Recém Casados escrita por Bianca Maia


Capítulo 11
Capítulo 10 - APOSTA, BEIJOS E CASTIGO


Notas iniciais do capítulo

Vou postar com mais frequência agora, já que terminei com meu namorado.
Tem romance no cap. e espero que vocês gostem!
Leiam as notas finais.

Boa leitura!



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Capítulo 10 – APOSTA, BEIJOS E CASTIGO

 

No capítulo anterior:

 

— Bella! Bella, acorda! — Coro chacoalhou-me.

 

— Hmm?

 

— Você ta bem?

 

— O que aconteceu?

 

Estava deitada na cama e Pepper ao meu lado. Estava com as roupas molhadas e minha cabeça doía.

 

— Cheguei aqui e tudo estava molhado. Esse cachorro latia feito louco e você desmaiada no meio do sabão... O que aconteceu? Ficou descordada por horas.

 

— Eu bati a cabeça. — Tentei me levantar, mas tudo girou e caí sentada.

 

— Já limpei tudo por aqui. Perdemos a TV, o DVD e o sofá. Sem falar na máquina de lavar... Como vamos repor? Não quero ficar sem TV!

 

— Ai, fudeu! — Joguei-me na cama.

 

 

Edward PDV

 

— Bom, aqui, nesse contrato de aposta, rege que o perdedor terá que se vestir de freira por uma semana. — Alice disse segurando um papel em suas mãos. — O objetivo é “animar” vocês a juntar bastante dinheiro para repor os móveis perdidos.

 

Bella arqueou uma sobrancelha e cruzou os braços.

 

— PERA AE! QUEM PERDER VAI SE VESTIR DE... FREIRA? — Emmett se levantou do chão (não havia mais sofá) com cara de quem não consegue mais segurar o riso.

 

— Isso, quem perder ou quem desistir primeiro — a nanica sorriu maquiavélica — afinal, vocês vão ter que economizar cada centavo que ganharem.

 

— Eu to em um pesadelo! Só pode ser isso! — Suada andou de um lado para o outro com as mãos na cabeça.

 

Estava com medo de assinar aquele contrato e acabar perdendo. Eu não queria me vestir de freira, muito menos ter que aturar a cara de vitoriosa de Bella. DEUS ME LIVRE!

 

— Ok, eu assino — peguei o papel das mãos de Alice e assinei.

 

Suada me olhou espantada. Com certeza ela achava que eu não fosse assinar papel algum.

 

— Eu também assino — bufou — fazer o quê.

 

(...)

 

Sentei-me na cama e tirei meus tênis. Abri o jornal e meus olhos voaram para seção de empregos. Havia faxineiro, lixeiro, taxista, dançarina, babá e vaga para garçons e garçonetes.

 

Anotei o endereço e o telefone de todos que podiam render um bom dinheiro. Edward Cullen não perderia uma aposta para Izarama Suada.

 

Bella PDV

 

Enquanto o babaca do Coro ainda procurava por algum emprego, eu já estava trabalhando.

 

— Esses são Bob e Tomy, os gêmeos — Amy apresentou-me seus dois filhos que era a mesma coisa de CTRL+C CTRL+V de tão parecidos. — E essa é Amanda, minha filha mais velha.

 

A menina tinha uns oito anos, usava óculos, os cabelos curtos e loiros eram ajeitados impecavelmente, e uma cara de encapetada apesar do sorriso na frente da mãe.

 

— Certo, a senhora volta a que horas? — Perguntei, esperando por um bom horário.

 

— Sete da noite — Amy pegou sua bolsa e beijou os três filhos. — Têm comida na geladeira e o número do meu celular está ao lado do telefone. Se comportem com a Tia Bella!

 

Acenou mais uma vez e fechou a porta.

 

Olhei para as três crianças na minha frente e acabei fazendo uma careta.

Tomy, ou Bob... Sei lá! Um deles começou a chorar e o outro a gargalhar.

 

— Vou contar pra minha mãe! — Amanda bateu o pé e cruzou os braços.

 

— E o que foi que eu fiz?

 

— Ta fazendo o Tomy chorar — mostrou a língua e saiu derrubando as cadeiras da sala de jantar.

 

— AMANDA! PÁRA JÁ COM ISSO! — Tentei correr atrás da menina endiabrada, mas ela era bem mais rápida do que eu esperava.

 

A peste se escondeu embaixo da cama e se aquietou. Bom, era o que eu pensava. Um dos gêmeos correu até mim e puxou a barra da minha calça.

 

— Tia, eu to com fome — disse passando a mãozinha pela barriga.

 

— Você é quem? Tomy ou Bob? — Peguei-o no colo, indo em direção da cozinha.

 

A casa da Senhorita Williams era muuuuito grande. Eu me perderia fácil somente na cozinha.

Coloquei um dos gêmeos em sua cadeirinha. Procurei na geladeira alguma coisa que ele conseguisse comer.

 

— Vou fazer macarrão pra você — sorri para o garotinho.

 

Coloquei água em uma panela e deixei fervendo enquanto procurava pelo outro gêmeo e por Amanda.

 

(...)

 

Todos estavam sentados quietos na mesa. Cada um com seu prato e copo de cor diferente. Então pude guardar: Tomy com o prato verde e Bob com prato azul.

 

— Amanda, onde fica o sal?

 

— No armário. Segunda porta da direita para esquerda.

 

Temperei o macarrão e servi para todos, até pra mim. Sentei-me ao lado de Amanda e remexi no prato. Estava preocupada com o dinheiro que teria que ganhar. Precisava repor o que EU havia estragado. Edward não tinha culpa de nada e entrara nessa aposta comigo só para me ajudar. Eu é que devia pagar tudo, não ele.

 

Fiquei devaneando até que os três cuspiram o macarrão de uma vez.

 

— Eca — Amanda passou a mão pela boca — isso ta horrível!

 

— Ta uim tia! Uim! — Bob mostrou a língua e fez careta.

 

— Por que ta ruim? — Perguntei, olhando no prato das crianças.

 

— Prova! — A capetinha em forma de criança enfiou uma colher cheia de macarrão na minha boca.

 

Cuspi aquilo imediatamente. Estava doce? Eu havia colocado açúcar ao invés do sal!

 

— Sua... sua! AAAAHHHH EU TE PEGO! — Sai correndo atrás de Amanda. Aquela menina merecia levar umas boas palmadas na bunda.

 

— Você não sabe que machucar pobres crianças lindas e indefesas é crime? — Mostrou a língua enquanto corríamos em volta da mesa. — Isso dá cadeira... Ah! Mas esqueci, você ia adorar voltar pra lá, rever suas amigas valentonas! — Além de mais rápida, ela era bem mais inteligente do que o Emmett (mas, qualquer um é mais inteligente que aquilo).

 

— Ok. Desisto! — Recolhi os pratos da mesa e procurei por outra coisa fácil de preparar. — Não vou ficar correndo atrás de uma menina mimada e infantil (digo, super inteligente, o Jimmy Nêutron de peruca). Hoje é sábado, eu devia estar dormindo ou então com minhas amigas, mas não, estou aqui com três crianças insuportáveis bancando a babá! Que droga! — Bati a porta da geladeira com força.

 

Dei três passos em direção da pia e ouvi um barulho enorme. Amanda, Tomy e Bob arregalaram os olhos azuis e fitaram-me assustados.

 

— Por favor, não me digam que a porta da geladeira caiu — fechei os olhos com força e fui me virando vagarosamente.

 

Abri os olhos e quase comecei a chorar. A porta da geladeira estava no chão toda amassada.

 

— Fudeu de novo! — Sussurrei com os olhos cheios de lágrimas.

 

(...)

 

Já eram três e meia da tarde. Fiz um balde enorme de pipoca e abri um refrigerante, coloquei um filme infantil — acho que era Procurando Nemo — e fui tentar arrumar o estrago que havia feito.

 

Consegui colocar a porta no lugar, mas não podia tocá-la, se não... PLOFT! E eu seria processada por uma mulher louca que deixava seus filhos com uma mulher (eu!) mais louca ainda.

 

— Pelo menos eles estão quietos — sussurrei lavando os pratos sujos de macarrão.

 

Eu, definitivamente, não devia ter aberto minha boca.

 

— AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHH! — os três gritaram de uma vez.

 

Corri até a sala e até eu quase gritei. Eu havia colocado um filme pornô? Mas não era Procurado Nemo? QUE PORRA DE FAMÍLIA É ESSA QUE DEIXA OS FILMES CENSURADOS JOGADOS PELA CASA?!

 

— Calma, não gritem e tapem os olhos! — Os três obedeceram e eu corri para tirar o DVD. Não era Procurando Nemo, era alguma coisa de Orgia das Vadias... QUE HORROR!

 

(...)

 

Procurei por um filme bom para a idade deles e encontrei A Fantástica Fábrica de Chocolates. Ah, era legalzinho! Coloquei e fui acabar de arrumar a bagunça na cozinha.

 

Tomy correu atrás de mim e ficou olhando por longos minutos. Depois correu até o armário, procurava por alguma coisa.

Eu não tinha paciência nenhuma com crianças. São seres irritantes que choram, fazem cocô e te fazem envelhecer muito mais rápido. Pois é, por isso eu NUNCA, DEFINITIVAMENTE E DECIDIDAMENTE não vou ter filhos!

 

— Bella...

 

— Não quero ouvir! Se for falar besteiras, melhor deixar essa língua dentro da boca! — Olhei firme nos olhos dela, que parecia preocupada.

 

— Bella... — Ela tentou falar mais uma vez e parecia irritada.

 

— SSHHHH! Calada! — Bati o pé.

 

— BELLA O TOMY TA COMENDO A PALHA DE AÇO! — Amanda gritou apontando para o irmão.

 

Virei-me e era verdade.

 

— MEUS DEUSES! — Corri para perto de Tomy e tirei a palha de aço da sua boca e da suas mãos. — Tomy! Ta ficando louco? Não pode comer isso, faz mal! Você quer morrer?

 

— Dicupa tia — coçou os olhinhos querendo chorar.

 

Bufei. Era melhor pegar leve, os gêmeos só tinham três anos e Amanda oito. Eram crianças demais para entenderem alguma coisa de acidentes e mortes.

 

— Vamos, vou dar banho nos três.

 

(...)

 

— Eu mereço, sei que mereço. — Sussurrei, tentando concertar a torneira quebrada da pia do banheiro.

 

O jato forte de água bati fortemente na minha cara, deixando-me sem ar e ainda mais irritada com os pestinhas. Ainda não conseguia entender como uma menininha do tamanho de Amanda conseguiu arrancar a torneira fora do lugar, trincando os azulejos da parede e arrebentando um dos canos.

 

Amanda estava sentada no chão do quarto, de onde tinha uma visão ampla de meu sofrimento. Ela não ria, mas tinha a expressão no rosto de missão cumprida. Eu estava mais molhada do que se tivesse pulado em uma piscina, os gêmeos estavam de banho tomado dentro do cercadinho.

 

— ISSO AQUI É CULPA SUA! FILHA DA... AAAAAAHHHH! — Com a força que eu tampava o cano, outra rachadura se abriu, jogando mais um jato de água gelada em minha cara, quase me afogando. — Quanto mais tento não fazer besteiras, mais coisas ruins me acontecem!

 

— Bella, você é tão burra! — Amanda saiu andando calmamente. Demorou uns dois minutos e ela estava de volta, inesperadamente, a água que saia descontroladamente dos canos cessaram. — Era só fechar o registro geral da casa. — Ajeitou os óculos no rosto.

 

Caminhei com cuidado até o armário onde peguei uma toalha de banho para me secar. Vesti uma camiseta que achei no chão e tirei meus tênis.

 

Tommy e Bob, para variar, estavam chorando como bezerros desmamados. Retirei-os do cercadinho e os coloquei no tapete colorido do quarto.

 

— Vou contar uma história — sentei-me com as pernas cruzadas e fiz com que Amanda também se sentasse. — Era uma vez um lindo reino, cheio de pessoas felizez. Ai veio uma bruxa disfarçada de Ozama Binladein e explodiu todos! Fim.

 

— Não é assim que se conta uma história! — Amanda cruzou os braços.

 

Respirei fundo para não quebrar a cara daquela menina.

 

— Ok. Era uma vez, um reino muito feliz, mas ele era governado por um rei chamado Michael Jackson. Esse rei raptava crianças e levava para seu rancho mágico, onde vazia sopa de crianças, assado de crianças e depois jogava para seu crocodilo que fazia barulho de relógio. Mas tinha uma moça muito bondosa chamada Britney Spears. Ele adorava montar em seu burrinho e levar felicidade às famílias, — principalmente aos homens — e...

 

— Aí ela foi pra Nárnia?

 

— Não!

 

— Hmm... Foi engolida por uma baleia?

 

— Não.

 

— Subiu no tapete do Aladim e sumiu do mundo?

 

— NÃO!

 

— Então, o que aconteceu com ela? — Amanda perguntou indignada.

 

— Morreu de AIDS — sorri vitoriosa. — E o rei MJ morreu de overdose.

 

— Mas... — Tapei a boca da menina com força.

 

— E o rei MJ volta para assombrar meninas loiras e irritantes que torram a paciência de suas babás. Sabe o que ele faz depois? Tranca essas menininhas no porão junto com a Samara, entendeu?

 

EU SOU TERRÍVEL! EU SOU TERRÍVEL E AMO SER ASSIM! HAHAHAHAHAHA...

 

(...)

 

Todos os três já estavam dormindo. A porta da geladeira, aparentemente impecável, a torneira mais ou menos arrumada. Afinal, Jacob não era nenhum profissional.

 

— Jake, valeu de verdade! — Lhe entreguei uma nota de vinte dólares.

 

— Tudo bem — limpou as mãos na calça e guardou o dinheiro. — A Gabriela vive me enchendo, ela ta doida pra te ver de novo — sorriu.

 

— Diz que ela pode aparecer lá no apartamento quando quiser — Eu o acompanhei até a porta e, novamente, agradeci.

 

Assisti TV tranqüila por uns vinte minutos, até Amy chegar.

 

— Como foi com as crianças? — Jogou sua bolsa (só pra constar, uma Prada) no sofá e retirou o casaco.

 

— Muito bem — MENTIIRAAAA! — Eles são uns anjinhos — com chifres e garfos pontiagudos.

 

Amy sorriu e foi até o quarto das crianças, conferir se ainda estavam vivas.

 

— Aqui está o pagamento — entregou-me um bolo de notas.

 

— Mas, são... São quinhentos dólares! — Embasbaquei.

 

— Bella, eu conheço meus filhos. Eles não são anjinhos! — Sorriu.

 

Edward PDV

 

Novamente vestindo calça apertada, camisa branca e gravata borboleta. Mas agora eu estava mais confortável com minha roupa, sem falar no ambiente. Eu estava no restaurante Spago Beverly Hills, onde era comum ver celebridades como Paris Hilton ou até Hilary Duff.

 

A noite estava agitada no restaurante, o que seria bem complicado para somente três garçons.

 

— Hanna, e os outros garçons? — Falei baixo ao ouvido da gerente.

 

— Não puderam vir. Você, Estefan e a outra garçonete terão que dar conta de tudo. Claro, vão receber mais...

 

— Mas, cadê a outra garçonete?

 

A porta se abriu e uma garota deslizou molhada pelo salão.

 

— Cheguei! — Parou na minha frente e tirou o cabelo do rosto.

 

— Bella? O que ta fazendo aqui? — Olhei espantado para Suada que estava toda molhada.

 

Hanna entregou-lhe o uniforme, que era exatamente como o meu, e uma toalha para que se secasse.

 

— Eu vim trabalhar — sorriu — sabe que eu preciso de dinheiro.

 

— Sei mesmo — bufei.

 

Tremi de medo ao lembrar das situações embaraçosas que nos metemos só por ficarmos juntos em um campo de baseball junto com um monte de crianças e um velho resmungão. Bella devia ser presa e proibida de sair na rua, ela só fazia estrago por onde passava, credo!

 

(...)

 

O pianista tocava um soneto tranqüilo que combinava com o jantar de gala que acontecia no salão. Bella estava servindo à todos muito bem, e acabei mordendo a língua. Tínhamos que equilibrar a bandeja com uma só mão e a outra colocar atrás das costas ou segurar o cardápio.

 

Apesar de lotado, o ambiente amplo e aconchegante fez com que eu também me sentisse mais relaxado, apesar de estar andando de um lado para o outro.

 

Suada chegou perto de mim e sussurrou no meu ouvido:

 

— Quando é que isso vai acabar?

 

— Eu não sei — forcei um sorriso para Hanna, que nos olhava ferozmente.

 

Voltei rapidamente para a mesa 8 que havia pedido camarão e mais molho de são-sei-o-quê blá, blá, blá... Gente chata e esnobe que não têm mais nada de importante pra fazer.

Notei que Estefan estava indo embora carregado por dois seguranças. No mesmo instante, corri até Hanna para saber o que estava acontecendo.

 

— O que houve com Estefan?

 

— Passou mal. Parece que está com algum tipo de virose ou coisa do tipo. Você e Bella vão ter que tentar dar conta de tudo, certo? — Hanna me olhava séria e não tive escolhas, a não ser acenar que sim com a cabeça.

 

(...)

 

O salão estava quase vazio. Eram duas e vinte da manhã e Hanna veio com uma proposta tentadora.

 

— O pagamento de vocês aumentaram, certo? Eu triplico se ficarem um pouco mais e organizarem tudo pra mim. — Hanna arqueou uma sobrancelha e sorriu.

 

— CLARO! — Suada e eu falamos juntos.

 

Hanna saiu com o resto dos clientes, deixando-nos sozinhos com os produtos de limpeza.

 

— To super cansada — Bella pegou carinho para carregar pratos e foi colocando tudo quanto é coisa que podia ser levada: pratos, talheres, copos, taças, pires...

 

Eu fui atrás, tirando as toalhas das mesas e colocando as cadeiras para cima. Até que trabalhando em conjunto fomos bem rápidos. Varri o chão enquanto Suada lavava a louça suja, depois passamos um produto para lustrar o piso de madeira do salão e no grande piano.

 

Estava exausto, claro. Caminhei tranquilamente até a adega, onde peguei um dos melhores e mais caros vinhos que lá havia. Bella se assustou quando me viu com a garrafa na mão.

 

— Ah, nós estamos fazendo hora extra, não tem nada a ver tomar um pouco. — Peguei duas taças e as enchi até a metade.

 

— Eu já volto — Bella correu até o banheiro com sua mochila nas costas.

 

O vinho era extremamente delicioso. O cheiro, o gosto, hmmm... Totalmente perfeitos e na medida certa.

Liguei o som que ficava no canto no salão e sentei-me no banco do piano.

 

Quando Suada saiu do banheiro, petrifiquei. Era ela mesma? Não, era... sexy demais! Ela estava usando um vestido vermelho de dançarina e sapatos de salto (milagre!). O cabelo meio rebelde, bagunçado em contraste no baton vermelho e os olhos traçados com lápis preto. Realmente linda.

 

http://www.4shared.com/audio/5g3c-6EU/Juanes_-_Para_Tu_Amor.htm

 

http://www.youtube.com/watch?v=M6E3VfLTDes

 

(Links Seguros)

 

Aproximou-se de onde eu estava e entornou a taça com vinho de uma vez.

 

— Dança comigo? — Disse com a voz rouca e extremamente sexy.

 

Para Tu Amor (Para Teu Amor) - Juanes

 

Para tu amor lo tengo todo (Para teu amor eu tenho tudo)

Desde mi sangre hasta la esencia de mi ser (Desde meu sangue até a essência do meu ser)

Y para tu amor que es mi tesoro (E para teu amor que é meu tesouro)

Tengo mi vida toda entera a tus pies (Tenho minha vida toda inteira a teus pés)

 

 

Eu ia rir e dizer “Ah, qual é? Você nem sabe dançar!”, mas eu já havia tido lições demais. Não podia subestimar Bella em nada.

Levantei-me e a conduzi até o meio do salão, onde não haviam mesas para atrapalhar.

 

— Você está bonita — sussurrei, ainda trêmulo.

 

— Obrigada — Bella sorriu e entrelaçou as mãos em meu pescoço.

 

Segurei em sua cintura e colei meu corpo no seu.

 

Y tengo también un corazón (E tenho também um coração)

Que se muere por dar amor (Que se mata para dar amor)

Y que no conoce el fin (E que não conhece o fim)

Un corazón que late por vos (Um coração que bate por ti)

 

Para minha surpresa, Bella dançava graciosamente e sensualmente bem. Para o tipo de música que estava tocando tínhamos que dançar colados, mas, mesmo assim, me senti estranho.

Ela não estava vulgar, estava linda, perfumada, sorridente... Diferente seria a resposta certa.

 

Para tu amor no hay despedidas (Para teu amor não há despedidas)

Para tu amor yo solo tengo eternidad (Para teu amor eu só tenho eternidade)

Y para tu amor que me ilumina (E para teu amor que me ilumina)

Tengo una luna, un arco iris y un clavel (Tenho uma lua, um arco-íris e um cravo)

 

Naquele momento pude ver que Bella realmente era uma mulher. Não era uma adolescente boba e sem graça que gosta de falar palavrão. Ela tinha um jeito especial de se movimentar, tão suave, parecia flutuar.

Encantei-me quando ela se soltou de mim e rodou três vezes em torno de si. O vestido balançava no junto do corpo dela, como se fossem carne e unha.

 

— Por que isso? — Perguntei quando ela rodou de volta para meus braços.

 

— A gente devia ter saído hoje, nosso dia de folga, dia pra gente se divertir. Como não deu, resolvi trazer a festa até nós.

 

Acabei abrindo um largo sorriso e Bella retribuiu.

 

Y tengo también un corazón (E tenho também um coração)

Que se muere por dar amor (Que se mata por dar amor)

Y que no conoce el fin (E que não conhece o fim)

Un corazón que late por vos (Um coração que bate por ti)

 

Como eu havia sido cego? Como não pude ver a Bella maravilhosa que existia dentro daquela casca dura? Não pela beleza, mas o jeito de falar, o modo de se movimentar... Era, praticamente, outra pessoa.

 

— Agora eu tenho provas de que você realmente fez aulas de dança. — Sorri enquanto rodávamos juntos pelo salão.

 

— Nunca acreditou muito em mim, não é?

 

Acenei que sim, envergonhado.

 

Por eso yo te quiero tanto (Por isso, eu te quero tanto)

Que no sé como explicar lo que siento (Que não sei como explicar o que sinto)

Yo te quiero porque tu dolor es mi dolor (Eu te quero, porque tua dor é minha dor)

Y no hay dudas yo te quiero (E não há dúvidas eu te quero)

Con el alma y con el corazón (Com a alma e o com o coração)

Te venero hoy y siempre (Te venero hoje e sempre)

Gracias yo te doy a ti mi amor (Eu te agradeço meu amor)

Por existir (Por existir)

 

 

Bella encostou o queixo em meu ombro e senti que ela respirava calmamente.

 

Bella PDV

 

Estava cansada de saber pelos outros o que Coro achava de mim. A adolescente infantil e super brega. Eu sabia me vestir como mulher, só preferia um estilo meu do que ficar parecendo uma vagaba como outras que usam Gucci ou Prada por aí. Eu tinha certeza que Edward, Emmett etalvez, até Jasper riam de mim pelas costas...

 

Queria impressiona-lo, fazê-lo ver a outra Bella. Mas estar com ele naquela situação me deixava desligada de tudo.

 

O cheiro de Edward era delicioso. Algo que me lembrava o campo.

Fechei os olhos me sentindo ainda mais leve e confortável. Toquei o pescoço de Edward com os lábios, que se arrepiou todo, soltando um gemido baixinho, abafado por meus cabelos.

 

Para tu amor lo tengo todo, lo tengo todo (Para teu amor eu tenho tudo)

Y lo que no tengo también, lo conseguiré (Tudo o que tenho e o que não tenho também, o conseguirei)

Para tu amor que es mi tesoro (Para teu amor que é meu tesouro)

Tengo mi vida toda entera a tus pies (Tenho minha vida toda inteira a teus pés)

 

 

Afastei-me um pouco para poder olhar em seus olhos. Novamente senti a sensação de como se eu mergulhasse no mar e depois emergisse de repente ao ar quente. Era maravilhoso sentir a profundidade de seus olhos e isso me encantava cada vez mais.

 

Me aproximei de seu rosto e fechei os olhos, sentindo meus batimentos cardíacos saírem do compasso. Os batimentos de Edward também se aceleraram e ele se colou ainda mais ao meu corpo.

 

Com sua língua quente e doce, Edward contornou meus lábios e depois os sugou delicadamente. O puxei para mais perto e nossos lábios se encontraram numa explosão de sentimentos.

 

Y tengo también un corazón (E tenho também um coração)

Que se muere por dar amor (Que se morre por dar amor)

Y que no conoce el fin (E que não conhece o fim)

Un corazón que late por vos (Um coração que bate por você)

 

Nós nos beijamos como eu nunca havia beijado ninguém. Com ele era diferente, era... especial e havia carinho, acima de tudo. Aquele Edward chato, sem graça, totalmente irritante se tranformara em alguém especial, só que eu nem havia notado.

 

Cessei o beijo com leves celinhos e fitei-o.

 

— Isso não ta certo — sussurrei.

 

— Então, o que é certo? Brigarmos o tempo todo? — Acariciou meu rosto — eu também estou confuso.

 

Edward encostou sua testa na minha.

 

— Eu devia te odiar, te massacrar e matar... não te beijar! — De olhos fechados, disse baixo dando um breve sorriso.

 

Ele também riu e voltou a me beijar.

 

Por eso yo te quiero tanto (Por isso eu te quero tanto)

Que no sé como explicar lo que siento (Que não sei como explicar o que sinto)

Yo te quiero porque tu dolor es mi dolor (Eu te quero porque tua dor é minha dor)

Y no hay dudas yo te quiero (E não há dúvidas eu te quero)

Con el alma y con el corazón (Com a alma e com o coração)

Te venero hoy y siempre (Te venero hoje e sempre)

Gracias yo te doy a ti mi amor (Agradecimentos eu te dou a ti meu amor)

 

Eu queria parar o tempo para ficarmos juntos, pois eu sabia, tinha certeza que aquilo iria acabar rápido. Eu já sabia que ele pertencia a outra de corpo e alma e também sabia que nunca eu seria a mulher ideal. Não para e ele e, talvez, para homem algum.

 

(...)

 

Uma semana depois...

 

Edward PDV

 

Eu não conseguia entender como Bella e eu tínhamos uma capacidade tremenda de esquecer tudo o que acontecia de bom entre nós. Era como se nunca tivéssemos nos beijado no resturante. A sensação era horrível! Ter que guardar algo bom pra você, mas... Por quê?

 

Suada havia saído mais cedo que eu, então tive tempo para pensar sozinho em tudo o que havia acontecido.

 

Fui até o quarto procurar meu casaco. Andei apressado e acabei tropeçando em algumas roupas de Bella que estávam no chão.

 

— Olha só... — No meio das roupas estava a carteira de Bella. Não resisti e a abri. — Caramba! São três mil e duzentos dólares! AHH, mas eu não vou me vestir de freira nem que a vaca tussa!

 

(...)

 

Alice, Emmett, Jasper e Rosalie estavam sentados na mesa, calculando quem havia recebido mais dinheiro. Suada estava junto comigo na sala, esperando.

 

— Bom, eu não esperava por esse resultado — Alice suspirou — o vencedor é...

 

Bella fechou os olhos, rezando, provavelmente. Cruzei os braços, já sabendo da resposta.

 

— EDWARD! — Alice gritou e bateu palmas.

 

— O QUÊ? MAS ESPERA AÍ! ISSO TÁ ERRADO! EU TRABALHEI MUITO, MAS MUITO MAIS DO QUE ELE! — Suada gritou, apontando o dedo na minha cara. — SEU LADRÃO! VOCÊ ROUBOU MEU DINHEIRO!

 

— NÃO ROUBEI NADA! VOCÊ TA FICANDO LOUCA?

 

Bella apertava os dentes com força, fazendo-os quase quebrar.

 

— Ok, ok! Só têm um jeito de resolver isso — Rose interveio na hora certa.

 

— COMO? — Suada e eu perguntamos juntos.

 

(...)

 

EU DEVIA TER FICADO QUIETO!

 

— Calma! Vocês dois estão lindos de freira! — Jasper provocou, gargalhando.

 

— Eu. Te. Mato. Edward Cullen. — Bella disse entre os dentes.

 

Continua.

 

xXx

 

Apenas Amigos

(Minha nova fic adicionada. Respostagem de Operação Cupido)

 

Outrageous

(Fic da Friida Cullen que é simplesmente perfeita. Super indico...)


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Notas finais do capítulo

N/A: MEUS AMORES! Queria agradecer, fiquei muito feliz com os reviews super fofos do cap. anterior e, como disse, o romance vem aos poucos. Perceberam que eles já se gostam, pelo menos um pouco, mas não querem assumir nem pra si mesmos.

Agora, só posto o próximo (que já está quase pronto) se eu receber recomendações e 100 reviews. É meu preço...

Estou realmente triste com minha vida pessoal e até cheguei a pensar em abandonar tudo aqui no Nyah!, mas aí eu me lembrei dos muitos leitores que acompanham minhas fics e tem um grande carinho por mim. Obrigada, é por vocês que eu continuo!

Beijocas, Bianca Maia.