Life Surprises [HIATOS] escrita por July Beckett Castle


Capítulo 29
Chapter 29 – The same thing


Notas iniciais do capítulo

Olá amoras ♥ Demorei, mas cheguei!!
Queria começar me desculpando pela minha falta de atualização, eu tive um bloqueio criativo (de novo), e me senti super horrível por não conseguir escrever uma palavra que "gerasse" um cap. Felizmente, eu consegui escrever dois capítulos, o que pra mim é a melhor coisa que aconteceu comigo esse ano YAY e por isso essa semana terá capítulo na quarta e no sábado yay ♥ Eu sinto muito mesmo, espero que me perdoem e continuem comigo nessa "jornada de surpresas"

Ah, não podia esquecer: Feliz dia das mães!!! Para Stella Bonasera e Lindsay Messer também ♥
Espero que gostem do capítulo.



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Stella estava subindo as escadas com o pequeno Matthew em seus braços. Depois da noite que tiveram, ela estava muito cansada, o bebê estava com cólica e não os deixou dormir, ela já não sabia mais o que fazer, seus amigos estavam na área da piscina, não chovia naquele dia o que tornou o dia mais agradável para eles, Stella foi a única que entrou na casa, ela precisa trocar a fralda do bebê.

Ao entrar no quarto, ela colocou o menininho em cima do trocador na cama, olhou para ele e sorriu, mesmo que ele tenha abusado toda à noite ela não estava ‘com raiva’ dele. Como poderia ficar com raiva de um ser tão pequenininho e indefeso como ele? Virou-se para pegar uma fralda e quando voltou para olhar, ela sorriu novamente, ele estava quietinho olhando para ela enquanto segurava fortemente seu brinquedinho (um pequeno elefante de pelúcia). Inclinando a cabeça para o lado deitando em seu ombro, ela tinha um olhar bobo no rosto; Deus, se alguém dissesse que ela ficaria responsável por uma coisinha tão fofa semanas atrás ela chamaria essa pessoa de louca, apesar que sempre sonhou em ter um bebê, não esperava que fosse assim. Aproximou-se do bebê e começou o seu trabalho para trocar a fralda suja por uma nova e limpa, brincava com ele enquanto fazia isso, e não demorou muito ela já fechara o último botão da roupinha dele e o pegara nos braços novamente, riu segurando o elefantinho para ele andando até a porta para voltar a ficar com o pessoal.

Stella B. – Vamos encontrar o pessoal! - Falava com o bebê com animação e rindo. – Sua vovó está doida querendo você, mas você vai escolher a titia, tudo bem? - Brincava imitando uma voz infantil.

Quando desceu o último degrau da escada acabou esbarrando em alguém, não caiu, apenas bateu nela que tropeçou para não segurar Stella com o bebê. A grega fez uma careta tentando segurar a mulher que quase a derrubara com uma de suas mãos livres enquanto a outra agarrava protetoramente o bebê em seu braço.

Stella B. – April, me desculpe! - Desculpou-se ela depois que vira quem era a mulher com quem esbarrou.

A loira deu um sorrisinho amarelo se recompondo.

April W. – Está tudo bem. - Garantiu ela com um sorriso no rosto. – Espero não ter machucado vocês. - Disse ela parecendo preocupada agora com o bem-estar de Stella e do bebê.

Stella deu-lhe um sorriso amargo posicionando o bebê em seu braço, o pequeno agarrou os cachos da grega como se estivesse com medo de cair, ou algo assim, enquanto April olhava preocupada para a grega esperando por uma resposta dela, apesar de não ter se simpatizado com Stella (e vice-versa) não seria motivo para ela ser antipática com a atual mulher do seu ex-namorado de infância.

Stella B. – Está tudo bem. - Respondeu Stella finalmente depois de um silêncio constrangedor de alguns segundos. A grega limpou a garganta e sorriu para a loira. – Nós estamos bem.- Repetiu ela garantido disso.

Após checar o bebê, Stella percebeu que estava realmente bem, – que acontecesse algo com ela, mas não com o bebê. Sustentou o seu melhor sorriso no rosto enquanto esperava que April dissesse alguma coisa, ela queria muito que a mulher fosse embora para que ela tivesse um tempo só para ela, mas parecia que a mulher estava esperando algo dela também.

Olhando para baixo, April percebeu que ainda tinha em mãos o pacote que vinha trazendo consigo, levantou o pacote e sorriu.

April W. – Eu trouxe um presentinho para as crianças. - Avisou ela sorrindo.

Stella manteve o sorriso no rosto como se estivesse interessada.

April W. – Você vai subir? - Perguntou ela.

Outro sorriso vindo da grega, dessa vez ela apenas confirmou com a cabeça e seguiu a ex de Mac sem proferir uma palavra. As duas mulheres caminharam sem dizer nada até chegarem na parte da piscina onde todos estavam esperando. Assim que as viram juntas, os primos de Mac que estavam perto da mesa de bilhar (provavelmente jogando) pararam só para fazer seus comentários bobos, Mac estava ao lado e revirava os olhos para cada comentário sarcástico de seus primos, Millie estava tentando convencer os mais novos (Alice e Connor) a comer os legumes que ela cortara para eles e não percebera as duas entrando ali, já May assim que as viu cutucou sua filha com o cotovelo e riu quando Kylie dissera para tirar Matt do colo de Stella.

A grega sorriu adentrando mais ali quando seus olhos pararam em sua filha, a menina estava discutindo (como sempre) com Adam, observou o local e viu Millie com um prato e uma colher nas mãos tentando dar alguma coisa para as crianças, ignorou os olhares dos primos de Mac e até mesmo da tia May (olhara de lado e já imaginava o que ela falava com Kylie), Lindsay estava conversando com Lucy e parecia animada, Danny jogava bilhar junto com os primos de Mac – Que estavam contando a ele sobre April. –, Sid e Jessica estavam distantes conversando entre eles (Stella estranhou aquilo), e Flack estava sentando ao lado de Mac.

May aproximou-se de Stella com um sorrisinho no rosto que a grega já sabia o que significava. A mulher mais velha pegou Matt em seus braços falando algumas coisas que fez Stella rir, April adentrou no local e seguiu em frente para juntar-se com umas primas de Mac que tinham chegado ali e Stella nem reparara, a grega viu May se afastar com o seu sobrinho-filho e depois fez o seu próprio movimento, viu Mac olhando para ela e seguiu até ele, ao chegar perto dele sentou-se na mesma cadeira se aconchegando em seus braços – Apesar de estarem na piscina, ninguém estava doido de se arriscar a entrar na água com a temperatura que estava, apesar da piscina ter aquecedor.

Stella B. – Hey Don. - Cumprimentou ela virando-se nos braços de Mac para olhar o seu amigo sentado na cadeira próximo a eles.

O detetive de olhos azuis sorriu para sua amiga-irmã tirando os seus olhos da imensidão azul a sua frente – Não tanto como o oceano, ele pensou, mas estar ali bastava, era como manter sua mente clara. –, da piscina.

Don F. – O que há? - Perguntou ele em um tom brincalhão.

Stella riu.

Tom T. – Hey! - O moreno gritou chamando atenção dos que estavam próximos, ele jogava bilhar junto com seus outros primos e jurava que tinha visto um deles roubar no jogo. – Cara, você roubou. Mac! - Chamou ele.

Mac não pôde deixar de rir, seus primos continuavam uns moleques, parecia que estavam voltando novamente a adolescência, os mais novos pedindo ajuda a ele, e como mais velho na turma (e mais responsável) ele ia e consertava as coisas entre eles... Lembrara de como Thompson sempre fora um moleque, era sempre ele a pedir “ajuda” porque ele sempre estava encrencado.   

Mac T. – Rick, pare de roubar! - Advertiu ele usando um tom sarcástico.

Don e Stella riu dele. Mac voltara a sua atenção para os amigos... Correção: amigo e esposa. Sorriu para eles e abriu sua boca para falar, mas fora interrompido por uma vozinha que tomou sua frente.

Alice B. – Pode eu sorvete? - Perguntou ela toda fofinha se aproximando dos futuros pais. Ela fizera uma carinha que era difícil dizer não para ela.

O casal riu, Mac levou sua mão até o braço dela fazendo-a olhar em seus olhos.

Mac T. – Está frio, pequena, porque você não come os legumes que a vovó fizera? - Palpitou ele, talvez se pedisse com um jeitinho a menina não recusasse.

Alice balançou a cabeça negando o pedido de Mac.

Mac T. – Você vai deixa-la triste, sabia? - Perguntou ele tentando convencer a menina de 2 anos a desistir do sorvete e comer os legumes que a sua mãe fizera. – Vem aqui. - Chamou ele sorrindo ao ver o biquinho que ela fizera.

Stella apenas sorria para sua sobrinha observando como Mac a tratava. Não podia negar, achava os dois fofos, amava como Mac tratava a menina, não só ela, mas Esther e o pequeno Matt também, ele daria um bom pai, ela achava. Ela sempre se impressionou de como ele tinha um jeito com Lucy, conseguia convencer ela de qualquer coisa, e conseguia coloca-la na cama como ela nunca conseguira (colocar uma menininha de 6 anos na cama antes das 22h era a tarefa mais difícil para ela, nunca fora fácil, Lucy tinha uma energia que ela não fazia ideia de onde vinha tudo aquilo).

Alice se aproximou da cadeira deles e sentou no pequeno espaço que tinha lá, sua cabeça baixa, mantinha o beicinho triste, ela queria muito tomar sorvete. Sorrindo, Mac conseguiu segurar uma das mãozinhas dela, mas não fizera olhar para ele.

Mac T. – Não tem ninguém tomando sorvete aqui, certo? - Perguntou ele. A menininha balançou a cabeça confirmando. – Então, por que você quer sorvete? - Questionou ele.

Don riu, parecia um detetive-pai falando, ele sabia disso porque Danny dissera uma vez que fazia isso com sua filha e funcionava (nem sempre já que a menina era muito esperta).

Alice B. – Minha mamãe disse que ilia tazer sovete, mas ela não chegou. - Com o que ela dissera fizera Stella cair o olhar, Mac sabia que isso atingira Stella, ela estava tentando o dia todo não quebrar novamente, ser forte, mas isso era a gota d’água, ela não podia resistir...

Para a surpresa de Mac, sua suposição estava errada, Stella não caíra em lágrimas lamentando a morte de sua irmã mais nova, ao contrário disso, ela se manteve forte, limpou a garganta e encarou a menininha sentada ao seu lado de frente para eles. Ela era mais forte do que isso. Era isso que ela pensava, e ela era mesmo, apesar de estar sofrendo bastante, ela era mais forte do que isso, foi assim que ela conseguiu aguentar tudo até agora, porque ela era forte o suficiente para enfrentar seus próprios medos e estava disposta a encara-los agora. Sua irmã não estava mais ali entre eles, ela foi embora para sempre, e apesar disso lhe assustar bastante, ela só queria enterrar sua irmã e encerrar o caso como qualquer outro, porque ela estava morta e ela tinha que se empenhar em cuidar dos seus sobrinhos como os seus próprios filhos e de sua filha.

Stella B. – Eu também sinto falta dela meu amor, mas a mamãe está em uma viagem... - Começou a explicar Stella, mas a menininha a cortou.

Alice B. – Ela foi para tão, tão distante? - Questionou trombando nas palavras, foi quase impossível para os mais velhos entenderem, mas ela conseguiu ‘captar a mensagem’.

Stella B. – Sim, meu amor, ela foi para lá. - Stella não fazia a menor ideia do que acabara de confirmar agora, provavelmente era algum desenho ou história que a menina ouvira de sua mãe. – E ela está lá agora com o papai do Matt .- Disse ela sorrindo um pouco triste.

Ela não iria chorar. Se manteve forte em todo o tempo. Era como se nada tivesse mudado mais, era a mesma coisa. Sua irmã fora viajar, mas dessa vez ela nunca mais voltaria.

Alice B. – E o dadda? - Perguntou ela.

Stella se assustou. Entendia que a menina era curiosa sobre o seu pai, mas por uma opção de sua irmã, Alice nunca precisaria conhecer o seu pai biológico, mas mantinha algumas lembranças para que a menina soubesse quem é o seu pai e quando estivesse mais velha pudesse escolher se queria o conhecer, ela sempre manteve a verdade de quem era o pai da menina mesmo que ela não entendesse muito bem o que estava acontecendo.

Vendo a confusão no rosto de Stella, Donald resolveu dar uma ajudinha.

Don F. – Ele está bem ao seu lado. - Disse o homem sorrindo e levantando-se de sua cadeira, olhava para a menina que olhou para ele com uma carinha de confusão e depois olhou para Mac arqueando a boca e entortando o nariz.

Stella B. – É meu amor, nós somos os seus pais agora. - Confirmou Stella sorrindo agradecida a Don.

O homem sorriu e se retirou de lá, ele sabia quando era hora de sair, e quando estava de escanteio (porque foi assim que ele se sentiu), então se juntou com Danny e os primos de Mac para jogarem bilhar.

Alice B. – Hun? - Perguntou ela com uma expressão assustada no rosto, seus olhos arregalados e seu pequeno dedinho apontado para Stella.

A grega riu assim como Mac.

Stella B. – Não assim. - Respondeu ela rindo. – Somos sua mamãe e seu papai. - Explicou ela rindo.

Era estranho admitir isso, logo com ele.

Mac T. – É isso mesmo. - Confirmou Mac quando viu a menina olhando para ele esperando que ele falasse alguma coisa também.

Alice deu seu melhor sorriso que fez os coraçõezinhos dos mais velhos derreterem.

*****

Estavam todos na sala principal, conversando e rindo sobre as piadas dos detetives, já era noite e estava bastante frio para deixar o aquecedor quase em seu máximo (mas não chegou a esse ponto). Como tinha bastante pessoas (e uma parte tinha ido embora depois da tarde que tiveram juntos) a sala ficou minúscula, as crianças não ocupavam o lugar, no entanto, os mais novos dividiam a sala de brinquedos junto com as babás, na cozinha Sid preparava o jantar e May estava lá observando os dotes culinários do legista – Ela estava mais dando em cima dele, o dia todo. –, e Millie estava junto com os outros na sala. A única pessoa fora foi Jessica, ela estava distante desde cedo quando conversara com Sid, Lindsay estava reprimindo a vontade de falar com sua amiga o dia todo, mas acabou esquecendo e juntando-se na conversa enquanto mantinha os olhos preocupados em sua filha mais velha.

A jovem detetive segurava uma pequena garrafa de cerveja na mão, encostada na parede com a cabeça baixa perdida em seu próprio mundo, não era que ela não estava contente em estar com os amigos, ou porque queria ser dramática para chamar a atenção... Depois que terminou tudo o que tinha com Don, ela não teve esse tempo ainda, não teve o momento para se lamentar e perceber que, não só tinha machucado o coração desse homem que fizera tudo por ela sempre, mas tinha machucado o dela também, e tudo foi culpa dela, do medo dela, ela estava experimentando algo novo que a assustou, a tirou totalmente de sua zona de conforto. E quando ele a acusou de infantil, irracional, e outras coisas que ela não era capaz de lembrar-se, ela apenas lembrou-se que ela riu e bufou revirando os olhos, apenas agora viu que isso foi realmente infantil, que ela era tudo o que ele acusara. Donald Flack era muito para ela. Em seu julgamento ela não merecia o que ele tinha para dar, ela não era merecedora de seu amor.... Levou a garrafa de cerveja a sua boca bebendo mais do líquido amargo e quente, fizera uma careta, ficou tanto tempo pensando em como estúpida foi de tantas maneiras que acabara esquecendo que estava bebendo.

No outro lado da sala estava Stella, também perdida em pensamentos enquanto todos a sua volta falava, mas esses eram os que menos importava, ela estava com medo do futuro, mais preocupada para falar a verdade. Em seu íntimo, trazer Alice para o Estados Unidos foi um grande erro, mas tinha que ser feito. E tinha tudo o que aconteceu na Grécia, tirando a morte de sua irmã é claro, o vídeo do avô de Esther e suas palavras não saiam de sua cabeça, então se deu conta que seu pai não mencionara o nome do homem, nem se espantou pelo fato do sobrenome de sua filha ser Blaut. Droga! Ela amaldiçoou em sua mente, com tudo o que aconteceu ela não tivera nem um tempo para ter uma conversa adulta com o seu pai, tudo o que eles faziam era gritar um com outro desde da partida dela, e a esposa mais nova dele sempre estava ao seu lado quando ele não estava ocupado. Nada estava a mesma coisa, ela analisou, Mac parecia um pouco diferente, e ela não o culpava, os dois fizeram algo novo (entre eles é claro), assumiram riscos que poderiam destruir essa amizade de anos no futuro, se entregaram ao desejo e a situação.

Ele estava confuso.

Ela estava fraca.

Mas ela não fizera tudo aquilo só por desejo, maldição, ela amava esse homem há tanto tempo que não era capaz de dizer quando desenvolveu esse sentimento.

Ao seu lado estava Mac, parecia interessado no que os outros diziam, e sentada quase em seus pés estava Bea, a prima mais nova de Mac. Stella não pôde se segurar, abraçava Mac de lado pelas suas costas, ele colocou uma de suas mãos em cima da dela sem olha-la, ela continuou séria em seu lugar sem notar que naquela sala tinha uma pessoa em sua mesma situação. Seu celular vibrou em seu bolso fazendo-a pular com o alarme que a causou, parecia que ela esperava uma razão para sair de lá e alguém chamando em seu telefone foi o suficiente. Rapidamente ela levantou-se do sofá com o celular já nas mãos e se desculpou-se saindo da sala atendendo a ligação. Ela passou por Jessica, mas não notou ela, e Jessica não estava ligando para isso mesmo já que ela nem percebera que quem passara por ela foi sua amiga, chegando na sala de TV onde tomou um lugar no sofá livre para sentar-se ela pediu para a pessoa do outro lado da linha continuar a falar.

— Eu estava dizendo que eles recorreram no caso de Esther, checaram mais a fundo e encontraram um parente distinto em algum lugar na Rússia. É uma prima, e a mulher do irmão do filho do senhor Blaut, mas a menina é de menor e não pode ter a guarda dela, obviamente. - Informou Jade.

Mal sabia a mulher do outro lado da linha o quão assustada Stella ficou no momento em que ouviu sobre isso, a grega mudara de cor instantaneamente, parecia que naquele momento ela iria desmaiar realmente. Isso foi o que assustara desde que prometera ao avô da menina.... Ou o que ele pedira para ela fazer; cuidar de Esther passava mais que seu dever, ela a queria perto, e queria vê-la se formar, ter a primeira decepção amorosa, se apaixonar e encontrar o homem da vida dela, formar uma família e ser feliz. Olhando para esse lado, ela já pensava como uma mãe. Tornou Esther sua prioridade, e ela realmente era.

Com um suspiro, Stella resolveu responder a assistente social.

Stella B. – Pelo o amor de Deus, Jade, você me assustou. - Confessou ela com a mão em cima do peito.

Ouviu um suspiro frustrado do outro lado da linha e arqueou a sobrancelha, se ela pudesse ver o rosto da assistente social agora podia decifrar se era bom ou ruim, mas por telefone ela só podia suspeitar, e isso era absurdamente frustrante para a detetive naquele momento. Tudo bem, não está tudo bem, pareceu mais um descaso quando uma pessoa pede para não se exaltar quando está em situação tensa o que deixa a situação mais tensa e turbilhões de pensamentos passando por sua mente, é frustrante. Extremamente frustrante.

— No entanto, se a família quiser adotar vai ser uma luta perdida, a prima é o parente mais próximo o que torna a família dela, mesmo não sendo da mesma família que Esther. - Relatou a mulher frustrada, pelo menos foi isso que Stella concluiu ao ouvir sua voz. – Além disso eles são uma família forte. - Completou ela, e Stella entendeu o que ela quis dizer.

Stella B. – Mesmo se mostrássemos o vídeo que ele deixou não iria adiantar de nada, não é? - Perguntou ela já sabendo a resposta. Mas Jade manteve-se em silêncio, já tinha jogando a bomba para Stella, o que foi suficiente para assustar a grega. – Deus, Jade, perder minha menina é mais assustador do que qualquer coisa. - Confessou ela visivelmente frustrada. – Eu estive pensando o tempo todo sobre o vídeo, as palavras de Blaut não saíram de minha cabeça. Como fui tola, era para ter perguntado ao meu pai sobre a família dele e sobre o homem. - Amaldiçoou ela fechando os olhos exasperada.

— O que há mais para ser questionado, Stella? - Perguntou a mulher. – O homem recorreu a você por acaso...- Argumentava ela, mas foi rapidamente cortada por Stella.

Stella B. – Não. - Negou ela. – Não exatamente, no vídeo ele disse que me analisou, alguma coisa assim, então ele não recorreu a mim por acaso, foi propositalmente. - Analisou Stella estudando suas próprias palavras, sua cabeça estava tão cheia que não teve tempo de pensar nisso antes.

— Oh! - Exclamou do outro lado a assistente social, ela não tinha parado para pensar nisso em tudo.

Stella B. – Você viu o vídeo. - Acusou Stella. – Como não perguntou nada? - Quis saber Stella intrigada, e com um pequeno sorriso no rosto.

Enquanto esperava uma resposta seus olhos vagaram pelas paredes de vidro (estava mais para janelas) onde sua filha estava rindo de alguma coisa atrás delas, Esther estava com o seu computador e fones, sentada na escada, sozinha aparentemente. Um sorriso, uma risada. Aquilo arrancou um sorriso bobo de Stella, ela não queria perder isso, doeu o bastante perder sua primeira Esther, ela não queria perder logo essa que era a sua filha, não de sangue, mas continuava sendo sua filha do mesmo jeito.

A risada de Jade a fez voltar sua atenção para a ligação. – Você quem é a detetive aqui, eu só faço perguntas programadas, quem deve ser a pessoa a questionar alguma coisa é você. - Brincou a mulher rindo um pouco.

O comentário de sua mais nova amiga fez com que Stella risse.

Stella B. – Você tem um ponto. - Respondeu ela rindo. Viu sua filha se aproximar da sala e sabia que ela iria ficar com ela, as duas passaram o dia todo longe uma da outra, não foi uma coisa dela, quando estavam juntas sempre aproveitavam cada momento porque depois não sabiam quando se veriam novamente, as vezes o trabalho de Stella exigia muito. – Escuta, Jade, eu vou desligar. - Avisou. – Me mantenha atualizada. - Pediu isso e se despediu de sua amiga encerrando a chamada e colocando o celular no sofá.

Esther entrou na sala e pegou bem no momento em que sua mão bloqueava o celular e descansava ele no sofá, a menina apenas sorriu quando sua mãe sorriu para ela, estava preocupada no início, mas se estava tudo bem com sua mãe então para ela estava também. Aproximou-se mais da mãe e sentou ao seu lado abraçando-a.

Stella B. – Está tudo bem, linda? - Perguntou Stella abraçando mais forte sua filha e beijando seus cabelos lisos. A menina deu uma risada preguiçosa o que fez Stella sorrir. – Decidiu escolher a mamãe finalmente? - Sua insinuação foi clara para Esther, sua mãe estava sendo ciumenta (como sempre) assim como ela era quando ela estava com seus tios ou com Mac.

Esther B. – Eu te amo mãe. - Disse ela rindo e olhando para a mãe. Mesmo que soava como ela falava sempre isso, continuava a ser completamente verdadeiro. – Você poderia ser menos ciumenta, vamos passar o final de semana juntas, sem nenhum caso para atrapalhar. - Esther tinha um ponto, e Stella sorriu orgulhosa (estava sendo boba como qualquer mãe), ela parecia uma menina de 6 anos brigando pela atenção da mãe que estava mais no bebê mais novo, nesse caso ela estava com ciúmes da filha com Zack (na verdade foi Mac, mas com tudo o que Jade dissera ela queria ficar mais próxima a filha).

Stella B. – Tem razão. - Concordou Stella puxando a menina para mais perto e beijando sua testa. – Eu te amo. - Disse isso olhando em seus olhos.

Mac apareceu na porta, ele já estava lá há um minuto, e apesar de não apoiar ouvir atrás da porta, ele não queria interrompê-las, e não teve uma conversa real ali mesmo.

Mac T. – Eu tenho que ir a um lugar, vocês precisam de alguma coisa? - Perguntou ele atencioso.

As duas viraram para encara-lo antes de responder.

Esther B. – Que você não traía a minha mãe. - Comentou isso seriamente fazendo Stella engasgar e olha-la com horror, suas bochechas já ficando com um rubor.

Stella B. – Eu realmente crio um monstrinho. - Brincou Stella rindo para a menina. – Não precisamos de nada. Certo? - Quis ter a certeza, talvez Esther quisesse alguma coisa.

A menina negou com a cabeça.

Stella B. – Para onde você vai a propósito? - Questionou ela querendo saber.

Ela não queria ser essas mulheres curiosas que ficam rodeando seus maridos por causa de ciúmes, até porque não era algo real entre eles, mas estava escuro e ela queria garantir que ele não iria para nenhuma “zona de guerra” (talvez isso seja muito dramático, ela só queria ter a certeza de que ele estava indo a um lugar onde não corresse perigo).

Mac T. – Estou indo encontrar um amigo, é algo rápido. - Avisou ele quase rindo da cara de Esther.

Esther B. – Posso ir com você? - Pediu a menina, ela queria conhecer mais de Chicago.

Mas Mac pareceu se agitar com a pergunta da menina, como se estivesse nervoso com alguma coisa, e isso não passou despercebido pelos olhos de Stella. Ela sabia que se tivesse algo incomodando Mac ele a contaria, mas não tinha mais certeza disso depois do que eles passaram, podia ser estranho compartilhar qualquer coisa com ela depois de tudo, apesar que com ela continuava a mesma coisa, não era estranho. Talvez porque ela o amava. Ela pensou.

Mac T. – Eu prometo que amanhã você anda comigo, mas isso é importante. - Foi o que ele disse antes de deixar a sala e deixa-las com grandes carrancas em seus rostos.

As meninas olharam uma para outra e sorriram. Stella estava mesmo escondendo sua preocupação com o homem, tinha alguma coisa errada, ela sabia.

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Mac Taylor – “Não dê as costas a possíveis futuros antes de ter certeza de que não tem nada a aprender com eles.” –Richard Bach.


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Notas finais do capítulo

Bem, é isso. Ainda em Chicago... O que acham que o Mac foi fazer? rsrsrs^
Quarta eu postarei o capítulo 30 :O já estamos no cap 30, ou: ainda estamos no cap30?

Se eu não postar na QUARTA, vocês podem ir lá no meu insta, ou aqui mesmo, e gritar comigo JULY POSTA LOGO, podem até xingar, eu aguento :( EU VOU FAZER DE TUDO PARA DAR O CAP 30 A VOCÊS NA QUARTA ♥
Beijuuu =^,^=

Instagram: @jullyfanfic Twitter: @NightEm_P (postarei as atualizações das histórias nas minhas redes sociais;)



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