avançou para cima da meio metro.

── SUA NANICA! ── Grunhiu, mas parou na metade do caminho, lembrando-se que ele tinha o dobro do tamanho de Alice. ── COMO TEVE CORAGEM DE COLOCAR AS MINHAS FOTOS NO OUTDOOR DA CALVIN KLEIN?

── Ela fez isso comigo também. ── Não estava mais surpresa, estava convicta que podia esperar de TUDO vindo de Alice.

── Ah gente! Vocês são lindos, e estavam precisando de grana. E já pedi desculpas, mas é que agora não posso pedir para retirarem as fotos. Eu assinei um contrato, posso ser presa se não cumprir com o que assinei. ── Alice se sentou na velha poltrona da portaria.

Eu e Edward nos entreolhamos e voltamos a fitar Alice. Ela estava certa. Dinheiro nunca seria demais. Edward pegou um envelope parecido com o meu das mãos de Alice e também se assustou quando ela disse a quantia que havia lá dentro.

── Eu só queria saber como é que eles aceitaram colocar fotos nossas assim, do nada, sem ao menos nos conhecer... ── Edward questionou, suspirando em seguida.

── Ah querido, você está falando com Alice Brandon! Sem falar que o Miro conhece MUITA gente famosa. O Gary é de confiança, tem muitos contatos então não foi difícil. Agora, aproveitem a fama momentânea. ── Alice se levantou, deu uma piscadela e saiu saltitando para fora do prédio.

Ouvi o suspiro de Edward e o fitei.

── Eu odeio quando ela faz isso. ── Sussurrei. ── Mas a amo. Ela é minha melhor amiga. ── Sorri amorosa, segurando a mão de Edward.

── Alice é a alegria em pessoa. ── Ele disse, enquanto entravámos juntos no elevador. Pepper veio logo atrás, correndo.

(...)

Estava sentada no sofá, devorando uma vasilha de nachos na companhia de Edward. Assistíamos Busca Implacável em um silêncio que era quebrado somente pelo barulho da comida se desfazendo em nossas bocas.

── Como Odete estava? ── Ele perguntou, olhando-me.

── Eu não cheguei a vê-la. Fui impedida por uma multidão de fãs. ── Sorri de leve e Edward acariciou meu rosto. ── Sabe quando as coisas estão perfeitas demais e você fica com uma sensação estranha de que algo vai dar errado? Então.

── Shh... ── Ele colocou o indicador sobre meus lábios. ── Tudo vai dar certo. ── Em seguida, sorriu torto, puxando-me para seus braços, fazendo-se meu casulo, minha muralha protetora.

O telefone tocou. Edward se soltou de mim e eu reclamei com um olhar manhoso. Ele sorriu, pegando o telefone e sentando-se ao meu lado novamente.

── Residência dos Cullen ── ele sorriu ao falar a frase. ── Sim, sou o marido dela. ── A expressão de Edward foi mudando aos poucos, se tornando dolorosa, preocupada e muito triste. Depois de alguns intermináveis segundos, ele desligou.

── Quem era?

── Bella... Odete alguma vez mencionou que estava doente? ── Falou com a voz fraca e isso me preocupou.

── Não, por quê? Aconteceu alguma coisa com ela? ── Meu coração estava apertado, sentia que estava acontecendo alguma coisa muito grave.

Edward parecia escolher bem as palavras. Ele estava tenso e isto era notável. Engoliu seco e me olhou nos olhos.

── Odete tem câncer, Bella. E ela está no hospital, em coma. ── Lágrimas se acumulavam nos cantos de seus olhos.

Ele não precisou dizer mais nada. Meu mundo estava desabando naquele momento.

Continua.


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Notas finais do capítulo

N/A: Então né... UHASUHAUHSUAHUSHAUHSUHUA me perdoem mesmo! É que estou trabalhando na parte da tarde, estou escrevendo um livro para a escola, tenho que elaborar um teatro sobre BULLYING e ainda tenho que arrumar tempo para me divertir. Eu PROMETO que a partir de agora vou passar a me organizar melhor e como consequência postarei mais rapidamente.
Sobre o cap... UHASUHAUHSHAUHSA eu não dei todas as explicações que vocês tanto desejavam não é mesmo? Pois então, tirem vocês mesmo suas conclusões porque só saberão realmente o que houve no próximo capítulo! Há *o*
Creio que infelizmente, RECÉM CASADOS esteja chegando ao fim. Cerca de mais sete ou oito capítulos... mas, não se preocupem, eu sempre mudo de idéia UHASUHAUSHUAHSUHA.
Obrigada gente, mesmo, eu amo demais vocês! *-*
Bitocas geladas, Bianca Maia.