366 Rabiscos escrita por Priy Taisho


Capítulo 8
Capítulo 8 - Úisque


Notas iniciais do capítulo

Olá galerinha do mal! hahahah Como vocês estão?
Mais uma vez, preciso dizer que to amando o feedback da fic, hoje, somos em 93 pessoas, uau!
Quero propor um desafio pra vocês... Mas isso só nas notas finais!
Boa leitura,



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13 de Fevereiro de 2016 – 20h58min

Fiz questão de enfatizar que a festa teria inicio as 19h00min e fui ignorada por Ino como se fosse uma mosca.

Analisei meu reflexo no espelho imenso que havia no quarto da Yamanaka e me questionei mentalmente como Ino conseguira me convencer a comprar um cropped rosa, mais escuro do que a cor do meu cabelo, mas ainda assim chamativo. Ele tinha um zíper preto que passava entre os meus seios, mas era meramente decorativo. As alças formavam um X em minhas costas e por já possuir bojo, não precisei usar sutiã. O short jeans que eu estava usando era cintura alta (ainda assim era possível ver uma parte considerável da minha barriga), com rasgos desfiados abaixo dos bolsos e que exibia um pouco das minhas coxas por baixo do tecido. Ino tinha insistido que eu deveria usar saltos, mas eu a chantageei até que ela largasse os sapatos meia pata e me deixasse pegar um tênis.

Meu cabelo estava volumoso e ondulado, meus olhos destacados por um delineado de gatinho e muito rímel, os meus lábios estavam com um batom vermelho que já tinha sujado meu dente umas três vezes.

— Sexy sem ser vulgar. – Karin falou parando ao meu lado. Ela tinha substituído os óculos por lentes de contato e usava um vestido preto tubinho que realçava sua cintura fina e suas pernas; ela estava com scarpins meia pata vinho e por isso estava alguns centímetros mais alta que eu. O cabelo impecavelmente liso caia sobre seu ombro direito. - Vamos dançar tanto que não vamos nem conseguir andar amanhã. – Disse agarrando-me pelos ombros e me sacudiu causando-me risos.

— Eu concordo!!!

Temari voltara da cozinha de Ino com duas garrafas azuis e entregou uma delas para Karin que agradeceu com um aceno de cabeça.

— Vou beber tanto que não vou nem me lembrar desse momento amanhã. – Disse a Sabaku erguendo a garrafa em um brinde solitário e virou o conteúdo de uma única vez. – Quer? – Estendeu a garrafa para mim e eu a peguei cheirando-a antes de beber.  – Tenten, liga o som de novo! – Pediu ela olhando para a Mitsashi que não demorou para atender seu pedido.

Logo uma música animada preencheu o quarto de Ino e nenhuma de nós conseguiu ficar parada. No começo eu apenas ria enquanto Tenten pulava na cama de Ino, sacudindo o cabelo levemente ondulado de um lado para o outro e rebolando enquanto sua saia ia de um lado para o outro; Temari gritou animada e subiu na cama para pular junto com a Mitsashi. Karin olhou para mim com um sorriso e bebeu um longo gole de sua cerveja antes começar a me puxar para que eu dançasse com ela.

Hinata entrou no quarto no instante em que Rude Boy da Rihanna começara a soar. Nós batíamos palmas e sacudíamos o corpo de maneira desleixada e totalmente descoordenada; cantávamos a música e isso não significava que nós não errávamos a letra. A Hyuga ria enquanto gravava toda a baderna que nós fazíamos com o celular.

Eu tinha dado uns goles na bebida de Karin e estava começando a ficar animadinha também.

— Vocês são malucas! – Ino declarou entrando no quarto com um sorriso nos lábios.

Ino estava magnífica. Usava um cropped totalmente branco semelhante ao meu, short jeans desbotado e scarpins vermelhos. O cabelo loiro estava ondulado, seus olhos azuis destacados por uma sombra esfumada, delineador e um lápis de olho azul que havia sido passado em sua linha d’água. Ela tinha colocado cílios postiços, sua pele parecia reluzir e as maças de seu rosto estavam levemente coradas, os lábios pintados de vermelho. Ela usava uma pulseira de couro marrom e caminhou até sua penteadeira para pegar um chapéu coco preto colocando-o sobre sua cabeça após uma reverencia fingida.

— Gaara que tenha cuidado essa noite! – Temari falou ao apoiar-se na cabeceira da cama de Ino para não cair.

— Gaara que tenha cuidado TODAS as noites. – Ino corrigiu colocando as mãos em sua cintura e deu um sorrisinho presunçoso. – Eu disse que nós íamos ficar fabulosas! – Acrescentou dando pulinhos animados. – E essa noite você VAI beijar alguém, Testuda! – Disse virando-se repentinamente para mim.

— Cale a boca, Porca! – Ralhei fazendo com que as outras malditas dessem risada. – Vocês são impossíveis.

Depois do que pareceu uma sessão de fotos, com direito a bicos, expressões sensuais, “carão”, caretas e de muitas fotos onde Temari estava gritando e empurrando Hinata, fazendo com que as duas perdessem o equilíbrio, nós finalmente estávamos dentro do carro de Ino para irmos até a festa de Kiba.

Corri para o banco ao lado do motorista e deixei com que as outras cinco se espremessem no banco der trás. Ino fez questão de aumentar o volume do som ao ouvir Shake It Off da Taylor Swift. Nesse momento eu não deixei de reparar no quão parecida a Yamanaka estava com ela.

Nós cantávamos a letra da música, as que estavam atrás se arriscavam até mesmo a fazer coreografias, enquanto Ino limitava-se a tamborilar bater as mãos contra o volante do carro e dividia sua atenção entre a música e o GPS.

Sasuke:

Onde vocês estão?

Eu tive que me contorcer para conseguir pegar o meu celular que estava na minha cintura. Olhei para a hora e anunciei em alto e bom som que eram quase dez da noite antes de abrir a mensagem de Sasuke.

— Algumas horas de atraso faz parte do charme. – Ino falou sem se alterar.

Sakura:

Estaremos aí em quinze minutos!

Relaxa o coração.

Não sofra de saudades hahahah

Sasuke:

Atrasada como sempre, Haruno!

Saudades?

Você não sabe a paz que eu tive por não ter que te ver durante o dia.

Fiz uma careta ao ler a mensagem dele. Tenten que estava atrás de mim havia se inclinado para poder ler também transmitiu a mensagem para todas as outras que riram. Ignorei o olhar que Ino me lançou.

Bloqueei a tela do celular sem responder Sasuke.

Karin, Hinata e Tenten tinham começado a brincar de carro vermelho, Temari pareceu resmungar algo sobre “crianças” e mantinha um sorriso debochado, mas eu conseguia ver que ela estava prestando atenção demais nos carros que passavam por nós.

Quando dobramos a esquina da rua onde Kiba mora, a música eletrônica que ecoava da casa era alta. Isso fez com que nós ficássemos mais animadas, embora Ino tivesse reclamado muito até encontrar um local para estacionar o carro. Seguimos para a casa e um sorriso involuntário surgiu em meus lábios ao ver as luzes coloridas haviam sido colocadas até mesmo no jardim, que estava repleto de adolescentes.

A sala da casa de Kiba tinha sido transformada em uma pista de dança bem semelhante à de uma boate. Um DJ estava ao canto, animando as pessoas enquanto sacudia seus braços e mexia na mesa de equipamentos com precisão. Algumas garotas que eu não reconheci estavam perto dele e faziam questão de tentar chamar a atenção; uma delas acabou tossindo quando a pista de dança foi tomada por uma fumaça.

Tive que segurar o antebraço de Ino para não me perder dela quando nós atravessamos a multidão de corpos suados que dançavam energeticamente. Ela estava seguindo até o bar que estava no canto esquerdo e só parou quando se encostou ao balcão preto.  Um dos barmans preparava bebidas coloridas e eu fiquei tentada a pedir uma.

— Onde estão aqueles outros, hein? – Perguntou ela alto enquanto tentava encontrar algum de nossos amigos. Ela se virou e fez um pedido para o barman que havia se aproximado. – Conseguiu ver alguém?

— Ninguém. – Respondi levantando-me o máximo que pude para tentar encontrar Naruto ou Gaara pela cor do cabelo. Karin, Temari, Tenten e Hinata tinham sumido. – Obrigada. – Agradeci o barman assim que ele entregou dois drinques rosados para mim e Ino. – O que é isso?

— Chamam de Drink da Barbie! – Ino gritou a resposta antes de colocar o canudo na boca. – Morango, laranja e vodca, só pra começar. – Sorriu e balançou a cabeça animada.

— Não esperava menos de você. – Falei de maneira debochada antes de beber um pouco como Ino estava fazendo. Era bom. Se eu mexesse o canudo conseguia sentir o gosto de cada uma das coisas que Ino tinha dito. – Hey, o que foi? – Perguntei assim que senti que ela segurou meu pulso e começou a me arrastar novamente.

— Achei o Gaara. – Disse ela parando por um momento para gritar a informação em meu ouvido. – Ah, essas vagabundas já estão aqui! – Acrescentou assim que nos aproximamos o suficiente. Sentados em um sofá ao canto estavam Sasuke, Gaara e Naruto junto das meninas que haviam sumido quando nós chegamos.

Os olhos de Sasuke fixaram-se em mim e ele sorriu, erguendo o copo quase vazio em um brinde. A camisa preta estava com alguns botões abertos e as mangas haviam sido dobradas até seus cotovelos.

— UAU! – Naruto gritou levantando-se em um pulo. Ele segurou minha mão e fez com que eu girasse, fazendo o mesmo com Ino depois. – Veio pronta para matar quem? – Perguntou com uma expressão admirada. Naruto era maravilhoso e eu já conseguia perceber que ele estava mais hiperativo do que o normal. Ele passou um braço sobre o meu ombro e me puxou para mais perto de Sasuke. – O que achou Teme? Quando é que a garotinha que me batia por grudar chiclete no cabelo virou isso aqui? – O idiota me sacudia querendo dar ênfase no que estava dizendo.

— Você ainda dúvida que eu consigo te bater? – Retruquei dando uma cotovelada de leve nele que acabou rindo mais ainda. – E você palhaço? Acha que não consigo te bater também? – Meu tom de voz era falsamente irritado e Sasuke limitou-se a continuar rindo.

— Quem vê até pensa que consegue fazer alguma coisa. – Provocou ele com um sorrisinho cínico. – O que você ta bebendo? – Questionou tomando minha bebida e deu um gole antes que eu pudesse respondê-lo.

— Veneno. – Dei um sorriso cínico e peguei o copo assim que Sasuke o estendeu de volta. – O que foi?

— Bebida de mulherzinha. – Disse e Naruto pegou o meu copo como Sasuke tinha feito para provar. – Concorda Naruto?

— Eu só sinto gosto de morango. – Falou o Uzumaki entregando-me o copo que não tinha mais quase nada. – Vou buscar algo que preste pra você. – Ofereceu e eu assenti concordando.

A bebida que Naruto tinha me dado era bem mais forte do que a que Ino tinha escolhido e por isso o meu nível de animação tinha crescido consideravelmente. Devo ter bebido umas duas ou três doses antes de ir para a pista de dança.

 Minha cabeça balançava de um lado para o outro e meus quadris faziam o mesmo, em um determinado momento senti mãos na minha cintura e ao olhar para trás constatei que era apenas uma Karin muito animada que berrava a letra da música completamente alterada.

Ino estava em minha frente e tinha enlaçado seus braços ao redor de um garoto pálido com cabelos negros que eu reconheci ser Sai. Ele segurava a cintura dela de maneira possessiva, juntando seus corpos e murmurava alguma coisa no ouvido dela que a fazia rir.

Sasuke, Neji e Naruto formavam um trio estranho dançando de maneira descoordenada, sacudindo os braços de um lado para o outro. A principal função deles era pular e gritar feito malucos. Quando o DJ colocou Shots do LMFAO para tocar, eles ficaram descontrolados.

Erguiam seus copos para cima e gritavam o refrão em meio aos risos.

Karin passou seu braço sobre o meu e nós fizemos o mesmo que eles, agradeci mentalmente o fato de estar usando tênis ou não aguentaria por muito tempo.

Tenten surgiu de algum canto arrastando Hinata pela mão; a Hyuga parecia meio relutante em dançar, mas acabou cedendo. Não me surpreendi ao ver Kiba aproximando-se sorrateiramente dela.

Continuei dançando como Karin. Ela parecia tão interessada quanto eu em procurar alguma companhia masculina para dançar, parecendo satisfeita em rebolar sozinha e desvencilhar-se de alguns caras que tentavam se aproximar.

 “Você vai beijar alguém essa noite, Testuda!”.

Ri ao me lembrar da promessa vaga que Ino tinha feito durante todo o dia.

Gaara aproximou-se de mim e me puxou para dançar com ele, pelo canto do olho vi que Ino continuava a dançar com Sai e parecia cada vez mais animada. O Sabaku parecia não estar gostando nada daquilo, tanto que lançava olhares irritados para o lado a todo o instante.

— Devia ir lá e separá-los. – Falei como quem não quer nada. Gaara desviou seus olhos do casal e me fitou com uma sobrancelha arqueada. – Ou pelo menos não fique com essa cara, ela está fazendo isso para te provocar. – Alertei olhando de Ino para Gaara.

— Não, não vou separá-los. – Gaara respondeu-me e abriu um sorriso maldoso. – Vou fazer pior.

— Pior?

— Observe. – Disse ele me soltando e andou na direção de Ino e Sai.

Arregalei meus olhos e coloquei minhas mãos sobre minha boca. Gaara não podia fazer o que eu estava pensando. Não, não, não. Céus, isso causaria uma confusão tremenda. Ai merda.

Preparei-me para correr até ele e segurá-lo, mas me contive ao ver que o ruivo passou por Ino direto e desapareceu no meio da multidão. Se aquele era o conceito de pior, Gaara estava mais bêbado que eu.

— Por que está com essa cara? – Me sobressaltei ao ouvir a voz de Sasuke próxima de meu ouvido. Virei-me e ele segurou minha cintura para que nós dançássemos juntos. – Aconteceu alguma coisa?

— Não, não. – Neguei olhando mais uma vez por onde Gaara tinha desaparecido. – Devo estar um pouquinho paranoica.

— Você sempre é paranoica. – Sasuke concordou e deu um sorriso. Lembrei-me das palavras de Ino mais uma vez e tive de sacudir a cabeça para clarear meus pensamentos. Seus olhos negros fixaram-se nos meus e eu minhas bochechas esquentaram; agradeci pelas luzes coloridas que impediram que Sasuke visse a cor que meu rosto se encontrava. Ele aproximou seus lábios do meu ouvido e eu senti um arrepio percorrendo meu corpo ao senti-los contra minha orelha. – Algum motivo especial para essa produção toda? – Perguntou ele divertido e ao contrário do que pensei, Sasuke não se afastou.

— Que produção?

— A sua. – Respondeu-me ele com certa impaciência. – Você está bonita, Sakura. – Sasuke afastou-se de mim o suficiente para observar minha reação. O sorriso permanecia em seus lábios.

— Obrigada. – Foi tudo o que consegui dizer e Sasuke riu do meu embaraço.

Dançamos por mais um tempo até que eu decidisse que iria pegar mais uma bebida. Sasuke se prontificou a ir comigo, mas Naruto o puxou o agarrando pelos ombros e tudo o que ele pode fazer foi me lançar um olhar revoltado. O Uzumaki pareceu não se incomodar com as tentativas de Sasuke de livrar-se de seu abraço e eu apenas dei ombros, seguindo para o bar e desvencilhando de alguns colegas durante o caminho.

 O mesmo barman que tinha entregado as bebidas rosas para mim e Ino se prontificou a me atender. Confessei que não entendia muito bem de bebidas e ele disse que iria encontrar algo bom para mim. 
Voltei a olhar para a pista de dança na direção em que meus amigos estavam. Karin agora dançava com Naruto, Ino tinha se desvencilhado de Sai e dançava com Tenten e Hinata, parecendo procurar algo. Quando ela se virou, pude ver que sua expressão era irritada. 

Eu não conseguia ver Neji e Sasuke de onde estava, mas Temari e Shikamaru se agarravam com bastante empolgação nos pufes perto do bar. 

— Hey, o Lee estava te procurando! - Ouvi uma voz masculina próxima do meu ouvido e me assustei. Minha expressão de pânico devia ser engraçada, pois Kiba riu antes de entrar um pouco de sua cerveja. Seus olhos castanhos estavam fixos na pista de dança. - Aproveitando a festa? 

— O que você disse à ele? - Perguntei agradecendo ao barman assim que ele me entregou uma bebida azul que tinha um forte gosto de vodca e gin. - Você caprichou, Kiba. - Respondi sua pergunta balançando-me sutilmente no ritmo da música. Eu não a conhecia, mas era contagiante. 

— Disse que você devia estar perto do Uchiha. - Kiba respondeu tranquilamente. Era verdade, eu estava perto de Sasuke há pouco tempo. - Mas isso não vai impedi-lo de falar com você. - Anunciou o Inuzuka com um tom de voz debochado. Arqueei minha sobrancelha e bebi mais um pouco esperando que ele continuasse. - Lee acabou de te ver e está vindo pra cá, não olhe. - Alertou-me ele. 

— O que?! - Tive certeza de que Kiba não tinha me ouvido, pois limitou-se a rir da minha expressão desesperada. - Tchau. - Larguei minha bebida sobre o balcão e sem mesmo olhar para trás segui na direção oposta à que eu achava que Lee estava vindo. 

"Você vai beijar alguém essa noite, Testuda!". 

Não Ino, não vou não. 

Se esse alguém for o Lee eu prefiro que a noite dos amassos contra a parede seja adiada até ano que vem. Eu não podia correr o risco dele achar que nós estávamos namorando de novo. 

— Merda! - Praguejei ao esbarrar com alguém. Minhas coxas estavam grudentas por causa da bebida marrom que o estranho carregava.

— Você não olha por onde anda? - Ergui meu olhar para dar de cara com um ruivo que não tinha uma expressão nada amistosa. Os olhos dele eram castanhos acinzentados e estavam repletos de irritação, ao analisá-lo mais um pouco vi que uma parte de sua camisa jeans também estava suja por causa da bebida. - Mais que merda! - Ele repetiu o que eu tinha dito ao ver o estado de sua camisa. 

— Desculpe. - Falei desviando os olhos dele para minhas pernas. Argh. - Eu não tive culpa. - Me justifiquei ao ver que ele me encarava.

— Você que estava andando como uma maluca, claro que a culpa é sua! - Retrucou nada cortês. Eu fitei seu rosto tentando lembrar seu nome, mas não consegui. 

— Pare de reclamar, estou mais suja que você! - Rebati indicando minhas coxas e escondi meu desconforto ao ver que ele passou tempo demais às analisando antes de voltar a me encarar. - Preciso encontrar um banheiro. - Resmunguei disposta a largá-lo para trás, mas ele segurou meu pulso obrigando-me a olhar para ele. – Que é?! – Eu estava errada, mas o imbecil cabeça de fogo também estava. Ele falou alguma coisa e eu estreitei os olhos enquanto tentava decifrar o que ele tinha dito. – O que?

— Eu sei onde ficam os banheiros. – Ele se aproximou de mim e falou aquelas palavras em meu ouvido antes de se afastar. – Vem. – Colocou o copo vazio em cima do balcão e agarrou meu pulso começando a me guiar.

Enquanto o cara segurava meu pulso e me puxava pelos cantos em direção à uma escada, eu tentei lembrar seu nome. Tinha certeza de que ele era um aluno também, já o tinha visto pelo colégio e ainda assim, a existência do nome dele em minha memória parecia ter sido dizimada.

Ele me guiou por um corredor repleto de portas brancas e quase esbarrou em um casal animadinho que saia de dentro de um dos quartos. A julgar pelo olhar malicioso que a menina me lançou antes de sumir novamente, ela achava que eu e o ruivo iríamos fazer o mesmo que ela e seu companheiro. Pfit. Iludida.

Parou em frente a uma porta e bateu três vezes antes de abri-la. O banheiro até que estava limpo e eu não contive um suspiro de alivio. O ruivo largou minha mão e entrou, deixando a porta aberta para que eu fizesse o mesmo.

— Você pretende ficar aqui? – Perguntei ainda do lado de fora do banheiro.

— Quais são as chances de eu encontrar outro banheiro nessas condições? – Ele rebateu minha pergunta com outra e arqueou as sobrancelhas. Longe das luzes coloridas eu consegui perceber que ele era mais bonito do que eu imaginava, mas ainda assim não deixava de ser idiota. – A não ser que você precise tirar o short pra limpar suas coxas, eu acho que não tem problema se nós dividirmos o banheiro por alguns minutos. – Ele sorriu de maneira cínica e eu revirei meus olhos.

— Você é sempre grosseiro assim com as pessoas? – Questionei no momento em que ele me ofereceu um sabonete lacrado que estava em uma das gavetas sob a pia. – Como sabia onde isso estava? – Abri a embalagem e mantive meus olhos fixos nele.

— Só com pessoas que mancham minha camisa. – Replicou ele ainda mantendo o sorrisinho e eu arregalei os olhos ao ver que ele estava desabotoando a camisa. – Pretende ficar me encarando?

— Imbecil. – Resmunguei colocando o sabonete debaixo d’água e o esfreguei em minhas coxas, tomando o cuidado para não me sujar. Enquanto isso, o meu caro companheiro fez questão de fechar a porta antes de tirar a camisa.

Concentrei-me em limpar minhas pernas e todo o resquício da bebida que parecia ter impregnado em minha pele, enquanto o ruivo esfregava a mancha em sua camisa com cuidado para não ensopá-la.  Não deixei reparar em seu corpo, bonito por sinal, mas disfarcei antes que ele notasse meu olhar.

Não queria ser chamada de pervertida por um estranho.

— Obrigada. – Agradeci quando ele fez o favor de me entregar uma toalha. – Não ficou tão ruim. – Murmurei dando um sorriso fraco ao ver que a mancha na camisa havia desaparecido, mas agora tinha sido substituído por uma mancha de água e estava amassada.

— É, acho que a maioria do pessoal ta bêbado demais para perceber isso. – O ruivo tentou parecer animado enquanto vestia a camisa. – Desculpe por derrubar bebida em você. – Desviei os olhos do meu reflexo para fitá-lo. Ele ignorou meu olhar e molhou as mãos antes de passá-las em seu cabelo.

— É, tudo bem. – Estendi a toalha para ele que secou suas mãos antes de pendurá-la novamente. – A culpa foi minha também. – O ruivo aquiesceu e após alguns segundos constrangedores, nós saímos do banheiro.

Não conversamos mais, embora caminhássemos lado a lado.

Descemos a escada e cada um seguiu em uma direção diferente, ele para o bar e eu para o sofá onde meus amigos estavam no começo da festa. Somente quando me sentei que percebi que não havia perguntado o nome do ruivo. Ele também não tinha feito questão de saber o meu nome, então eu não seria a única a passar por mal educada.

Estava disposta a permanecer sentada por um bom tempo quando Ino surgiu com uma expressão irritada. Ela parecia estar em estado de fúria quando me avistou e começou a marchar em minha direção enquanto apertava o copo em sua mão como se pudesse quebrá-lo a qualquer momento.

Ino lançou um olhar raivoso para a menina que estava sentada ao meu lado e ela deslizou para a esquerda dando espaço para que a Yamanaka que se sentasse.

— Esse Gaara... Ah, esse Gaara é um imbecil. – Disse Ino entregando-me o copo e colocou ambas as mãos em seu rosto. – Eu tenho vontade de matá-lo. – Acrescentou com o maxilar trincado. – Isso é uísque testuda, pode beber sem dó. – Deu um sorrisinho debochado ao ver que eu tinha aproximado seu copo de meu nariz para cheirar a bebida.

— Por que toda essa raiva do Gaara? – Perguntei de maneira inocente antes de dar um gole no uísque. Era forte e eu senti um breve ardor em minha garganta. Ino desviou seus olhos de mim e os estreitou, olhei na mesma direção que ela e após duas garotas saírem da frente, consegui ver Gaara agarrando uma garota de cabelos louros escuros sem pudor algum. – Uou. – Ino tomou a bebida de minhas mãos ao ver minha expressão de idiota.

— Não, não vou separá-los. – Gaara respondeu-me e abriu um sorriso maldoso. – Vou fazer pior.

— Pior?

— Observe. – Disse ele me soltando e andou na direção de Ino e Sai.

Aquele era o pior que Gaara tinha me dito.

Até mesmo eu com meu cérebro levemente alterado por álcool tinha entendido que aquele era um golpe baixo.

— Isso é golpe baixo. – Falei para Ino e ela revirou os olhos. – O que vai fazer?

— Você ainda não viu o golpe baixo, Testuda. – Ino disse em um tom maldoso antes de beber o restante do uísque. – Aliás, o que você ta fazendo aqui? – Perguntou girando o corpo na minha direção e eu franzi o cenho sem entender o que ela dizia.

Ino estava bêbada, precisava de um desconto da minha parte.

— Tenten te viu subir as escadas com um ruivo. – Explicou ela com uma expressão maliciosa. – Pelas minhas contas, vocês deviam estar se agarrando em um dos quartos essa hora. – Ergueu o pulso que não tinha NENHUM relógio e olhou para mim. – Ruivos são problema. – Ino estendeu o dedo indicador em riste e apontou na direção em que Gaara deveria estar. Sua voz estava um pouco enrolada. – Vê só a Karin, ela é problema Testuda. Tá dançando com o Sasuke faz um tempão. Ela é ruiva, ruivo é problema.

Ao olhar para a pista de dança vi que Ino estava falando a verdade. Eu não estava com a menor paciência para tentar entender o que Karin dizia para Sasuke enquanto ria e o sacudia pelos braços, não conseguia ver a expressão de Sasuke, mas eles pareciam bem íntimos.

— Não vai fazer nada? – A Yamanaka perguntou de maneira sugestiva. – Quer dizer, eu faria...

— Gaara está beijando aquela garota e você continua aqui. – A interrompi com um tom de voz venenoso. Ino não pareceu se importar com isso, sua atenção voltara para Gaara novamente. – Ino?

— É verdade, Testuda. – Ino falou levantando-se e eu tive um breve vislumbre de sua expressão determinada. – Vou fazer alguma coisa. – Dito isso ela se embrenhou entre as pessoas que dançavam e desapareceu.

Have you got colour in your cheeks?
Do you ever get the fear that you can't shift the type
That sticks around like summat in your teeth?
Are there some aces up your sleeve?
Have you no idea that you're in deep?

Você tem cor em suas bochechas?
Você já teve aquele medo de não poder mudar
O tipo que gruda como algo em seus dentes?
Esconda alguns ases na sua manga
Você não tem ideia de que você é minha obsessão?

Eu me balançava de um lado para o outro, mas permaneci sentada no sofá apenas observando meus colegas dançarem e se embebedarem como se suas vidas dependessem daquilo. Inconscientemente procurei por alguém que chamasse minha atenção; quando dei por mim estava procurando o ruivo para descobrir se ele estava fazendo algo de interessante ou se estava entediado como eu.

Procurei por Ino e a encontrei com um sorriso nos lábios, uma dose de bebida colorida em sua mão, enquanto tentava ensinar para Hinata algum passo que ela provavelmente tinha inventado para a música animada tocava. A Hyuga olhava para Ino e balançava a cabeça negativamente, Tenten tinha desistido de tentar influenciá-la.

Quando meus olhos pousaram em Sasuke e Karin, notei que eles não dançavam mais. Ela apoiou uma das mãos no ombro dele e disse algo, ele aquiesceu e ambos seguiram por direções opostas.

Eu não fazia idéia de onde a Uzumaki estava indo, mas Sasuke vinha na minha direção. Ele podia não ter me visto ainda, embora seu semblante fosse irritado enquanto ele se esquivava das pessoas que continuavam a dançar. Sua expressão tornou-se indiferente no momento em que ele me notou, os olhos negros procuravam algum lugar vago para que ele ficasse, mesmo que houvesse um ao meu lado.

— Aconteceu alguma coisa? – Sasuke tinha se sentado ao meu lado, mas parecia estar debatendo consigo mesmo se permaneceria ali. Eu tinha feito alguma coisa errada? – Sasuke? – Chamei encostando minha mão em seu braço para chamar sua atenção. Fiquei surpresa ao ver que ele se esquivou do meu toque.

— Não. – Respondeu-me ele de maneira gélida.

— Tem certeza? – Questionei mais uma vez e ele não me respondeu.

Continuei encarando Sasuke com confusão e ele permaneceu com o olhar distante do meu, fingindo que eu não existia. Tentei ignorar a pontinha de raiva que estava surgindo em mim. Eu tinha certeza de que não tinha feito nada para irritá-lo.

Ou tinha?

— Sasuke? – Chamei mais uma vez e dessa vez segurei em seu braço antes que ele se afastasse do meu toque novamente. – O que aconteceu?

— Eu já disse que nada, Sakura. – Os olhos de Sasuke me fitaram com dureza e eu mantive meu olhar inquisitivo. Não conseguia entender o porquê de tanta raiva. – Pode me soltar? – De maneira sarcástica, Sasuke segurou minha mão e a afastou de seu braço.

— Você ta bêbado. – Afirmei ao sentir o hálito dele. Sasuke normalmente era um bêbado legal. – Onde está a Karin? – Eu não tinha um pingo de orgulho para levar a atitude de repulsa que Sasuke estava tendo comigo como uma ofensa.  – Ela te deu um fora? – Provoquei cutucando-o e Sasuke respirou fundo.

— Cale a boca, irritante.

— Eu não sou irritante.

— É sim, irritante.

— Me respeita Sasuke, que eu não te fiz nada! – Rebati e ele estreitou os olhos antes de virar o rosto. – Infantil.

— Estou atrapalhando alguma coisa?

Nós dois olhamos para Karin com as expressões sérias. O cabelo dela estava preso em um coque desajeitado, segurava duas bebidas e precisou se esquivar de uma garota que quase esbarrou nela.

— Sakura está aqui, Karin, a Sakura. – Sasuke disse a ela com um falso divertimento. – É claro que você não ta atrapalhando nada. – Acrescentou antes de esticar o braço para pegar uma das bebidas que ela carregava.

— Tem certeza?

— Tenho certeza absoluta. – Sasuke confirmou antes de beber um gole generoso da bebida. Ele fez uma careta e sorriu brevemente para Karin.

Abri minha boca para protestar, mas só consegui revezar meu olhar entre Karin e Sasuke. Desde o momento em que o Uchiha sentou ao meu lado, ele vinha me tratando com frieza e sarcasmo, foi só Karin chegar que ele começou a dar sorrisinhos? Mas que merda!

 - Pode ficar com essa aqui, Sakura. – Karin sorriu para mim e me entregou a outra bebida. Ela provavelmente deve ter se assustado com minha expressão de indignação. – Vou buscar outra pra mim, não tem problema. – Garantiu ao ver que eu estava hesitando.

— Obrigada, mas eu acho melhor eu ir...

— É Karin, deixe que ela vá. – Sasuke interrompeu-me completamente ácido. – Ela deve ter coisas importantes pra fazer.

— Sasuke, cala a boca! – Praticamente gritei chamando a atenção das pessoas que estavam próximas de nós. – Eu vou... – Karin colocou o copo na minha mão e eu olhei para ela assustada.

— Pare de ser idiota. – Ralhou com Sasuke que revirou os olhos. Ele estava insuportável.  – Eu já volto. – O rosto de Karin estava iluminado com uma luz verde antes de ela virar e seguir pelo mesmo caminho que tinha feito.

 Não olhei para Sasuke quando experimentei o primeiro gole da bebida que Karin tinha me entregado. Tinha um gosto de limão e era forte, não soube distinguir o que era e não ousei perguntar para o Uchiha o que era. Eu estava irritada com ele.

I've dreamt about you nearly every night this week
How many secrets can you keep?
Cause there's this tune I found
That makes me think of you somehow

Eu sonhei com você quase todas as noites essa semana
Quantos segredos você consegue guardar?
Porque há essa música que encontrei
Que me faz pensar em você de alguma forma

O DJ aos poucos foi diminuindo o ritmo das batidas das músicas, trocando as agitadas por mais lentas de maneira gradativa. Não me surpreendi ao ouvir os primeiros acordes de Do I Wanna Know do Artic Monkeys, eu estava me balançando de um lado para o outro e fechei meus olhos brevemente antes de ouvir a voz do vocalista.

— Vamos dançar. – Abri meus olhos e olhei para Sasuke sem acreditar que ele estava falando comigo como se não houvesse sido um idiota há poucos minutos. – Não me olhe desse jeito, Haruno. – Acrescentou antes de sorver o resto de sua bebida e então se levantou.

— Eu não quero. – Declarei ignorando a mão estendida de Sasuke. – Vá sozinho.

— Vem logo. – Sasuke segurou minha mão e me puxou o suficiente para que eu levantasse. O encarei com raiva e virei o resto da bebida, deixando o copo em cima do sofá antes que ele me puxasse para a pista de dança.

As mãos de Sasuke enlaçaram minha cintura guiando meu corpo para perto do seu, passei meus braços ao redor do pescoço dele e minha pele se arrepiou quando senti sua respiração contra o meu pescoço. Sasuke percebeu isso de alguma forma e riu baixo, os lábios dele estavam colados na pele exposta de meu pescoço e eu me limitei a fechar meus olhos.

— Por que você estava agindo como um idiota? – Perguntei alto o suficiente para que ele me ouvisse.

— Porque eu sou um idiota.

(Do I wanna know?)
If this feeling flows both ways?
(Sad to see you go)
Was sorta hoping that you’d stay
(Baby, we both know)
That the nights were mainly made
For saying things that you can’t say tomorrow day

(Eu quero saber?)
Se esse sentimento é recíproco
(Triste te ver partir)
Eu meio que esperava que você ficasse
(Baby, nós dois sabemos)
Que as noites foram feitas
Para dizer coisas que você não conseguirá dizer amanhã

— Na maior parte do tempo, sim. – Concordei dando um sorriso pequeno. Sasuke não veria de qualquer forma e meus olhos permaneciam fechados. – Eu não entendo o porquê de tanta irritação, Sasuke... Aconteceu alguma coisa?

— Por que você insiste em continuar um assunto que eu não quero? – Rebateu ele e eu abri meus olhos perceber que ele tinha afastado seu rosto para poder me observar. – Não faz diferença.

Ele fez com que eu girasse e colou seu corpo no meu novamente. A intensidade com que Sasuke me encarava era estranha, mas eu não queria romper o contato que nossos olhos estavam tendo. Eu só queria continuar dançando com ele e não precisava procurar motivos para isso.

Sasuke aproximou seus lábios da minha orelha novamente e me surpreendi ao ouvi-lo cantando a letra da música com seu tom de voz rouco.

Crawling back to you
Ever thought of calling when you've had a few?
Cause I always do
Maybe I'm too busy being yours to fall for somebody new
Now I've thought it through
Crawling back to you

Me rastejando de volta para você
Já pensou em ligar quando você teve poucos?
Porque eu sempre penso
Talvez eu esteja muito ocupado sendo seu para me apaixonar por um novo alguém
Agora tenho pensado bem sobre isso
Me rastejando de volta para você

Admito que prestei mais atenção na voz de Sasuke do que na do vocalista da banda. Ele pronunciava cada palavra com precisão, os lábios esbarrando momentaneamente contra o lóbulo de minha orelha, do meu corpo que parecia ter mais consciência do que o normal das mãos dele que apertavam minha cintura.

Vi que Karin nos observava em um canto, eu não conseguia decifrar sua expressão, mas ela ergueu o copo em um brinde solitário.

So have you got the guts?
Been wondering if your heart's still open
And if so, I wanna know what time it shuts
Simmer down and pucker up
I'm sorry to interrupt, it's just I'm constantly on the cusp

Então você tem coragem?
Fico me perguntando se seu coração ainda está aberto
E se estiver eu quero saber que horas ele fecha
Se acalme e prepare seus lábios
Sinto muito interromper, é que apenas estou constantemente à beira

Of trying to kiss you (De tentar te beijar). — Meus lábios se entreabriram enquanto eu apreciava a voz de Sasuke. Uma das mãos dele acariciou minhas costas de maneira suave. - I don't know if you feel the same as I do (Mas eu não sei se você sente o mesmo que eu sinto).— Sasuke riu baixo e eu fiz o mesmo, continuou a cantar. - We could be together if you wanted to (Mas nós poderíamos estar juntos se você quisesse).

— Já pensou em seguir carreira de cantor? – Perguntei divertida e Sasuke afastou-se para observar minha expressão mais uma vez. – Talvez você tenha sucesso. – Ele sorriu de canto e parecia que toda sua irritação havia desaparecido.

— Mesmo você sendo irritante – Sasuke fez uma pausa enquanto a música continuava a preencher o ambiente. Nós não estávamos dançando mais. – Eu gosto de você, Sakura. – O que ele fez foi tão rápido que eu mal tive tempo de reagir. Os lábios de Sasuke colaram-se aos meus e movimentaram-se devagar, a língua dele pediu passagem e eu concedi, entregando-me a um beijo lento e com gosto de uísque.


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Notas finais do capítulo

Continua... Mereço reviews?
Como eu disse no começo, nós somos em 93 pessoas! E eu gosto muito de interagir com vocês, não nego uehueh O que eu tenho a propor não é bem um desafio, mas também não sei como isso pode ser classificado. É o seguinte: (dezenove não é vinte, ok, parei).
Se esse capítulo alcançar a estimativa de reviews que eu tenho (Não vou dizer qual é pra não soar exigente demais u-u), eu posto o capítulo durante a semana! Sim, bem antes de sábado ou domingo que vem AUAHUAH Depende só de vocês u-u
Vale lembrar que a fic vai ser atualizada de qualquer maneira, essa é só uma proposta que eu to oferecendo pra postar mais rápido ueheuh
Enfim, o que acharam desse capítulo?
Até a próxima atualização!
Beijão ♥