Life Surprises [HIATOS] escrita por July Beckett Castle


Capítulo 8
Chapter 8 – The Shakespeare Guy and The Interrogation


Notas iniciais do capítulo

Olá senhoras, senhoritas, cupcakes ♥,♥
Desculpe-me por não ter postado antes, eu estava com falta de concentração. Sério gente, eu não estava conseguindo passar um minuto lendo as palavrinhas pequenas na tela do pc! O que foi que eu fiz? Eu não fiz nada, fiquei vendo vídeos bestas no youtube :P
Mas aqui estou eu BRs ♥ Cara, tô com uma de a "inglesa", a culpa é das estrelas (é o que dizem). Obrigadaaa pelos comentários, é um big incentivo para mim ♥
Então, sobre esse capítulo? ~Atenção, algumas frases não me pertencem, e pode causar tédio~ Não terá muito Smacked :( mas terá um pouco mais de Stella e Esther.
Está revisado, mas se por o acaso tiver algum erro de português a culpa é minha!
Espero que gostem desse capítulo, vou tentar ser breve aqui pois não quero me atrasar para a aula :( Beijuuh =^,^= boa leitura!



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Já haviam se passado uma semana desde que Stella tirou sua folga. Chegou o dia que ela teria que voltar para o trabalho, e esse seria o dia em que ela iria introduzir sua filha na escola. Sem mesmo podendo negar para ela mesma nesse momento, ela estava com medo. Sentia esse calafrio dentro dela, uma vontade repentina de chorar. Talvez porque seria a primeira vez que ficaria longe de sua filha depois de terem passado quase 10 dias juntas. Sentia que iria perder a filha e nunca mais iria vê-la. Talvez fosse um sentimento materno, quando a mãe fica tanto tempo com o filho e não quer mais deixa-lo. Ela não sabia. Só sabia que estava sendo hiperprotetora com a menina, queria mais tempo para conhecê-la e para ficar com ela sem perdê-la de vista. Ela não podia negar, já estava amando sua filha, amava-a desde do primeiro momento, ela sentiu algo diferente com Esther, no momento em que a viu ela já queria protegê-la e abraça-la para não soltar mais.

E agora, estava ela, sendo completamente infantil dirigindo seu carro pelas ruas de Manhattan. Seu pé parecia não estar respondendo aos seus comandos e ela dirigia vagarosamente, o que estava começando a deixar Esther irritada, ela estava odiando ficar no trânsito, ficar presa em carro, mesmo sendo com sua mãe, não era o que ela queria agora. A menina estava louca para chegar na escola e conhecer seus amigos, seus professores, como nunca tinha frequentado uma escola antes, tudo para ela seria uma novidade. Com muita impaciência, ela batia os pés no chão instantemente, seus braços cruzados em seu corpo, ela já estava em seu uniforme perfeitamente passado por sua mãe. Era um uniforme habitual, saia azul xadrez com suspensório, blusa branca com botões, meias brancas que iam até a baixo do joelho, sapatos preto de verniz, e ela usava um laço que ela mesma fez na cabeça, sua mochila era parte da escola.

Stella tinha matriculado Esther em uma das melhores escolas de Manhattan, não era particular, como a menina tinha insistido que não fosse, mas essa escola tinha uma boa segurança, ficava perto do trabalho de Stella e, a maioria dos alunos eram filhos de “autoridades”. Como era muito jovem, Lucy ainda não estava nessa escola, mas a escola de Lucy era bem aplicada também, bom ensino, boa qualidade, segurança melhor possível, e como a de Esther, a maioria dos alunos eram filhos de autoridades. Stella dissera a filha que ficaria mais segura se ela estudasse numa escola assim, foi como convenceu a teimosa Esther. Surpreendentemente, a menina tinha o mesmo jeitinho de ser de Stella. As duas tinham o mesmo nível de teimosia.

Esther B. – Mãe, acelera!-Pediu impaciente.

Stella suspirou. Tudo bem, ela era adulta, iria ver sua filha quando fosse busca-la mais tarde. Ela podia fazer.

Stella B. – Certo, desculpa.-Lamentou ela dando um meio sorriso para filha.

Foi então que ela acelerou o carro, e finalmente elas estavam andando mais rápido.

Stella B. – Você sabe, pode ligar pra mim a qualquer hora.-Disse sem olhar em direção a filha já que estava concentrada na direção. Stella podia ser nervosa as vezes no trânsito, ela não queria mostrar isso na frente de sua filha.

Esther riu revirando os olhos. Foi a primeira vez para mãe, e ela já não estava lidando com essa separação. Imagina se Esther fosse para uma viagem da escola e passasse um dia todo fora? Stella enlouqueceria!

Stella B. – Não converse com estranhos, só se for um professor ou alguém de confiança. Se eu demorar, ligue para os seus tios, não pense em tomar um táxi ou um ônibus. Se alguém falar o meu nome e disser que me conhece, não confie, só se for seus tios.-Stella falava sem parar, não dava tempo de Esther responder nada, então o que ela fez foi gargalhar da mãe. Stella sorriu olhando para filha, depois voltou para a direção. – Eu sei, sei. Eu estou sendo paranoica.-Admitiu ela e Esther concordou com a cabeça. – Desculpe!-Lamentou sorrindo. – Eu acho que sou eu que não estar preparada para isso.-Disse ela seguido de um leve suspiro.

Esther B. – Não se preocupe mãe, eu seguirei todas suas instruções e ficarei bem.-Acalmou ela, assim ela sabia que sua mãe ficaria mais tranquila, sabendo que Esther sabia cuidar de si mesma. – Tudo vai ficar bem.-Garantiu ela depois de um olhar da mãe. Esther tinha um sorriso divertido no rosto, enquanto Stella tinha uma expressão apavorada.

Quando parecia que estava tudo bem, que Esther havia acalmado o coração de Stella, a grega começa a falar novamente.

Stella B. – É, mas, eu não estarei lá.-Seu tom de voz foi choroso, e cortou um pouco quando ela estava quase chorando. Stella tinha lágrimas nos olhos avermelhados, lágrimas que ela estava evitando que caísse, mas ela não tinha o controle sobre elas que já rolavam o seu rosto.

Esther sentiu seu coração quebrar com a cena de sua mãe chorando por causa dela, ela tinha que fazer alguma coisa para mostrar a mãe que ela se daria bem no primeiro dia de aula, assim a mãe de primeira viagem ficaria mais tranquila.

Esther B. – Vamos fazer assim: você me deixa na porta da escola e fica me olhando até a hora de tocar e todos entrarem, eu ficarei do lado de fora assim você me ver. Quando eu entrar você vai embora, e eu mandarei um texto dizendo que estou bem, aí eu vou até a diretoria pegar os meus horários e te passo outro texto. Eu mandarei várias mensagens pra você a cada intervalo de aula, até você vim me buscar.-Propôs ela. Stella ficou mais aliviada com isso, ela sabia que a filha podia se cuidar na escola, mas ela ainda queria protegê-la, por causa dos acontecimentos com o avô da garota, os “caras maus” ainda estavam soltos e poriam vir atrás dela e isso a preocupava.

Stella B. – Tudo bem.-Ela concordou, parando o carro em frente a uma escola que Esther deduziu ser a que ela estaria agora. – Chegamos!-Anunciou o obvio. Esther sorrir. – Olha, eu sei que você vai ficar bem, eu só estou um pouco preocupada ainda, e tem esse lance que nunca me contaram sobre ser mãe.-Ela riu olhando para filha que já tinha soltado o cinto e já estava com a mochila nas mãos.

Esther B. – O lance de ser hiperprotetora, demasiado até, super hiper, mega, protetora?-Perguntou com ironia, o que fez sua mãe rir. Era assim que ela queria lembrar da sua mãe antes de começar as suas atividades.

Stella B. – Vai lá, vai!-Mandou ela. – Eu confio em você.-Com isso Esther saiu do carro e colocou a mochila na costa pendurando-a nos dois ombros. Stella abriu a janela do carro, o que fez Esther voltar e se inclinar na janela para saber o que ela queria. – Eu não ganhei um beijo de despedida, mas essa eu vou deixar passar.-Brincou ela. – Se socializa tá, e se cuida.-Pediu ela e Esther riu. – Eu te amo!-Disse-lha.

Esther B. – Também te amo, mãe!-Ela respondeu. – Tchau!-E correu da mãe para que ela não a chamasse novamente só para falar todas essas coisas de novo... Deus, Stella superprotetora era irritante. Ela riu para si mesma e entrou no pátio da escola onde não conhecia ninguém. E como uma menina muito esperta, ela analisou cada grupo de lá, os que ela nunca deveria chegar perto e os ela deveria tentar, mas antes de dar mais alguma passo, uma garota de cabelos pretos que bate até ombro e usava o mesmo uniforme que Esther se aproximou, ela tinha um grande sorriso no rosto.

— Oi, meu nome é Katie!-Se apresentou estendendo o braço para um aperto de mão. Esther fez o mesmo. Estavam todos olhando para elas, uma novata chamava atenção na escola. – Oh,você é a novata, eu estudo aqui a três anos.-Disse ela. Esther sorriu.

Esther B. – Eu sou Esther Bla...Bonasera. Não sou daqui.-Ela riu. – Prazer em te conhecer, Katie! Aqui é sempre assim?-Se referiu aos alunos olhando curiosamente para elas. Katie riu.

Katie – Você é novidade.-Ela encolheu os ombros. – Sua mãe ainda estar aqui?-Perguntou curiosa quando viu que o carro que trouxe a novata ainda estava parado em frente a escola.

Esther B. – Se eu for falar o nível de “proteção” que ela tem comigo, passaríamos horas aqui!-Brincou ela fazendo a nova amiga rir. – Então, qual é o seu “grupinho”?-Perguntou fazendo aspas com as mãos.

Katie riu.

Katie – Eu não sou o tipo “legal” -fez aspas com as mãos- da escola, eu tinha duas amigas mas elas viraram para os outros grupos esse ano, então, achei uma boa ideia socializar agora.-Disse ela. Esther sorriu e a deu uma abraço. – E sua família?

Esther B. – Eu tenho uma família muito acolhedora.-Se desfez do abraço. – Você não me conhece direito, nem eu você, mas podemos ser amigas.-Ela sorriu. Katie sorriu para a ideia e levou Esther para dentro da escola.

Stella sorriu ao ver que sua filha já estava se enturmando, isso a deixou mais aliviada para partir. Ligou o carro e deu a partida, saiu de lá seguindo para o seu trabalho, Mac avisara que ela já tinha um caso, isso ocuparia sua mente por enquanto.

*****

Já eram 2 da tarde, quase a hora de Stella ir buscar a filha. Eles estavam em um caso, um homem matou duas pessoas com citações de Shakespeare, e Mac e Stella era os que estavam interrogando-o. O pior de conversar com esse homem não era porque ele foi um sacerdote, mas sim porque ele só citava frases de Shakespeare, dificultando de Mac e Stella fizerem um interrogatório “normal”.

Stella B. – “A suspeita sempre persegue a consciência culpada; o ladrão vê em cada sombra um policial.”-Citou Stella. – Confesso, demoramos muito para chegar até você, mas como minha sobrinha diz: sempre pegamos o cara mau.-Stella tinha um olhar desafiador no rosto, era seu primeiro dia de volta depois de uma folga de uma semana, e o caso que ela pega é esse. Ela já estava perdendo a paciência.

Mac T. – Porquê matou aquelas pessoas?-Questionou Mac.

— Sabe detetive Taylor, os homens de poucas palavras são os melhores.-O suspeito tinha um sorriso podre no rosto. Tudo que ele falava ele tinha uma citação de Shakespeare.

Mac T. – Joanna Ebert, Jacob Banks!-Colocou brutalmente as fotos das vitimas espancadas na mesa para que o suspeito os visse.

Combater e morrer, é pela morte derrotar a morte. Nossas dúvidas são traidoras, a suspeita sempre persegue a consciência culpada.-Olhou para Stella com um sorriso, o que não deixou Mac muito bom. Stella tinha uma carranca no rosto. – As palavras são como os patifes desde o momento em que as promessas os desonraram. Como eu, um homem que faz o seu papel em seu palco do mundo, um papel triste, poderia tirar o papel dessas almas que nem ao menos conheço?-Disse ele.

Stella B. – O rosto enganador deve ocultar o que o falso coração sabe.-Stella estava jogando com ele citando Shakespeare também, mas ela estava com um fone de ouvido onde podia ouvir Adam falar, isso estava ajudando-a.

— Bela citação.-Elogiou o ex sacerdote. – Fragilidade, o teu nome é mulher! Ó beleza! Onde está tua verdade?-O suspeito já estava começando a irritar Mac. – Seriedade, é tudo o que tens?-Gritou ele. – O mal que os homens praticam sobrevive a eles. Pois a coragem cresce com a ocasião; A minha consciência tem milhares de vozes, detetives, eu os ouço gritar milhares de histórias, e de cada história sou o vilão condenado.-Colocou os braços sobre a mesa. – Faz com que o mal seja feito!-Ele sussurrou. – Pois a coragem cresce com a ocasião.

Mac T. – Coragem para quê?-Gritou Mac que estava sentando ao lado Stella.

Eles alisaram o suspeito. Agora ele estava com as mãos juntas uma a outra e mexia dois dedos, continuava com o sorriso podre no rosto.

—  A calúnia vive por transmissão.-Não respondeu a pergunta, e seu tom saiu irônico, como se quisesse acusar em alguma coisa.

Mac T. – Diga!-Gritou Mac, batendo a mão contra a mesa.

Bem pago está quem por satisfeito se dá.—Disse o suspeito.

Stella B. – Foi por isso que os matou? Por causa de dinheiro?-Questionou incrédula.

— Não me julgue! Somos todos pecadores!-Seu tom saiu como se estivesse cantando uma melodia.

Mac T. – Então você confessa?-Desafiou Mac. – Encontramos as provas, estavam todas no sua apartamento.-Mac tirou um saco de evidencias e o colocou em cima da mesa deixando em vista para o suspeito.

— Cientistas, cientistas, cientistas...-Ele cantava. – Quando vão parar de procurar o que não há lá. Inventar, isso chega a ser muito baixo.-Proferiu ele. – O mundo está desarticulado mesmo. A verdade nunca perde em ser confirmada, mas muitos ainda mentem.

Stella B. – Então nos fale a verdade, se o juiz souber que você cooperou...-Ela foi interrompida.

— Vazias as veias,nosso sangue se arrefece. O resto é silêncio.-Gargalhou feio. – Fortes razões, fazem fortes ações. Eu fiz o que fiz.-Ele olhava para as fotos.

Mac T. – Padre, quem mandou o senhor fazer isso?-Questionou Mac.

— Por favor...-Ele riu com ironia. – Já não sou mais padre.-Disse-lhes. – Seja como for o que penses, creio que é melhor dizê-lo com boas palavras, certo?

Stella B. – Porquê Shakespeare?

Quando me tratas mau e, desprezado, sinto que o meu valor vês com desdém, lutando contra mim, fico a teu lado e, inda perjuro, provo que és um bem. 

Mac e Stella ainda estavam intrigados, e ainda tinham que descobrir quem mandara esse ex sacerdote matar duas pessoas. As provas encontradas na casa do sacerdote confirmaram que ele matou mesmo Joanna e Jacob, mas encontram mais provas que o ligava a mais assassinatos.

Mac T. – Você já está preso.-Disse Mac.

— Mas você quer mais coisas.-Não foi uma pergunta, assim como os dois detetives analisaram o suspeito, o suspeito alisara os detetives também. – Há mais perigo em teus olhos do que em vinte espadas!-Olhou diretamente para os enfurecidos olhos de Mac. A paciência do detetive estava a  1% de esgotar, ele não falaria por si se algo acontecesse. – O teu orgulho te devoras, não importa em quanto pedaços o seu coração foi partido o mundo não para, para que você o concerte.-Encarava Mac. – Estou certo, detetive?-Mac estava sem expressão no rosto.

A mão de Mac estava sobre a mesa, punho fechado, e olhos enfurecidos. Stella pegou isso. Ela rapidamente colocou sua mão sobre a de Mac, o que acalmou-o mais.

—  Uns venceram por seus crimes.-O suspeito deu de ombros. – Sabemos o que somos. O passado é um prólogo.

Stella B. – O que você não estar nos contando?-Pediu Stella, já sem paciência. Estava quase na hora de ir buscar sua filha na escola, e ela ainda estava presa no trabalho, interrogando um cara que só sabe fazer citações de Shakespeare.

Mac T. – Podem leva-lo.-Mac ordenou. Os policiais obedeceram e pegaram o suspeito para leva-lo para a cela. Os dois detetives se levantaram e quando estavam saindo da sala, ouviram o suspeito falar.

— Há mais coisas na terra!-Disse ele. – A verdade é que no céu e na terra há mais coisas do que aquelas com que pode sonhar.-Concluiu e os dois policiais o levaram logo.

Stella olhou para Mac e sorriu. Eles haviam fechado o caso, não tinha mais nada ali. Saíram de vez da sala de interrogatório, Stella retirou seus fones e os entregou de volta para Adam, depois disso, ela pegou suas coisas e saiu da delegacia. Mac já havia saído antes de Stella, ele voltaria para o laboratório e iria adiantar algumas coisas. O caso do “Shakespeare” foi longo, mas foi concluído com eficiência e rapidez, mais rápido do que ele esperava até. O bom era ter Stella de volta depois de uma semana trabalhando sem ela.

*****

 Os alunos começaram a sair da escola eufóricos, como se fossem ex prisioneiros que encontraram a liberdade. Desde das 8 da manhã que eles estavam “presos” na escola, era de se esperar essa reação. Stella parou o carro logo em frente a escola, e ficou dentro do carro para esperar por Esther. Um celular tocou, era o de Stella, ela se inclinou para pegar o celular no painel e quando conseguiu alcançar viu o ID, se surpreendeu com quem estava lhe chamando.

Stella B. – Bonasera!-Respondeu com uma voz séria, mas um sorriso no rosto. Ela pôde ouvir uma risada do outro lado da linha.

— Oi my little princess!-O homem do outro lado pronunciou com uma certa dificuldade com a língua. – Só queria dizer que, Esther estar de volta para uns três dias aqui na Grécia.—Avisou ele. Stella podia sentir a decepção em sua voz, ela também estava.

Stella B. – Sinto muito!-Lamentou ela. – Pai, eu queria muito dar um jeito nessa mulher, mas a garota pensa que a vida é fácil...-Ela suspirou. – Eu não posso deixar Esther mais, mas também não posso convencê-la de ficar.-Seu tom foi triste, ela estava triste. A vontade que ela estava agora era de chorar, mas sua filha estava se aproximando então ela não faria isso na frente dela. – Pai, cuida dela, eu tenho que desligar. Te amo!-Se apressou em terminar a ligação já que sua filha já estava próxima ao carro.

Antes de entrar no carro de sua mãe, Esther se despediu com um aceno de mão para sua mais nova amiga. Depois disso, ela abriu o carro e entrou, abraçou a mãe com um grande sorriso que vinha também de Stella, e então se ajustou-se em seu banco, colocando o sinto de segurança e jogando a bolsa no banco de trás.

Stella B. – Como foi o primeiro dia?-Pediu Stella para a filha com uma pontada de curiosidade. Esther sorriu.

Esther B. – Conheci duas pessoas hoje!-Anunciou feliz. – Katie e Reece. Eles são super legais, e eu acho que Katie tem uma quedinha por Reece.-Falou animada. Stella sorriu para a animação da filha.

Stella B. – Que bom que você está feliz.-Sorriu ela. Ligou o carro e deu a partida ouvindo sua filha falar de seu primeiro dia de aula. – Você pegou seus horários?-Perguntou ela.

Esther B. – Claro! Hoje eu tive aulas de química, física, matemática, italiano e inglês.-Comentou ela, não deixando passar nada para a mãe.

Stella estava tão feliz que sua filha estava gostando da escola, ela esperava que fosse assim sempre, por que ela sabia o quanto um adolescente se enjoa fácil das coisas, principalmente da escola. Esperava que com Esther fosse diferente.  

Esther B. – E como foi o seu, primeiro dia de volta ao trabalho?-Usou um tom de ironia na ultima parte. Essa era a pergunta que Stella menos esperava, ela não estava com cabeça para responder. – O quê?-Esther perguntou quando viu sua mãe revirar os olhos e fazer uma careta.

Stella B. – Foi uma manhã normal, nós estávamos em uma cena de crime como qualquer outra, analisávamos evidencias, quando achamos uma frase de Shakespeare.-Seus olhos caiu. Foi engraçado. Pelo menos para Esther era. – Então, outro corpo foi achado e nós já tínhamos um suspeito, e quando estávamos o interrogando ele só respondia com citações de Shakespeare.-Bufou. – Posso dizer o quanto aquele Shakespeariano me fez ficar com dor de cabeça?-Ironizou. Esther riu.

Esther B. – Mas vocês conseguiram prender ele, certo?-Perguntou se segurando para não rir da cara que sua mãe fez.

Stella B. – As provas ligavam a ele, então...-Confirmou para filha. – Depois disso, ele confessou no seu modo Shakespeariano de ser.-Fez uma careta colando a língua para fora.

Esther B. – Bom, pelo menos vocês conseguiram.-Comentou e ficou em silencio para “o momento certo”. Stella até desconfiou ao não ouvir a filha falar mais nada, e quando ela iria falar alguma coisa, a menina falou antes. – Você sabe, é mais fácil obter o que se deseja com um sorriso do que à ponta da espada.-Stella revirou os olhos, ato que fez a filha explodir em gargalhada.

Sem proferir uma palavra, a mulher mais velha continuou a dirigir e o silêncio tomou o lugar novamente. Foi quando, ao observar o que estava se passando fora do carro pela janela, a menina mais nova percebeu que aquele não era o seu caminho, nem o da sua casa e nem do trabalho da mãe.

Esther B. – Mãe?-Ela chamou e sua mãe olhou para ela. – Para onde estamos indo?-Pediu ela.

Stella B. – Pensei ter dito.-Falou confusa. – Estou te levando para você falar com as pessoas que vão marcar nossa audiência para eu ficar com sua guarda.-Explicou ela. – Você vai ter que responder algumas perguntas. Mas eu já te disse ontem.-Olhou para a filha por um segundo mas logo voltou a atenção para o trânsito a sua frente.

Esther B. – Mesmo.-Confirmou ela, lembrando da conversa que teve com sua mãe no dia anterior. – Cabeça minha.-Brincou ela.

Stella riu.

Stella B. – Quando chegarmos lá, aja como você é. Ok?-Olhou para a filha esperando uma confirmação. – Espero que esteja preparada...-Parou o carro em frente a alguns prédios antigos, mas bem conservados. – Por quê chegamos.-Travou o carro, e sorriu olhando para a filha. Esther confirmou com a cabeça e tinha um sorriso nervoso no rosto.

Só foi Stella estacionar o carro para elas saírem, deram alguns passos até o prédio onde estariam o pessoal da adoção para fazer uma avaliação psicológica com a menina, e saber se Stella era capacitada para cuidar dela, o que era o mais importante de todas já que quem iria sair com a adoção era ela. Já dentro do prédio, elas andaram pelos corredores onde tinha varias portas, logo à frente tinha uma mulher de cabelos curtos e preto, trajava uma roupa formal, parecia até gentil, ela tinha um sorriso no rosto enquanto olhava em direção para mãe e filha que se aproximavam. Um pouco de nervosismo, Esther sentiu, mas era normal. Esperava.

— Você deve ser Esther Blaut?-Se referiu primeiramente a menina mais nova.

Não bastava estar nervosa e a mulher já estava a falar com ela em primeiro lugar. Porquê não poderia ser com sua mãe? Esther forçou um sorrisinho nervoso. Sentiu uma mão apertando seu ombro, era sua mãe. As duas sorriram uma para outra, Stella queria saber se sua filha estava pronta. Esther queria saber também.

Esther B. – Sim...-Sua voz falhou. Normal para quem estava nervosa.

Esther lembrou quando sua mãe lhe contara da “entrevista” que iria fazer com o juiz e com alguns psicólogos. Falando em psicólogo, foi ideia de Stella leva-la a dois dias atrás para um, o que não foi uma grande ideia, pois Esther ficou uma fera, mas Mac a encorajou dizendo-lha que ela seria uma boa mãe se fizesse isso mesmo contragosto da menina. Mas isso agora, era necessário fazer. A tentativa de fazer com Esther falasse com um especialista não foi muito boa já que a menina começou a usar sarcasmo sobre sua situação fazendo assim com que, o psicólogo terminasse antes a sessão. As duas tiveram uma pequena discussão, essa que a menina ganhou. Mas Stella não iria desistir. Depois da briga que tiveram Stella deixou claro para a filha isso seguido por um “Deus, eu estou criando um monstro”, e as duas voltaram a agir normalmente sem mais falar sobre o assunto. Até ontem.

— Eu sou Sammy Valentine!-Apresentou-se ela estendendo o braço para um aperto de mão com a garota. E claro, Esther estendeu a mão para devolver o cumprimento, foi aí que a mulher percebeu o quão nervosa a menina estava e sorriu.

Stella B. – Eu estarei aqui...-Começou Stella e sua filha adotiva lhe olhou. – Apenas sinta-se relaxada, ok? É só algumas perguntas que você só precisa responder com sinceridade.-Aproximou-se da filha levando as duas mãos pra o seu rosto. – Lembra quando eu disse a você que todos no laboratório iriam te adorar?-Perguntou ela. A menina mantinha contato visual com a mulher que iria lhe adotar, e Sammy observava tudo isso de perto. – Eles já te amam, então, não tem pra quer sentir nervosa, você veio para brilhar, eu sei que você consegue fazer com eles o que você fez com o seus tios.-Tentou passar confiança para a filha, sabia que tinha que acalma-la primeiro, assim ela se sentiria mais segura de si mesma.

Esther B. – A mesma coisa o quê?-Só em sua voz dava para perceber o quão nervosa ela estava.

Stella B. – Fazer eles te adorarem do jeito que você é!-Respondeu com sinceridade. Depositou um beijo em sua testa e ela virou-se de volta para a mulher que lhe esperava para entrar na sala para começarem a ‘entrevista’.

Com total confiança, a menina entrou na sala junto com Sammy, antes de entrar completamente ela olhou para mãe com um pouquinho de insegurança, que logo passou quando viu o sorriso no rosto de sua mãe. Quando a porta se fechou, o celular de Stella toca e ela logo o tira da bolsa e o atende. Olhou no ID e sorriu já atendendo.

Stella B. – O que você quer?-Fingiu ser rude, mas tinha um sorriso travesso no rosto.

— Poxa Stellinha, eu, em toda minha bondade, te ligo e é assim que você trata?-Falou a voz feminina do outro lado da linha. Stella fez um biquinho infantil e sorriu logo após.

Stella B. – Jess, eu estou meio ocupada agora.-Usou sua voz séria para dizer. Ela pôde ouvir o bufo do outro lado da linha de sua amiga.

Amiga, já faz 1 semana que não nos juntamos, e eu estou com saudades.-Stella podia ver o biquinho infantil de Jessica Angell agora. – Eu não quero saber se você está com a bunda presa no seu apartamento com sua filha, ou está com a barriga para cima sem poder tocar em seus próprios pés! Eu estou me sentindo sozinha, poxa!-Gritou ela por telefone. Stella riu.

Stella B. – Tudo bem, senhorita dramática, hoje à noite traga sua bunda para ficar no meu apartamento junto comigo e minha adorável filha.-Disse com uma vozinha de criança. Ela ouviu Jessica rir do outro lado da linha. – Ver se dessa vez não fica presa na cama do detetive Flack!-Reclamou fingindo estar chateada com o que houve na semana passada (Jessica não apareceu para a noite das meninas).

— Caramba, Stell! Você é muito clichê!-Gritou desligando na cara da amiga. Stella só pôde gargalhar naquela hora. As vezes  ela gostava de irritar sua pirralha, adorava quando ela ficava toda irritadinha, pelo o menos assim ela não enchia tanto o saco. Stella amava suas “pirralhinhas”.        

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Mac Taylor –Pouca sinceridade é uma coisa perigosa, e muita sinceridade é absolutamente fatal.” – Oscar Wilde.

 

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Notas finais do capítulo

Eis a questão!
Procede?

Nan, vamos parar por aqui! Então, não ficou assim tão bom quanto eu esperava, mas o próximo será super divertido, e terá mais informações sobre a guarda de Esther. Estamos quase chegando no ponto de acabar a primeira parte, e quando chegar a 2ª prevejo que as coisas vá esquentarem MUITO!! A última parte para encerrar a 1ª terá um momento com a família ♥,♥ Loved!!!! Espero que tenham gostado desse capítulo, love u guys ♥
Sexta tem mais? Nope, mas sábado tem!!