Life Surprises [HIATOS] escrita por July Beckett Castle


Capítulo 34
Chapter 34 – The lies in the past


Notas iniciais do capítulo

Ok, não foi na data prevista, mas eu estou melhorando na entrega dos capítulos, né? hihihi
Oiiii vou demonstrar felicidade enquanto é tempo, porque a ideia dessa fanfic tá ficando dark...
Antes de começar o cap, tenho que dar os agradecimentos a minha leitoras maravilhosas: vocês!! Super obrigada pela leitura e os comentários!! Eu sei que demoro muito para postar os caps, e nisso eu estou tentando melhorar, então, eu agradeço a paciência!! E desculpa também. Não está sendo um ano fácil desde do ano passado, e não é falta de motivação....
Sobre o capítulo:
Estamos voltando ao normal, só queria deixar claro que, os acontecimentos desse capítulo pode inter(ferir) no futuro :(
Boa leitura!!!



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Quando voltaram para Nova York não esperavam ter a recepção calorosa... com mais um homicídio. Assim que colocaram os pés em solo nova-iorquino, os celulares dos detetives só descansaram quando eles atenderam as chamadas, aparentemente os corpos não podiam esperar. Então quando saíram do aeroporto, a primeira coisa que Mac fizera fora dividir a equipe, eram três homicídios para poucos detetives (e ele estava se questionando onde estaria o resto dos peritos dessa cidade), foram Danny e Flack par Time Square, Adam acompanhou Sid até o centro da cidade, e Jessica seguiu Mac para a cena na ponte do Brooklyn.

Stella ainda tinha um dia de folga, o que não a deixou muito feliz, mas sabia que tinha que ficar para vigiar as crianças e ajuda-las a se adaptar. E como Stella agora era uma Taylor, Mac dera suas chaves para ela levar as crianças o seu apartamento, houve uma discordância no começo, mas Esther convenceu a mãe de que o apartamento do seu futuro pai seria mais confortável para as crianças, a grega concordou com relutância, se despediu dos amigos e pegou um táxi com seus sobrinhos e sua filha para chegarem até o apartamento de Mac.  

Ao se despedir-se de Stella e das crianças, Mac, ao invés de ir direto para a cena do crime, pegou o seu celular e pediu que Jessica o esperasse no carro, ele tinha uma ligação para fazer. A morena concordou, parecia que a ligação que ele precisava fazer era importante, ela não quis questionar, mas estava curiosa para saber o que era. E realmente, a ligação que ele estava fazendo era importante, se tratava do caso da irmã de Stella, já fazia uma semana que o caso estava em aberto, mas não tinha nenhuma pista e nenhum suspeito, e uma hora ou outra ele teria que recorrer a Stella para fazer as perguntas habituais que sempre fazia para as famílias das vítimas. Ele esteve trabalhando nesse caso enquanto estava na Grécia, secretamente é claro, mas teve que deixar uma equipe de confiança para resolver enquanto estava fora, Sheldon ficou para garantir que nada fosse escondido deles, e agora ele precisava ligar para seu amigo de confiança para saber sobre o caso.

 Com o telefone móvel pressionado em seu ouvido, ele esperou que sua chamada fosse atendida, devia uma resposta a Stella. Devia mais que uma resposta a Stella, ele estava ciente disso, sua obrigação era achar o responsável por isso e fazer justiça a irmã da mulher que ele ama. Esperar para ser atendido estava sendo agonizante, já tinha tocado 5 vezes, ele contou, e ainda não houve resposta do outro lado da linha, e quando ele pensara que não teria resposta, no último toque uma voz conhecida soou em seu ouvido.

Mac T. – Hey, Stephen, hora ruim? - Ele perguntou, e mesmo que ele recebesse uma resposta positiva ele iria pressionar o homem para ter uma resposta. – Eu preciso ser atualizado sobre o caso. - Esperou o homem falar algumas coisas e depois continuou. – Eu confio em sua equipe, mas o caso ainda é meu. - Pressionou ele. – Quão mal é? ... Blaut? Abraham Alexandre Blaut? ... Bahamas? O caso Blaut também é meu, mas nós pegamos as pessoas que o matou há 1 mês, encerramos o caso.... Eu sei, eu sei. Mas não tinha provas de que podia haver um mandante. ... Não falei com ela ainda. Esqueceu que estava sem o meu distintivo? E concordamos que você iria fazer o interrogatório. Sobre minha supervisão. - Enfatizou ele colocando uma de suas mãos livres na testa, um pouco impaciente.

Jessica observava Mac de longe, se questionava o que e quem o perturbava tanto naquela ligação. Uma súbita curiosidade a fez se aproximar um pouco mais, mesmo assim não era capaz de ouvir o que o seu amigo dizia para a pessoa no telefone. Olhou para a tela do seu celular para checar a hora, fazia 4 minutos que estavam ali parados, o caso não iria se resolver sozinho e ela precisava chamar Mac. Algo lhe veio em mente, talvez fosse sobre o caso da irmã de Stella, e se fosse ela queria saber. Mac tirou eles do caso por causa de Sinclair, segundo ele alguém precisava tratar esse caso como um qualquer, e como a vítima era família de um membro da equipe tornava o caso pessoal para eles, aliás Stella era muito próxima de todos ali. Mas Jessica discordou, é claro, eles eram muito bem capazes de resolver o caso sem juntar as coisas, porque era isso o que tinham que fazer, e era isso o que faziam todos os dias, separar o pessoal do profissional. É claro, eles não iriam ver aquele caso como um diferente, aliás, todos os casos de alguma forma acabavam tornando pessoal para um deles, algo sempre mexia com eles, explorando seus pontos fracos, e mesmo assim eles sempre fizeram o trabalho com excelência, não é pra tanto que tinham o maior índice de prisão em Manhattan. Estava até um pouco chateada com Mac por ceder os desejos de Sinclair, mas ela teve que concordar, não queria perder o seu emprego.

Mac T. – Olha, eu estou com três crianças que acabaram de perder seus parentes, posso ceder um interrogatório, sobre a minha supervisão. O caso ainda é meu! - Lembrou isso com um pouco de ignorância.

Antes de pegar o avião para Grécia, Sinclair chamou Mac para sua sala e lhe deu uma escolha: Ficar e cuidar do caso como deveria; ou ir e deixar o caso para outra equipe. E claro, Mac escolheu a segunda opção, apesar do caso ser importante, a mulher da sua vida era mais. Respirando fundo enquanto ouvia o que o homem do outro lado da linha tinha a dizer, ele se conteve para não bater na parede, Stella não questionou sobre o caso, mas ele sabia que ela estava doida para saber, ele precisava entrar em um acordo com Stephen, logo.

Mac T. – Vou leva-la para a delegacia assim que estiverem estabelecidas. - Avisou isso sem dar uma chance para mais argumentos do outro lado. Apenas encerrou a chamada e caminhou de volta para Jessica.

Jessica A. – Está tudo bem? - Perguntou ela preocupada.

Mac T. – É sobre o caso da irmã de Stella. - Disse ele. Jessica assentiu com a cabeça. – Sinclair está no meu pé...

Jessica A. – Por isso você nos chamou para ir até Chicago?

Mac T. – Jessica, eu não quero que todos os meus melhores detetives levem uma suspensão por não seguirem a regra. - Falou rispidamente, um toque de preocupação e proteção em sua voz. – Com vocês aqui, ele iria descobrir que ainda estavam trabalhando no caso, mesmo com outros casos para serem concluídos.

Jessica A. – Não estávamos... - Tentou negar, mas Mac os conhecia muito bem para saber que estavam trabalhando no caso mesmo quando foram dispensado dele.

Mac T. – Agora que nossas preocupações começam... - Suspirou frustrado. – Vamos lá, temos outros casos para se preocupar nesse momento. - Chamou ele e Jessica o seguiu até o carro que iria leva-los para a cena do crime.

*****

A porta do apartamento se abriu, revelando uma Stella com várias bolsas nas mãos e sua filha mais velha segurando o bebê-conforto com o pequeno Matt dormindo, e na frente delas estava Alice toda animada para conhecer sua nova casa.

Stella B. – Ok meninas, vamos entrar. - Chamou ela entrando com as bolsas no apartamento do seu amigo. Suspirou ao deixar todas as bolsas no chão, pediu que o porteiro deixasse as malas na sala e pegou a cadeirinha com Matt da mão de Esther para colocar no sofá onde faria uma barreira de proteção improvisada.

Alice B. – Mamãe Stella, isso é dimais! - Exclamou a menina sorrindo.

A grega choramingou ao ver Alice correndo para lá e para cá no meio da sala, parecia que o voo carregou todas as baterias do corpo dela, e ela não sabia como iria lidar com isso, estava cansada, e podia ver que Esther também, a única com toda a eletricidade ligada era Alice.  

Esther B. – Mãe! - Ela chamou. – Vou tomar um banho. - Avisou com um beicinho.

Stella fez outro beicinho olhando para a filha e assentiu com a cabeça, viu sua filha subir as escadas para chegar até o andar de cima e sentiu uma súbita inveja. Choramingou quando ouviu o choro de Matt, ele estava acordando, e Alice estava chamando-a para brincar, ela realmente não sabia o que iria fazer mais ali.

*****

Mac T. – Angell! - Mac chamou-a quando estava próximo ao corpo.

Eles tinham acabado de chegar na cena do crime, enquanto Jessica colhia algumas informações, Mac iria em busca de evidências, mas como não encontrara nada no corpo, ele ordenou que levasse para o necrotério, iria saber mais sobre a vítima quando soubesse quem ele era. Mas não chamou a morena para discutir sobre o caso, porque além desse ele também estava em outro, um que estava na sua lista de prioridade, mas precisava falar com a morena primeiro e depois fazer várias ligações... Acabara de pensar que o seu pessoal estava em um número menor, fez uma lista de prioridades em sua cabeça para lembrar de preencher a vaga de Lindsay enquanto ela estivesse de licença, devia ter feito isso há muito tempo...

Jessica A. – Sim? - Pediu ela ao se aproximar do chefe.

Mac T. – Será que você pode ficar com Esther e as crianças? - Perguntou com uma de suas sobrancelhas levantadas.

Jessica A. – Claro. - Concordou com um sorriso satisfeito. Ela adorava ficar com Esther, e adorava crianças, por isso não hesitou em aceitar. – Mas, porquê? - Hesitou para perguntar, mas queria saber o porquê de ele querer que ela ficasse com as crianças, e se Stella sabia disso.

Mac T. – Como Stella estava fora o detetive Stephen está com o caso parado, ele precisa fazer algumas perguntas sobre a irmã dela. - Ele explicou. – E eu acho que ela não vai querer levar as crianças para a delegacia. - Ele tinha certeza disso, depois do caso do avô de Esther, Stella mal levava a menina para o laboratório, então imaginava que ela não iria querer deixa-la na delegacia.

A morena concordou com a cabeça e saiu de perto de Mac com um bloco de papel nas mãos para anotar o que algumas testemunhas oculares diziam, enquanto isso Mac analisava a cena do crime e em como o corpo foi jogado do carro, anotou mentalmente o que um dos peritos dissera e foi verificar as marcas no corpo da vítima de novo. Tinha uma escoriação em ambos os pulsos, cortes limpos no pescoço, e os seus lábios estavam roxos assim como alguns pontos de seu corpo, a vítima usava um terno barato, a camisa azul marinho que ele usava estava manchada de sangue, a gravata parecia ter sido escolhida por sua avó, se ele tivesse uma ainda já que aparentava está na faixa dos 40... Ele parecia professor de faculdade, o que fez Mac levantar uma questão para si: O que alguém queria com ele? Notou que ele fora torturado, mas suas roupas, excerto à camisa, estavam limpas...

Inferno, ele queria focar no caso, mas não parava de pensar em Stella, sabia que as crianças seriam uma distração, mas uma hora ou outra ela estaria ligando para saber sobre o caso de sua irmã, ele sabia que ela só iria descansar quando visse o culpado atrás das grades, só não queria que ela perdesse o foco, aliás tinham três pessoas que precisavam dela agora. E como estava fora do caso, significava que ela também estava, e ele tinha certeza que ela iria investigar por si só, por isso tinha que fazer alguma coisa, agir rápido, precisava entrar no caso com Stephen e não ficar entre dois.

Foco. Foco. Ele falava para si mesmo. E mesmo que tentasse, ele não conseguia, não quando estava com várias questões em sua cabeça. Talvez fosse melhor entregar o caso, aliás parecia briga de gangue para ele... Balançou a cabeça como se com isso fosse tirar esses pensamentos da cabeça, ele podia trabalhar nos dois casos, podia focar em encontrar quem matou a irmã de Stella e esse pobre homem.

Como não tinha mais pistas para seguir ali, e as descrições das testemunhas não batiam, eles resolveram levar tudo para o laboratório e para a delegacia, tentar encontrar algo para que pudessem colocar o culpado na cadeia, mas para isso precisavam saber quem era a vítima primeiro. Antes de sair da cena do crime, Mac colheu as digitais da vítima para adiantar o processo, e saiu com Jessica para irem ao lab, e quando chegassem lá, antes de começar o seu trabalho ele iria ligar para Stella.

*****

Um bocejo seguido por outro bocejo, suas pálpebras estavam cansadas e suas roupas desajeitas deixava claro que ela precisava urgentemente de um descanso. Pensou em ligar para Lindsay, ela saberia o que fazer em seu lugar, mas sua amiga devia estar cansada demais da viagem e com a bebê que poderia chegar a qualquer momento ela preferiu deixar que ela tomasse um descanso, ela merecia... Pensou em subir as escadas e acordar a sua filha para ajudá-la, mas não teria coragem de fazer isso, e sua menina merecia um descanso tanto quanto ela. Olhando para Alice com as mãos sujas de tinta enquanto pintava um papel que ela dera para a menina, e depois desviando o seu olhar para Matt que chorava no bebê-conforto esperando sua comida, Stella estremeceu. Considerou ligar para Carol, mas não queria incomodar a mulher mais do que já fez, talvez se ligasse apenas para pedir umas dicas... Desconsiderou essa ideia e pensou em Mac, ele saberia o que fazer, ou estaria tão perdida quanto ela que se queimou na primeira tentativa de colocar o leite na mamadeira e derramou tudo na pia.

Respirou fundo com o seu iPad nas mãos para pesquisar como fazer o leite de bebê, se achou estúpida por estar fazendo essa pesquisa, aliás toda mãe sabia como fazer... Então lembrou-se, ela acabou de entrar nesse negócio de ser mãe de duas crianças. Ao ler o site de “mamães de primeira viagem” ela se achou mais estúpida ainda ao ver que a quantidade necessária para fazer uma mamadeira vinha na embalagem, pegou a embalagem do leite e, ainda em dúvida, verificou a quantidade necessária que um bebê da idade de Matthew precisava tomar, tirou mais algumas dúvidas como a temperatura do leite e o horário que ele iria sentir fome depois da primeira mamadeira, quantas vezes teria que dar mamadeira para ele por dia e se ele já podia comer alguma coisa fora o leite. Dúvidas sobre bebês tiradas, ela fez o leite como aprendera no site e antes que alimentasse o menino, ela lavou as mãos de Alice antes que a menina começasse a sujar a casa (crianças tem algo por paredes que ela não entendia), a menina parecia cansada então Stella propôs um filme e enquanto a pequena assistia ela alimentava Matthew com a mamadeira.

Suspirou aliviada quando teve um pequeno descanso ao recostar as costas no sofá, precisava disso, e mesmo que Mac reclamasse com ela, não evitara de descansar os pés na mesa de café, fechou os olhos por um segundo, logo voltando a atenção para o pequeno em seus braços que mexia os bracinhos e as pernas enquanto comia. Alice deitou o seu corpo cansado em Stella, a grega sorriu a abraçando de lado enquanto dava conta de Matthew apenas com uma mão, podia ver o quão valia a pena todo o esforço e cansaço, eles faziam valer a pena.

Quando se viu sozinha com aqueles dois pensara que tudo seria perfeito, Alice ia brincar e Matt também, mas se viu em uma posição na qual não sabia o que fazer, pela primeira vez da sua vida ela não estava no controle da situação. E ela achando que era difícil lidar com adolescentes... Percebeu que sua vida seria assim da que pra frente, ela iria trabalhar mais duro, não como CSI, mas sim como mãe. Agora ela tinha três crianças para cuidar, estava satisfeita por isso, sempre quis ser mãe, e gostava do fato de Esther ser uma menina independente e madura, pelo menos ela não teria que se preocupar com ela tanto quanto a sua irmã mais nova.

Seu celular tocou e ela ainda alimentava o bebê, e claro seu celular devia estar longe. Fechou os olhos enfurecida, pensou em ignorar, quando a pessoa do outro lado percebesse que ela não iria atender ele ou ela desistia da ligação. A última coisa que ela queria fazer na vida era acordar Alice, preferia a menina assim, quietinha, e se ela se movesse iria acabar movendo Alice também o que causaria a menina a acordar. Matt terminou a mamadeira e Stella o colocou em seu ombro, ouviu um arroto sair de sua pequena boca e riu olhando para ele.

Stella B. – Mas que porquinho... - Ela sussurrou com um sorriso bobo no rosto.

O celular parou de tocar e ela deu graças a Deus por isso, mas amaldiçoou a pessoa na mesma hora quando ela resolveu chamar novamente. Respirou fundo e deu um jeito de deitar Alice no sofá, colocou um travesseiro embaixo da cabeça dela enquanto deixou Matt por alguns segundos deitado no sofá, pegou o menino no colo após isso e foi até a cozinha onde seu celular estava. Bufou irritada ao ver que era Mac quem estava chamando.

Stella B. – Fala logo Mac. - Ela exigiu com uma pontada de brincadeira em sua voz.

— Hey, você quer sair para almoçar? - Ele perguntou.

Stella B. – Não. - Ela negou. Desconfiava que esse pedido para almoçar tinha mais alguma coisa. – Alice acabou de dormir e eu consegui fazer o Matt parar de chorar agora. Estou acabada. A não ser que você tenha alguém para olhar eles, então eu não sairei de casa. - Disse ela e em seguida soltando um suspiro cansado.

— É o caso. Eles querem fazer algumas perguntas a você sobre sua irmã. - Ela ouvira um suspiro frustrado de Mac do outro lado. – Eu pedi para Jessica olhar as crianças. Prometo que não levará muito tempo, eu pago o almoço. - Sugeriu ele.

Stella ficou confusa, achava que era ele que estava cuidando do caso.

Stella B. – Mac, porque não é você quem estar resolvendo o caso?

— Sinclair mim tirou do comando, mas eu ainda estou no caso. - Disse ele. – Você vem?

Stella olhou em volta para o apartamento e pensou em recusar, mas era sua obrigação de ir, ela só não queria deixar as crianças sozinhas, apesar de saber que elas estariam bem com Jessica.

— Stell, Jessica pode cuidar deles, você sabe. - Como se ele soubesse o que ela estava pensando falou isso.

Stella B. – Eu sei. Mas a Esther vai voltar amanhã para escola, eu não queria ficar longe. - Fez um beicinho como se ele estivesse vendo.

— Traga eles então. - Sugeriu ele. E antes que Stella pudesse protestar, ele foi mais rápido. – Podemos fazer no laboratório, tenho certeza que eles vão ficar bem aqui. - Tentou convence-la. – Eu tenho que dar um trabalho para Scarlett. - Disse isso e falou com alguém antes de voltar para conversa.

Stella b. – Scar- quem? - Perguntou Stella, um pouco enciumada.

Mac riu do outro lado da linha. – Ela vai substituir o cargo de Lindsay enquanto ela estiver de licença. - Explicou Mac.

Se pudesse ver a cara de Stella agora ele iria rir e chamar-lhe de tolinha, porque a grega estava evidentemente com muito ciúmes. Mas analisando a situação, não tinha pra quê ela estar com ciúmes dele só porque ele usara o primeiro nome da mulher, ela confiava em Mac, e estava tendo uma reação exagerada, era apenas isso.

Stella B. – Quantos anos ela tem? - Quis saber ela.

— Acho que 27 ou é 25.- Respondeu um Mac confuso.

Stella B. – Você está testando a pobre, não é? - Fingiu uma voz de quem estava com pena de alguém.

— Não. - Negou ele. – Escuta, eu tenho que desligar, estou te esperando aqui. Tchau. - Se despediu ele e nem esperara para que Stella tivesse a oportunidade de dizer adeus também.

Stella B. – Parece que vamos fazer um passeio. - Fez uma voz de bebê olhando para Matt no seu colo que tentava erguer a cabeça.

Ela riu e saiu da cozinha com ele.

*****

Mac desligara o celular assim que finalizou a chamada com Stella, tinha diminuído seu ritmo enquanto andava pelos corredores do laboratório em direção a sua sala. Logo atrás dele vinha Jessica, a mulher corria para chegar até Mac para lhe atualizar sobre o caso atual e um caso antigo que eles pegaram logo antes dele ir para Grécia. Colocando o celular no bolso dentro de seu terno, parou em frente a sua sala esperando Jessica chegar até ele, quando a mulher o fez ele podia ouvir sua respiração ofegante.

Jessica A. – Hey... - Ela chamou enquanto ofegava. – Nossa vítima se chama Vincent Riddall, 35 anos, nascido em New Jersey... - Informou ela, checando se todas informações estavam corretas pelo seu tablet.

Mac T. – Bom, agora podemos começar a investigar... - Parou quando Jessica levantou a mão indicando que tinha mais do que ela informou.

Franzindo o cenho, Mac esperou que ela procurasse algo no tablet em suas mãos enquanto a observava com atenção, seus olhos concentrados na tela brilhante e suas mãos pressionando o tablet com uma certa segurança para segura-lo, sua respiração ainda ofegante, e ele temia que esse caso exigisse mais do que esperasse...

Jessica A. – Vincent Riddall morreu há 14 anos. - Informou isso intrigada. – Ainda estou vendo no banco de dados, mas parece que a nossa vítima tem mais identidade... Nathan Ivor, 36 anos. Connan Dixon, 34 anos. Todos batem com o perfil da nossa vítima.

Mac T. – Droga! - Ele amaldiçoou em voz baixa, apenas para ele ouvir, mas o suficiente para que Jessica escutasse também. – Mais alguma coisa? - Ele perguntou, um pouco rude, mas não foi nada que incomodou Jessica, ele estava sendo apenas ele com uma preocupação a mais.

Jessica A. – Lembra do caso do corretor? - Perguntou ela. Ele não respondeu em voz alta, apenas acenou com a cabeça confirmando. – Foi encontrada as munições usadas. Na verdade, o doutor Horper nos contatou dizendo que foram produzidas por ele em seu laboratório químico em Washington, o projeto era para ser apresentado ao governo e o mercado de armas, mas eles tiveram problemas e nunca chegou realmente a ser vendida. Ele dissera que foi produzido mais de 1 tonelada para serem testadas, e como eu disse antes nunca foi apresentada, mas... - Ela entregou o tablet para Mac para que ele visse também as informações que ela conseguiu. – As balas que foram levadas para serem destruídas foram roubadas. Olha a data. - Ela pediu depois que terminara de falar, sabia que ele estava lendo tudo isso, mas precisava simplificar para que ele visse o que ela queria antes de tudo.

Ao ver a data como Jessica pedira, Mac arregalou os olhos e abriu a boca. Sua reação estava mais para “não pode ser” e Jessica evidenciou isso, esperou que ele reagisse primeiro para depois soltar mais uma “bomba” em suas costas, ela odiava isso mais do que qualquer coisa, mas era o trabalho e ela tinha que ser profissional. Olhando para ela por cima do tablet, a morena não conseguiu ler o que estava em seus olhos, parecia que ele tinha colocado uma máscara que deixava impossível ela saber ou ter uma ideia do que ele estava pensando... Sabia que se fosse Stella em seu lugar sua amiga saberia exatamente o que ele estava pensando, ela achava até assustador o jeito como os dois se comunicavam um com outro apenas com o olhar.

Mac T. – A mesma data que o avô da Esther morreu. - Sua voz saiu rouca, talvez por causa do tempo que ficou sem falar nada e pela surpresa.

Foi a segunda vez que Abraham Blaut teve uma ligação com um caso seu, as coisas começaram a ficar mais densas na medida que ele pensava no assunto sem chegar em uma conclusão plausível porque não tinha uma... Primeiro o envolvimento de Blaut e Esther em Bahamas bem antes deles chegaram aos Estados Unidos – E pelo o que Mac ouvira, o senhor mais velho tinha se encontrado com a mulher algumas vezes em um hotel, os dois discutiam sobre algo, mas foi tudo o que conseguira –. E agora, de alguma forma, a data que as balas fora roubada para matar o corretor coincide com a data que o homem morrera. Podia não ser coincidência, mas qualquer prova possível que se mostrasse ser relevante para esses casos eles estariam investigando até provar as teorias...

Jessica A. – Não pode ser coincidência, não é? - Questionou ela ainda mais intrigada do que antes.

Mac T. – Não. Não é. - A resposta de Mac veio tardia, mas confortou um pouco a morena. – Você leu todo o relatório? As balas batem com a o tipo de arma que fora usada para matar Blaut. Uma AK-47, calibre 7,62. Quem fez isso foi um profissional, em ambos os casos. Precisamos saber o que foi usada para criar as balas e recria-la... - Falou mais para si mesmo do que para Jessica a sua frente.

Jessica A. – Podem ser o mesmo assassino. - Idealizou a morena, tentado seguir a linha de raciocínio do chefe, mas percebera que ele só falara o que ela já sabia, então apenas concordou com ele.

Mac T. – Vamos apenas voltar para esse caso e depois resolvemos esse problema. Agora, eu tenho que ver se Sid já começou a autópsia. - Disse ele por fim e entrou em sua sala para fazer o que tinha que fazer e ir até o necrotério.

Jessica apenas se dispensou para voltar a delegacia e investigar mais sobre o caso (que ela ficou confusa em qual seria), mas antes de decidir sair do laboratório ela foi na sala de Adam que acabara de chegar para pedi-lo que fizesse algo para ela...

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Mac Taylor“Não há segredos que o tempo não revele. ” – Jean Racine


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Notas finais do capítulo

(deu um trabalhinho para sair esse) nyah tá mal comigo :(

Se não ficou claro a questão do acontecimento que pode "inter(ferir)" no futuro dessa fic: como o capítulo acabou se estendendo (assim, sozinho), eu resolvi dividi-lo em duas partes.
Sinto que terei um longo cap para escrever pela frente, estou com medo de ter que apagar os que tenho escrito e não conseguir nada com o futuro da histórias. Vou dar o meu melhor para não "cagar" tudo, prometo!
Até a próxima!!! Bjuuus =^,^=



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