Life Surprises [HIATOS] escrita por July Beckett Castle


Capítulo 30
Chapter 30 – The truth behind the secrets, the last day of vacation, the baby kicked harder than it should


Notas iniciais do capítulo

I'M BACK!
Amoras hihhi Sinto muito mesmo, me desculpem, sorry, semana passada foi demais pra mim, eu fiquei sem internet e meu computador tá com um problema... Assim, toda vez que 'to' no meu pc "aparece algo" dai eu perco a noção do tempo :( esse é o problema
Então eu resolvi trazer a história para o trabalho hehe!!! Happy Day!
Obrigada a todas que comentaram S2 e que leram S2 e estão acompanhando S2 Amo vocês S2 / por isso, antes de alguém dizer que sou falsa (desculpa eu?), vai ter mais dois capítulos OOOOOH nós estamos aproximando do FIM! Não do fim da história (que pode chegar a 100 caps?), mas o fim da parte 2 (ou é a parte 3? to até confusa).
É só isso, boa leitura!! S2



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Todos já estavam terminando suas refeições, exceto por Stella que alimentava o pequeno Matthew na sala enquanto os outros pareciam animados na cozinha. A grega sorria para o bebê enquanto tentava fazer com que ele pegasse o bico da mamadeira, mas pareceu que o pequeno só estava brincando com ela, mesmo assim ela não parou de tentar, aliás o bebê precisava comer. Deu um pouco de trabalho, mas Stella acabara conseguindo fazer com que seu sobrinho mais novo tomasse o leite morno que Millie preparara, ela agradeceu aos deuses por isso, achava que nunca iria conseguir que ele tomasse o leite, se sentia aliviada, porém com o estômago vazio compartilhando seus protestos com os zumbidos do bebê tomando o conteúdo de sua mamadeira inquietamente, com isso ela descansou seu corpo encostando-se no sofá com um devido cuidado para não atrapalhar o bebê (ela não queria ser responsável por deixar o sobrinho com fome), estava visivelmente cansada, não sabia se conseguiria aguentar outra noite acordada... Fez uma careta com os seus pensamentos, era só uma fase, ela tinha que aguentar essa para enfrentar outras no decorrer dos anos, pois agora ela era a responsável por ele.

Além do futuro, o que mais lhe preocupava agora era a falta de Mac que fora encontrar-se com um amigo, ele tinha sumido desde então, sem nenhuma ligação nem para garantir que estava tudo bem. Ela se achava boba por ter essas paranoias, mas devido ao seu trabalho, mesmo estando em estado diferente, ela tinha medo de que algo ruim acontecesse com ele, bandidos não gostava muito de policias. Olhava para a porta a cada 20 segundos, esperando que ele fosse abrir e entrar por ela sorridente, por outro lado, seu subconsciente dizia que não seria assim, ele pareceu estranho antes de sair de casa... Deixou os pensamentos negativos de lado e tentou se concentrar no bebê em seus braços.

Don F. – Aprendendo a ser mãe? - Brincou o detetive entrando na sala com um prato na mão, ele parecia alegre, seu semblante até tinha mudado, diferente de Jessica que continuava distante e para baixo.

Stella olhou para cima capturando um sorriso nos lábios de seu amigo, ele estava tirando sarro dela, o que a fez achar que ela estava completamente destruída, como se um caminhão tivesse passado por cima dela e voltado para fazer de novo e de novo, seus cabelos deviam estar uma bagunça, talvez um esquilo tenha se aninhando lá para se preparar para o inverno... Ela riu de seus pensamentos sem nexo, apesar de tudo ela não estava tão mal assim, talvez ela tenha interpretado mal o que seu amigo quis lhe dizer.

Stella B. – Eu sou mãe. - Retrucou ela finalmente, com um sorriso desafiador no rosto.

Esta era a Stella. Pensou Donald. Com um sorriso no rosto e um olhar desafiador como o habitual. Por estar frágil demais, era um pouco disso que ele pensava dela, como se ela tivesse perdido essa parte que ele mais admirava nela; ninguém colocava Stella para baixo. Era um fato, e ele já provara isso em vários casos, tudo que lhe atingia a deixava mais forte, por mais que não esperasse que ela estivesse bem depois de ter perdido sua irmã e ficar responsável por duas crianças...

Stella B. – Hey, eu estou morrendo de fome! - Reclamou ela olhando para o prato que Don tinha em suas mãos.             

O homem sorriu, com os seus pensamentos focando em apenas uma coisa, ele acabara esquecendo o que veio fazer ali, então olhou para o prato com o jantar de Stella, e lembrou o que estava fazendo ali [a/i: fica mais obvio agora].

Don F. – Eu trouxe para você. - Respondeu ele sorrindo puxando o prato para frente dela o que fez seu estômago roncar mais alto.

Stella B. – Você é do mal. - Disse ela sorrindo e depois fazendo um beicinho infantil olhando para o bebê agora sonolento em seus braços.

Don F. – Deixa ele comigo enquanto você come, eu fico de olho aqui. - Ofereceu gentilmente, com um pequeno sorriso nos lábios.

Stella B. – Donald Flack, se você tivesse vindo aqui primeiro eu me casaria com você. - Respondeu ela com um tom de sarcasmo.

Os dois riram enquanto trocavam o bebê pela comida. Stella estava mesmo com fome, ela não tinha comido direito o dia todo, mal tocara no seu almoço mais cedo, e agora decidiu que iria comer mais e manter suas energias para a noite [a/i: com certeza não é para o que vocês estão pensando hahaha], e estava feliz que Don se ofereceu para ajudar, como sempre ele foi doce e gentil.

Don F. – Eu tenho que voltar amanhã para Nova York. - Comentou ele trazendo a atenção dela de volta para ele. Enquanto falava com ela, ele fazia com o que o bebê comesse, mas não percebeu que o mesmo já estava com os olhos fechados chupando o bico da mamadeira como se fosse sua própria chupeta. – Não fechamos esse caso e Sheldon ficou trabalhando nele. - Explicou.

Stella abaixou a cabeça com um olhar para ele, ela o entendia, tudo isso foi tão de repente, a equipe tinha casos para resolver, e Mac falara sobre esse que tomou todo o tempo da equipe.

Don F. – Parece que Mac já chegou. - Observou ele.

Um carro parara na garagem e chamou a atenção do detetive assim como de sua amiga, certamente era Mac, eles não tinham certeza, mas acreditavam que era. Agora Stella não estava dando mais importância quanto a alguns minutos atrás, ela queria terminar sua comida e levar sua filha e seus sobrinhos para o quarto para eles descansarem um pouco, ou apenas curtir a companhia um do outro enquanto liam um livro ou assistam a um filme, essa atividade fazia mais sentindo com Mac, o que a fez ficar um pouco nervosa por dentro... Poderia ser ele, e ela esperava que fosse, mas tinha a possibilidade de que não fosse, e então a deixaria mais preocupada.

Esther entrou na sala junto com Lucy e Alice, as três sentaram no mesmo sofá que Don (Stella sentou no chão), a mais velha colocou uma mão no ombro da mãe com um sorriso para ela, a grega correspondeu ao sorriso.

Esther B. – Mac chegou! - Avisou ela com animação presente em sua voz.

Um sorrisinho apareceu no rosto de Stella, ela deixou seu prato de lado quando de repente sua fome passou e levantou de onde estava sentada, observou Lucy se empolgar correndo para a porta junto com Esther e Alice acompanhando-as atrás sem entender, trocou olhar com Don que riu para ela enquanto alimentava o bebê com a mamadeira quase vazia. Respirou fundo. Inclinou seu pescoço para o lado quase encostando em seu ombro e levou suas mãos para trás enterrando-as no bolso de trás da calça jeans que usava.

Do lado de fora da casa dava-se para ouvir o clique da porta se destrancando e alguém atrapalhado com a chaves, a maçaneta da porta girou em sentido anti-horário enchendo o rosto das meninas mais jovens de expectativa, a porta finalmente foi empurrada para dentro e aberta revelando quem estava tentando abri-la. Um grito fino foi ouvido por toda a casa, dava para ver apenas a saia do vestido rosa de Lucy voando e seus cabelos loiros quando ela pulou no colo de seu tio. Totalmente pego de surpresa, Mac cambaleou para trás um pouco, mas ganhou instabilidade e manteve-se em pé segurando a menina nos braços com cuidado, ele riu depois de alguns segundos tomado pela surpresa.

Lucy M. – Tio Mac! Tio Mac! - Exclamava (gritava) ela nos braços do homem mais velho. – Minha irmãzinha chutando a mamãe bem grande! - Disse ela, querendo dizer que a bebê estava chutando forte, mas falou do jeitinho dela.

Mac T. – Sério pequena? - Perguntou com um sorriso, olhou para frente, mas não vira Lindsay ali, apenas Stella e Flack, e Esther com Alice próximo a ele.

Esther B. – Mas não é nada demais. - Imitou a voz da tia com um revirar de olhos.

Com um sorriso, Mac adentrou na casa e trocou olhares com Stella que estava esperando ansiosamente para conversar com ele, e só por ver a expressão no rosto da grega ele já sabia o que estava por vim, só não tinha certeza de que queria compartilhar... Mas ele compartilhava tudo com ela. Uma voz gritou em sua mente, ele não podia simplesmente encara-la e ignora-la como se nada tivesse acontecido, se tinha uma coisa que ele tinha certeza nessa vida é que Stella sempre tirava qualquer coisa dele, as vezes o irritava um pouco, mas o deixava feliz em saber que ela se preocupava com ele, e ele fazia o mesmo por ela.

 Com os protestos da menina de 6 anos em seu braço, finalmente Mac deixou Lucy no chão para que “ela pudesse andar com suas próprias pernas, porque ela era capaz disso”, foram essas as palavras que a menina usou para poder voltar ao chão e ainda concluiu em seguida correndo em direção ao seu tio Don: “Não sou mais um bebezinho.” E riu quando Mac fez menção de correr atrás dela para pega-la, escondeu-se atrás das pernas de Don pedindo para que ele a protegesse. Os mais velhos riram da menininha, mas de um jeito carinhoso.

Stella B. – Alice, Esther e Lucy, vocês três não têm nenhuma brincadeira em mente? - Perguntou ela, querendo despachar as meninas para ter uma conversa particular com Mac, até porque ela pensou que seria melhor esperar que ele falasse com ela em primeiro lugar, espontaneamente.

As meninas olharam para Stella com um sorrisinho maroto, sabendo da proposta e esperando quais reações vinda da mulher mais velha, e como não tivera até um certo ponto, Esther mandou que Alice corresse, mas sendo tarde demais, a mulher conseguiu capturar a menor quando ela passava por ela.

Alice B. – Ah! - A menina gritou quando Stella caiu no sofá com ela e começou a fazer cosquinhas pelo seu corpo.

A menina mais nova se curvava e gargalhava enquanto sua tia passava os dedos quase que delicadamente no seu ponto fraco, não podia se conter, aliás ninguém resistia as cócegas de mãos hábeis. Com toda aquela delicadeza fazia mais difícil para a menina fugir de Stella, parecia que a menina estava pronta para ter um ataque cardíaco, então a mulher parou um pouco para deixar a garotinha mais nova respirar.

Lucy M. – Não vale surpresa tia Stella! - Reclamou Lucy, aproximando-se um pouco da tia, mas mantendo uma distância segura.

Lucy tinha aquele olhar desafiador, seus braços cruzados como uma criança quando se sentia contrariada. Donald não pode deixar de rir, a menina parecia com a mãe, tinha todo o seu jeitinho “birrenta” (que as vezes ele achava mais parecido com Jessica), e uma fibra que o surpreendia por sua pouca idade (6 anos não era tão nova, mesmo assim a menina parecia ter mais do que 6), ele achava que ela aprendera isso um pouco com Stella, mas ela era definitivamente o espelho da mãe. Uma tosse vinda de Alice foi o que distraiu Lucy, quando percebeu já estava no colo da tia se debatendo para sair daquela “tortura”. 

Stella B. – É, claro, que, vale! - Sibilou Stella quase incapaz de falar, estava até um pouco ofegante.

Se aproximando delas, e protegendo Esther (como a menina obrigou), Mac aproximou-se pegando Alice no colo e passando para a mais velha atrás dele. Estava pronto para parar Stella, ele fazia parte dos bonzinhos, enquanto Don não mexia um dedo por estar com o bebê e achar divertido assistir os dois brincando.

Mac T. – Você joga sujo, Stella. - Sussurrou ele bem perto do ouvido dela, e como esperado, ela arrepiou-se com apenas o suspirar dele atrás de sua orelha, reação essa que o dava vantagem para livrar Lucy.

Stella B. – O quê... - Mas antes que pudesse terminar, os engasgos e gritinhos finos de Lucy pararam dando o lugar para um grito alto de Stella.

A menina Messer logo correu para longe de sua tia e rindo com diversão enquanto seu tio fazia cócegas na tia. Foram alguns gritinhos para lá, seu corpo todo se contraindo com os toques dele, e cada vez que ela tentava se esquivar das mãos dele, mais próximo o seu corpo ficava dele até ela estar em seu colo e apertando seu braço com força. Eles apenas não se deram conta de que toda sua família estava observando a cena com diversão. Então a sessão de cócegas finalmente parou, e uma Stella muito irritada começou a xingar Mac enquanto o batia.

Stella B. – Seu doente, quase me matou. - Batia nele, mas não com muita força.

Ele apenas riu da reação dela. Seu sorriso desapareceu quando viu a cabeça de Stella se curvar para encarar sua família atrás deles, viu o rosto da grega ficar vermelho de uma forma que ele achou bonitinho, e depois ele mesmo encarou a família sem dizer uma palavra; Millie pegara Matt do colo de Don e saíra da sala com uma risada, o filho mais novo de Kylie a acompanhou e Alice saiu do colo de Esther para segui-los também; O resto do pessoal se apertavam só para deixar o casal constrangido.

Mac T. – Vamos no quarto. - Chamou Mac sussurrando só para Stella escutar.

Pareceu uma boa ideia na hora, então ela concordou e sorriu para sua família. Mac dera um leve puxão no braço magro da mulher fazendo-a levantar-se do sofá, os dois saíram da sala quase como sorrateiramente (como se ninguém estivesse vendo-os, mas eles prefiram achar que não estavam mesmo) e rindo um pouco quando passaram por todos e correram até as escadas para chegarem até o quarto no andar de cima.

Danny M. – Mamãe e papai vão brincar de médico. - Comentou o loiro fazendo alguns deles rirem, mas os outros (como Lindsay e Kylie) não riram. – O que? - Perguntou ele quando elas o olharam com aquele olhar de reprovação que toda mãe tinha quando seus filhos faziam uma coisa que elas não aprovavam.

Kylie T. – Cara, as crianças. - Informou ela seguindo Lindsay que tinha saído da sala.

O homem ficou parado por alguns segundos sem entender o que ela quis dizer com isso, até ver sua filha e Esther o olharem como se ele tivesse dito alguma asneira, suas bocas abertas e sobrancelhas arqueadas. Só de imaginar o que seu tio acabara de dizer, Esther estremeceu e saiu da sala com uma careta, Lucy correu atrás dela e Zack com o seu lindo sorriso irônico também.

*****

Quando entraram no quarto, não foi como pensaram que seriam, ambos ficaram sérios e mantiveram uma certa distância entre eles. Naquele momento, um turbilhão de perguntas estava passando pela mente de Stella, Mac podia notar isso pegando o seu olhar distante, ele sabia que, do jeito dela, com certeza ela estava preocupada, e como a conhecia bem sabia que ela devia ter enlouquecido por dentro por ele ter demorado tanto para voltar para casa.

Mas o surpreendente de tudo foi que a mulher ficou calada, não dissera uma palavra desde que entraram, parecia reprimir suas perguntas e se olhasse para ele iria acabar cedendo. Além de tudo, ela tinha medo de que a relação deles tenha mudado realmente, aliás ele não sentia nada por ela, diferente dela é claro, talvez esse tenha sido seu grande erro. Como ela pôde ser tão boba a ponto de ir para cama com o seu melhor amigo? Deus, esse silêncio estava matando-a, ela estava se corroendo por dentro, desesperadamente esperando as respostas. Não era só isso que a preocupava – Mac ter passado um tempo fora – , mas toda aquela situação foi demais, o casamento fora uma farsa, os beijos, aquela dança, tudo fora uma farsa. E ela estava ali, de novo, amando escondido...

Oh não. De repente algo em sua mente a perturbou. E se ele tivesse com April? Claro, fazia sentido, ela não estava lá essa noite e os dois foram namorados na infância. Mas algo, uma parte que desejava que não fosse isso, gritava como um prisioneiro tentando soltar-se, ela deixou-se levar pela voz que dizia que ela estava sendo boba, Mac não poderia estar com ela. Quando percebeu no que estava pensando fizera uma careta desaprovando, ela estava sendo estúpida e ciumenta, e paranoica.

Encarando-a com uma expressão confusa, Mac inclinou um pouco a cabeça para o lado, pegando o olhar dela e seu rosto expressivo. Seus olhos estavam tão distantes do seu naquele momento que pareceu que apenas seu corpo estava lá, e ele não queria saber onde sua mente estava, já era estranho demais estar casado com sua melhor amiga (com quem tivera uma [talvez mais] noite de sexo) a amando-a e não poder contar isso porque tudo era uma farsa. Ter que perguntá-la o que pensava, o que perturbava sua mente, era como se ele estivesse invadindo um espaço dela... Foi como se suas barreiras estivessem se erguendo novamente, mas dessa vez de um modo diferente.

Então um deles quebrou a tensão ali e falou:

— Desculpa. - Um sussurro realmente muito baixo saiu da boca de Stella.

A grega pigarreou e olhou para ele, abriu a boca para falar mais alguma coisa, ou mesmo repetir mais alto o que falara segundos atrás, mas seu olhar foi para os lábios daquele homem por quem sempre tivera uma queda (estava mais do que uma queda) foi como se sua voz resolvera simplesmente se esconder, simples assim. Ainda tentou mais uma vez, abriu e fechou a boca como umas 4 vezes, até seus músculos resolverem não responder mais os seus comandos e ela apenas engoliu em seco o encarando com seu brilhante par de esmeraldas arregalados.

Mac T. – Você não precisa se desculpar-se por nada. - Garantiu ele, aproximando-se dela o suficiente para que ela sentisse suas pernas bambearem e seu corpo todo preenchido por uma eletricidade desconhecida (ou muito bem conhecida e tinha nome e sobrenome). – Eu garanto a você. - Afirmou levando sua mão até o rosto dela, percebera que ela estava tensa, só não sabia o porquê.

Seus olhos fecharam em resposta ao toque dele, e pareceu que toda aquela eletricidade se concentrara em apenas um lugar, e foi em sua bochecha onde Mac tinha sua grande palma lá, seu polegar acariciando sua bochecha deixando seu corpo ainda mais tenso. Como esse homem podia ter tanto efeito sobre ela? Respirou e expirou, então seus olhos se abriram e encaram o par de azuis dele, inclinou a cabeça para o lado como se deitasse-a na palma dele.

Mac T. – E garanto também que não sai para procurar um advogado para tratar do nosso divórcio. - Brincou ele com um sorriso de canto.

Ela arregalou os olhos por um momento, depois fuzilou ele com o seu olhar (o que lembrou o seu pai, deu um pouco de medo na hora) e aspirou pesadamente, soprando com força o ar em seguida com frustração, deixando notar que ela não gostou de sua brincadeira, mas seu sorriso não saiu do rosto, e ela não podia ficar com raiva dele.

Stella B. – Para de brincar. - Reclamou ela, batendo no braço dele fazendo-o tirar a mão que estava em seu rosto. Ela sentiu uma falta estranha dos dedos dele acariciando o seu rosto, e sua palma aquecendo aquela região, um leve formigamento foi sentido e ignorado. – Sério Mac! - Exclamou um pouco exasperada quando ele continuou sorrindo. – Onde você estava? Me deixou preocupada! Achei que por causa de alguma rixa de gangue você sido tinha levado e eles tinham te torturado em algum lugar escuro e frio de Chicago, depois deixado o seu corpo em algum rio onde nunca encontraríamos, até um dia um pescador naquela área pescar você, mas aí seria tarde demais porque eu estaria me casando com o Rick da funerária que tem uma queda por mim e é super rico, e minhas filhas iria odiá-lo por não ser você. - Ela parecia furiosa enquanto imaginava o cenário em sua mente.

Mac não pôde deixar de rir com ela.

Mac T. – Nossa, você é boa nisso. Já pensou em escrever um filme? - Brincou ele usando um tom irônico. Ela riu.

Stella B. – Já. - Respondeu ela com uma voz um pouco dengosa. Um sorriso aparecendo em seu rosto, parecia estar aliviada, e realmente estava.

Mac T. – Você falou minhas filhas? - Questionou ele com uma sobrancelha levantada enquanto aproximava-se dela.

Quando se deram conta estava cada um se aproximando um do outro, foi tão natural que os surpreenderam. Stella tinha seus braços em volta da cintura dele enquanto o mesmo tinha uma de suas mãos na nuca da mulher.

Stella B. – Falei? - Perguntou ela inocentemente se fazendo de desentendida.

Ele apenas riu e fechou o espaço que exista ali entre eles, juntando seus lábios e começando um beijo calmo. Ela agarrou-se bem firme nele como se não quisesse solta-lo, suas bocas grudadas uma na outra como se pertencessem. No começo foi um pouco desajeitado, mas logo os dois foram acompanhando o mesmo ritmo um do outro e o beijo ficou mais quente, seus corpos faziam um movimento quase como involuntário, Mac andava para trás enquanto ela o seguiu, suas bocas ainda grudadas como se não quisessem se permitir soltar-se por um segundo, nem que fosse para respirar, só queriam sentir o sabor um do outro, de como gentilmente suas línguas travavam uma batilha interminável, e como  se estivessem propensos a chegarem até a cama e despirem um ao outro. Mas, infelizmente, o ar veio a ser necessário para ambos, fazendo-os afastarem seus lábios, mas não os fizeram se afastassem de si. Ainda abraçados um ao outro, testas coladas, respiração ofegantes compartilhadas, seus lábios formigavam esperando um ao outro novamente, mas tinha um assunto inacabável ali entre eles que não podiam ignorar.

Respirando fundo, seus olhos fechando como se quisesse apreciar mais do momento, Stella inclinou a cabeça para o lado passando seu nariz no dele, expirando seu cheiro que ela não era capaz de esquecer, apreciando o calor da aproximação do corpo dele ao dela, suas pernas bobearam um pouco quando sentiu a mão quente dele encostar em suas costas por baixo da sua blusa fina.

Stella B. – Você me deixa louca, sabia? - Disse ela, quase como um sussurro, sua voz rouca e um pouco sensual.

Ele sorriu, apertando-a para mais perto dele como se não tivesse controle de seus movimentos, como se precisasse dela ainda mais perto dele (se fosse possível). Levantando o seu rosto, a fazendo-a encara-lo de uma certa distância, mas ainda podiam sentir a respiração quente um do outro, ainda um pouco ofegante também. Não era só ela. Ele pensou. Se ela soubesse do que ele estava pensando em fazer com ela... Afastou isso de sua cabeça antes que se distraísse novamente.

Com um suspiro, ele a respondeu:

Mac T. – Eu fui visitar um amigo. - Revelou ele. Ela o olhava interessada no que ele tinha para falar. – Ele acabara de voltar do Iraque, antes disso estava servindo na Sérvia. - Engasgou. Era difícil falar disso sem lembrar dos danos que os tempos de guerra lhe causou, e ele ainda tinha amigos que se colocava em perigo todos os dias para servirem esse país quando ele tinha desistido e tentado de outro jeito. – Na Grécia, eles me chamaram para voltar, para trabalhar lá, mas eu recusei. Quando recebi a ligação dele soube para o que era, eles me querem de volta, e bom, você sabe, não vou mais voltar. - Afirmou ele, como se não quisesse fazê-la preocupada. Ela tinha suas dúvidas quanto a isso, mas ele parecia verdadeiro. – Realmente, Stell, eu não quero. - Garantiu, mais para ele do que para ela. – Para mim isso já deu...

As mãos dela agora segurava o rosto dele, juntou seus lábios de novo, dessa vez para um rápido selinho, ela o entendia, sempre entendeu.

Stella B. – Está tudo bem. - Respondeu ela com um sorriso doce e meigo, mas compreensivo. Era tudo o que precisava para acalmar seu coração que parecia ter acelerado mais do que devia. – Você quer estar aqui, eu entendo. E me sinto mais segura sabendo que posso estar perto de você para te proteger. - Disse ela com um sorrisinho um pouco irônico.

Ele riu e revirou os olhos.

Mac T. – Acho que esse papel é ao contrário. - Retrucou ele parecendo incrédulo.

Stella B. – Não se você pensar em todas as vezes que eu te salvei. - Respondeu ela fazendo um beicinho.

Ele fez uma careta.

Mac T. – Eu penso. - Afirmou ele. – Mas acho que eu te salvei mais do que você fez. - Argumentou ele querendo estar certo, ele nunca fizera a conta.

Stella B. – Você se mete mais em encrenca do que eu.

Mac T. – O que? - A olhou ainda incrédulo. – Eu já cansei de te tirar de encrencas.

Stella B. – Oh! - Exclamou ironicamente. – Aposto que eu já te salvei da morte dezenas de vezes, e, quero uma grande recompensa por isso. - Riu se afastando dele para ir até a porta, estava na hora de se juntar com o pessoal novamente.

Mac T. – Você está cometendo um grande erro. - Retrucou ele seguindo-a quando ela abriu a porta.

Ela riu.

Stella B. – Vamos ver então...

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Stella Bonasera – “Não há fatos eternos, como não há verdades absolutas.” –Friedrich Nietzsche.             


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Notas finais do capítulo

Esperam que tenham gostado =^,^=
E esse momento smacked oooowwwnn eu tava lendo e suspirando aqui S2

Irei agendar as próximas atualizações, postarei em @jullyfanfic no Insta' as news :D
Será que hoje ainda terá capítulo? Vou tentar me concentrar em revisar os capítulos. Bjs S2 até a próxima =~,^=



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