Life Surprises [HIATOS] escrita por July Beckett Castle


Capítulo 35
Chapter 35 – With a ring on his finger


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores!!!
Demorei, mas cheguei!! Obrigada pelos comentários, eu amei ♥ Espero que continuem acompanhando a história S2
Esse capítulo terá uma carinha nova e uma velha. Espero que não odeiem!
Boa leitura =^,^=



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Mac T. – Hey Sid, você está aí? - A voz do detetive Taylor preencheu a sala de autópsia quase vazia.

Não houve resposta, e como Mac não estava tendo uma linha de visão para dentro da sala, resolveu entrar para checar se o homem mais velho estava lá dentro, se surpreendeu ao ver uma mulher baixinha de cabelos escuros, ela parecia concentrada no que estava fazendo no corpo de sua vítima, e com os fones no ouvido Mac deduziu que ela não o ouvira, a música estava muito alta, ele podia ouvir de longe. Se perguntou por que diabos Sid ainda não tinha voltado com Adam, e por que tinha uma estagiaria em seu lugar. Odiava ter que lidar com iniciantes, pelo menos com aqueles que ele não checara os antecedentes antes, e essa parecia difícil, ele tinha quase certeza que ela iria tagarelar quando o visse.

Como sabia que não iria conseguir a atenção da jovem estagiaria, se pós na frente dela do outro lado da mesa de autópsia, e se manteve sério esperando que a menina o notasse, sua expressão intimidadora como sempre, e seu olhar completamente impaciente... Foi apenas quando a mulher levantou a mão da vítima que ela percebeu a presença de Mac ali, assustou-se de imediato e soltou um grito tão alto que Mac colocara uma de suas mãos no ouvido. Ela foi rápida em dispensar os fones de ouvido, ainda tinha uma expressão assustada no rosto.

— Oh, hey, hum... - Mac deduziu que ela já sabia quem era ele para estar tão embaraçada que não conseguira pronunciar uma palavra.

Mac T. – Você é? - Pediu ele usando o seu tom autoritário.

— Keira. Fiennes. Assistente de Legista, Keira Fiennes, senhor. - Apresentou-se a garota atrapalhada, estendendo sua mão vestida com uma luva de látex azul.

Mac ignorou a mão da menina porque ela estava pegando no corpo e isso era totalmente anti-higiênico, apesar de parecer um pouco rude da parte dele...

Mac T. – Então Sid te deixou aqui hoje, hun? - Perguntou presunçoso, olhando por cima do corpo da vítima onde marcas roxas estava evidente por toda parte de seu corpo.

Keira tinha um olhar confuso no rosto, o que fez Mac juntar as sobrancelhas a espera de uma resposta.

Keira F. – Na verdade... - Na tentativa atrapalhada de explicar, foi imediatamente cortada por uma voz.

Uma voz feminina que Mac conhecia muito bem na verdade.

— Ela é a minha assistente. - Pronunciou-se a mulher em seu perfeito sotaque britânico entrando na sala para se juntar a eles.

Piscando os olhos três vezes, Mac olhou em direção a porta onde a mulher entrara, deixando sua expressão surpresa bem evidente para que ambas as mulheres vissem. A mulher que entrara usava um jaleco branco e tinha os seus cabelos castanhos amarrados em um rabo-de-cavalo, sorriu ao ver Mac a sua frente, fazia muito tempo desde que vira esse homem na frente dela, e ela sabia que ele tinha várias perguntas a ela.

Mac T. – Peyton. - E foi um daqueles momentos constrangedores em frente de sua ex que Mac nunca pensara que iria passar por.

Certamente ela não tinha mexido com os sentimentos dele, porque só tinha uma pessoa que fazia isso e não era ela, mas vê-la assim depois de tanto tempo despertara algo do passado que ele nunca pensara sentir novamente. Ela sorria para ele, com certeza feliz em vê-lo, mas ele continuava estoico na frente dela, sem saber o que de fato estava sentindo naquele momento, com certeza não era nada. Um ato inconsciente fez com ele passasse o dedo na aliança que estava usando agora, ele estava casado, e estava casado com a única mulher a quem ama e sempre vai amar.

Mac T. – Você parece - Pigarreou, não queria dizer as palavras erradas. –, ótima. - Finalizou com um pequeno sorriso.

E o sorriso da doutra Driscoll aumentou ainda mais com essa declaração do seu ex-namorado.

Peyton D. – Você também. - Respondeu ela, olhos caídos um pouco envergonhada, mas ainda com um sorriso de expectativa no rosto. – Como vão as coisas? Você está com alguém? - Perguntou ela, querendo saber de tudo o que perdeu, e se o perdeu também.

Mac T. – Estão indo muito bem, na verdade. Eu estou com a Stella. - Disse sem mais delongas. E quando deu de conta aquelas palavras já tinham saído de sua boca, parecia real, mas ele sabia que não era totalmente real porque ele não estava com a Stella completamente, ou não como ele desejava estar. Mas o mais importante era que ele estava com ela, e não sentia mais nada por sua ex.

Peyton D. – É bom ouvir isso, vocês dois merecem estarem juntos depois de tudo o que passaram. Na verdade, vocês parecem um belo casal para mim, estou feliz que deu certo para vocês. - Parecia que ainda era difícil de acreditar, ela ficou um pouco nervosa, mas não mentiu, estava realmente feliz por eles, por ele.

Mac T. – Você vai voltar a trabalhar aqui? - Questionou com curiosidade.

Peyton D. – Sim. - Afirmou ela. – Eu recebi essa proposta e vi que era bom para mim e... - Limpou a garganta. – Dylan. - Finalmente disse, foi como se seguir em frente e dizer isso para o seu ex-namorado fosse assustador, mas Mac pareceu não dar muita bola para isso, aliás ele pareceu despreocupado e contente, de uma forma que ela nunca pensou que iria ver.

Mac T. – Estou feliz que tenha alguém. - Confessou ele com um sorriso honesto. – Será que agora podemos voltar ao trabalho?

Peyton D. – Claro. - Concordou a patologista. – Será que podemos marcar um café depois, eu tenho algo para falar a você? - Pediu ela pegando o tablet com as anotações da autopsia.

Mac T. – Para mim tudo bem, mas eu tenho uns assuntos pendentes então não pode ser hoje. - Avisou ele. Ela balançou a cabeça compreensiva. – A Stell quer decorar o quarto do bebê e tem esses casos. - A frase “decorar o quarto do bebê” chamou a atenção da doutora, ela não sabia que Stella estava grávida (assim concluiu).

Keira F. – Então, né, vamos ao trabalho! - Exclamou um pouco animada quando até então estava em silêncio para dar um pouco de privacidade ao ex-casal.

*****

 A calmaria reinou na cada do detetive Taylor, até parecia que não havia crianças lá e voltara a ser a casa de um homem solteiro sem filhos, mas não foi bem assim, agora o detetive Taylor não era mais solteiro e carregava em seu dedo um anel para provar isso, e apesar de não ter sido um casamento planejado e como ambos queriam, ainda estava valendo, além disso eles se amavam e mesmo que fosse em segredo era o que importava nessa relação. Ambos concordaram que teriam um encontro para fazer do jeito certo, para descobrirem o que sentiam um pelo outro também, embora já tinham certeza do que sentiam.

Voltando para o silêncio aconchegante e pacífico que há algumas horas atrás não era vista ali, com um bebê totalmente assustado com o novo local agora dormindo na grande cama de casal do quarto de Mac (claro, ele estava bem seguro arrodeado de travesseiros [talvez Stella tenha exagerado] em volta dele), e uma Alice finalmente descansando no quarto ao lado, era mais do que esperado que a paz reinasse novamente. Aproveitando esse tempo livre que tinha, e já sabendo que não iria durar muito (teve uma frustrada experiência na casa dos Taylors em Chicago), Stella tomou um rápido banho e vestiu sua roupa habitual, apenas mudando suas calças para um jeans e sem saltos dessa vez. Como o tempo lá fora estava frio, a detetive grega vestiu uma camiseta de seda roxa com botões (como uma única opção no armário de Mac – Estava contente por ainda ter uma roupa sua no armário do seu amigo—), calça jeans e um sapatinho preto, por cima da camiseta vestiu um blazer preto e colocou o seu relógio de pulso, respirou fundo em frente ao espelho começando a fazer sua maquiagem, e como habitual, ela não exagerou, apenas uma máscara para os cílios e cobriu suas olheiras da noite mal dormida, nos lábios passou um gloss. que deveria ser de Esther (mas ela o usava mesmo assim, as duas sempre compartilhavam as maquiagens) e um pouco de blush pois achou que estava um pouco pálida, arrumou os seus cabelos em seguida, preferindo deixar os cachos soltos e fazendo uma nota mental de marcar para ir ao salão no final de semana.   

Respirou fundo e fechou os olhos, um pequeno sorriso em seus lábios sem mostrar os dentes, agradecendo a Deus pelo tempo que teve para estar pronta, mas algo nela despertou e ela correu de volta para o quarto onde encontrou um Matthew ainda dormindo, ela tinha que acordá-lo antes para não correr o risco de acontecer o que aconteceu na Grécia, tinha já que começar a cortar os hábitos de dormir à tarde e não à noite, mesmo que estejam em um novo horário ainda podia ocorrer. Ela só não sabia como iria acordar o menino, ele parecia tão fofo dormindo com as mãozinhas entrelaçadas e a cabecinha deitada no travesseirinho que sua irmã comprara.

Estava resolvido, ela não iria acordá-lo agora, não necessariamente, iria começar por Alice, ela também podia trocar o dia pela noite, e Deus, ela não sabia o quanto de energia essa menininha ainda tinha, além disso os pequenos ainda tiveram um bom tempo de descanso já que Stella demorou um pouco para pôr suas coisas em ordem no banheiro, sabia que iria compartilhar o banheiro com Mac pois iriam morar juntos para que tudo parecesse real, então já deixaria alguns de seus produtos de beleza em seu banheiro.

Andou para fora do quarto e chegou até o quarto ao lado onde deixara Alice dormindo, agradeceu a Deus mais uma vez por Mac ter pedido a Jane que arrumasse o quarto, esse quarto que devia ser um escritório, mas Mac mudou para o andar de baixo e resolveu reservar o quarto para os hospedes, e acabou que ninguém utilizou o local que ficou para as bagunças e deu o trabalho para Jane limpar. Jane era uma senhora que cuidava de Mac, por assim dizer, ela fazia o café da manhã dele quando tinha a oportunidade e limpava o seu apartamento, além de pegar no pé dele sempre que podia. Antes que pudesse chegar até a cama onde deixou Alice, ela ouviu uns grunhidos altos vindo do outro quarto, ou melhor, do quarto de Esther, alarmada, ela arregalou os olhos, por instinto suas mãos foram até a cintura em busca de sua arma, apenas para descobrir que não a tinha lá, e como estava preocupada com sua filha não se importou se estava sem arma, talvez fosse apenas seus instintos de detetive falando mais alto e ela se achou boba por isso.

Stella saiu do quarto deixando Alice dormindo na cama de casal (menor de que a de Mac) e correu para o quarto que ficava em frente ao de Mac, a porta estava entreaberta e ela podia ouvir os grunhidos mais altos a cada passo mais próximo que dava, adentrou no quarto ofegante, seus olhos percorreram para o quarto apenas não encontrar ninguém além de sua filha dormindo na cama, embora Esther estivesse se rebatendo na cama enquanto ainda tinha os seus olhos fechados. A grega correu até a cama e sentou-se ao lado de sua filha, tocando-lhe o ombro e chamando o seu nome suavemente.

Stella B. – Esther... querida, acorde. - Pediu com sua voz suave, embora estivesse aterrorizada, odiava ver sua filha tendo pesadelos, a menina nunca falava muito sobre, mas a perturbava muito. – Esther.

Esther B. – Não! Por favor! Pare! - Ela repetia essas três palavrinhas como se estivesse implorando.

Algumas lágrimas caíram dos olhos de Esther e Stella balançou a menina mais uma vez querendo acordá-la. Abruptamente Esther abriu seus olhos e levantou seu corpo para ficar sentada na cama, estava assustada e ainda chorava, sua respiração um pouco fora do controle e suava.

Stella B. – Hey... - Stella chamou suavemente, ouvia os soluços de sua filha e não podia se conter, odiava ter que ver ela sofrer desse jeito, e ela era tão nova... – Querida... - Chamou mais uma vez, segurando os cabelos dela para trás e afastando algumas mechas do seu rosto, mesmo sem estar vendo o seu rosto.

Esther B. – É minha culpa. - Ela falou de repente. – Vovô está morto por causa de mim. - Ela disse.

Stella estreitou os olhos, puxou a menina para trás deitando o seu corpo contra o dela, beijou o topo de sua cabeça e puxava os seus longos cabelos para trás. Podia sentir o corpo da menina tremer no seu, ela estava tão assustada e desolada, aos poucos ela podia ouvir os soluços diminuírem, mas o corpo da menina ainda tremia. “Foi só um sonho.” Stella dizia em seu ouvido, tão suave como ela podia, ainda estava no processo de aprender algumas coisas sobre Esther, parecia que menina colocava uma rocha em cima dos seus sentimentos, ela era quase como uma, não deixava muita gente chegar perto e não falava muito sobre os seus sentimentos, a não ser se fosse para Mac e Stella, os únicos que ela deixava chegar perto quando estava tendo um dia ruim ou lembrava do avô.

Stella B. – Eu estou aqui para você, meu pequeno diamante. A mamãe está aqui. - Stella sussurrou mais uma vez rente ao ouvido dela, segurava a menina em um abraço de urso como se quisesse protegê-la, Esther segurou os braços da mãe como único jeito de retribuir o abraço, já que Stella a segurava por trás.

Esther B. – Eu fui tão estúpida. Ele pediu para que eu não abrisse, mas eu fiz. É minha culpa. - Dizia ela, com a voz rachada.

Stella não sabia do que ela estava falando, não sabia o que Esther tinha feito de errado para achar que tinha sido sua culpa seu avô estar morto, ou se ela ao menos tivesse feito alguma coisa. Era esses momentos que ela odiava que a menina parecesse tanto com ela, talvez puxou esse lado avô também, não falar sobre os sentimentos e ignora-los como se nada tivesse acontecido... Péssimo hábito.

Stella B. – Não. Não. Não. - Negou Stella repetindo a palavra três vezes para ter certeza que tenha ficado claro na mente da menina mais nova. – A morte de seu avô não foi sua culpa, ok?! - Garantiu ela, queria que sua filha se sentisse mais confortável. – Eu prometo.

Esther B. – Mas mãe, eu... - Ela parou de repente, segurando mais firme o braço de sua mãe agora, deitou a cabeça nos braços dela e sentiu a mão de sua mãe acariciando os seus cabelos novamente. Ela gostava disso, de se sentir protegida e amada, e foi algo que só sentiu com a sua mãe, talvez por ela ser tão “mama-urso” e por mimá-la tanto, ou talvez pelo fato de ela ser a única pessoa que Esther se identificava e se achava a garota mais sortuda por ter Stella como sua mãe.

Stella B. – Foi apenas um sonho ruim. Você quer uma música? - Ofereceu ela.

Era algo. Sim, era algo que ela tinha, depois de tudo, para ajudar a sua filha quando ela tinha pesadelos. Oferecia uma música e talvez por sua voz ser tão suave a acalmava mais, e Esther gostava quando Stella cantava para ela, dizia que queria que Stella fosse sua mãe antes, assim ouviria ela cantar todas às noites antes de dormir e Stella respondia que cantaria mesmo se ela não fosse mais uma criança.

Esther B. – Alguma muito boa. - Esther aceitou, sua voz saindo mais baixo que o normal e um pouco rouca.

Stella sorriu.

Stella B. – Eu conheço uma. - Disse ela, acariciando os longos cabelos da filha.

It must have been cold there in my shadow to never have sunlight on your face.
You were content to let me shine, that's your way.
You always walked a step behind.
So I was the one with all the glory while you were the one with all the strength.
A beautiful face without a name for so long.
A beautiful smile to hide the pain.
Did you ever know that you're my hero and everything I would like to be?
I can fly higher than an eagle for you are the wind beneath my wings…- Stella cantou suavemente, e Esther se acalmou com a voz de sua mãe. – Fly, fly, fly high against the sky so high I almost touch the sky.
Thank you, thank you, thank God for you, the wind beneath my wings. - Ela terminou de cantar e já não sentia mais a sua filha tremer em seus braços.

Ela não sabia como tinha lembrado dessa música, fazia muito tempo desde que já cantara ela, e foi com sua irmã, na verdade estava tocando no memorial de sua mãe quando elas estavam nos Estados Unidos, o pai delas dissera que a mãe delas adorava essa música.

Esther B. – É antiga? - Perguntou Esther com curiosidade, sempre que sua mãe vinha com músicas que eram novidades para ela, a mesma perguntava se aquela era música era recente ou muito velha.

Stella soltou uma risada.

Stella B. – Oh, yeah! 1988 eu acho.

Esther B. – Eu não era nascida. - Observou ela.

Stella riu mais uma vez pela observação da filha, ela gostava de saber sobre música assim tinha mais um conhecimento já que o seu forte foi mais Beethoven e Mozart.

Stella B. – Sim, querida. - Respondeu Stella com uma pontada de diversão. Esther se soltou dos braços de Stella, agora mais calma, e encarou a mãe com um sorriso brilhante. – Você quer ver o tio Shell hoje? Porque estamos indo ao laboratório. - Ela avisou checando o horário no relógio em seu pulso, elas tinham perdido muito tempo e ainda precisavam acordar as crianças para saírem.

Esther B. – Senti saudades. - Comentou ela soltando um suspiro. – Obrigada, mãe. - Agradeceu ela sorrindo verdadeiramente para sua mãe.

Stella B. – É o trabalho da mamãe. - Respondeu com um beicinho, sabia que quando falava assim irritava um pouco Esther.

Esther B. – Você é insuportável em um nível extremo, mama-bear! - Cutucou ela com a cara emburrada.

Stella B. – Admita, você me ama!

Esther B. – Amar você não muda o fato d’eu achar que és insuportável, mas sim, prova que eu te aguento porque te amo ao extremo. - Declarou ela olhando para a mãe.

Ela sabia o que estava por vim. Por que foi abrir a boca? Essas coisas comoviam sua mãe, ela não entendia como, mas o fazia, e ela quem pagava por isso.

Stella B. – I love you baby! - Exclamou quase pulando nos braços de sua filha e puxando para um abraço apertado – Ou melhor, um abraço de urso. –, e Esther ainda teve direito a beijinhos (vários deles) em sua bochecha. Mesmo que a menina implorasse para sua mãe parar, Stella não a deixava ir.

Esther B. – MAMÃE! - Ela gritava em diversão tentando sair dos braços de sua mãe, mas falhando no processo. – PARA MAMÃE! POR FAVOR! MAMÃE!

Stella só parou porque já tinha tirado sua filha do sério o suficiente, gargalhou ao ver a cara emburrada de Esther.

*****

Afastando-se do corpo em cima da mesa, Mac olhou para Peyton quando ela terminou de dar-lhe a última informação sobre a vítima, segundos depois voltou sua atenção para o corpo na mesa. Ele tinha sofrido muito antes de morrer, mas aparentemente fora forte o bastante para aguentar os dias de tortura, Mac estava começando a achar que a vítima não era apenas um simples professor universitário. Esse caso já estava lhe dando dor de cabeça. Deixou seus pensamentos de lado para ouvir com atenção o que a assistente de Peyton tinha para falar sobre o conteúdo que encontrara no estômago da vítima.

Keira F. – Ácido ascórbico, ácido mefenâmico e ácido sulfúrico foram a causa da morte. - Anunciou a mulher, até um pouco orgulhosa de sua descoberta.

Mac a olhou, sobrancelhas arqueadas.

Peyton D. – Usaram uma quantidade absurda desses compostos químicos, mesmo que ele tenha sobrevivido a um buraco de bala, seria impossível sobreviver a isso. - Explicou Peyton.

Mac bufou. Pensara que eles tinham chegado a uma conclusão antes, mas agora estava cada vez mais complicado, quem fizera isso queria mesmo algo do professor, seja lá quem ele for, a pessoa que o matou podia ser um profissional, ou a máfia. Só Deus sabe com quem ele estava metido, e Mac teria que investigar até o fundo porque não iria conseguir uma resposta de Deus se perguntasse, se fosse assim tão fácil...

Keira F. – Nosso John Doe tem um nome? - Pediu a assistente com curiosidade, aliás o corpo não poderia ficar sem um nome.

Com um suspiro, Mac olhou novamente para a mulher mais nova, um pouco frustrado e cansado, esse caso estava mesmo o deixando louco, e só tinha começado.

Mac T. – Oh, você escolhe, Vincent Riddall, Nathan Ivor, Connan Dixon?

As mulheres o olhou com os olhos arregalados com surpresa, um pouco assustadas até.

Keira F. – Dude, isso vai ser difícil. - Comentou a menina, e novamente Mac bufou, um pouco mais alto agora, e mais frustrado também.

Mac T. – Se descobrirem mais alguma coisa, me manda um e-mail. Estou indo para New Jersey. - Avisou ele, as mulheres acenaram com a cabeça concordando e então Mac virou-se para sair sem dizer tchau.

O moreno passou uma mão pelo cabelo parando na porta, respirou fundo e seguiu o seu caminho, iria voltar para o laboratório para encontrar-se com Stella apenas para dizer-lhe que não poderia estar com ela lá, porque por mais que quisesse, e muito, ele tinha que dar prioridade ao caso agora, ou então teria Sinclair no seu pé sugando sua paciência com sermões sobre relacionamentos no local de trabalho e blah-blah-blah, ele já estava com uma mal imagem com Sinclair desde sua ida para Grécia, e sabia se o homem quisesse ele fora iria fazer de tudo para conseguir.     

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Stella Bonasera – “É engraçado voltar para casa. Tudo têm a mesma cara, o mesmo cheiro. Nada muda. Nos damos conta de que quem mudou, fomos nós.” — O Curioso Caso de Benjamin Button.


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Notas finais do capítulo

E esse fofo momento mãe e filha? O que acharam da volta da Peyton? A música que Stella cantou, se vocês quiserem saber, é “Wind beneath my wings” por Bette Midler, é bem antiga (1988 – eu olho essas coisas), mas é legal, claro eu ouvi pela primeira em cover, mesmo assim é uma musiquinha dahora! Hehehe

Os acontecimentos do capítulo passado que pode “inter(ferir)” ficou um pouco vago certo? Isso porque o capítulo se estendeu, e também porque eu não deixei nenhuma dica sobre, quando chegar o dia vocês irão saber!

Espero que tenham gostado! =^,^= Até quarta (se eu tiver viva)! [vou postar no insta @jullyfanfic sobre a história, se vocês quiserem passar lá para dar uma olhadinha)



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